Maguielson Lima Barbosa em atividade. Foto: reprodução redes sociais pessoais
Após um Candangão de muito trabalho é a hora da arbitragem do Distrito Federal virar todas as suas atenções para as competições nacionais. E no próximo final de semana já teremos o início do campeonato de elite do futebol nacional, o Brasileirão. Na primeira rodada, uma dupla candanga já terá a missão de comandar um dos principais confrontos do torneio.
Maguielson Lima e Lehi Sousa estão escalados para atuar em Fluminense e Bragantino, partida entre o atual campeão da Libertadores e o 6º colocado da competição de 2023.
O jogo válido pela rodada inaugural ocorrerá no estádio do Maracanã no sábado, dia 13/04 às 21h e terão transmissão de uma emissora de TV Fechada. Este será o 6º jogo apitado por Maguielson na primeira divisão nacional.
Ao Distrito do Esporte, Maguielson comentou sobre a expectativa de voltar a apitar na Série A do Brasileirão, ainda mais na primeira rodada:
Primeiro quero agradecer a Deus por todas as coisas, porque sem ele nada é possível. Alegria é imensa, porque atuar na Série A do Campeonato Brasileiro é objetivo de todos os árbitros. É por este motivo que eu sempre me dedico nos meus treinamentos, me preparando física, técnica e mentalmente, para aproveitar cada oportunidade, me sinto preparado e vamos com muita humildade e pés no chão visando subir degrau por degrau, estou muito feliz pela oportunidade, e é claro que vamos trabalhar com muito comprometimento para aproveitar cada uma delas, e entregar o meu melhor, estamos tendo uma semana intensa de treinamentos aqui no Rio de Janeiro com orientações do Presidente Wilson Seneme, e não temos dúvidas de que entraremos muito fortes e preparados para realizar um excelente campeonato brasileiro.
Além da dupla em Fluminense x Bragantino, dois outros candangos atuarão na primeira rodada, mas na função de assessor – antes analista de vídeo. Raimundo Lopo faz Vasco da Gama x Grêmio, enquanto Marrubson Freitas estará em Internacional x Bahia.
Maguielson Lima apitando jogo no Mané Garrincha – foto: reprodução pessoal
O mercado da bola continua atrativo para o Jacaré! De olho na sequência da temporada, o Brasiliense segue se movimentando para montar o elenco que vai disputar a Série D do Campeonato Brasileiro, o último compromisso do clube no ano. O objetivo é subir de divisão e garantir o calendário para 2025. O nome da vez é Gabriel Galhardo, volante de 30 anos. O jogador é o nono reforço do time amarelo para a competição.
Gabriel estava no XV de Piracicaba e chegou a ser treinado por Paulo Roberto Santos, o novo técnico do Brasiliense. Na equipe do interior de São Paulo, o volante atuou somente por dois jogos e não marcou nenhum gol. Agora no Jacaré, será a segunda passagem do atleta no futebol do Distrito Federal. Em 2015, Gabriel defendeu o Gama. Ao longo da carreira, ele ainda vestiu as camisas do Athletic-MG, Ceará, Nova Iguaçu, Patrocinense e Pouso Alegre.
Na expectativa obstinada de garantir a classificação para a Série C, o Brasiliense acertou com outros oito nomes para o restante da temporada. São eles: Renan Dutra (zagueiro), Márcio Duarte (lateral), Kaio Nunes (atacante), Gabriel Pedra (atacante), Ian Carlos (atacante), Filipe Werley (volante), Gui Mendes (meia-atacante) e Everton Kanela (centroavante). Além disso, o atacante uruguaio Jonatan Álvez está em período de testes no time e, caso seja aprovado, deve ser anunciado nos próximos dias.
A Série D do Campeonato Brasileiro é a última esperança do Jacaré nesta temporada. O time precisa subir de divisão para conquistar um calendário cheio em 2025, já que não chegou até a final do Candangão BRB 2024. A estreia do esquadrão amarelo será entre os dias 27 e 28 de abril, no Estádio Elmo Serejo Farias, o Serejão, diante do Anápolis.
A torcida do Capital pode, enfim, ficar tranquila! Na manhã desta quarta-feira (10/4), o Coruja, através das redes sociais oficiais do clube, comunicou a renovação de contrato com um dos pilares do ótimo desempenho dentro da temporada 2024, o treinador Paulinho Kobayashi. Anteriormente, o Tricolor do quadradinho havia anunciado a renovação com o diretor de futebol Gustavo Cartaxo, que foi um dos responsáveis em montar o elenco vice-campeão.
Paulinho Kobayashi, de 54 anos, irá para a segunda temporada consecutiva no Capital. O técnico fez um ótimo Candangão BRB 2024, levando o Tricolor até a grande decisão da competição local. A classificação para a final garantiu calendário cheio em 2025 para a equipe, coisa que não tinha acontecido em outros anos com o clube. O treinador é responsável pela vaga na Copa do Brasil, Copa Verde e Série D do Campeonato Brasileiro.
O contrato de Kobayashi com o Capital foi estendido até novembro de 2025. Com isso, o profissional terá a oportunidade de comandar o Coruja nas competições nacionais e, quem sabe, repetir o feito do Ferroviário-CE e levar o time do Distrito Federal até a Série C do Campeonato Brasileiro. No Candangão deste ano, o técnico teve apenas uma derrota durante os 90 minutos, diante do Brasiliense. O clube venceu nove jogos e empatou três vezes.
“Nos próximos dias retorno para Santos-SP para ficar com minha família após um campeonato enérgico e volto para o Distrito Federal em novembro, com foco na temporada 2025”, destacou Kobayashi. Durante este período, o treinador e o executivo Gustavo Cartaxo manterão contato para o planejamento e estruturação do plantel de jogadores visando o ano de 2025. Kobayashi retornará ao DF no fim do ano, assim como aconteceu na preparação para o Campeonato Candango de 2024.
“Nossa temporada foi extremamente proveitosa. Dessa forma, há sim essa necessidade de nos planejarmos com o máximo de antecedência possível para que os resultados venham, assim como ocorreu nesses últimos meses”, complementou o comandante técnico. Sem competições oficiais em 2024, o Capital volta a atenção para os torneios de categoria de base. O Coruja estreia no Candanguinho dia 4 de maio, contra o Ceilandense, fora de casa.
Na tarde do último sábado (6), o Ceilândia sagrou-se campeão candango após 12 anos desde o último título. Sob a presença de 15.737 torcedores na Arena BRB Mané Garrincha, os comandados de Adelson de Almeida bateram o Capital nos pênaltis, por 4 a 3. O alto número de ceilandenses e tricolores nas arquibancadas representou o maior público do Candangão nos últimos nove anos. Em 2015, a decisão entre Gama e Brasília registrou 24.046 pessoas no maior palco da capital. A contagem exclui os anos de 2020 e 2021, quando a presença de torcedores foi proibida devido ao Coronavírus.
O público que mais se aproxima da final desta temporada é a decisão do Campeonato Candango de 2019. Na ocasião, Brasiliense e Gama se enfrentaram pela partida de volta da final e 14.599 pessoas assistiram ao título do alviverde na Arena BRB Mané Garrincha. Até o último sábado (6), nenhuma partida do torneio havia tido tamanha presença de público desde 2015, quando os gamenses novamente ficaram com a taça, desta vez, sobre o Brasília. Nesta, 24.046 pessoas presenciaram o décimo primeiro título da história do Periquito.
Ainda nesta temporada, outros bons números foram registrados no Campeonato Candango. O jogo de ida das semifinais do torneio, entre Gama e Ceilândia, ocupa a segunda posição do ranking, com 5.507 presentes nas arquibancadas do Estádio Bezerrão. A casa do alviverde também detém a terceira e melhor colocação, com 5.316 torcedores no clássico contra o Brasiliense e outros 5.223 na partida de reestreia da arena, contra o Planaltina. A vitória do Capital sobre o Jacaré, no segundo confronto das semis fecha o top-5, quando registrou 4.493 torcedores presentes nas arquibancadas.
Em 2022, no pós-pandemia e quando a normalidade estava reestabelecida, o melhor público do Candangão ocorreu em um clássico entre Gama e Brasiliense. Na ocasião, 2.329 pessoas assistiram ao jogo entre os rivais, realizado na Arena BRB Mané Garrincha. Na última temporada, os algozes novamente registraram o melhor público do ano, mas desta vez, pela categoria sub-20. Com torcida única do Alviverde, 3.109 torcedores se fizeram presentes nas arquibancadas do Estádio Luizinho, no Novo Gama.
Maiores públicos do Candangão desde 2015
2024
Gama 2 x 0 Planaltina – 5.223 pessoas (Bezerrão)
2023
Gama e Brasiliense – 3.109 pessoas (Estádio Luizinho)
2022
Gama 3 x 2 Brasiliense – 2.329 pessoas (Mané Garrincha)
2021
Campeonato sem público devido à pandemia de covid-19
2020*
Gama 5 x 2 Taguatinga – 1.377 pessoas (Bezerrão)
2019
Brasiliense 2 x 2 Gama – 14.599 pessoas (Mané Garrincha)
2018
Brasiliense 0 x 1 Sobradinho – 5.016 pessoas (Mané Garrincha)
2017
Gama 1 x 1 Brasiliense – 7.247 pessoas (Bezerrão)
2016
Ceilândia 0 x 1 Luziânia – 7.969 pessoas (Mané Garrincha)
2015
Gama 1 x 0 Brasília – 24.046 pessoas (Mané Garrincha)
Everton Kanela atuando com a camisa da Patrocinense diante do Atlético Mineiro - Foto: Pedro Souza/Atlético Mineiro
Mais uma contratação no Jacaré! Visando a sequência da temporada, quando disputa a última competição de 2024, a Série D do Campeonato Brasileiro, o Brasiliense segue bastante atuante no mercado da bola. Na tarde desta terça-feira (9/4), o clube usou as redes sociais oficiais para anunciar mais um jogador. O nome da vez é Everton Kanela, centroavante de 28 anos que estava no XV de Piracicaba juntamente com o treinador Paulo Roberto Santos.
Na equipe do interior de São Paulo, o atacante participou apenas de duas partidas, mas acabou marcando um gol. Os dois confrontos foram válidos pelas quartas de final da Série A2 do Paulistão diante da Portuguesa Santista. Ainda nesta temporada, o atleta estava no Patrocinense, de Minas Gerais. No time de Patrocínio, Kanela entrou em campo em oito oportunidades, balançando a rede três vezes.
Everton Kanela nunca jogou em times do Distrito Federal. Ele iniciou a carreira no União do Mato Grosso do Sul e foi emprestado ao Catanduva e Grêmio Anápolis nos anos de 2019 e 2020. Tempos depois, ele voltou ao clube em outras duas oportunidades. Na carreira, o atacante ainda vestiu as camisas de Águia Negra, Manauara, Naviraiense, Treze, América de Teófilo Otoni, Barcelona de Ilhéus e Bahia de Feira.
Depois do anúncio de Everton Kanela, o Brasiliense deve assinar outras contratações que fecharão o elenco para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro. O Jacaré precisa subir de divisão para conquistar um calendário cheio em 2025, já que não chegou até a final do Candangão BRB 2024. A estreia do esquadrão amarelo será entre os dias 27 e 28 de abril, no Estádio Elmo Serejo Farias, o Serejão, diante do Anápolis.
Mesmo saboreando o amargo gosto do vice do Campeonato Candango 2024, o Capital tem bons frutos para colher nas próximas temporadas. Um dos acertos considerados dentro do clube foi a contratação de Gustavo Cartaxo, diretor de futebol que desembarcou no clube no último ano. O dirigente foi o responsável por trazer grandes nomes ao Tricolor Candango e montar o elenco que classificou o clube à Série D do Brasileirão, Copa do Brasil e Copa verde do próximo ano. O anúncio de renovação foi feito por meio das redes sociais do clube, na tarde desta terça-feira (4).
Cartaxo desembarcou no Distrito Federal ainda em setembro, com a difícil missão de colocar o Capital no cenário nacional pela primeira vez na história do clube. Anteriormente, o caro de diretor de futebol era ocupado por Roberto Patu, atual diretor de base da equipe. Para chegar até as finais deste Candangão, o dirigente trouxe nomes de peso para montar o elenco vice-campeão distrital, além da contratação do treinador Paulinho Kobayashi. Mesmo com propostas de equipes da Série C e D ainda para 2024, Cartaxo decidiu por permanecer e seguir no projeto tricolor.
Cartaxo foi um dos responsáveis por colocar o Capital no cenário nacional pela primeira vez na história do clube. Foto: Arquivo Pessoal
Dentre outras experiências na carreira, Gustavo Cartaxo estava no ABC desde 2020 e 2023, e participou da formação dos elencos que subiram da Série D à Série B no Alvinegro. Neste período, o dirigente chegou a quatro finais de campeonato estadual e conquistou dois títulos. Após o acesso a segunda divisão nacional, pediu demissão e assumiu o mesmo posto no Naútico. Por lá, ficou por apenas três meses e foi desligado do cargo após o ‘Timbu’ ser eliminado da Série C.
Restam dúvidas de outras permanências no Capital para 2025. Segundo apuração, o treinador Paulinho Kobayashi deve ser ‘emprestado’ à outro clube durante o restante desta temporada e retorna para o Candangão, Copa do Brasil, Copa Verde e Série D do próximo ano. Sem calendário em 2024, o Tricolor também emprestará os jogadores do elenco à fim de ganharem mais rodagem e experiência.
O texto se trata de um artigo de opinião e, portanto, é de inteira responsabilidade de seu autor. As opiniões nele emitidas não estão relacionadas, necessariamente, ao ponto de vista do Distrito do Esporte.
É importante compreendermos que a medição desta força entre clubes de um mesmo Estado depende de alguns fatores e vai se modificando conforme as relações se alteram. Torcida, patrocinador, categorias de base, elenco, treinador, presidente, estrutura física, tudo isso conjuga a existência, o sucesso ou o fracasso de uma agremiação. Em estados com menos tradição esportiva, as relações políticas, partidárias e não partidárias, influem ainda mais.
Desde o primeiro título do Ceilândia, em 2010, o time da então maior região administrativa – ultrapassada pela órfã, futebolística, Águas Claras – aproximou-se de grupos políticos consolidados no Distrito Federal, primeiro do PT, mais recentemente ao MDB. Isso foi essencial tanto para o caneco primar, quanto para o segundo título em 2012. O Ceilândia não se afastou destas relações na década seguinte, mas após o frustrante campeonato de 2020 – resultado de um descontrole orçamentário em 2019 -, reergueu-a em 2020, mantendo-se nas cabeças em 2021, 2022 e oscilando em 2023, consolidando-a em 2024.
Na mesma medida, o time sacramentou 2 fortes patrocinadores, o que, para um campeonato que se tornou caro, transforma-se em essencialidade. Se o custo é alto, jogar dinheiro pelo ralo é inadmissível. O quarteto Almir, Adelson, Ari e Vilson de Sá não podiam errar. E não erraram.
A crescente influência do Ceilândia dentro da FFDF não pode ser desprezada. O Gato Preto, que há anos era um clube isolado e considerado encrenqueiro, hoje é ponta de lança do apoio a Daniel Vasconcelos e articula as principais decisões coletivas da elite candanga. Isso pôde ter sido visto no arbitral do Candangão 2024 e com relevância política à manutenção do BRB como patrocinador chave.
Ari de Almeida, presidente do Ceilândia. Foto: Alan Rones/Ceilândia EC
As relações políticas dizem muito e trazem, para o analista, elementos de compreensão sobre o que ocorreu para o resultado vencedor, mas também sobre o que deve acontecer no futuro. O Poder não restringe a posicionar as velas do barco, mas acesso mais robusto a recursos e ao controle administrativo – à cabine de comando.
A palavra de um time que ganha títulos traduz legitimidade nas escolhas de Tribunal, diretorias técnicas, comando da arbitragem.
Quando o Gama dominava, quase solo, o cenário local, era ele o principal considerado pela então Federação Metropolitana. Nos anos de ouro do Brasiliense, o Jacaré era consultado a cada passo. Antigamente, na era Taguatinga e Brasília, idem. Isso tudo tem sentido prático, mas muito mais político. É um moinho que se retroalimenta.
Esse campeonato diz muito sobre o passado recente e como algumas forças vão perdendo comando.
O Gama segue mais um ano sem calendário recheado, ainda que tenha arrumado a bagunça política administrativa de Weber Magalhães e Arilson Machado com o responsável Wendel Lopes e a chegada da forte retaguarda dos Caputo Bastos. Mas o problema maior do alviverde é o fogo amigo interno, de uma turma que pensando que ajuda – vamos adotar que eles têm boas intenções -, só atrapalha. Os 5 anos de marasmo resultam num distanciamento do Periquito do núcleo político da FFDF.
Wendel Lopes no CT do Gama. Foto: Reprodução/Instagram
Quem segue o pêndulo de boas e medianas campanhas é o Brasiliense. Muito, talvez, por um apetite mal direcionado. Nos bastidores, não se acha um indivíduo que normalize ou concorde com o controle financeiro e político de mais duas agremiações – Ceilandense e Samambaia –, avizinhando-se uma terceira: o Taguatinga. Mas os dirigentes, uns por conveniência, outros por covardia, fazem ouvidos moucos.
Luiz Estevão presente em arbitral Foto: Rafaela Felicciano
Agora, enquanto os Estêvão jorram dinheiro em outras equipes e controlam, ao menos, 30% dos clubes da elite, o Brasiliense está cada vez mais isolado do epicentro das decisões. Veja, ninguém é louco de deixar de fora um informe ou consulta a Luiz Estêvão. Ele segue sendo informado de tudo antes de virem a publico e algumas idiossincrasias, como a mudança da data do jogo de ida entre Brasiliense x Capital ainda, são adotadas com pouca resistência administrativa.
Mas erram os que pensam que nesta administração o amarelo dá as cartas como fora em anos passados. A reeleição antecipada de Daniel Vasconcelos, que deixou os planos dos Estevãos de comandar a FFDF pelo próximo ciclo, é o melhor exemplo disso. Hoje, aprendeu-se a lidar com a esfinge, que muitas vezes não está compreendendo que seus enigmas são decifrados mui antes do tempo previsto.
O amarelo vem perdendo força, enquanto o azul o ganha. O ponto de corte, e prevejo que ele vá perdurar ao menos por dois anos, foi a polêmica marcação de Brasiliense x Capital para uma quinta-feira. Godofredo ficou possesso e tentou, de todas as formas, modificar a decisão de Estêvão. Não conseguiu. Todavia, como eu disse no Tá Na Rede da Tv Câmara Distrital, aquilo tudo era mais sobre o jogo psicológico de Luiz Estêvão que sobre a mudança de data. Godofredo quase caiu na armadilha, mas não se deixou levar. Essa inteligência emocional que, nos anos anteriores, transformaram o alto investimento financeiro em fracasso, neste ano foram o sucesso do time. O Capital passou o carro no Brasiliense e conseguiu calendário, finalmente. Nos bastidores, a coruja, animal de inteligência e avidez invejáveis, começou a jogar com estratégia e não com o fígado. As previsões são alvissareiras e mostram um horizonte para daqui a 4 anos.
Jailson marca gol pelo Capital no Candangão 2024. Futebol Candango. Foto: Mateus Dutra/Distrito do Esporte
Nesse novo tabuleiro de forças, precisamos destacar dois clubes que, a despeito de não estarem na antessala da presidência, estão ganhando espaço pelos resultados apresentados, mas ainda pecam na articulação.
Paranoá, que pela terceira temporada quase chega, vão galgando terreno, mas ainda falha em imprecisões administrativas. A primeira: estádio – ou fica no JK, ou adota outra cidade. Defelê, Rorizão, não lhe servem. A segunda: treinador – abrace alguém e siga com ele de cabo a rabo.
Real Brasília dá resultados, na base e no profissional. Oscilações são normais e dependem de vários fatores, mas o antagonismo aos Estevão então esperado pela claque não se consolidou. Há um fator CLDF nisso tudo, e agora, ainda mais, financeiro. A conta não fecha, e por não fechar, está na hora de se reestruturar.
Por fim, há de se observar se a receita campeã, resultado de 4 anos de retrabalho muito bem planejados, será atravessada por uma troca de objetivos, que podem confundir quem controla a proa do gato preto. A barba foi feita, falta o cabelo em 2025. O bigode, em 2028, se mal desenhado antes da navalha chegar ao buço, pode sangrar além da conta.
Bruno Henrique de Moura é presidente da ABCD, vice-presidente da Comissão Nacional Disciplinar da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), advogado e sócio do Distrito do Esporte. Possui passagens pelos veículos JOTA, Estadão, Esportes Brasília, Nova Aliança, Rádio Mais Brasil News, TV Câmara Distrital, dentre outros. É pesquisador bolsista CAPES e do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), onde pesquisa assédio judicial e atua como professor assistente na mesma instituição.
Daniel Vasconcelos no sorteio do arbitral 2022 – Foto: Lucas Bolzan/FFDF
Momento de gratidão! Depois da conquista do tricampeonato com o Ceilândia no último sábado (6/4), quando o Gato Preto derrotou o Capital nos pênaltis, Cabralzinho aproveitou a comemoração para agradecer por tudo que passou com o clube na temporada. Além da conquista do Campeonato Candango, o clube alvinegro ainda disputou a Copa Verde, mas acabou sendo eliminado logo nas oitavas de final da competição regional.
Cabralzinho se destacou no Candangãomais uma vez, assim como em temporadas anteriores. O meia foi o líder de assistências do Ceilândia no campeonato local, com cinco assistências. Além disso, balançou as redes em duas oportunidades. Com isso, o atleta participou de sete dos 25 gols marcados pelo Gato Preto durante todo o certame. Após a comemoração da conquista do Candangão, o jogador conversou com a reportagem do Distrito do Esporte e comemorou bastante o título.
Foto: Alan Rones/Ceilândia
“A gente sabia que ia ser um jogo difícil. Não podemos tirar o mérito da equipe do Capital, que também é uma grande equipe. A gente sabia que a posse de bola, eles conseguem ficar mais com a posse de bola. É um time que toca bem a bola. Mas também que sabia das nossas qualidades, sabia que a gente tem um ataque rápido, que numa roubada de bola, numa jogada a gente podia conseguir fazer o gol. Infelizmente eu não consegui marcar na oportunidade que eu tive”, iniciou.
Em seguida, ele comentou sobre acompanhar a decisão de pênaltis do banco de reservas. “É muita emoção. Está ali do lado de fora. A gente se apega muito mais ainda em Deus. Pede tanto ali pra que Deus não possa nos abençoar e fico muito feliz de ele ter abençoado o Thiagão ali nas defesas de pênalti e, consequentemente, a gente conseguiu o título que foi muito importante”, concluiu o atleta.
Sem calendário em 2024, o Ceilândia agora descansa por um tempo até retornar as atenções para a próxima temporada, quando o Gato Preto disputará quatro competições: Candangão, Copa Verde, Copa do Brasil e a Série D do Campeonato Brasileiro. Além de conquistar as vagas nas competições nacionais, o esquadrão preto e branco recebeu uma premiação de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) do Banco Regional de Brasília.
China, Romarinho, Felipe Clemente e Euller (esquerda p/ direita) comemoram o 4º gol do Ceilândia - Foto: Alan Rones/ Ceilândia
Por Rayssa Loreen e Lucas Espíndola
A caminho do Norte! Sem calendário para o restante da temporada, o Ceilândia – atual campeão candango – continua a todo vapor nos trabalhos fora das quatro linhas de jogo. O time acertou o empréstimo do zagueiro Euller e dos atacantes Felipe Clemente e Romarinho para o Manauara, um dos representantes do Amazonas na disputa da Série D do Campeonato Brasileiro. O trio foi destaque do Gato Preto na conquista do Candangão BRB 2024.
Romarinho e Clemente foram os principais artilheiros do certame local. Juntos, os atacantes somam 16 gols. Além de goleador, Romarinho também foi eleito o melhor atacante da competição e, com a marca de tentos, se tornou o segundo maior artilheiro da história do Ceilândia. Euller também brilhou na temporada do Gato Preto e foi escolhido como o melhor zagueiro do Candangão BRB 2024. Agora, o trio campeão irá representar o Manauara na quarta divisão nacional.
O Manauara está na chave A1 da competição, ao lado do Humaitá, Rio Branco, Manaus, Princesa de Solimões, Trem, Porto Velho e São Raimundo. O time vem se organizando para a disputa da Série D e recentemente anunciou o desligamento do técnico Alan George, ex-Brasiliense, para a sequência da temporada. A estreia do Robô está marcada para acontecer entre 28 e 29 de abril, diante do Rio Branco.
No Campeonato Amazonense desta temporada, o Manauara não avançou até a fase final do certame. No primeiro turno, o clube terminou na segunda colocação do grupo B, com 10 pontos conquistados, e avançou até as quartas de final. A equipe acabou sendo eliminada pelo São Raimundo. Já no segundo turno, o clube terminou na primeira colocação e enfrentou o Nacional na fase seguinte. Após se classificar, o Manauara acabou superado pelo Parintins na semifinal e acabou eliminado.
Mais um no Jacaré! Depois de um início de temporada desanimador para a torcida, o Brasiliense está a todo vapor no mercado da bola na esperança de subir de divisão e garantir o calendário do próximo ano. Nesta segunda-feira (8/4), o clube anunciou mais um reforço que vai compor o elenco na disputa da Série D do Campeonato Brasileiro, a última esperança para salvar a temporada. O nome da vez é Gui Mendes, um dos destaques do Gama no Candangão BRB 2024.
O meio-campista atuou em nove jogos do alviverde e balançou a rede em três oportunidades, sendo um dos artilheiros da equipe no campeonato local. Antes de chegar ao Distrito Federal, Gui Mendes atuou no Athletic-MG, onde conquistou o acesso para a Série C. Além disso, o atleta também tem passagens por outros times, como Cruzeiro, Ituano e Inter de Limeira. O jogador deve começar a treinar com o elenco do Jacaré nos próximos dias.
Até o momento, o Brasiliense acertou com outros seis nomes para a disputa da competição nacional. São eles: Renan Dutra (zagueiro), Márcio Duarte (lateral), Kaio Nunes (atacante), Gabriel Pedra (atacante), Ian Carlos (atacante) e Filipe Werley (volante). Além disso, o atacante uruguaio Jonatan Álvez está em período de testes no time e, caso seja aprovado, deve ser anunciado nos próximos dias.
Movimentações para a Série D
Após a eliminação no Candangão BRB 2024 e na Copa Verde, o foco do Brasiliense volta para a última competição que restou para o esquadrão amarelo na temporada: a Série D do Campeonato Brasileiro. Para a quarta divisão nacional, alguns jogadores não ficarão no clube. São eles: Wallace (volante), Vavá (goleiro), Gabriel (zagueiro), Júlio Lima (lateral), Bernardo (atacante) e Luquinhas (atacante).
Além das mudanças de jogadores, a prancheta do clube amarelo também tem um novo dono: Paulo Roberto Santos. O novo comandante técnico tem 63 anos e estava dirigindo o XV de Piracicaba na Série A2 do Campeonato Paulista. Esta será a segunda vez de Paulo Roberto, também conhecido como Luxemburgo do Interior, em um time do Distrito Federal. Em 1994, o comandante técnico substituiu José Jota na Sociedade Esportiva do Gama, durante o Campeonato Candango daquele ano.