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quinta-feira, 15 de maio de 2025
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MPDFT notifica clubes do DF que estão treinando durante pandemia

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Foto: Divulgação/MPDFT

Por Danilo Queiroz

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) segue realizando forte fiscalização para impedir que os clubes locais descumpram recomendação de não realizarem treinamentos. Nesta sexta-feira (26/6), o órgão informou que enviou ofícios para Brasiliense, Capital e Federação de Futebol alertando para a questão. Durante fiscalização na semana, os dois clubes foram flagrados em campo.

Segundo o MPDFT, o documento endereçado aos presidentes do Jacaré, do Coruja e da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) requisita que os treinamentos sejam suspensos de forma imediata. A Secretaria de Esporte e Lazer e o DF Legal, pasta de fiscalização do GDF, também receberam ofícios do órgão ministerial. Atualmente, um decreto governamental proíbe as atividades.

Nos ofícios, o MPDFT ressaltou ainda que os notificados estão “ignorando as normas e recomendações expedidas sobre o assunto”. O órgão advertiu que os times podem responder pelo crime de violação de medida sanitária preventiva, previsto no Código Penal, e sofrer as penalidades previstas em lei que trata das infrações da legislação sanitária federal, como interdição, cancelamento de licença, alvarás e multa.

As secretarias e as agremiações têm cinco dias informar ao MP as providências adotadas. “Trata-se de um flagrante descumprimento não só da recomendação do MP, mas do próprio decreto do governo local. Não temos dúvidas de que as sanções devem ser impostas para que haja a efetiva proteção de atletas, profissionais da saúde e da população do DF”, destacou o procurador de Justiça e coordenador da força-tarefa, Eduardo Sabo.

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Foto: Divulgação/MPDFT

Inspeção foi realizada em cinco CTs

Durante os dias 20 e 24 de junho, equipes do MPDFT compareceram aos centros de treinamento de Brasiliense, Capital, Gama, Real Brasília e Taguatinga, que estão classificados para as quartas de final do Campeonato Candango. Também garantidos na fase final do torneio local, Formosa e Luziânia não foram visitados por estarem sediados fora do Distrito Federal. O Sobradinho não foi visitado.

Segundo o memorando, que contém 42 páginas, Brasiliense e Capital “são os times que mantém efetividade nos treinamentos em seus respectivos CT’s”. No Jacaré, o Ministério Público registrou que, após as atividades de sábado (20/6), o clube amarelo fechou todo seu alambrado, de forma a impedir a visibilidade dos campos. Os dois clubes foram flagrados em todos os dias de inspeção.

Foto: Divulgação/MPDFT

O que dizem os clubes

Procurado pela reportagem do Distrito do Esporte, o presidente do Capital, Godofredo Gonçalves, informou que a Federação de Futebol repassou a notificação para o clube na tarde desta sexta-feira (26/6). Segundo o mandatário, o departamento jurídico do clube azul já está trabalhando na resposta. Recentemente, o Coruja testou todos os seus funcionários, tendo 100% de resultados negativos.

“Fizemos os testes de Covid e as avaliações físicas e médicas. Mesmo que retomemos os treinos, todas as atividades físicas ao ar livre no DF estão liberadas. Parques, o Eixão e a W3 Sul. Não concordamos com essa manifestação do MPDFT. Pelo contrário. Achamos que a prática esportiva em um ambiente controlado só tem a beneficiar os atletas e o controle da doença”, ressaltou Godofredo.

Em nota, o Capital se posicionou dizendo que não está promovendo treinos, “o que descumpriria a recomendação do MPDFT”. O clube ressaltou ainda que a comissão técnica repassou uma série de trabalhos físicos individuais para que os atletas não tivessem perdas. “Como não há qualquer proibição em relação a isso, cada um segue sua rotina, obedecendo as devidas regras de distanciamento e utilização de máscaras para não comprometer a própria saúde e nem dos demais”, continuou.

Através de sua assessoria de imprensa, o Brasiliense informou que recebeu a notificação do MPDFT. Em 10 de junho, o clube amarelo foi a primeira agremiação local a testar todos os funcionários para detectar o coronavírus, tendo apenas um resultado positivo. O funcionário, porém, não apresentou sintomas e está cumprindo quarentena de 14 dias até que uma nova testagem dê negativa.

Em contato com a reportagem do portal GloboEsporte.com de Brasília, o time amarelo afirmou que tem feito apenas trabalhos de aprimoramento físico com os jogadores do elenco, de maneira separada, e que considera que, até o momento, não houve decreto do GDF proibindo os treinos. O clube, portanto, acredita não estar descumprindo nenhuma norma de segurança.

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Foto: Divulgação/MPDFT

Confira a descrição de cada clube no relatório do MPDFT

Brasiliense
No sábado, 20, tanto jogadores quanto comissão técnica estavam em campo, treinando. Na segunda, 22, o Brasiliense promoveu o fechamento de todo seu alambrado de forma a impedir a visibilidade dos campos e, obviamente, dos atletas em atividade. Todavia foi possível registrar, por imagens, o intenso fluxo de veículos adentrando o CT confirmando que os treinos persistem. Corrobora nossa afirmação o fato desse signatário promover várias passagens à frente do CT onde era possível visualizar os jogadores e comissão técnica promovendo atividades no campo.

Capital
“O time, atualmente, mantém suas atividades de treinamento no clube da Agepol, estabelecido no Setor de Clubes Sul. Houve treinamento em todos os dias inspecionados (sábado, segunda e terça), assim como ocorreu no Brasiliense.”

Gama
Nenhuma atividade foi observada no CT do Gama nos dias inspecionados: sábado, 20, segunda, 22 e quarta, 24. Buscando informações junto à segurança foi-nos repassada a informação de que os treinos estariam suspensos. Salvo ocorrerem em local distinto, jogadores e comissão técnica do time do Gama não foram vistos nos gramados do centro de treinamento nesses dias. Dada a inatividade não foram confeccionadas imagens do local.

Real Brasília
O time do Real tem seu centro de treinamento estabelecido, atualmente, na Vila Planalto – contíguo ao restaurante Sertão e Mar. Haviam atividades no CT dia 20, sábado. Todavia não foi possível observar se seriam atividades de treinamento por conta do portão fechado e ainda por não haver alcançado o endereço antes do meio-dia. Vale ressaltar que nesse mesmo dia, após matéria veiculada no jornalístico DF1, não foram observadas atividades nos outros dias inspecionados – segunda-feira e terça-feira.

Taguatinga
O Taguatinga foi outro time que mudou de endereço e hoje seu centro de treinamento encontra-se estabelecido na área rural de Brazlândia sito ao Núcleo Rural Alexandre Gusmão, Gleba 2, Lotes 154/155, Chácaras 3 e 4. Em duas inspeções no local nenhuma atividade foi observada nos gramados. O CT, inclusive, permaneceu fechado na segunda-feira e terça-feira, dias 22 e 23, respectivamente.

Nota do Capital sobre o ofício do MPDFT

“O Capital Clube de Futebol informa que não procede a informação de que esteja promovendo treinos, o que descumpriria a recomendação do MPDFT. A diretoria reforça que, preocupada com a condição de saúde dos atletas e da comissão técnica, promoveu a testagem em massa de 47 membros da equipe, os quais deram negativo para a covid-19, além da avaliação física e médica de todos.

Após esse procedimento, a comissão técnica, como já vinha fazendo, repassou uma série de trabalhos físicos individuais para que os atletas não tivessem perdas. Assim sendo, como não há qualquer proibição em relação a isso, cada um segue sua rotina, obedecendo as devidas regras de distanciamento e utilização de máscaras para não comprometer a própria saúde e nem dos demais.

Em tempo, o time, como os demais participantes do Campeonato Brasiliense de Futebol, aguarda um posicionamento mais objetivo das autoridades para que possa realizar uma programação mais adequada visando o retorno às atividades.”

Em live com torcedores, dirigentes passam futebol do Gama a limpo

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Foto: Reprodução/Instagram

Por Danilo Queiroz

Em quase duas horas de conversa ao vivo, Weber Magalhães e Arilson Machado falaram de praticamente tudo sobre o Gama. O bate-papo ocorreu em live realizada no Instagram da torcida Ira Jovem na noite de quinta-feira (25/6). Nele, o presidente e o diretor financeiro se encontraram com torcedores e debateram diversos assuntos relacionados ao momento atravessado pelo alviverde na paralisação dos jogos.

O encontro aconteceu na sede do clube em um dia importante para o futebol candango. Horas antes, em reunião com Gama e Brasiliense, o Banco de Brasília (BRB) indicou que deve aumentar o aporte financeiro dados aos clubes candangos, inclusive aos dois citados, que irão representar o futebol do Distrito Federal na Série D do Campeonato Brasileiro em 2020. Weber abriu a conversa abordando o tema e agradecendo a torcida.

“Hoje foi um dia muito especial. A reunião foi provocada por um trabalho que a torcida fez durante a semana sobre o patrocínio do BRB com o Flamengo. Abrimos o diálogo com o banco. Parabenizamos a torcida pela atitude”, elogiou Weber, lembrando que o engajamento dos gamenses nos últimos dias foi de grande importância para que as tratativas entre a instituições e os clubes fossem iniciadas.

“Eles se colocaram à disposição para revitalizar todo o futebol de Brasília e fizeram um questionamento sobre as finais do Candangão. Vão fazer uma reunião com a FFDF e os oito clubes para decidir o que eles podem viabilizar. Colocaram todo o interesse e apoio para que possamos ter uma condição boa de participar na Série D”, detalhou o presidente gamense sobre as tratativas de quinta.

“Vamos preparar um documento para levar ao BRB colocando todo o tamanho do Gama: marca, torcida, redes socias e estrutura. A ideia é ter recursos mais tranquilos na Série D com a folha de pagamento. Vamos colocar a necessidade do Gama e o BRB vai negociar da forma deles para chegar a um denominador comum. Eles querem assinar o protocolo de intenção em 3 de julho”, continuou Weber.

O presidente também detalhou como seriam utilizados os recursos oriundos do banco. “Estamos disputando o Candangão e a Série D. O dinheiro do BRB seria direcionado aos jogadores e as despesas que teremos na Série D com comissão técnica e elenco. Eles são a prioridade do Gama, juntamente com CT, Então, tudo que vier, faremos um trabalho para colocar os salários em dia e o CT em condições”.

Arilson Machado garantiu, inclusive, que o clube tem em mãos toda a documentação necessária para captar o investimento. “Hoje, para recebermos os recursos da Time Mania, precisamos de cinco certidões. Então, temos os documentos necessário. É padrão para todo dinheiro que vem do governo federal e local. Serve até mesmo para utilizarmos o Bezerrão”, exemplificou.

“Deixamos claro que um dos clubes chegando em uma Série B, Série A, teremos estádios cheios e grandes jogos em Brasília. Não somos contra o BRB fomentar o patrocínio ao Flamengo. O Gama e o Brasiliense querem participar da festa. Temos potencial para levar a marca BRB. Lembro que eles tiveram um retorno fantástico quando estiveram na camisa do Gama na primeira divisão”, relembrou Weber.

Jogadores devem se apresentar em julho

Entrando no futebol profissional, Weber explicou que cerca de 15 jogadores do Gama estão fora da capital federal. O restante segue em Brasília aprimorando a forma física. A expectativa da diretoria é que todo o elenco esteja reunido na cidade em oito ou dez dias. “Eles voltam para realizar o protocolo. O Gama está cumprindo o decreto do governador para voltar com tranquilidade. Teremos que fazer uma pré-temporada”, disse.

Com a possibilidade de retomada do Campeonato Candango em julho, o Gama já se movimenta visando o retorno. Segundo Weber, a tendência é que o alviverde faça a testagem dos funcionários nos primeiros dias de julho. “Já estamos com laboratório acertado para fazer os exames. O CT será higienizado e iremos seguir todos os procolos definidos pela federação com os clubes”, explicou.

Novamente lembrando o decreto governamental e a recomendação do Ministério Público suspendendo qualquer atividade esportiva, o mandatário gamense disse que o clube está se organizando também para garantir recursos para resolver as pendências com os jogadores antes da volta do Candangão. “Isso é para que eles possam com tranquilidade para jogar”.

Até o momento, segundo Weber Magalhães, o Gama teve somente as três baixas já conhecidas do público alviverde: Rafael Copetti, Tarta e Luquinhas. O presidente acredita ainda que novas saídas são improváveis. “A diretoria de futebol tem conversado com a maioria dos jogadores. Não creio que eles irão deixar de estar presente. Eles querem estar no projeto que abraçaram no Gama.

Sobre possíveis contratações, Arilson garantiu ainda que o alviverde também está atento ao mercado da bola já tendo fechado, inclusive, com dois reforços para repor o elenco. Os nomes devem  ser anunciados nos próximos dias. “O Gama já negociou com dois atletas que serão surpresa para a torcida. Estamos tentando ainda um volante, que ainda não está definido ainda”, explicou.

Pandemia agravou problemas financeiros

Weber explicou que o Gama passou a ter novos problemas para arcar com algumas questões financeiras durante a pandemia e que o time ainda tem alguns débitos com os jogadores do elenco. “Tivemos dificuldades de acertar os salários. A premiação dos jogos deste ano está em dia. Falta o mensal dos jogadores”, contou. Durante a paralisação dos jogos, o alviverde recebeu um aporte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“Conseguimos pagar a premiação de 2020 e uma folha integral, a de dezembro, com os R$ 120 mil destinados pela CBF. Repassamos 35% do salário de cada atleta e isso amenizou a situação. Sabemos que muitos estão com dificuldade financeira. Estamos ajudando nossos jogadores na medida do possível, principalmente os que são casados e têm filhos”, acrescentou Arilson.

Na live, Arilson também foi questionado sobre a ausência de patrocínios no uniforme. “Em 2017, após o Candangão, iniciamos um bate-papo com a GoalManage. Uma das diretrizes passadas foi a marca Gama, que é muito valiosa. Existe um planejamento e estamos seguindo. Encher a camisa de marcas desvaloriza. Fica esteticamente feio e não atinge o objetivo, que é as marcas da camisa bancarem ao menos a folha de pagamento”, resumiu.

Recursos da Time Mania e sócio-torcedores

Outro tema abordado pelos dirigentes em resposta aos torcedores foi a forma de investimento dos recursos da Time Mania e do programa de sócio-torcedor, duas das maiores fontes financeiras do Gama. Weber Magalhães fez questão de ressaltar que, além do time profissional, o alviverde também investe em categorias de base e tem outros funcionários, o que aumenta as despesas do clube.

Complementando, Arilson explicou que o valor de fevereiro e março da Time Mania estão retidos por processos trabalhistas. “Antes do dinheiro cair na conta, os advogados dos jogadores que movem processos trabalhistas vão direto na Caixa e bloqueiam”, resumiu. Com a paralisação dos jogos, o programa de sócio-torcedor também sofreu queda. “Antes da pandemia, tínhamos 1.100. Agora, cerca de 400 ativos”, continuou.

Lembrando os diversos compromissos mensais do Gama, que não diminuíram durante a pandemia, Arilson detalhou uma situação dramática. “O que entra nós vamos pagamos a despesa e passamos para os atletas e funcionários. O CT não parou. Pagamos manutenção. Hoje, vendemos o almoço para comprar a janta. Falta muito recurso. A realidade do Gama hoje é essa: pouco dinheiro para muita despesa”, resumiu.

Os jogadores mais experientes do grupo, inclusive, vem tendo papel primordial nas tratativas entre o alviverde e o elenco. A todo momento, os atletas era elogiados pelos presentes. “O Gama tem conversado com todos os jogadores. O nosso capitão Emerson, Calaça e o Nunes tem conduzido o grupo nesse período difícil. Temos que agradecê-los por esse esforço”, acrescentou o presidente do alviverde.

Torcida manifesta apoio ao clube

Idealizadora do bate-papo, a Ira Jovem utilizou cada minuto da live para trazer diversas informações importantes para os torcedores do Gama. Em meio a cada resposta de Weber Magalhães e Arilson Machado, os diretores da principal organizada alviverde demonstravam conhecimento da atual situação do clube e ressaltavam o apoio ao alviverde, mas também lembravam que iriam realizar cobranças quando fosse necessário.

“Precisamos agradecer o elenco profissional e demais profissionais do Gama. Sabemos que somos time grande. A Ira vai se posicionar quando necessário e estará junto com o Gama. Sabemos das dificuldades e que os atrasos não vêm de hoje, mas o clube quer resolver. Hoje, o torcedor gamense tem gosto de ir no estádio. Temos que parabenizar e esclarecer que cobraremos quando tiver que cobrar. A Ira quer o bem do Gama”, disse Caio.

Agradecendo o empenho dos jogadores do elenco, o torcedor Breno garantiu que os torcedores continuarão cobrando a resolução das pendências. “Não vamos esquecer dos jogadores. Sabemos que a luta é grande e não iremos abandonar nosso time de guerreiros. Temos certeza que o Arilson e o Weber estão correndo atrás e vamos ficar em cima deles”, assegurou.

“Às saímos de um jogo vibrando e no dia seguinte estamos tristes de não conseguir resolver os problemas. No ano passado, ficamos devendo uma folha e meia, mas vamos cumprir. Contatos que temos feito poderão vingar depois da pandemia. Pedimos um pouco mais de compreensão. O Gama é um grande time, tem condição de buscar o bicampeonato e fazer um bom papel na Série D”, acrescentou Weber.

Paulo Victor assume Secretaria de Futebol do GDF e fala sobre prioridades

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Foto: Divulgação/Secretaria de Esporte e Lazer

Por Danilo Queiroz

A Secretaria Executiva de Futebol, da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL/DF), já está sob novo comando. Após ter a nomeação publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (26/6), o ex-goleiro Paulo Victor passar a ser o responsável pela pasta dedicada ao esporte no âmbito governamental. Na primeira entrevista como titular da função, o ídolo do Fluminense detalhou o que pretende fazer no cargo.

Antes mesmo de ser nomeado, porém, Paulo Victor já estava atuando ao lado da secretária de Esporte, Celina Leão. Durante a semana, o novo secretário de futebol esteve presente nas reunião realizadas pela SEL/DF com os Brasiliense e Gama. Na quinta-feira (26/6), também fez parte dos diálogos que encaminharam a criação de um programa de fomentação ao futebol candango pelo Banco de Brasília (BRB).

Em entrevista concedida ao site da Secretaria de Esporte do DF, Paulo Victor definiu as principais prioridades do seu trabalho na pasta de futebol. “Sem dúvida, são os estádios. Temos locais que precisam de reformas. Precisamos fazer algumas mudanças e vistorias para que possamos, daqui para frente, melhorar. Estamos agora no final de campeonato, que devido à pandemia foi interrompido, mas ainda terá continuidade”, detalhou.

Na próxima semana, a força-tarefa criada pelo GDF para vistoriar os 11 estádios públicos da capital federal irão dar início aos trabalhos com foco inicial nos palcos que estão sendo utilizados no Campeonato Candango. “Nós vamos dar prioridade, principalmente, aos estádios como Augustinho Lima, Serejão, Rorizão e Bezerrão. Essas são as preferências do momento”, indicou.

O novo secretário de futebol também teceu suas primeiras palavras sobre como enxerga o atual momento atravessado pelo esporte no DF. “O futebol anda por baixo e precisamos alavancar o esporte. Eu me lembro que em outras épocas, quando comecei a jogar bola em Brasília, a gente tinha público nos estádios. Hoje, não temos mais. Precisamos de atrações”, analisou o ex-goleiro do Brasília e do extinto Ceub.

“Esses atrativos nos clubes irão motivar os torcedores a voltar, assim teremos aquele futebol que Brasília já teve um dia, com times na Série A, como Brasiliense e Gama. Para que isso volte a acontecer, é preciso oferecer uma boa infraestrutura dentro dos clubes, para que eles possam realmente ter condições de voltar à primeira divisão do campeonato brasileiro”, continuou Paulo Victor.

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Futebol feminino também terá atenção

Nos últimos anos, o futebol feminino foi responsável pelas maiores glórias locais em âmbito nacional. Em 2018, o Minas Brasília foi campeão da Série A2 do Brasileirão. Na atual temporada, segue como o único representante candango nos torneios de elite da modalidade no país. Recentemente, a secretária Celina Leão se reuniu com Nayeri Albuquerque, presidente do clube, para debater formas de alavancar aida mais a categoria.

Afinado com a chefe da SEL/DF, Paulo Victor também prometeu apoio. “Irei analisar a estrutura do futebol feminino no DF. Claro que precisa dar um salto maior. Ainda não se iguala ao masculino porque não são oferecidas as mesma condições. O futebol candango precisa disso. Nossa intenção é dar atenção à categoria feminina”, destacou o secretário executivo.

As categorias amadoras e de base também receberam promessas de dias melhores do ex-goleiro. “Nós precisamos priorizar essas questões do futebol. Do amador e da base aparecem os craques. Precisamos valorizar isso. É óbvio que queríamos que tivesse essa força aqui como tem na Europa e nos Estados Unidos. Nós precisamos disso e vamos conversar para ver onde podemos realmente ajudar”, finalizou.

Trajetória no esporte

Apesar de ter nascido em Belém (PA) Paulo Victor é radicado no Distrito Federal e tem estreita ligação com o futebol local. Antes de construir sua história de idolatria no Fluminense, o ex-goleiro disputou torneios defendeu as camisas de Ceub, entre 1974 e 1976, e Brasília, em 1978. A SEL/DF também não será novidade para o novo secretário de futebol, que já atuou na pasta nas gestões de Agrício Braga e de Weber Magalhães.

No momento, a SEL/DF está atuando em dois importantes projetos do futebol local. O primeiro, em sintonia com a Secretaria de Saúde, consiste na análise do plano de segurança proposto pela Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) para a retomada da competição. O segundo está relacionado aos estádios da capital. Quatro deles já têm vistorias agendadas para a próxima semana.

Gramado do Mané Garrincha recebe atenção durante pandemia

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Foto: Divulgação/Arena BSB

Por Carol Martins

Quem acompanha o futebol candango, certamente já se deparou com imagens do gramado do Estádio Nacional Mané Garrincha com certo sinal de descuido. As cenas que eram um tanto normais por aqui, agora ganharam um cenário novo. Em meio à pandemia, a Arena BSB, empresa que arrendou a principal arena esportiva do Distrito Federal por 35 anos, mostrou que está realizando diversos trabalhos de manutenção no local.

Um vídeo publicado nas redes sociais da empresa, mostra o gramado verdinho e bonito, recebendo todo o cuidado devido, para quando for possível o retorno do futebol. Nas imagens, é possível ver um funcionário da Arena BSB utilizando uma máquina que apara os excessos de grama do local, que durante o Campeonato Candango recebeu os dois últimos jogos do Capital na primeira fase.

Carregando o título de estádio mais caro da Copa do Mundo de 2014, o campo foi palco de muita polêmica devido a baixa arrecadação e o alto custo de manutenção, além do seu gramado muitas vezes danificado. Porém nesse ano, a atual administração veio com o intuito de mudar esse cenário e já foram investidos mais de R$22 milhões em manutenção e modernização no Mané Garrincha.

Durante a pandemia, o Mané Garrincha também está recebendo um hospital de campanha para auxiliar no combate ao coronavírus. Operado pela Secretaria de Saúde, o espaço tem 197 leitos no primeiro andar do estádio. “O Hospital de Campanha não tem contato direto com as áreas de campo, arquibancadas e camarotes, já que o espaço cedido é isolado e independente das áreas destinadas ao esporte no estádio”, explicou a Arena BSB.

Em reunião, BRB encaminha apoio financeiro para o futebol candango

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Foto: Divulgação/Secretaria de Esporte

Por Danilo Queiroz

Após sofrer fortes cobranças por fechar uma parceria comercial de R$ 35 milhões com o Flamengo (inclusive com ameaça de protesto de torcedores candangos na porta de sua sede no Setor Bancário Sul), o Banco de Brasília (BRB) cedeu e abriu diálogo para tentar maximizar o apoio dado ao esporte do Distrito Federal. Em reunião nesta quinta-feira (25/6), representantes da instituição voltaram a ouvir clubes e dirigentes sobre as dificuldades enfrentadas.

O encontro deu andamento aos debates que começaram na quarta-feira (24/6), quando a secretária de Esporte, Celina Leão, ouviu as primeiras reivindicações de Gama e Brasiliense. Hoje, a reunião contou com a presença do presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, além de representantes e jogadores do alviverde e do Jacaré, que devem estar na linha de frente do projeto. Em 2020, os dois times irão representar o futebol candango na Série D do Campeonato Brasileiro.

De acordo com a Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL/DF), o plano completo do apoio financeiro deve ir além dos clubes candangos e beneficiar ainda atletas profissionais, amadores e da base, com a intenção de valorizar cada vez mais a prática esportiva mais popular do país no contexto local. Os demais pontos que envolvem a iniciativa, que pode começar na retomada do Candangão e se estender até o fim da temporada, devem ser divulgados na íntegra nos próximos dias.

Segundo apuração do jornalista Marcos Paulo Lima, do blog Drible de Corpo do Correio Braziliense, Gama e Brasiliense receberam a informação de que o BRB conta com R$ 8 milhões para aplicação em patrocínio ao esporte local. Ficou definido ainda que os clubes terão que apresentar projetos que serão avaliados pelo banco. Se aprovados, eles serão revertidos em patrocínio visando a disputa da Série D, que ainda não tem data para começar devido à pandemia do coronavírus.

Presente também no encontro desta quinta-feira (25/6), a secretária de Esporte e Lazer do DF, Celina Leão, afirmou que a pasta e o BRB ouviram os pedidos feitos pelos clubes locais. “Há uma preocupação grande da nossa parte com o esporte em geral. E a gente tinha um sentimento que vocês (do futebol) gostariam de estar mais próximos e a gente entendeu isso rapidamente. Nossa reunião foi muito produtiva, onde conseguimos sair com acordos e ajustes”, resumiu.

“A gente construiu uma coisa bem diferente hoje. Talvez, pela primeira vez na história, a gente esteja falando da elaboração de um plano para elevar o futebol de Brasília a outro patamar”, completou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. Vale lembrar que, em 2019, o principal executivo da instituição havia dito que o aporte no cenário local não estava entre as principais prioridades de investimento na ocasião. “Nós não acreditamos que Brasília vá se tornar um grande pólo de futebol”, considerou à época.

Foto: Divulgação/Secretaria de Esporte

Postagem de apoio ao esporte do DF registra erros do BRB

Fortemente criticado pelos amantes do futebol candango devido ao apoio de R$ 35 milhões ao Flamengo, o Banco de Brasília (BRB) tentou usar as suas redes sociais na noite de quarta-feira (24/6) para ressaltar o compromisso com o esporte no Distrito Federal. Atualmente, o banco investe em vários modalidades. Porém, a postagem acabou tendo um efeito completamente reverso, já que a instituição financeira demonstrou profundo desconhecimento até mesmo sobre as agremiações que patrocina.

Entre os gritantes erros, um deles aconteceu quando a equipe de marketing do BRB postou fotos dos elencos de Capital e Luziânia em partidas do Candangão. Porém, o banco acabou se confundindo e trocou os nomes das equipes nas imagens. Quando tentou lembrar o aporte ao time mineiro que disputou o torneio local, o banco acabou citando o Paracatu, ao invés de Unaí. Fechando o combo de horrores, a instituição chamou o Minas Brasília pela alcunha de “As Minas”.

Após ser alertado e cornetado nos comentários da publicação pelos diversos seguidores que notaram os erros, o banco corrigiu a postagem e retirou as imagens de Capital e Luziânia, deixando somente a citação nominal aos patrocinados no texto de apoio que acompanhou os erros no Instagram, inserindo ainda o nome do Unaí no lugar do já extinto Paracatu. O erro grosseiro do BRB, porém, foi registrado em matéria publicada pelo portal DF Sports na manhã desta quinta-feira (25/6).

Em Brasília, Vicente Luque intensifica preparação para próxima luta no UFC

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Reprodução: Instagram: Vicente Luque

Por Michael Nunes

No próximo dia 1º de agosto, o lutador Vicente Luque terá mais uma oportunidade de encurtar o caminho para disputar o cinturão do peso meio-médio do Ultimate Fighting Championship (UFC). Neste dia, o casca grossa brasiliense vai entrar no octógono para enfrentar o americano Randy Brown. Nas últimas 7 lutas no UFC, o atleta de Brasília venceu seis. E a meta é conseguir mais um triunfo.

Para isso, o “The Silent Assassin” já começou a intensificar seu período de treinos. Em conversa com o Distrito do Esporte, Vicente detalhou seus planos para a próxima luta e adiantou que deve realizar toda a preparação na capital federal. “Eu vou fazer meu camp inteiro em Brasília. Aqui eu tenho um ótimo suporte”, contou Luque. O atleta, inclusive, faz parte da equipe Cerrado MMA.

Os treinos estão um pouco diferentes por causa do período de quarentena imposto pela pandemia do novo coronavírus. Porém, o peso meio-médio diz já estar habituado a nova rotina. “A preparação é um pouco diferente por causa da quarentena. Mas estou firme, a gente precisa ter um pouco de criatividade nessas horas”, explicou Vicente, afirmando que a preparação está fluindo dentro do plano traçado.

Uma das virtudes do casca grossa é o bom condicionamento físico. Em todas as lutas na organização, o lutador da capital federal mostrou que o “gás” estava em dia. Isso, segundo Vicente, é fruto de muita preparação. “Eu estou puxando bastante o meu condicionamento. Estou fazendo a preparação física na casa do meu treinador, ele possui um academia dentro de casa”, ressaltou Luque.

Já visando o confronto com Brown, que deve acontecer em Las Vegas, o atleta tem treinado sparrings (que é a simulação da luta), com foco total para o combate. Uma vitória encurtaria ainda mais o caminho para a disputa do cinturão da categoria, que inclusive estará em jogo em 11 de julho entre seu companheiros de equipe Gilbert Durinho, e o nigeriano Usmar Kamaru.

O adversário de Vicente Luque, inclusive, tem um jogo bastante parecido com o brasiliense. Randy Brown é um striker, que gosta da trocação e sempre busca o nocaute. Vicente sabe da pedreira que vai enfrentar em seu próximo compromisso, mas segue mostrando muita confiança em um bom desempenho. “Sei que vai ser uma grande luta. Estou muito bem preparado”, finalizou.

Em sua última luta, quando Vicente Luque derrotou pela segunda vez o americano Nico Price, no UFC 249, o evento precisou ser realizado sem a presença de torcida, seguindo todas as recomendações de saúde. Na ocasião, o brasiliense atuou de forma imponente e, após três rounds de muita trocação, foi declarado vencedor após a luta ser interrompida por uma intervenção média.

Força-tarefa do GDF começará inspeções de estádios na próxima semana

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Foto: Divulgação/Secretaria de Esporte

Por Danilo Queiroz

Uma semana após o Governo do Distrito Federal (GDF) publicar o decreto que instituiu o grupo de trabalho para regularizar os onze estádios públicos locais, a força-tarefa composta pela Secretaria de Esporte, Corpo de Bombeiros, Diretoria de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde e a Policia Militar definiu a primeira etapa do cronograma de inspeções para detectar os problemas dos palcos esportivos.

Em reunião realizada na sede da SEL/DF na manhã desta quarta-feira (24/6), os órgãos envolvidos na inédita ação com intuito de deixar todos os esquipamentos públicos aptos para eventos decidiram que o processo de vistorias terá início na próxima semana. De acordo com as datas divulgadas, os estádios que estão recebendo jogos do Campeonato Candango terão prioridade nas visitas.

Na segunda-feira (29/6), o estádio Bezerrão, no Gama, será o primeiro a passar pela avaliação da força tarefa. Na terça-feira (30/6), o grupo de trabalho visitará o Abadião, em Ceilândia. Na quarta-feira (1º/7), será a vez do Serejão, em Taguatinga, receber a análise. Na quinta-feira (2/7), o local que será vistoriado pelo grupo de órgãos será o Augustinho Lima, em Sobradinho.

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– Prometido para a Copa do Mundo, estádio do Cave ainda não foi entregue
GDF publica decreto que cria força-tarefa para vistoriar estádios

Rorizão, em Samambaia, JK, no Paranoá, Chapadinha, em Brazlândia, Metropolitana, no Núcleo Bandeirante, Ninho do Carcará, no Cruzeiro, Adonir Guimarães, em Planaltina, e o Complexo Esportivo e de Lazer do Guará (Cave), no Guará II, terão as datas de visitas marcadas em breve. A previsão inicial é que todas as arenas sejam vistoriadas até 14 julho. Caso seja necessário, o prazo pode ser prorrogado em mais 20 dias.

“Identifiquei o problema nos laudos dos estádios nos meus primeiros dias de gestão e já procurei uma solução junto ao GDF. Preparamos uma força-tarefa para solucionar as vistorias e as fiscalizações nesses locais. A comissão irá agilizar os resultados para provocar a breve regulamentação dos estádios do DF”, explica a secretária de Esporte e Lazer, Celina Leão, que idealizou e prometeu a ação logo nos primeiros dias em que esteve à frente da pasta esportiva do governo local.

Segundo a SEL/DF, entre os itens analisados estão a segurança, a acessibilidade, o conforto, a prevenção de acidentes e o combate a incêndio, assim como as condições sanitárias e de higiene. Cada estádio – composto de múltiplos espaços como gramado, pista de atletismo, arquibancadas, áreas de lançamento e saltos, tribunas – requer um conjunto de ações em diferentes níveis para que se coloquem em condições de receber eventos esportivos e futebolísticos.

Capital é absolvido em caso de escalação irregular do goleiro Cleysson

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Foto: Myke Sena/Metrópoles

Por Danilo Queiroz e João Marcelo

Depois de três meses, o caso envolvendo uma denúncia de escalação irregular do goleiro Cleysson, que poderia tirar pontos do Capital, foi finalizado. De forma unânime, por 3 a 0, o Coruja foi absolvido da acusação. A decisão foi tomada manhã desta quarta-feira (24/6), quando a Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal (TJD-DF) se reuniu de maneira on-line para julgar a situação, que ficou pendente devido ao adiamento dos trabalhos provocado pela pandemia do coronavírus.

O relator do caso, Vinicius Bernardes, propôs que a corte esportiva considerasse o Capital inocente e aplicasse uma advertência ao árbitro Emanoel Ramos da Silva, que indicou o jogador errado na súmula e fez um adendo somente 28 dias após a partida, quando a denúncia já havia sido apresentada pelo Ceilândia. O voto para inocentar o Coruja foi acompanhado pelos demais juízes. Com isso, o time azul escapou da pena de perda de pontos e manteve seu lugar da classificação. O árbitro foi inocentado por 2 a 1.

Com a manutenção dos pontos definida pelo tribunal esportivo, o Capital fechou a primeira fase do Campeonato Candango com 15 pontos e permaneceu no 6º lugar na tabela. Desta forma, não houve mudança no chaveamento das quartas de final do torneio local. Com isso, o time azul terá pela frente o Real Brasília. Na primeira fase, ainda há um jogo pendente entre o Leão do Planalto e o Gama, mas o jogo poderá alterar somente a primeira posição da classificação.

Devido à prevenção ao coronavírus, o TJD-DF realizou a sessão de julgamento através da plataforma Google Meetings. Durante o julgamento, puderam acessar a sessão apenas os representantes dos clubes envolvidos, testemunhas e os advogados designados por defesa e acusação. A restrição foi publicada em despacho pelo presidente da Comissão Disciplinar, Dr. Jadir Santos Ferreira, na última quinta-feira (18/6), quando o tribunal também confirmou a volta dos trabalhos.

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– Árbitro protocola documento na FFDF onde diz ter trocado amarelado do Capital

Entenda o caso

A denúncia de escalação contra o Capital foi apresentada pelo Ceilândia ainda com a primeira fase em andamento. Na ocasião, a queixa, a qual a reportagem teve acesso em primeira mão, relatava que o goleiro Cleysson da Silva Santos havia sido suspenso automaticamente por ter tomado três cartões amarelos nos jogos da 5ª, 7ª e 8ª rodada, diante de Real Brasília, Luziânia e Gama. O jogador, portanto, deveria ter ficado de fora do duelo da 9ª, contra o Brasiliense, mas foi escalado como titular.

O Distrito do Esporte checou as súmulas de todos os jogos do time e, realmente, o atleta havia o registro dos três cartões amarelos aplicados ao goleiro antes da derrota para o Jacaré por 3 a 1, na 9ª rodada, quando Cleysson também defendeu o gol do Capital. Segundo o art. 47 do Regulamento Geral de Competições da CBF, o goleiro teria de cumprir suspensão no jogo contra o Jacaré, mas não o fez, o que motivou que o Gato Preto relatasse o caso ao TJD-DF.

Foto: Reprodução/TV Brasília

No dia seguinte à denúncia, o árbitro principal da partida do Capital contra o Real Brasília, Emanoel Ramos da Silva, apresentou uma declaração ao TJD onde assume ter “errado” o jogador que teria recebido o cartão amarelo na súmula do jogo. Na carta entregue ao tribunal, o juiz retifica. “Onde se lê 45:00 2T Sr. Cleysson da Silva Santos, equipe do Capital, leia-se nª 9 Felipe dos Santos Costa Fidência, equipe do Capital”. A retificação no documento oficial veio apenas 28 dias depois da partida.

Mesmo com o adendo feito por Emanoel Ramos da Silva, o Ceilândia optou por manter a denúncia. Na visão do alvinegro, o juiz não poderia ter corrigido o erro tantos dias após a publicação da súmula. O documento da partida contra o Real Brasília, na qual o árbitro teria cometido o erro, seguiu no ar dias depois com a indicação do cartão para o goleiro. Até a manhã desta quarta-feira (24/6), dia do julgamento, a ata que registra os fatos do jogo permanecia sem alterações no site da FFDF.

Negociado pelo Gama, Tarta inicia trajetória no Juventude

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Foto: Gabriel Tadiotto/Juventude

Por Danilo Queiroz

Durante a paralisação dos jogos provocada pela pandemia no coronavírus, a torcida do Gama foi surpreendida com a negociação que culminou com a saída do volante Tarta do clube. Ídolo alviverde, status alcançado principalmente pelas boas atuações na campanha do título candango no ano passado, o jogador de 28 anos iniciou sua trajetória em sua nova equipe: o Juventude-RS.

O clube gaúcho retomou os treinamentos visando a sequência da temporada nesta terça-feira (23/6). Aproveitando a oportunidade, o Ju apresentou o novo reforço no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul/RS. Na postagem de apresentação em seu site, o Jaconero ressaltou algumas das qualidades de Tarta: intensidade e boa chegada na área. No Candangão 2020, o jogador marcou três gols no Gama.

Após vestir a camisa do Verdão, Tarta comentou o novo desafio. “A expectativa é a melhor possível. É uma grande oportunidade que estou tendo aqui no Juventude, por isso agradeço a diretoria e a comissão técnica por estarem acreditando no meu trabalho. Venho com toda vontade, garra e determinação para dar alegrias a essa grande torcida. Meu objetivo aqui é ganhar títulos e principalmente conquistar o acesso para a Série A”, falou.

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Presidente do Gama confirma empréstimo de Tarta ao Juventude-RS

Nas últimas imagens postadas com a camisa do Gama em suas redes sociais, o volante pôde sentir o carinho da torcida alviverde, que publicou diversos comentários divididos entre o tom de saudade e o desejo de boa sorte no novo desafio que Tarta terá na carreira. “Vai fazer muita falta… Conquistou a torcida do Gamão! Mas vai levar um pouco dela no coração”, dizia um dos perfis.

Gama aguarda volta do Candangão

Já sem Tarta, o Gama se organiza para retomar os trabalhos visando a sequência do Campeonato Candango. A tendência é que o alviverde realize teste de coronavírus no elenco, comissão técnica e demais funcionários essenciais ainda nesta semana. Treinando individualmente, os jogadores foram informados que o processo aconteceria nesta quarta-feira (24/6). Oficialmente, não houve comunicado público do clube neste sentido.

Líder da primeira fase, o alviverde ainda tem mais um jogo da primeira fase a cumprir: a partida contra o Real Brasília, válida pela 11ª rodada, será o certame de reabertura do Candangão. Se o planejamento dos clubes locais for aprovado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), o encontro aconteceria em 18 de julho. Já a primeira partida das quartas de final seria realizado quatro dias depois.

Capital anuncia que testes de Covid-19 têm 100% de resultados negativos

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Foto: Divulgação/Capital

Por Danilo Queiroz

Segundo time do Campeonato Candango a testar todos os seus funcionários para detectar o novo coronavírus, o Capital anunciou na noite desta terça-feira (23/6) o resultado da testagem em 47 pessoas. Segundo o clube, todos deram não reagente, o que significa que o vírus não está no organismo. Com isso, o Coruja poderá dar andamento na preparação para retomar os treinamentos.

No detalhamento do processo, o Capital informou que os resultados indicaram que 46 dos funcionários nunca tiveram contato com o coronavírus. Um deles, que não teve o nome informado, já teve a presença da Covid-19 no organismo de forma assintomática, mas já está recuperado, desenvolvido anticorpos da doença, e liberado para as atividades. Na última semana, o Brasiliense registrou o primeiro caso entre atletas no DF.

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Os testes foram realizados pelo clube azul na última sexta-feira (19/6) em jogadores, comissão técnica, dirigentes e demais contratados que atuam no dia a dia do Capital. A volta dos trabalhos no Centro de Treinamento, porém, depende de autorização das autoridades de saúde do Governo do Distrito Federal (GDF), o que ainda não tem data prevista para acontecer.

“Seguimos firmes no cumprimento de todo o protocolo apresentado e aguardando a autorização do GDF para a volta aos treinos e ao campeonato”, escreveu o clube azul em suas redes sociais. Atualmente, o governo local analisa o documento de segurança elaborado e apresentado pela Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF). Na última semana, o Ministério Público recomendou que o torneio não fosse reiniciado.

No dos testes, os envolvidos encontraram todo um aparato de proteção preparado especificamente para o momento. Um toten de álcool em gel estava disponível logo na entrada da área externa do Centro de Treinamento. Para usar, bastava pisar em uma alavanca na base do equipamento. Respeitando o distanciamento necessário, todos os envolvidos utilizaram máscaras personalizadas e tiveram a temperatura aferida.