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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Capital escalou jogador suspenso e pode perder 3 pontos no Candangão

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Por Bruno H. de Moura*

O Ceilândia Esporte Clube protocolou na noite da última quinta-feira (12/3) um documento na Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) relatando que o Capital Clube de Futebol escalou um jogador suspenso na partida da 9ª rodada da competição.

O documento a que a reportagem teve acesso em primeira mão, endereçado ao diretor de futebol da FFDF, relata que o goleiro Cleysson da Silva Santos foi suspenso automaticamente por ter tomado três cartões amarelos nos jogos da 5ª, 7ª e 8ª rodada. O jogador devia ter ficado de fora do duelo da 9ª, mas foi escalado como titular e jogou.

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A reportagem do Distrito do Esporte checou as sumulas de todos os jogos do time e, realmente, o atleta recebeu três cartões amarelos e jogou na derrota para o Brasiliense, por 3-1, na 9ª rodada. Segundo o art. 47 do Regulamento Geral de Competições da CBF, Cleysson teria de cumprir suspensão no jogo contra o Jacaré, mas não o fez.

Cartões por reclamação e atrasar o jogo

Na 5ª rodada o Capital empatou em zero a zero com o Real Brasília. Aos 45 da 2ª etapa o goleiro tomou cartão amarelo por reclamar de decisão da arbitragem, motivo 754. O árbitro do jogo foi Emanoel da Silva Ramos.

Súmula da 5ª rodada. Reprodução documento.

No jogo da 7ª rodada, diante do Luziânia dentro de casa, novamente Cleysson foi advertido com cartão amarelo por reclamar da arbitragem. Desta vez o motivo 753 foi usado como justificativa. Rodrigo Raposo apitou a partida.

Súmula da 7ª rodada. Reprodução de documento.

Por fim, na 8ª rodada, Cleysson atrasou o reinício da partida contra o Gama, no empate por 2-2 fora de casa. Aos 35 da 1ª etapa o árbitro Rafael Diniz amarelou o goleiro pelo motivo 755.

Súmula 8ª rodada. Reprodução documento

Segundo o Regulamento Geral de Competições da CBF “Terá suspensa a condição de jogo para a partida oficial subsequente da mesma competição, o atleta advertido pelo árbitro a cada série de 3 (três) advertências, com cartões amarelos, independentemente da sequência das partidas previstas na tabela da competição”. Como o goleiro recebeu três cartões, automaticamente, não poderia ter encarado o Jacaré.

Sendo assim, o Capital Clube de Futebol está sujeito a perda de três pontos e multa de até R$ 100.000,00, conforme o art. 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Capital embola briga pela vaga nas quartas e entra na contra o rebaixamento

Com uma campanha irregular comparado ao ano passado, a Coruja pode deixar a briga pela vaga à segunda fase e entrar na contra o rebaixamento. Com 11 pontos, o time ocupa a 7ª posição no torneio. Caso perca os 3 pelo TJD/DF cairá para 9ª colocação, com 8 pontos.

Com mais 6 em disputa, o time chegaria, ao máximo, aos 14 pontos. Porém, Luziânia e Ceilândia com 8 e Unaí com 7 pontos entrariam de vez na briga pela 7ª e 8ª vaga nas quartas-de-final. O Sobradinho, com 13 pontos, desgarrou do pelotão.

Do outro gume da adaga, Ceilandense com 2 e Paranoá com 1 estariam a 6 e 7 pontos, respectivamente, atrás do Capital. Assim, ambas as equipes, que se enfrentam na 11ª rodada, teriam chances matemáticas de escapar da degola. O Capital encara o Unaí amanhã, às 16h, no Mané Garrincha. Na última rodada recebe o Sobradinho em estádio a definir.

Ceilândia afirma que não denunciou para se beneficiar.

Em contato com a reportagem, o presidente do Ceilândia, denunciante, Ari de Almeida, afirmou que a denúncia não foi feita para tirar proveito da situação, mas que é praxe da equipe fazer um giro nas súmulas, toda semana.

“O mais grave da situação é que o departamento técnico da FFDF tinha que tirar os pontos direto e deixar o Capital correr ao TJD/DF. Mas não, faz o processo ao inverso. Federação recebe a denúncia, vê que está errado, vê que o atleta tomou os cartões amarelos e manda pro tribunal. Então esse negócio que deixa a gente preocupado às vezes né?!”

Segundo Ari, a conduta foi feita contra outros times e que seria responsabilidade da federação perceber o erro. “Já fizemos isso na primeira rodada contra o Unaí. A única coisa que a gente não se conforma é que a FFDF não dá as providências de imediato. Tem de passar para o Tribunal tomar a decisão.”

A reportagem procurou a secretaria do Tribunal de Justiça Desportiva do Distrito Federal para saber se a denúncia já chegou ao órgão. Segundo a entidade, a denúncia foi recebida na procuradoria, mas ainda não houve envio da denúncia. Também se contatou a assessoria de imprensa do Capital que irá averiguar e se manifestar sobre o ocorrido.

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