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quarta-feira, 18 de junho de 2025
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Da Selva de Pedra: O minhocão

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A praia do paulistano, Parque Minhocão. Foto: https://www.instagram.com/parque_minhocao/

Primeiro, para quem não me conhece, devo me apresentar.

Esse autodenominado cronista tem 26 anos é jornalista de paixão e há 13 anos atua ou no rádio, ou na TV, ou em jornais (online ou impresso). Também sou advogado e outras atividades que com o passar das cronistas vocês saberão.

Fiz-me gente em Goiás e em Brasília, estados nos quais vivi até setembro de 2023. Hoje, resido em São Paulo, mais especificamente no bairro da Santa Cecília.

Para você que lê e não entende as razões de me apresentar nesta publicação, o motivo é simplório. A partir desta semana vou usar este espaço para contar histórias, experiências, angústias, descobertas e vivências da minha vida em São Paulo. O nome traduz um dos primeiros apelidos que ouvi ao pisar em São Paulo anos atrás: a Selva de Pedra.

As crônicas não necessariamente – e provavelmente costumeiramente não serão – abordarão futebol ou qualquer esporte. Este espaço é um canto de reflexão de alguém que decidiu mudar de cidade para sentir um clima diferente de Brasília e escolheu compartilhar algumas delas no site do qual é sócio. A parte boa de sê-lo é poder iniciar uma coluna com o assunto que eu bem entender que não vai ter editor para barrar.

Feitas essa apresentação, meu CEP é em São Paulo há pouco mais de um mês e meio, mas vivenciar São Paulo, efetivamente, ainda é uma missão muito incipiente. Viagens a trabalho me fizeram passar mais tempo em Brasília – de onde eu mudei para São Paulo por ter coisas demais para fazer aqui, ironia pura, inclusive – e no Sul que em São Paulo.

Das coisas que mais ouvi quando contava em histórias da minha nova residência na Santa Cecília era a pergunta: você já foi no Minhocão?

Eu me indagava, que raios é Minhocão? Ainda mais numa Selva de Pedra.

Na minha vivência de egresso da Universidade de Brasília – minha alma mater – minhocão era o corredor quilométrico entre o Instituto Central de Ciências Sul e Norte na própria UnB.

As pessoas me explicam que Minhocão era um lugar que fechava de noite e aos finais de semana em São Paulo para os pedestres andarem. Então é um parque? Eu perguntava. “Não”, respondiam. E insistiam para eu ir.

Voltei no sábado (21/10) de Joinville após duas semanas como auditor da Comissão Disciplinar dos Jogos Universitários Brasileiros e no domingo (22/10) decidi procurar uma lavanderia próximo à minha casa – ainda não comprei máquina de lavar, e tenho dúvidas se o farei.

Passei na lavanderia direcionada pelo Google Maps – oráculo da modernidade – e a fila era grande. Decidi então andar e vi um pessoal de roupa de academia e de praia subindo um elevado. Fui atrás.

Eis que andando percebo estar no famoso minhocão. Gente para tudo que é lado, de bicicleta ou a pé. 3 pontos de apoio – que eu tenha visto – dão ares de organização para uma pista que de segunda a sexta é ininterruptamente locus de carros.

Um casal de amigos toma um vinho sentado no meio fio da pista, distanciando suas nádegas do chão por um fino pedaço de pano daqueles que se usa em praia. Um pai e uma criança jogam xadrez em um tabuleiro tamanho real. Tem gente em bancos e espreguiçadeiras, tapetes de ioga e barras para patins e skates. Essas estruturas são fornecidas pela própria Prefeitura Municipal de São Paulo, mas além delas as pessoas levam seus itens para passar horas a fio por lá.

Adiante, um grupo de universitários da ESPM são rodeados de espectadores enquanto ensaiam a bateria da escola. E um casal lê, cada qual, seus livros, enquanto pessoas passam correndo de fone de ouvido e sem camisa.

O Minhocão é uma intervenção urbana muito interessante. É aquilo que chamam de ocupação dos espaços não ocupados e da transformação dos pontos cotidianos para o bem público. O Direito à cidade se realiza com a ressignificação de ambientes e de suas funções para o bem coletivo, buscando ampliar suas funções e transformar em locus público de vivência, áreas com funções deveras utilitaristas no dia a dia, como é uma via de interligação vide Minhocão.

New York, Berlin pensam em espaços como este como a busca da rua como um ponto de encontro, diversão e expressão cultural e política. Na própria São Paulo a Paulista Aberta de domingo – que mistura todas as tribos, idades, jeitos e gostos, tem uma função parecida.

Bem ou mal, o Minhocão me lembra Brasília, não apenas por conta da UnB, mas especialmente pelo Eixão de Lazer. Mas essa comparação fica para uma nova coluna, pois essa já de estreia da Coluna Selva de Pedra está maior do que eu imaginava e está quase na hora de eu ir para um ensaio da Escola de Samba da Vai-Vai.

Lista fechada! Série D do Brasileirão 2024 conhece todos os participantes

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última rodada da Série D
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A última vaga para a Série D do Campeonato Brasileiro 2024 foi conquistada pelo Mixto-MT neste domingo (22/10). A equipe mato-grossense empatou por 3 a 3 com o Cuiabá-MT, venceu a Copa FMF e completou a lista dos 64 candidatos ao acesso à terceira divisão nacional na próxima temporada. O Distrito Federal contará com dois representantes na competição do quarto escalão do futebol brasileiro: o Real Brasília, campeão candango de 2023, e o Brasiliense, vice-campeão distrital.

O Mixto visitou o Cuiabá no estádio Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha, na tarde deste domingo (22/10) e precisava de um empate para garantir o título. A equipe mandante abriu o placar com Calebe, mas Luan deixou tudo igual na sequência. Vitão e Gabryel Freitas aumentaram o marcador para o Dourado. Na segunda etapa, Jhonatan marcou duas vezes, igualou o confronto e carimbou a taça para o alvinegro de Mato Grosso. Com o troféu, o clube decidiu pela participação na Série D do Brasileirão de 2024.

Conheça todos os classificados à Série D

Campeão do Candangão em 2023, o Real Brasília estreará na quarta divisão nacional em 2024. O clube disputará sua segunda competição nacional – a primeira foi a Copa do Brasil em 2021 – após a refundação, em 2016. Além do Leão do Planalto, o Distrito Federal contará com outro representante, o Brasiliense. O Jacaré disputará a quarta divisão nacional pela oitava vez, sendo sete consecutivas. A melhor participação foi em 2014, recém-rebaixado da Série C, onde terminou na quinta colocação do torneio.

Além de Real Brasília e Brasiliense, a Região Centro Oeste contará com Anápolis, Crac e Iporá por Goiás, União Rondonópolis e Mixto representando Mato Grosso e Costa Rica por Mato Grosso do Sul. Possíveis adversários dos clubes candangos, a Região Norte será representada por Humaitá e Rio Branco (Acre); Trem (Amapá); Manauara, Manaus e Princesa do Solimões (Amazonas); São Raimundo (Roraima); Porto Velho (Rondônia); Águia de Marabá e Cametá (Pará); e Capital e Tocantinópolis (Tocantins).

O Sul terá Cascavel, Cianorte e Maringá (Paraná); Avenida, Brasil e Novo Hamburgo (Rio Grande do Sul); e Barra, Concórdia e Hercílio Luz (Santa Catarina). A Região Sudeste contará com Real Noroeste e Serra (Espírito Santo); Democrata GV, Ipatinga, Villa Nova e Pouso Alegre (Minas Gerais); Audax Rio, Nova Iguaçu e Portuguesa (Rio de Janeiro); e Água Santa, Inter de Limeira, Santo André e São José (São Paulo).

Por fim, a Região Nordeste será representada por ASA e CSE (Alagoas); Itabuna, Jacuipense e Juazeirense (Bahia); Atlético, Iguatu e Maracanã (Ceará); Maranhão e Moto Club (Maranhão); Sousa e Treze (Paraíba); Petrolina e Retrô (Pernambuco); Altos, Fluminense e River (Piauí); América, Potiguar e Santa Cruz (Rio Grande do Norte); e Itabaina e Sergipe (Sergipe).

  • Acre
    Humaitá e Rio Branco
  • Alagoas
    ASA e CSE
  • Amapá
    Trem
  • Amazonas
    Manauara, Manaus e Princesa do Solimões
  • Bahia
    Itabuna, Jacuipense e Juazeirense
  • Ceará
    Atlético, Iguatu e Maracanã
  • Distrito Federal
    Brasiliense e Real Brasília
  • Espírito Santo
    Real Noroeste e Serra
  • Goiás
    Anápolis, CRAC e Iporá
  • Maranhão
    Maranhão e Moto Club
  • Mato Grosso
    Mixto e União Rondonópolis
  • Mato Grosso do Sul
    Costa Rica
  • Minas Gerais
    Democrata, Ipatinga, Pouso Alegre e Villa Nova
  • Pará
    Águia de Marabá e Cametá
  • Paraíba
    Sousa e Treze
  • Paraná
    Cianorte, Cascavel e Maringá
  • Pernambuco
    Petrolina e Retrô
  • Piauí
    Altos, Fluminense e River
  • Rio de Janeiro
    Audax, Nova Iguaçu e Portuguesa
  • Rio Grande do Norte
    América, Potiguar e Santa Cruz
  • Rio Grande do Sul
    Avenida, Brasil e Novo Hamburgo
  • Rondônia
    Porto Velho
  • Roraima
    São Raimundo
  • Santa Catarina
    Barra, Concórdia e Hercílio Luz
  • São Paulo
    Água Santa, Inter de Limeira, Santo André e São José
  • Sergipe
    Itabaiana e Sergipe
  • Tocantins
    Capital e Tocantinópolis

Rugido do Dragão! Ceilandense vence o Planaltina e conquista a Segundinha

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Ceilandense x Planaltina - Segunda Divisão do Campeonato Candango - Segundinha
Foto: Luã Tomasson/Ceilandense

O Ceilandense é bicampeão da Segunda Divisão do Campeonato Candango! Na manhã deste domingo (22/10), o Dragão rubro-negro de Ceilândia despachou o Planaltina por 2 a 0 e se consagrou campeão da competição local, com o melhor ataque e defesa. A segunda conquista na história do Ceilandense acontece exatos 14 anos após levantar a taça pela primeira vez, no ano de 2009. Classificados desde a semifinal, o clube da maior região administrativa do DF e o Planaltina também conseguiram outra, a vaga no Candangão da temporada que vem.

O primeiro tempo começou muito disputado, com Planaltina e Ceilandense buscando o ataque. Porém, nos minutos iniciais, as defesas prevaleceram. Depois de construir boas jogadas, o Rubro-Negro da Ceilândia conseguiu marcar duas vezes, com Romário e Gabriel. A vantagem de dois gols foi levada para os vestiários. O Galo do Planalto voltou melhor na segunda etapa, mais pecava bastante na hora de finalizar para a meta de Vavá. O Ceilandense chegava através dos contra-ataques e teve chances de ampliar o marcador. Porém, a rede não foi balançada nos 45 minutos finais.

Ceilandense faz dois e leva boa vantagem para o intervalo

A grande decisão da Segunda Divisão do Campeonato Candango começou bastante disputada no Estádio Ciro Machado do Espírito Santo, o Defelê. Os dois times buscavam o ataque desde o primeiro minuto, mas tinham um grande desafio pela frente: furar a defesa adversária. Planaltina e Ceilandense entraram em campo com apenas um tento sofrido em toda competição local. Mesmo com uma boa intensidade, os primeiros 10 minutos de jogo não tiveram nenhuma finalização para o gol.

O primeiro chute em direção a meta dos arqueiros foi somente aos 13 minutos. Romário cobrou falta para o Ceilandense, porém, o lateral pegou mal na bola e a redonda saiu pela linha de fundo. O Rubro-Negro continuou criando e quase abriu o placar quatro minutos depois. Depois de uma ótima construção de contra-ataque, Gustavão tocou para Joãozinho, o atacante rolou dentro da área para Kersul, que bateu de primeira para o gol, a pelota tirou tinta da trave direita de Vagne.

No lance seguinte não teve jeito, a bola entrou. Depois de ótima jogada pela esquerda, Romário recebeu na área e tocou na saída do goleiro, a redonda ainda bateu na trave e morreu no fundo da rede, 1 a 0. Mesmo após o gol, o Ceilandense continuou em cima do adversário e aos 23 minutos conseguiu um pênalti, após toque de braço da marcação dentro da área. Na cobrança, Gabriel bateu alto e ampliou o marcador. Depois do segundo tento, o confronto ficou mais morno em questão de chances claras para ambas as equipes.

Enquanto isso, o jogo ficou mais pegado e com mais faltas anotadas pelo árbitro Rafael Diniz. Nas cordas do ringue, o Planaltina, atrás do placar, não conseguia construir boas jogadas e levar perigo ao gol de Vavá, que pouco trabalhou durante o primeiro tempo. Aos 46′, Vagne impediu o terceiro tento do Ceilandense. Gustavão arriscou da marca do pênalti, mas viu o arqueiro do Galo do Planalto fazer ótima defesa. Aos 51′, Rafael Diniz encerrou a primeira etapa.

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Ceilandense x Planaltina - Segunda Divisão do Campeonato Candango - Segundinha
Gabriel comemorando após o segundo gol do Ceilandense – Foto: Júlio César Silva

Planaltina pressiona, mas não consegue marcar

Precisando pelo menos empatar a partida para levar a decisão para os pênaltis, o treinador Hugo Pilo fez duas mudanças no intervalo de jogo. Mais ofensivo, o Planaltina tomou a iniciativa na volta dos vestiários. Porém, mesmo com o ímpeto do Galo, o Ceilandense que levou perigo pela primeira vez nos 45 minutos finais. Com oito minutos no relógio, após cobrança de falta dentro da área, Coquinho subiu e cabeceou para o gol, a bola passou rente a trave esquerda de Vagne.

O tempo foi correndo e o Planaltina ainda não conseguia levar perigo a meta de Vavá. O Galo do Planalto não conseguia trabalhar algumas jogadas e finalizar tocando a bola, com isto, exagerava nos cruzamentos para área, mas sem encontrar algum atleta para desviar para a baliza adversária. Enquanto isso, aproveitando os contra-ataques, o Ceilandense quase marcou o terceiro aos 15 minutos, mas Vagne saiu muito bem do gol e buscou a bola nos pés de Erick Bahia.

Enquanto dentro das quatro linhas o jogo pegava fogo, as arquibancadas também bem movimentadas. Com um bom público no Estádio Defelê, as torcidas de Planaltina e Ceilandense cantaram durante boa parte da partida. Depois de um bom tempo sem finalizações, quase o Dragão marcou o terceiro. Aos 33′, Tarta cobrou falta magistral, a pelota explodiu na trave direita de Vagne e por muito pouco não entrou.

Na fase final da partida, o Ceilandense buscou cadenciar mais o jogo, enquanto o Planaltina foi para o tudo ou nada. Aos 37′, Wesley Ceifador fez ótima jogada pela direita e cruzou rasteiro para área, Coquinho chegou de carrinho e afastando o perigo para a linha de fundo. Na sequência, a equipe não aproveitou o bom momento e acabou entregando a posse de bola para o adversário.

Minutos depois, novamente Wesley Ceifador chegou pelo lado direito, desta vez, o atleta arriscou e mandou para o gol, Vavá espalmou para fora e impediu o tento do Planaltina. Aos 47′, Luquinhas teve a oportunidade de fazer mais um para o Ceilandense, mas esbarrou na boa defesa de Vagne. Em seguida, foi a vez do Planaltina assustar Vavá, o arqueiro espalmou para fora. Sem mais grandes oportunidades, Rafael Diniz encerrou a grande decisão da Segundinha aos 52 minutos. Com o placar de 2 a 0, o Ceilandense consagrou-se campeão.

Ceilandense x Planaltina - Segunda Divisão do Campeonato Candango - Segundinha
Planaltina e Ceilandense disputando a final da Segundinha – Foto: Luã Tomasson/Ceilandense

Planaltina 0

Escalação: Vagne Hugo; Iarley 🟨, Sérgio Baiano 🟨, Tonhão e Rivas (Gio); Alê (Álvaro), Juninho, Leonardo (Ícaro) e Wesley Ceifador; Matheus (Luquinhas 🟨) e João Victor 🟨.
Técnico: Hugo Pilo

Ceilandense 2

Escalação: Vavá; Caetano (Pedrinho), Igor, Gabriel ⚽ e Romário ⚽; Coquinho, Lila e Kersul 🟨(Tarta);  Falero (Felipe Clemente), Joãozinho (Luquinhas) e Gustavão (Erick Bahia).
Técnico: Luis dos Reis

Dentro de casa, Cerrado é dominado pelo Pinheiros em primeiro jogo no NBB

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Na chuvosa tarde deste sábado, o Cerrado Basquete estreou no NBB 2023/2024. A estreia não foi como a torcida e os jogadores aguardavam: o time candango saiu derrotada pelo Pinheiros, pelo placar de 69 a 62 , no Ginásio da Asceb. A equipe cerradista não foi capaz de segurar a pontaria do adversário paulista. Pelo lado alviverde, Buiú foi o cestinha da partida com 11 pontos. Gui Santos e Andrezão antecedem, com 10 tentos marcados. Clube alviverde retorna às quadras nesta segunda-feira, diante do Corinthians, às 19h, com transmissão do Star+.

Primeiro tempo

O placar foi inaugurado pelo Cerrado. Aos quinze segundos, Gui Santos sofreu falta dentro do garrafão e o mesmo converteu o lance livre. O Pinheiros mostrou a que veio logo depois: Tiago Faria, em sequência, acertou duas cestas de três pontos. A premissa da equipe paulista era apostar nas bolas de média a longa distância e foi, ponto a ponto, construindo a gordura sobre a equipe da casa. O fim do primeiro período dava indícios de uma partida equilibrada, ao terminar por 18 a 12 para os visitantes.

A segunda metade do primeiro tempo foi dominada pela equipe azul e preta. O coletivo do time era avassalador: Agapy e Adyel anotaram quatro pontos, Jimmy seis, e Ponti foi o cestinha do período com sete tentos anotados. Somados, os atletas chegaram a 21 pontos e totalizavam 39 pontos antes do intervalo. O Cerrado tinha potencial para agredir o adversário que atacava com todo seu arsenal, mas errava lances simples e ficava “enterrado” no placar. A equipe saia para o vestiário perdendo por 39 a 25.

Segundo tempo

Régis Marreli fez ajustes cruciais no intervalo. Durante o terceiro quarto, a defesa cerradista estava mais encaixada e trocava passes com mais qualidade. O Pinheiros continuava acertando suas cestas, mas os donos da casa tentavam reagir. A diferença de pontuação entre as equipes foi a menor anotada desde o início da partida: apenas quatro pontos. Jimmy era o destaque e o cestinha da partida, com 18 pontos anotados e 6 rebotes ganhos. Mesmo com a melhora de desempenho do Cerrado, no placar geral, os paulistas ainda se sobressaiam: 58 a 40.

O Cerrado ia chegando perto e rascunhando uma prorrogação. Faltando três minutos para o térimo da partida, Maycon Douglas arrancou e cravou a enterrada que daria uma injeção de ânimo nos donos da casa. O clube candango ainda estava com 15 pontos de desvantagem (52 x 67), mas serviu de motivação. A partir dali, o jogo foi todo do alviverde. Von Haydin acertaria dois lances livres e Rosetto anotaria uma duas bolas de três, apimentando a partida. Entretanto, a reação foi longínqua: o juiz apitou o fim da partida, que terminou 69 a 62 para a equipe do Pinheiros.

O que vem por aí

Já nesta segunda (23), o Cerrado enfrenta o Corinthians pela segunda rodada do Novo Basquete Brasil (NBB), às 19, no Ginásio da Asceb. Depois, a equipe retorna às quadras apenas no dia 07/11, contra o União Corinthians, ainda dentro de casa.

 

Estreia com pé esquerdo: Brasília Basquete perde para o Corinthians no NBB

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Brasília Basquete pelo Novo Basquete Brasil - NBB
Foto: Matheus Maranhão/Brasília Basquete

O Brasília Basquete estreou com o pé esquerdo no Novo Basquete Brasil. Nesta chuvosa tarde de sábado (21), o alviceleste estreou no NBB com uma derrota por 84 a 72 para o Corinthians. A reformulada equipe mostrou potencial na sua primeira amostragem, mas pecou nas chances claras que obteve. Os extraterrestres retornam às quadras na próxima segunda-feira, contra o Pinheiros, às 19h30, na Arena BRB Nilson Nelson.

Primeiro tempo

Durante o primeiro período, o ritmo de jogo foi infenso. O Brasília buscou impor o ‘fator casa’ e de forma agressiva, com uma troca de passes rápida e apostando em bolas de três. O Corinthians vencia até os últimos segundos da primeira etapa, mas Dalaqua colocou os donos da casa à frente ao acertar uma bola de três do meio da quadra: 26 a 24 para os Extraterrestres. Em uma partida disputada, o time brasiliense ia com a vantagem para o segundo período.

Mesmo que a partida continuasse equilibrada, o Corinthians saiu para o vestiário com a vantagem no placar. A equipe paulista teve apenas quatro erros distante os dois primeiros períodos e contou com uma tarde inspirada do ala Cauê Borges. O corinthiano anotou 15 pontos apenas no primeiro tempo, além de distribuir três assistências aos seus companheiros. A equipe do Brasília ainda confundia o adversário com uma rápida troca de passes, mas retornava aos vestiários perdendo por 40 a 45.

Segundo tempo

O Brasília pareceu não voltar com a cabeça para o terceiro quarto. Com menos de dois minutos jogados, os donos da casa estavam com 11 pontos de desvantagem. Rapidamente o treinador Dedé Barbosa teve de pedir parada técnica para ajustar novamente. Mesmo com as correções, a equipe ainda tinha dois obstáculos dentro de quadra: defensivamente, o pivô corinthiano Onwenu era soberano nos bloqueios e rebotes. Na frente, Cauê Borges continuava cravando suas cestas e ampliando a vantagem dos visitantes: 66 pontos corinthianos contra 55 dos extraterrestres, finalizando o terceiro período.

Com a desvantagem no placar, a equipe de Brasília se jogou ao ataque, pressionando a equipe paulista. Posicionada de forma espaçada, os extraterrestres ocuparam a área ofensiva durante boa parte da quarta etapa. O recém-chegado Dalaqua foi o destaque do período: no geral, o armador anotou 15 pontos e foi o principal jogador brasiliense na tentativa de virada. Pelo lado corinthiano, Léo Demétrio foi outro destaque da equipe paulistana, com 27 pontos anotados, sendo o segundo maior pontuador da partida, que por fim, ficou em 84 a 72 para os visitantes.

O que vem por aí

O Brasília Basquete tentará conquistar seus primeiros três pontos no Novo Basquete Brasil na próxima segunda-feira. Os extraterrestres enfrentam o Pinheiros, novamente na Arena BRB Nilson Nelson, às 19h30. A partida não será televisionada.

Libertadores Feminina: final terá duas atletas nascidas no Distrito Federal

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Vic Albuquerque e Gabi Portilho - Libertadores Feminina
Foto: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

Por Rayssa Loreen e João Marcelo Pepi
Corinthians e Palmeiras entram em campo neste sábado (21/10) para disputar o título da Libertadores Feminina 2023. Em uma final 100% brasileira, duas atletas nascidas no Distrito Federal estarão em campo: Gabi Portilho e Vic Albuquerque, jogadoras do alvinegro paulista. Experientes na competição, as duas já levantaram a taça em outras oportunidades. A bola rola para as equipes às 20h30 (horário de Brasília), no Estádio Olímpico Pascual Guerrero, em Cali, na Colômbia.

Vic Albuquerque está escrevendo história no Corinthians e busca a terceira taça da competição. A meia chegou em 2019 e conquistou 11 troféus com o clube alvinegro, sendo dois da Copa Libertadores Feminina, conquistados em 2019 e 2021. Na atual temporada, a atleta balançou a rede 20 vezes em 35 partidas. Somente no torneio sul-americano foram três gols.

Outro nome brasiliense que conquistou o coração da torcida corintiana é Gabi Portilho. Sem passagens pelo futebol local, a atacante chegou ao Corinthians em 2020. Em busca da segunda taça – a primeira foi em 2021 -, Gabi ainda não marcou gols nesta temporada da Copa Libertadores Feminina. Ao todo, a atleta tem dez títulos conquistados no alvinegro paulista.

A final da Copa Libertadores Feminina 2023 entre Corinthians e Palmeiras acontercerá neste sábado (21/10), às 20h30 (horário de Brasília). A partida terá transmissão do SporTV 2 (TV fechada) e PlutoTV (serviço de streaming). No YouTube, os torcedores poderão acompanhar pelos canais Goat, Meu Timão e Nosso Palestra.

Ex-Minas Brasília na Libertadores Feminina

O Palmeiras também conta com um nome conhecido no futebol do Distrito Federal. Antes de defender as palestrinas, a lateral-esquerda/meia Katrine jogou pelo Minas Brasília em 2020. A defensora disputou 15 jogos pela equipe candanga e marcou quatro gols. No ano seguinte, a atleta foi para o Verdão e conquistou três taças, com destaque para a Libertadores Feminina, garantida em 2022.

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Reforços alviverdes: Gama acerta contratação de dois atletas para 2024

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Dieguinho e Adenilson, novos reforços do Gama para 2024
Fotos: Vitor Melo/Nova Iguaçu FC e Divulgação/Camboriú

Por João Marcelo Pepi e Bruno Henrique de Moura
O Gama segue em busca de uma melhor temporada em 2024. Após a contratação do treinador Cícero Júnior e do zagueiro Pablo Vinícius, o alviverde assinou o pré-contrato com mais dois atletas: o volante Adenilson e o meia Dieguinho. O primeiro nome estava no Camboriú-SC e jogou a quarta divisão nacional em 2023, enquanto o segundo vestiu as camisas do Altos-PI pela Série C do Brasileirão e disputa atualmente a Segunda Divisão do Campeonato Potiguar pelo Laguna-RN.

Volante destro de 29 anos, Adenilson iniciou a carreira no Rio Grande do Sul, onde atuou com as camisas do Juventude e Brasil de Farroupilha. Após, o meia foi contratado pelo Bragantino-SP, atual Red Bull Bragantino, e ficou no clube de 2016 até 2019, com uma passagem pelo Sport-PE. O jogador ainda vestiu as camisas do Criciúma-SC, Grêmio Novorizontino-SP, XV de Piracicaba-SP e São Bernardo-SP. Neste ano, disputou 16 jogos pelo Camboriú-SC nas disputas do Campeonato Catarinense e Série D do Brasileirão.

Adenilson com a camisa do Camboriú em 2023
Foto: Divulgação/Camboriú

Meia-atacante experiente de 33 anos, Dieguinho é outro atleta com pré-contrato assinado junto ao Gama. O jogador disputa a divisão de acesso do Campeonato Potiguar pelo Laguna-RN, mas após a competição se apresenta ao alviverde candango. Neste ano, Dieguinho atuou em 28 partidas com o Altos-PI (17 pela Série C do Brasileirão e 11 pelo Campeonato Piauiense) e uma pelo Campinense-PB no Campeonato Paraibano. O profissional acumula passagens por Nova Iguaçu-RJ, Duque de Caxias-RJ, América-RJ, entre outros.

Contratações do Gama

Em processo de montagem do elenco para uma temporada positiva em 2024, o Gama acertou com o Cícero Júnior, treinador que esteve à frente do Athletic Club SAF-MG no acesso do clube mineiro à terceira divisão nacional em 2023. Além do comandante, a equipe trouxe o zagueiro Pablo Vinícius. O defensor de 24 anos estava na Juventus-SP e acumula passagem pelo Figueirense-SC.

Ingressos para Flamengo e Santos em Brasília estarão à venda neste sábado

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Flamengo e Santos pela Série A do Campeonato Brasileiro 2023
Foto: Raul Baretta/Santos FC

Após adiamento, enfim a venda de ingressos para Flamengo x Santos, válido pela 31ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, iniciará neste sábado (21/10). Os sócios-torcedores do clube carioca terão prioridade na compra e a abertura para o público-geral acontece em 26 de outubro. Na última sexta-feira (20/10), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou o duelo entre rubro-negros e alvinegros para 1º de novembro, às 20h, no Estádio Nacional Mané Garrincha.

Programada para 12 de outubro, a venda de ingressos foi adiada devido à questão de organização da tabela de jogos da CBF. Nove dias depois, a comercialização dos bilhetes terá início. Os sócios-torcedores rubro-negros da categoria diamante serão os primeiros a terem oportunidade de efetuar as compras. A abertura está programada para às 14h deste sábado (21/10). Quatro horas depois, as entradas poderão ser adquiridas pelos sócios da faixa platina. No domingo (22/10), as vendas abrem para os integrantes dos grupos ouro, prata e bronze.

Na próxima segunda-feira (23/10), as vendas abrem para os clientes do banco BRB. O público-geral precisará esperar até quinta-feira (26/10) para adquirir as entradas para o jogo entre Flamengo e Santos. Os valores dos bilhetes variam entre R$ 79,00 (meia entrada para as cadeiras superiores norte e sul) e R$ 298,00 (inteira no mezanino vip). Os setores norte, leste e oeste serão destinados aos torcedores rubro-negros cariocas, enquanto o setor sul contará com os alvinegros paulistas.

A comercialização virtual das entradas será por meio do site Bilheteria Digital.

Na noite da última sexta-feira (20/10), a CBF confirmou o confronto para 1º de novembro, às 20h. Para receber Flamengo e Santos, o Estádio Nacional Mané Garrincha passará por uma troca parcial de gramado. O principal palco esportivo de Brasília tem uma agenda repleta de shows. A movimentação prejudicou o estado do piso. O procedimento será realizado após a apresentação do cantor Roger Waters, marcada para o local na próxima terça-feira (24/11). Assim, serão oito dias de ajustes.

Cronograma de abertura das vendas dos ingressos

Sábado (21/10)
14h – Diamante
18h – Platina

Domingo (22/10)
10h – Ouro
14h – Prata
18h – Bronze

Segunda-feira (23/10)
14h – Clientes BRB

Quinta-feira (26/10)
14h – Público-geral

Preços das entradas para Flamengo e Santos

  • Setores disponibilizados aos torcedores do Flamengo:

Cadeira Superior Norte: R$ 79 (meia-entrada) e R$ 158 (inteira)
Cadeira Superior Leste: R$ 99 (meia-entrada) e R$ 198 (inteira)
Cadeira Superior Oeste: R$ 109 (meia-entrada) e R$ 218 (inteira)
Cadeira Inferior Norte: R$ 109 (meia-entrada) e R$ 218 (inteira)
Cadeira Inferior Leste: R$ 129 (meia-entrada) e R$ 258 (inteira)
Cadeira Inferior Oeste: R$ 139 (meia-entrada) e R$ 278 (inteira)
Mezanino Vip Norte/Leste/Oeste: R$ 149 (meia-entrada) e R$ 298 (inteira)

  • Setores disponibilizados aos torcedores do Santos:

Cadeira Superior Sul: R$ 79 (meia-entrada) e R$ 158 (inteira)
Cadeira Inferior Sul: R$ 109 (meia-entrada) e R$ 218 (inteira)
Mezanino Vip Sul: R$ 149 (meia-entrada) e R$ 298 (inteira)

Prestes a sediar torneio, Complexo JK tem estrutura aprovada pelo MPDFT

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Foto: Ádamo Dan/ Capital Clube de Futebol

A renovada estrutura do Complexo JK está novamente aprovada pelo Ministério Público. Na manhã desta sexta-feira (20), a Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão (PDDC), representando o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), vistoriou todo o espaço da área esportiva, localizada no Paranoá. Além do estádio onde o Capital manda suas partidas, todo o redor também foi revitalizado, com a construção de campos de treinamentos que são utilizados pelos atletas do clube. A praça esportiva será sede de um torneio de base em dezembro e teve de passar pela nova vistoria.

Durante a visita, foram verificadas as condições das instalações do estádio e do novo ginásio. O espaço é gerenciado pelo Capital Clube de Futebol, foi reformado por meio do projeto “Adote uma Praça”, da Secretaria de Projetos Especiais do GDF. O projeto firma parcerias com empresários e moradores da capital para a manutenção e recuperação de praças, jardins, espaços esportivos, rotatórias, monumentos, pontos turísticos, entre outros.

Eduardo Sabo, procurador de justiça, ressalta a importância da inspeção, uma vez que está previsto, para novembro, a primeira Copa Capital Sub-17, para o qual o Estádio JK será usado. “Eles estão atuando com muita atenção e cuidado. Na reforma do estádio, inclusive, atenderam a uma determinação da Polícia Militar, abrindo acessos diferenciados para a torcida do Capital Clube de Futebol e a dos visitantes”, comenta Sabo.

Tendo a iniciativa da Secretaria de Esportes e Lazer, o Instituto Capital e o Capital Clube de Futebol, além do apoio da Federação de Futebol do Distrito Federal, a 1ª Copa Capital de Futebol Sub-17 acontecerá entre os dias 1º e 10 de dezembro, sendo sediada no Complexo JK. Até aqui, sete clubes já estão confirmados no torneio: Botafogo-RJ, Cuiabá-MT, Goiás-GO, Vila Nova-GO, Atlético Goianiense-GO, Canaã-DF e Capital-DF. A última equipe que irá compor a competição será o campeão do Candanguinho Sub-17.

Os inspetores ainda tiveram a oportunidade de acompanhar um treino da equipe de juniores Sub-20 do Capital. No mês de janeiro, os Tricolores irão disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior, famosa Copinha, e estão em preparação desde o início do mês. Além disso, também puderam conhecer as demais categorias de base e o projeto Centro de Formação de Atletas Capital. A ação social atende e auxilia na formação de mais de mil crianças em situação de vulnerabilidade da região do Paranoá.

Visão de Jogo #46: O Brasil vai virar a Venezuela

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Coluna Visão de Jogo
Por Luiz Henrique Borges

Na semana passada, eu pensei em escrever sobre a ridícula apresentação da Seleção Brasileira contra a fraca Venezuela. O jogo foi tão ruim, que logo após o gol do Brasil, no início do segundo tempo, adormeci e só acordei quando o locutor, para o meu espanto, narrou o gol do nosso adversário. Ainda entorpecido, pensei que estava sonhando, me ajeitei no sofá, cocei os olhos, dei um preguiçoso bocejo e vi que os caras realmente tinham empatado o jogo.

Acordei na sexta-feira convicto de que, ao voltar do dentista, iria assistir com mais atenção a partida para elaborar a crônica da semana. Fui ao consultório do Dr. Marcelo Abate, profissional que visito há mais de uma década e que eu recomendo, desta vez para um procedimento mais invasivo, resultado dos problemas advindos com o envelhecimento. Tudo correu bem e sequer precisei tomar a receitada Dipirona Sódica caso sentisse desconforto. No entanto, ao chegar em casa, cansado, preferi não escrever. Deixei para hoje.

Contra a Venezuela, o Brasil manteve a bola em seus pés, aspecto corriqueiro nos times dirigidos por Diniz, mas de forma pouco produtiva. Atuando contra um oponente muito fechado, a armadilha de recuar a bola e atrair o adversário para o campo de ataque abrindo espaços no sistema defensivo não teve efeito contra os venezuelanos que, cientes de sua inferioridade técnica, não tiveram pudor de montar duas compactas linhas defensivas e aguardar, pacientemente, o deserto de ideias da Seleção Brasileira.

Almocei na casa dos meus pais no Domingo. Questionado sobre o jogo, falei que para furar uma retranca como a venezuelana seria preciso dar velocidade ao jogo, seja atuando pelos lados do campo, seja nas trocas de passes que envolveriam o oponente. O Brasil não mostrou tática e tecnicamente capacidade para realizar qualquer uma das duas coisas. Ao final da conversa, vaticinei que jogaríamos melhor contra o Uruguai, afinal nossos eternos rivais, reconhecidamente de muito melhor técnica, atuariam em casa e, mesmo trazendo mais perigo para a defesa brasileira, dariam mais espaços. Queimei a língua!

Meu Deus do Céu, que jogo ruim foi aquele de terça-feira! Teve um momento, quando o primeiro tempo já se encaminhava para o final, que procurei no “Oráculo Google” se os dois contendores haviam assinado, talvez ainda no próprio dia 17/10, um acordo de paz para ninguém dar um chutinho, por mais fraquinho que fosse, para o gol de seu “inimigo”. Vou falar para vocês, meus leitores, o negócio estava tão ruim que fiquei até surpreso quando o Uruguai conseguiu marcar o primeiro gol na certeira cabeçada de Darwin Núñez.

Juro que não estou sendo sarcástico, mas não me preocupei, em relação ao jogo da Seleção, quando o Neymar deixou o gramado. Não é de hoje que o ex-craque brasileiro não tem mais a explosão e o vigor físico que lhe permitia ser tecnicamente um jogador diferenciado. Eu também não acredito que o alto rendimento do atleta será retomado no “fortíssimo” futebol árabe. Mas quem sabe eu não volte a queimar a língua!

Não sei o que o Diniz tinha na cabeça quando colocou o Richarlison no lugar do contundido Neymar. A substituição deixou o Brasil ainda mais desorganizado e o time conseguiu a proeza de piorar o que já estava péssimo. Além do atacante do Tottenham estar jogando pedrinhas, oh fase ruim da moléstia, o Brasil precisava, e precisará para os próximos jogos, melhorar muito o meio-campo que é fundamental para a construção das jogadas. Não adianta encher o time de atacantes se a bola não é tratada com carinho na zona central do gramado.

Não sei se era minha televisão, se são os meus olhos, ou se a minha idade está me deixando muito crítico, mas o Casemiro era tão rápido quanto um tanque de guerra atolado na lama. O outro volante do time, o tal do Bruno Guimarães, também é lento, sem criatividade e pouco combativo. O que mais me preocupa é ler que a CBF está discutindo a reintegração do Lucas Paquetá como se ele fosse solucionar todos os nossos problemas. Só pode ser brincadeira.

Será que o Vinícius Júnior e o Rodrygo, craques do Real Madrid, estiveram em campo contra a Venezuela e o Uruguai? Acho que os caras que entraram em campo eram sósias dos dois jogadores. É verdade também que a lentidão da equipe brasileira não potencializa o jogo de Vini Júnior que foi facilmente anulado pelos seus marcadores ao ficar espremido ao lado da linha lateral do campo. Já o Rodrygo parecia uma barata tonta, improdutivo, correndo de um lado para o outro.

Jamais concordei com o chavão usado pela imprensa de que “é um jogo para esquecer”. O péssimo futebol apresentado por nossa seleção, nas duas partidas, não deve e não pode ser esquecido, ele precisa ser dolorosamente lembrado para que a Comissão Técnica e os jogadores busquem por soluções. É simplesmente inadmissível que a Seleção Brasileira passe 90 minutos e só dê 2 finalizações, como ocorreu contra o Uruguai.

Entendo que o naufrágio técnico e tático de nossa seleção não pode ser debitado apenas na conta do Diniz. Sem querer comparar a capacidade do treinador do Fluminense com a do astro internacional chamado Guardiola e, é preciso dizer, sabendo que eles possuem estilos de jogos diferentes, há, no entanto, um ponto de interseção. O trabalho desenvolvido por eles exige tempo de treinamento. Nos clubes, os dois treinadores encontram, em alguma medida, esse recurso, mas nas seleções o tempo é um artigo ainda mais raro do que os jogadores extraordinários.

No entanto, a inflexibilidade de Diniz em ajustar as suas ideias à realidade que ele tem nas mãos faz com que ele também tenha uma boa parcela de culpa no repugnante futebol apresentado pelo Brasil. O treinador busca implantar, de imediato, o seu conceito de futebol, que é muito diferente do trabalho anterior. As transições, para não serem traumáticas, precisam ser graduais. Os jogadores, especialmente nos momentos mais tensos das partidas, perceptivelmente confusos, não conseguem aplicar os conceitos do dinizismo e tentam, também infrutiferamente, retornar ao modelo anterior. É o caos!

Se há uma entidade capaz de tomar decisões infalivelmente atabalhoadas, ela é a CBF. Os comandantes do nosso futebol erram sempre. Diniz, um homem dividido entre dois empregos, foi escolhido como um remendo, uma espécie de band-aid, até a chegada do Ancelotti. Caso o acerto com o treinador italiano esteja realmente sacramentado, não teria sido melhor, como remendo, trazer alguém da sua confiança e que entende como o italiano irá proceder quando (e se) ele assumir a equipe?

Para a felicidade dos conservadores brasileiros, o mantra, marcado pela simplicidade (ou desonestidade) cognitiva, repleta de equívocos históricos e econômicos, se transformou em realidade. O Brasil realmente virou a Venezuela, só que foi no futebol.