17.5 C
Brasília
domingo, 4 de maio de 2025
Início Site Página 515

Seleção da Rodada #2 – Campeonato Candango de 2020

5
Arte: Danilo Queiroz/Distrito do Esporte

Após o término de cada rodada do Campeonato Candango de 2020, o Distrito do Esporte apresentará a Seleção da Rodada, um esquadrão eleito pelos jornalistas do portal e convidados, que tiveram a missão de indicar as melhores de cada posição na rodada. A escolha dos jogadores que integram o esquadrão de cada um dos certames do torneio local é baseada unicamente no desempenho das atletas e times durante as partidas da competição.

Para ficar ainda melhor, os leitores do Distrito do Esporte também podem interagir e participar na escolha do melhor jogador da rodada, que levará o prêmio de Craque da Rodada! Ao fim desta matéria, uma enquete estará disponível para que você possa escolher seu atleta preferida. O vencedor da votação pública será divulgado na matéria da Seleção da Rodada subsequente e nas redes sociais do site. Vale lembrar que cada usuário só poderá votar uma vez.

Nas partidas da segunda rodada do Candangão, Capital, Formosa, Gama, Luziânia, Real Brasília, Taguatinga e Unaí emplacaram jogadores na Seleção da Rodada. Desta forma, o time ficou formado com Jhonatan (Unaí); Weverton (Capital), Dogão (Taguatinga), Pedrão (Real Brasília) e Léo Campos (Real Brasília); Tarta (Gama), Juninho (Luziânia) e Ronan (Formosa); Azul (Capital), Weslley Brasília (Formosa) e Nunes (Gama). Victor Santana (Capital) foi escolhido como o melhor técnico.

Vencedores do Craque da Rodada

1ª rodada – Tarta (Gama) – 41% dos votos

[playbuzz-item item=”989ba86b-254c-47c0-a1e8-24b01f2f6650″ shares=”false” info=”false” wp-pb-id=”854480″]

Universo/Brasília reforça elenco para sequência do NBB

0
Arte: Danilo Queiroz/Distrito do Esporte

Por Bruno H. de Moura

O desfalcado Universo/Brasília foi ao mercado e contratou novos nomes para compor seu curto elenco. Com as ausências de Pedro Mendonça, Marcelão e Gui Santos, os três no departamento médico, a diretoria do time candango na elite do basquete masculino nacional, trouxe dois jogadores e perdeu um.

Distintamente do comportamento na montagem do elenco, o Universo está fechando com dois alas/pivô Felipe Esteves, que é filho do técnico de futebol Claudinei Oliveira, e também com Daniel Suassuna. Felipe é ex-jogador do Corinthians, enquanto Daniel atuou no Sport Recife e tem em sua linha genealógica o escritor Ariano Suassuna, seu avô. Ambos são atletas sub-19. As informações foram publicadas, em primeira mão, pelo Jornalista Lucas Magalhães e confirmadas pela reportagem.

Em contrapartida, Ricardo Oliveira deixou de contar com Zé Carlos. Pouco utilizado antes das lesões do time, o jogador passou a entrar nas últimas partidas. Contudo, não foi suficiente para segurar o jogador que preferiu trocar o Universo Brasília pelo Anápolis Basquete e o NBB pelo Campeonato Brasileiro da CBB.

O próximo compromisso do Universo/Brasília será na próxima quarta-feira, às 20 horas, diante do Mogi das Cruzes, no ginásio da Asceb em Brasília.

Com gol de Wesley Brasília, Formosa vence o Unaí pelo Candangão

0
Foto: Divulgação/Formosa

Por Bruno H. de Moura

Ainda desfalcado, o Formosa entrou em campo com a presença do artilheiro do Candagão 2019. Jessuí, ainda em recuperação na primeira partida do time, estreou na equipe goiana. Porém, Heli Carlos não pode contar com a presença com Robson Simplício, desfalque do time. Além disso, Ronan foi pra campo como titular no lugar de Glaybson e Márcio Fernandes, que tomou 4 gols contra o Real Brasília, começou no banco, dando espaço para Lennon.

Do outro lado, o Unaí manteve o time que iniciou a partida contra o Ceilândia. Com bom resultado e desempenho em casa, o técnico Rúbio Guerra não tinha por que mudar a equipe.

Formosa com mais volume de jogo

As mudanças no meio de campo do Formosa surtiram efeito. Ronan e Everton César arrumaram a transição de jogo do time e deram segurança para Mário Neto fazer sua função no time goiano: armar o meio de campo. O Unaí parecia que veio para se fechar. O time mineiro retraísse enquanto o Formosa atacava.

Aos 15 minutos, Andrezinho passou para Jessuí, o jogador fez o pivô e rolou para Ronan arriscar. A bola estourou no goleiro Jhonatan. A metralhadora Formosense continuou. Ronan, em outras duas oportunidade, carimbou o goleiro do Unaí que foi obrigado a fazer 2 grandes defesas, uma no canto alto do gol e outra num chute a queima roupa.

O tempo passava e o Formosa permanecia em cima da defesa do Unaí. O time mineiro se fechava como podia, e Rúbio Guerra decidiu agitar sua equipe. Trocou o atacante Jackson pelo também atacante Gustavinho. O Unaí ganhou um pouco de volume de jogo e ofensividade. Mas nada suficiente para alterar, substancialmente o andamento da partida. Ambas as equipes foram para o intervalo sem balançar as redes.

Wesley Brasília entra e dá vitória ao Formosa

Aos 2 minutos e 40 segundos, após 2 ataques do Formosa, um jogador do Unaí botou a mão na bola após tomar um lençol do ataque do Tsunami do Cerrado. Jessuí cobrou e Jhonatan saltou no canto esquerdo, desviando a bola para a linha de fundo.

Após a perda do pênalti, Heli Carlos mexeu no time do Formosa. Jessuí que errou a cobrança saiu para entrada de Wesley Brasília. Já Rubio Guerra também alterou o ataque. Guilherme saiu para entrada de Gybson.

Aos 18 minutos, Wesley Brasília recebeu bom passe, ganhou velocidade, foi pra cima da defesa e de perna esquerda, tocou por baixo e tirou a chance do goleiro fazer outra grande defesa. O Formosa saia na frente.

Após conseguir furar a barreira imposta pela defesa do Unaí, o Formosa só teve o trabalho de controlar o resultado até o apito final. Com a vitória, o time goiano conquistou os três primeiros pontos no Candangão 2020, se igualando ao time mineiro, que está na frente na classificação devido ao critério de saldo de gols.

Formosa 1
Lennon; Andrezinho, Elton, Brunão, Rafinha; Caio Carioca, Everton César e Mario Neto; Ronan, Jessuí e João de Deus.

Técnico: Heli Carlos

Unaí 0
Jhonatan; João Magalhães, Bruno Van Dal, Vô, Cristiano; Rendell, Felipe Hulk, Hugo; Guilherme (Gybson) Policarpo, Jackson (Gustavinho)
Técnico: Rúbio Guerra

Gama vence Sobradinho por 3 a 1 em jogo eletrizante

0
Gabriel L. Mesquita/Ascom Gama

Por Lucas Espíndola

No duelo que reuniu os dois últimos campeões do Candangão, o Sobradinho recebeu o Gama no estádio Augustinho Lima. Depois de vencer em casa na primeira rodada, o Gama voltou a vencer longe de seus domínios, em um jogo bem pegado, digno de um clássico. Já o Sobradinho, amarga a segunda derrota consecutiva e continua sem vencer no Campeonato Candango 2020.

Com a vitória, o Gama chegou aos seis pontos em dois jogos. Já o Sobradinho não conquistou nenhum ponto até o momento. Na terceira rodada, o Leão da Serra vai em busca da primeira vitória no certame e visita o Real Brasília, na quarta-feira (5) às 20:00 em local ainda não definido pelo mandante. No mesmo dia e horário, o Gama, invicto no campeonato, recebe o Ceilandense no estádio Bezerrão.

Gol do jogador criticado pela torcida e muitas faltas

O jogo começou agitado, com as duas equipes partindo para o ataque, mas sem muito perigo para os goleiros de ambas as equipes. Na primeira chegada com perigo, saiu o gol. Aos nove minutos, após um cruzamento vindo da direita de Tarta, Luquinhas fuzilou de cabeça para o gol, sem chances para o arqueiro do Sobradinho Uoston. Após o gol, o jogo ficou morno, truncado e cheio de faltas.

Aos 24 minutos, o Sobradinho teve sua primeira chance clara de gol. O zagueiro do Leão da Serra cabeceou forte após cobrança de falta e obrigou Rodrigo Calaça a fazer bela defesa. Aos 34 minutos, o time alviverde chegou com perigo. Tarta cobrou falta perigosa e Uoston tirou a bola da área alvinegra. No fim do primeiro tempo, Nunes teve a chance de aumentar o placar, mas chutou fraco.

Segunda tempo eletrizante

O segundo tempo começou quente. Com menos de um minuto, o Gama chegou com perigo após chute de longe, assustando o goleiro do Sobradinho. Aos 13 minutos, a equipe alviverde ampliou o placar. Em jogada semelhante ao primeiro gol, após um cruzamento da direita, o zagueiro Emerson mandou de cabeça para o fundo das redes. Dois minutos depois o Sobradinho diminuiu o placar.

Em mais uma bola jogada dentro da área, Matheus Alves conseguiu empurrar para o gol e a bola entrou lentamente, dois a um. O jogo tava quente e aos 18 minutos quase o Gama fez o terceiro. Aos 25 minutos, Rodrigo Calaça impediu o empate do Sobradinho, fazendo bela defesa. Aos 43 minutos o Gama fechou o caixão. Cobrando pênalti, Nunes fez três a um para o time visitante.

Confusão no intervalo

Uma confusão começou no meio do intervalo de jogo. Alguns torcedores do Sobradinho provocaram a torcida do Gama. Não aceitando a provocação da torcida adversária, vários gamenses foram até a grade para xingar. Um destes torcedores, subiu na grade e andou pelo teto do túnel que dá acesso ao gramado, a fim de chegar até os torcedores alvinegros, mas logo voltou para a arquibancada. Logo depois, um torcedor do Sobradinho jogou uma pedra em direção a torcida do Gama. Os torcedores alviverdes revidaram, atiraram uma garrafa e uma lata em direção a torcida do Leão da Serra. A polícia interveio tirando os torcedores do Sobradinho da grade. Tudo ocorreu em frente as cabines de imprensa do estádio.

SOBRADINHO 1
Uoston; Gustavo (João Vitor), Felipe Marcelino, Luiz Felipe, Sami (Matheus Carneiro); Gabriel Vitor, Bruno Lucas, Douglas, Danilo; Bruno Vieira (João Vitor) e Matheus Alves.
Técnico: Luis dos Reis

GAMA 3
Rodrigo Calaça; Gabriel, Gustavo, Emerson, Peu (Paulo Henrique); Wagner, Luquinhas (Andrei Alba), Tarta, Esquerdinha; Jefferson (David Souza) e Nunes.
Técnico: Vilson Tadei

No clássico da rodada, Brasiliense e Taguatinga empatam sob sol escaldante

0
Foto: André Borges/Esp. Metrópoles

Por Bruno H. de Moura

O conturbado clássico da praça do relógio, que por pouco não aconteceu esse final de semana, terminou melhor para o time do Taguatinga que para o Jacaré do papo amarelo. Com torcida praticamente toda do Brasiliense, que tiveram de desembolsar R$ 40,00 a inteira ou R$ 20,00 a meia, o jogo tirou a chance do Brasiliense de empatar com Real Brasília, Gama, Capital e Luziânia na liderança, além de garantir ao Taguatinga seu primeiro ponto no torneio.

Como o Distrito do Esporte noticiou em primeira mão, o Serejão, palco da partida, estava impedido de receber público até quarta-feira. No fim do mesmo dia, reunião entre poder público e equipes resolveram o impasse.

Dentro de campo, o Brasiliense amassou o Taguatinga durante os dois tempos de jogo, mas a falta de pontaria e efetividade nas finalizações custou a vitória do time de Mauro Fernandes. Do outro lado, o mandante Taguatinga fez o planejado. Fechado o jogo inteiro, prezou pelos contra-ataques e bolas enfiadas em Acosta que, mesmo aos 42 anos, ainda é o principal nome da equipe.

Pressão intensa do Jacaré.

Debaixo de uma temperatura de 28 grau, o Brasiliense honrou as cores amareladas do rei sol para não tomar conhecimento do Taguatinga na primeira etapa. O time de Luiz e Luíza Estevão – ambos assistiram a partida do setor reservado do Serejão – pressionava pelas pontas, armava jogadas ofensivas e empurrava o time de azul e branco para seu campo defensivo.

Aos 10 minutos, China entrou bem pela ponta direta da área, rolou para Peninha que na hora de finalizar pegou mal na bola. 3 minutos depois, outra boa jogada de Peninha, dessa vez pela direita. O meia rolou a bola para Romarinho que chegou até a linha de fundo e cruzou para Zé Love, livre, cabecear por cima do gol da Águia.

A jogada do Taguatinga era uma apenas. Velocidade pelos flancos e bolas cruzadas na área, de olho no posicionamento do veterano Acosta, homem de referência do Taguatinga. Nos 20 primeiros minutos 4 jogadas de perigo de gol pró Brasiliense, nenhuma do Taguatinga.

Peninha fez lindo toque de calcanhar para Sandy. O jogador amarelino cruzou da direita para a cara do gol. Romarinho e Zé Love, dentro da área, não conseguiram chegar e a bola foi parar na linha de fundo. Aos 35 minutos um bom ataque do Tagutinga. Regino no contra-ataque entrou na área de Edmar Sucuri e, ao invés de passar para Acosta, bem posicionado, chutou mal para fora de jogo.

O Taguatinga ficava no contra-ataque, sem arriscar armar jogadas ofensivas e trabalhar, com calma, o foco ofensivo. O Jacaré do papo amarelo usava o meio de campo, as laterais e armava infiltrações para Romarinho e Zé Love, além de chegadas um pouco mais de trás de Marco Aurélio. Contudo, o paredão armado por Júnior Araújo e a falta de calibragem do ataque do Brasiliense mantiveram o placar em 0-0 ao fim do primeiro tempo.

Luiz Estevão ao lado de sua filha, Luíza Estevão, assistem à partida. Foto: Cauê Castello

Um gol pra cada lado.

No intervalo, Taguatinga e Brasiliense decidiram mudar. Pelo Jacaré, Peninha deixou o campo e Lorran entrou para dar mais ofensividade ao time. Do outro lado, Dan foi pra campo e Luan deixou o time do Taguatinga. Aos 3 minutos, Jefferson saiu mancando, com dor na posterior da coxa esquerda. Junior Araujo precisou utilizar Martinely e queimar a segunda alteração do time mandante.

Logo no começo da segunda etapa, o Brasiliense armou boa jogada de ataque. Marco Aurélio no meio deu bom passe longo para Romarinho na esquerda. o Atacante cruzou querendo achar Zé Love, mas a defesa do Taguatinga foi mais esperta. No contragolpe, Lucas Victor dominou na intermediária de ataque e passou para Junior Alves, de canhota, arriscar de longe pra fora.

Aos 9 minutos chegada de perigo do Taguatinga. Erro defensivo do Brasiliense, a bola sobrou na esquerda da área de Edmar Sucuri para Acosta que chutou para excelente defesa do goleiro do Jacaré. Nada satisfeito com o desempenho de seu time, Mauro Fernandes queimou a segunda alteração disponível. Mudança no meio do time do Jacaré, com a saída de Sandy para entrada de Fabinho.

A pressão aumentou. O Brasiliense emparedou o Taguatinga por 10 minutos seguidos, com ataque atrás de ataque. Contudo, aos 17 minutos de jogo e uma falta boba no meio de defesa de Rafael Donato sobre Acosta custou muito ao time do Jacaré. De longa distância, Martinely, zagueiro que entrou no início do segundo tempo, mandou uma bomba no canto esquerdo de Edmar Sucuri. A bola ainda deu um leve desvio antes de morrer no fundo da renda. O Taguatinga saia à frente no placar.

Mauro Fernandes não suportou ver seu time tomar o primeiro gol no campeonato e foi rápido em trocar Romarinho por Neto Baiano. O Jacaré mantinha a sina de atacar pelos flancos e cruzar bolas na área de Vavá. Assim foi aos 20, 25, 30, 35, 40. Mas aos 40… Marcos Aurélio dominou no meio, se desvencilhou da marcação e enfiou dentro da área para Zé Love que na saída do goleiro, girou e deu um totó pro fundo da rede. O primeiro gol do atacante do amor com a camisa do Brasiliense.

Aos 49, O Taguatinga ainda teve a última oportunidade do jogo. Erro na saída de bola do Jacaré, mas Rato não quis nem saber. Interceptou a bola e arriscou do meio da área mais pro lado direito e obrigou Edmar Sucuri a fazer boa defesa no canto. O Taguatinga permaneceu segurando a bola na área de ataque até o apito final do jogo.

Sol pesou e retranca também.

Após a partida, o autor do gol de empate, Zé Love, reclamou da retranca do Taguatinga. “Um pouco mais de paciência, aproveitar mais as oportunidades, levantar a cabeça e trabalhar agora.”

Quem não gostou nada do sol escaldante no Serejão, que variou de temperatura entre 27º e 31º, foi o veterano Acosta. Ao final do jogo ele ponderou que a temperatura pesou. “Nesse calor não dá para jogar. Mas foi um jogo parelho, eles criaram oportunidades e nós também. Fico um pouco triste porque tomamos um gol ao final do jogo, mas é isso.”

Dados do jogo.

Taguatinga: Vavá; D. Rato, Dogão, Jefferson (Martinely), Denilson; Judvan, Regino, Luan (Dan), Junior Alves (Marquinhos); L. Victor e Acosta.

Tec: Junior Araujo

Brasiliense: Sucuri; Murici, Rafael Donato, Badhuga, China; Aldo, Sandy (Fabinho), Peninha(Lorran), Marco Aurelio; Romarinho (Neto Baiano) e Zé Love.

Tec: Mauro Fernandes

Arbitragem: Leandro Almeida, Marconi Souza, Gusthavo Souza, Matheus de Moraes.

Gols: Martinely (18º 2ª etapa); Zé Love (40º 2ª etapa)

Público: 319, renda: R$ 4.798,00

Com gol de Juninho, Luziânia derrota Ceilandense e assume a terceira posição

0
Arte: Danilo Queiroz e João Marcelo/Distrito do Esporte

Por João Marcelo

Abrindo a rodada do domingo (2) – partida no estádio Abadião às 10:30 -, Ceilandense e Luziânia estrearam de forma diferente no Candangão 2020. Enquanto a equipe rubro-negra foi derrotada por 1 a 0 pelo Capital, no estádio Bezerrão, o time goiano venceu o Paranoá, também por 1 a 0 em seus domínios, o estádio Serra do Lago, em Luziânia (GO). Mesmo com diferença de três pontos, a distância na colocação das duas equipes era de apenas uma posição, Luziânia em sexto e Ceilandense em sétimo.

O único gol da partida foi assinado por Juninho, volante do Luziânia, após rebote de Willian. A vitória, segunda no certame, deixou o clube goiano na terceira posição. Já o Ceilandense se manteve na sétima colocação. A terceira rodada reservará jogos durante a semana, mais precisamente  nas quartas e quintas-feiras. A primeira equipe a entrar em campo será o Luziânia, na quarta-feira (5) às 15:30 no estádio Serra do Lago contra a equipe do Taguatinga. No mesmo dia, mas às 20:00, o Ceilandense vai até o Bezerrão para enfrentar o time do Gama.

Primeiro tempo sem gols

Precisando vencer e tentando aproveitar o fator casa para se recuperar na competição, o Ceilandense começou tomando as investidas da partida. O recém-promovido à primeira divisão chegou algumas vezes com perigo no gol de Douglas Bispo. Porém, os ataques não se mostravam contundentes e o rubro-negro da maior cidade do Distrito Federal não conseguiu tirar o zero de seu placar durante os 45 minutos iniciais.

Já a azulina equipe do Luziânia, que começou a rodada com três pontos e ocupando a sexta colocação, soube controlar o jogo do meio para o apito do árbitro. Ao iniciar a partida, viu o Ceilandense ser mais incisivo, mas conseguindo se defender de forma precisa. No decorrer do tempo inicial, melhorou, chegou ao ataque por diversas vezes, mas também não conseguir ser eficaz e foi para o intervalo sem balançar as redes do adversário.

Gol único para definir a vitória

Com poucos mais de 10 minutos, Peppe chutou forte de longe, mas Douglas Bispo defendeu sem muitas dificuldades. Pouco tempo depois, enfim a rede balançou. Allanzinho cobrou falta, o goleiro Willian deu rebote em bola fácil e o volante Juninho empurrou para o fundo das redes fazendo o primeiro gol do Luziânia. O time goiano ainda teve duas chances de aumentar o placar, mas perdeu cara a cara no primeiro lance e no segundo, o time pediu marcação de pênalti, ignorado pelo árbitro da partida.

Atrás no placar, o Ceilandense partiu para o ataque, mas a disposição tática falhava constantemente. O Luziânia aproveitava os contra-ataques e chegava com perigo, dando a impressão que o segundo gol era questão de tempo. Mas nenhuma das duas equipes conseguiu finalizar com precisão nos gols dos seus adversários e a partida terminou com a vitória para a equipe visitante, 1 a 0 para o Luziânia, que chegou a sua segunda vitória, assumindo a terceira posição do certame.

CEILANDENSE
Willian; Estevão, Kaio (Felipe), Mateus, Lucas; Vagner (Benito), Henrique, Índio, Daniel; Peppe e Thalisson.
Técnico: Marquinhos Carioca

LUZIÂNIA
Douglas Bispo; João Pedro, Bruno Brito, Caio, Goduxo; Juninho, Rodrigo Menezes, Allanzinho, Anjinho (Cleitin), Kelvin (Vitinho); Klysman (Ferrugem).
Técnico: Sebastião Rocha

 

Time masculino do Brasília Vôlei vence mais uma na Superliga B

0
Arte: Danilo Queiroz/Distrito do Esporte

O torcedor do Brasília Vôlei só está tendo motivos para sorrir na temporada 2020. No fim de semana de estreia, as equipes masculinas e femininas conquistaram vitórias em rodada dupla da Superliga B. Na sexta-feira (31/1), as mulheres jogaram fora de casa e venceram mais uma. Neste sábado (1º/2), foi a vez dos homens voltarem à quadra do Ginásio do Sesi, em Taguatinga, e ganharem do São José por 3 sets a 0.

O placar final do jogo, porém, não fala muito sobre como foi o desenrolar do primeiro set. Afiadas no ataque, as duas equipes fizeram uma parcial bastante disputada e com direito a brigas ferrenhas por cada ponto desde o início. Apoiados pela torcida, o jogadores brasilienses conseguiram aumentar sua imposição no final e, depois de uma bola disputada, fecharam em 27 a 25.

A vitória na primeira parcial acabou fazendo muito bem para o Brasília Vôlei. Ainda vivo na partida, o São José ameaçou empatar a partida. Porém, acabou esbarrando em uma atuação bastante consistente da equipe candanga que, com o andar do set, acabou conseguindo abrir uma vantagem confortável no placar. No fim, depois de receber saque, os brasilienses venceram por 25 a 20.

A boa diferença no placar geral fez com que a franquia da capital federal conseguisse impor seu jogo com ainda mais tranquilidade no último set. Com o central Bruno Rubbo fazendo a diferença, o Brasília Vôlei jogou de forma bastante ofensiva e teve ótimos momentos no sistema defensivo. Assim, os atletas candangos venceram a última parcial por 25 a 14 e fecharam o jogo em 3 sets a 0.

Em busca de manter os 100% de aproveitamento na Superliga B, o Brasília Vôlei se prepara para fazer uma sequência de jogos fora de casa. No próximo sábado (8/2), o time do Distrito Federal vai até Minas Gerais para enfrentar o Uberlândia, às 17h. Em 15 de fevereiro, o desafio será em Goiás contra o Anápolis, também às 17h. Na 5ª rodada, o confronto será novamente em solo mineiro contra o Lavras, às 20h.

Tudo Azul no Bezerrão: atacante marca dois e Capital vence o Paranoá

1
Foto: Divulgação/Capital

Por Danilo Queiroz

O clima está totalmente azul para o Capital no Campeonato Candango de 2020. Após vencer o Ceilandense na primeira rodada no Estádio Bezerrão, a Coruja voltou ao gramado da arena gamense na tarde deste sábado (1º/2) para medir forças com o Paranoá em jogo válido pela segunda rodada do torneio local. Contando com dois gols do atacante Azul, o time do técnico Vitor Santana superou a Cobra Sucuri por 4 a 1 e segue com 100% de aproveitamento na competição.

Em campo, o Capital dominou boa parte das ações do primeiro tempo e contou com tarde inspirada do seu camisa 11 para abrir dois gols de vantagem. Porém, nos acréscimos, Gabriel Neves fez um golaço para colocar o Paranoá de volta na partida. A expectativa de retomada da Cobra Sucuri acabou sendo travada por um segundo tempo mais truncado. Aproveitando as chances que teve, a Coruja marcou mais dois para garantir a vitória e uma colocação nas cabeças da tabela do Candangão 2020.

Tudo azul no primeiro tempo

Melhor tecnicamente, o Capital iniciou em cima. Com dois minutos, Hyago ganhou bola na área e criou a primeira chance. Após bobeada da zaga do Paranoá, Weverton recuperou a bola e arriscou de longe, forçando Michel a espalmar para o lado. Com a pressão, a Coruja abriu o placar aos 11, quando Azul invadiu a área e bateu no contrapé do arqueiro rival: 1 a 0. Acuada, a Cobra Sucuri mal chegou ao campo de ataque, se aventurando apenas após os primeiros 20 minutos.

O goleiro Cleysson só fez a primeira defesa em chute fraco aos 24. Dois minutos depois, Reis bateu falta e o arqueiro do Capital pegou novamente com tranquilidade. O calor, porém, acabou diminuindo o ímpeto das equipes. Mas, aos 35, Azul colocou fogo novamente no jogo. Ele recebeu pela ponta esquerda, limpou para o meio e bateu com força para aumentar a vantagem da Coruja. Aos 47, o Paranoá diminuiu com um belo gol de Neves. O camisa 5 recebeu na intermediária e acertou um chutaço na rede.

Paranoá tenta, mas vê Vitão matar o jogo

Com o sol dando uma trégua, o Paranoá tentou se lançar ao ataque e passou a ter mais posse de bola. Porém, o jogo passou a ficar truncado, o que impediu a criação de grandes oportunidades de gol nos primeiros 15 minutos. Aos 18, o Capital respondeu com Willian tentando aproveitar corta-luz, mas chutando fraco nas mãos de Michel. Aos 20, a Coruja não desperdiçou: Weverton avançou pela direita e cruzou na medida para o atacante Vitão marcar de carrinho e ampliar a vantagem azul.

Em jogada exatamente igual, mas pelo lado esquerdo, Vitão finalizou para às redes. Porém, o lance foi anulado por impedimento. A sequência foi um balde de água fria no Paranoá, que passou a ter mais dificuldades de atacar. Com a vantagem, o Capital passou a controlar todas as ações apostando na posse de bola. Aos 36, Américo ainda teve a chance de aumentar, mas acabou tirando demais do gol e jogou para fora. O jogador, porém, aproveitou chance de pênalti para marcar o quarto e fechar o placar.

O que vem por aí no Candangão

Após a participação na segunda rodada, os dois clubes já voltam às atenções para a sequência do Campeonato Candango. Na quarta-feira (5/2), o Paranoá viajará até Minas Gerais em busca dos primeiros pontos no torneio local. Às 15h30, a Cobra Sucuri joga contra o Unaí, no Estádio Urbano Adjuto. No dia seguinte, será a vez do Capital buscar manter o 100% de aproveitamento na competição. O adversário será o Formosa, novamente no Estádio Bezerrão, às 20h.

Paranoá 1
Michel; Vitinho, Kemerson, Gabriel Neves, Alan, Helinho (Gutenberg), Junio Cesar, Dogão, Reis, Giovanni (Jackson), Fábio Guedes (Guilherme)
Técnico: Vandinho Silva

Capital 4
Cleysson; Weverton, Hyago (Medeiros), Marquinhos e Romarinho; Lucas Garcia, Fernandinho e Paulinho Mossoró (Matheus Rogério); Azul (Américo), Willian e Vitão
Técnico: Vitor Santana

Em jogo com poucas emoções, Real Brasília vence Ceilândia e mantém liderança provisória

0
Arte: Danilo Queiroz e João Marcelo/Distrito do Esporte

Por João Marcelo

Enquanto um goleou na estreia – 4 a 0 sobre o Formosa -, o outro foi derrotado pelo “novo velho” time do Candangão, Unaí. Atuando em casa, após imbróglios sobre a liberação do Abadião, o Ceilândia recebera Real Brasília, líder da competição. Os problemas existentes no Gato Preto extrapolam o campo, como divulgado neste sábado à tarde (1º) por este portal. Além disso, o revés sofrido, 2 a 0 para a equipe mineira de Unaí, piorou a situação do alvinegro. Em contrapartida, o Leão do Planalto celebrava a liderança e seu novo estádio, o Defelê.

Com portões fechados, devido a punição sofrida por conta de bombas na arquibancada na partida de estreia do Ceilândia, o Gato Preto conheceu sua segunda derrota na competição. Com gols de Pedrão e Felipe (contra), o Real Brasília chegou aos seis pontos e continua na liderança provisória do Candangão. Durante a semana, o Real Brasília volta à campo contra o Sobradinho na quarta-feira (5) às 15:30 no estádio Serra do Lago. Já o Ceilândia só joga domingo (9) – a partida da terceira rodada contra o Brasiliense foi adiada – contra o Gama.

Gol rápido e primeiro tempo sonolento

O jogo mal começou e a rede foi balançada. Aos três minutos, Davi Ceará cobrou escanteio e o zagueiro Pedrão se antecipou ao goleiro Leandro e cabeceou para o fundo das redes. Seis minutos depois, Davi limpou a zaga e tocou para trás, procurando Fernando Santos. O atacante resvalou na bola e perdeu grande chance de aumentar o placar. Pouco depois dos dez minutos, novamente em bola aérea na zaga do Ceilândia, o Real chegou com perigo e no rebote, Geovane chutou por cima do gol.

Com 27 minutos, Geovane teve nova chance quando a bola sobrou na entrada da área. O meia, livre, chutou rasteiro no lado direito do arqueiro ceilandense. O Ceilândia tentou chegar ao ataque somente nos 15 minutos finais quando o lateral Matheus cortou para o meio e chutou forte com a perna direita, mas a bola foi muito longe do gol. Após o patético lance, a partida ficou truncada e não apresentou fortes emoções. Com isso, o árbitro Marcello Rudá deu três minutos de acréscimo antes de apitar o fim do primeiro tempo.

Segundo tempo igual ao primeiro, gol rápido e sonolência

Assim como no primeiro tempo, a etapa final já começou com gol e novamente do Real Brasília. Wisman tentou cruzar na área, a bola desviou no zagueiro Felipe do Gato Preto e encobriu o goleiro Leandro. Aos 18 minutos, foi a vez do Ceilândia chegar com perigo. Bola alçada na área e dois jogadores do Ceilândia desviaram na bola, mas Léo Rodrigues, atento, consegue fazer boa defesa. A equipe do Gato Preto finalizou aos 31, mas mais uma vez, sem muito perigo para Léo Rodrigues.

Com 36 minutos no cronômetro, Davi chuta rasteiro e forte, mas Leandro conseguiu defender e ver sua defesa despachar a bola para a lateral. Nos minutos finais, o Real Brasília tentava o terceiro gol, enquanto o Ceilândia diminuir o placar, mas nenhuma das equipes conseguiu êxito nas finalizações. O Leão do Planalto vence pela segunda vez consecutiva, enquanto o Ceilândia divide, provisoriamente, a lanterna com o Formosa, sem nenhum ponto conquistado no Candangão 2020.

REAL BRASÍLIA 2
Léo Rodrigues; Dedê, Sandro, Pedrão, Léo Campos; Robinho, Geovane, Davi Ceará; Davi, Gilvan (Júnior Chicão) e Fernando Santos (Wisman).
Técnico: Antônio Carlos Buião

CEILÂNDIA 0
Leandro; Bahia, Jhonatan, Felipe, Mateus; Jordan (Halyver), Marcone, Evandro (Vinicius), Bocão; Gabriel e Michael Galieta.
Técnico: Marcelo Conte

 

Atual gestor do Ceilândia acumula polêmicas pelo Brasil a fora

0
Foto: Divulgação/Ceilândia

Por Bruno H. de Moura*

matéria atualizada às 18:50 de 02/02/2020

O Ceilândia Esporte Clube estava a um passo de não disputar o Campeonato Candango de 2020. Atolado em dívidas trabalhistas e com problemas de ordem financeira, o conselho deliberativo do time concedeu à direção do clube a decisão de entrar em campo no torneio local, ou não.

O desejo do presidente da agremiação, Ari de Almeida, era tirar o ano de 2020 apenas para a solução das dívidas que beiram à casa do R$ 1 milhão, conforme o mandatário do Gato Preto disse em entrevista ao Podcast do Distrito do Esporte. Mas a pressão dentro do alvinegro e a importância do torneio fizeram, aos 44 do segundo tempo, o Ceilândia fechar uma parceria com um grupo de investidores que gere o Grêmio Barueri, time paulista.

A parceria foi fechada com o empresário Henrique Barbosa. Ou seria, Rique Barbosa? Ou Henrique Sorocaba?

Figura controversa no futebol interiorano

Henrique Barbosa procurou o Ceilândia e propôs termos favoráveis ao time da maior cidade do Distrito Federal. A responsabilidade de montar e pagar as categorias profissional e sub-20 ficariam a cargo do grupo empresarial paulista, enquanto a relação com a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) e com os demais clubes seria da atual diretoria do time.

Tudo muito bom, tudo muito certo. O mandatário prometeu construir um elenco, trazer jogadores, comissão técnica, profissionais de dentro e fora de campo. Até mesmo um hipnólogo foi contratado. Todo o gasto seria de Henrique e de sua empresa de gestão esportiva. A contrapartida? Visibilidade e ganho com venda de jogadores para times mais estruturados.

Mas a experiência no Ceilândia não é inédita na carreira de Henrique Barbosa. O empresário deixou um rastro nada agradável por vários times, especialmente antes de 2017, além de acumular processos trabalhistas.

Ida ao Lemense não durou 2 meses

Em 2012, um grupo de gestão esportiva abordou a então diretoria do Lemense, time que disputava a Segunda Divisão do futebol paulista, equivalente a quarta divisão local, prometendo gerir todo o futebol da agremiação e arcar com as despesas do clube.

Porém, menos de dois meses após assumir o futebol, contratar jogadores e levar técnico, Henrique e a presidência do clube encerraram a parceria. Em quatro jogos, foram três derrotas e apenas uma vitória. No ano seguinte, o time, desestruturado, se licenciou do futebol paulista.

De São Paulo a Rondônia

No ano seguinte, foi a vez do empresário viajar o país. Saiu de SP e foi parar no Vilhena, de Rondônia. Por lá, a alcunha não era mais Barbosa, mas sim Sorocaba. O tempo de estadia? Os mesmos dois meses.

Porém, em terras nortistas, o dirigente chegou causando muito mais. Com promessas de acabar com a crise financeira da equipe, anunciou até mesmo negociações com Túlio Maravilha, que buscava marcar seu milésimo gol. Na época, o jogador ídolo do Botafogo negou qualquer contato com Henrique, dizendo que sequer o conhecia, ou com outro representante do Vilhena.

De Rondônia ao Mato-Grosso do Sul

No mesmo ano, mas dessa vez no segundo semestre, Henrique Barbosa foi para o Centro do país. Anunciado como treinador do União Inter Flórida, o profissional, dessa vez, pegou a prancheta e boné de treinador de campo do time sul-mato-grossense, que disputava a segunda divisão local. A campanha durou três jogos, duas derrotas e um empate.

Na época, o profissional, em entrevista a um portal local, afirmou que “infelizmente o que a diretoria do clube havia nos prometido na pré-temporada não foi concretizado. A captação de recursos foi baixa e não conseguimos montar o elenco ideal. Eu também senti uma certa resistência por parte dos dirigentes que me queriam apenas como parceiro, e não como treinador. Havia muita vaidade por parte de alguns atletas da casa. A diretoria nunca apoiou a ideia de eu ser (sic) o treinador. Principalmente o Jânio [Miguel, presidente], que sempre quis o cargo para ele”, disse.

O presidente do time rebateu e acusou Henrique de abandonar a equipe. “O que ele disse não condiz com a realidade, primeiramente porque cumprimos com todas as exigências que ele nos fez em relação aos alojamentos, alimentação dos jogadores e locais para treino. Quando viu que o trabalho não estava rendendo, ele simplesmente viajou para São Paulo sem dar satisfações. Dias depois descobrimos que ele não voltaria mais para dar continuidade ao trabalho. Nós fizemos um contrato e honramos com nossa parte. Ele não. Por isso, vamos acioná-lo judicialmente”, explicou o mandatário.

Ano novo, historia antiga

Em 2014, Henrique assumiu o Conilon-ES. A história parecia se repetir. No fim de 2013, o clube já anunciava que não participaria do Capixabão por problemas financeiros. Eis que aparece Henrique e a esperança ao torcedor do time do Espírito Santo retorna.

Como num início de namoro, tudo começou muito bem. O primeiro nome anunciado foi de Adãozinho, ex-atacante de São Raimundo e Palmeiras, como treinador da equipe, e até mesmo de Adriano Gabiru, que sagrou-se campeão mundial pelo Internacional em 2006.

Mas o projeto de sucesso não aguentou um jogo sequer. Após derrota na estreia, Adãozinho pediu para sair por problemas com a diretoria, especialmente com Henrique, chamado de Rique Barbosa no time.

Em entrevista ao Globo Esporte do ES na época, Adãozinho afirmou que Rique, ou Henrique, ou Sorocaba, tentava interferir no trabalho e não dava condições dignas para execução do futebol do time. “Ele me chamou para ser treinador, não para ser boneco. Cheguei lá e querem interferir muito no trabalho, tanto o Rique quanto o Marcelo, e futebol profissional não se trabalha dessa forma. (…) Os atletas concentram num posto, de calça jeans e camiseta, não podem falar com ninguém e ficar reservado, isso não existe. Nem na Seleção Brasileira existe isso”, afirmou na época.

Porém, os problemas não foram apenas com a saída de Adãozinho. A Justiça Desportiva Local puniu o time por escalar jogadores irregulares na rodada de abertura. O erro custou nove pontos no Estadual e a queda drástica para a lanterna da competição. O time não resistiu aos baques e três meses depois, com desempenho pífio, abandonou o torneio. Henrique, ou Rique, já havia saído do time. Três meses depois, já sem o gestor, que havia mais uma vez saído do cargo e abandonado o barco, a equipe pediu para sair do torneio faltando sete rodadas para o fim.

2015, Espírito Santo, São Mateus, de vice-líder, à lanterna

No ano seguinte, Rique Barbosa – ainda com a alcunha que lembra o atacante argentino – assumiu o São Mateus. O início promissor sucumbiu logo logo. O time foi punido por escalar jogadores irregularmente na primeira rodada. Na época da punição a agremiação era vice-líder e foi parar na lanterna do torneio.

Tempos, curtos, depois, jogadores e comissão técnica revelaram atraso salarial até que o treinador Antônio Lucas pegou o boné e foi embora. Cinco jogadores acompanharam a decisão do treinador tempos depois. O pagamento e a gestão dos atletas era no mesmo modelo hoje adotado no Ceilândia, Rique pagaria os salários. Em entrevista no período, o presidente do clube explicou a celeuma.

“Dei toda a estrutura de alojamento, transporte, alimentação para que ele (Rique Barbosa) trouxesse os jogadores e pagasse os seus respectivos salários. Porém, quando chegou no fim do mês, ele não pagou. Isso ocasionou a revolta dos atletas. No jogo contra o Vitória já foi meio capenga, contra o Rio Branco jogamos até bem, porque eu dei toda a renda para os jogadores substituírem o pagamento que eles não receberam. Mas, mesmo assim, os atletas receberam outras propostas de fora e eu já fiz as rescisões deles”, disse à época.

Volta ao norte em solo amazonino

Em 2016, após a passagens conturbadíssima no São Mateus, Henrique foi parar no Rio Negro do Amazonas.

As pompas eram as mesmas. Promessas sobre promessas e investimentos. Um nome de peso, para ganhar apoio da direção local, da mídia e dos torcedores foi usado, novamente, como tática. Dessa vez, o atacante Dodô, ex-Botafogo e Fluminense, foi o nome da vez para comandar o time alvinegro – tal qual o Ceilândia. Mas o namoro não durou muito.

O treinador saiu atirando. Falou que não havia nem água no treinamento, que a equipe não possuía estrutura e ainda faltavam jogadores e bolas para treinamento. “Tínhamos um problema estrutural muito forte. Na primeira semana, a gente ia treinar e não tinha nem água. A gente só tinha seis bolas para treinar. Quando eu fui convidado, eu sabia que a estrutura era básica, mas não tínhamos o básico. A gente tinha problema com campo, com transporte, com água, com suplemento, com bola… A gente não tinha jogadores”, disse à época.

O dirigente Henrique Barbosa rebateu reclamando de estrelismo de Dodô. Passou-se meses e a parceria foi desfeita. O presidente do Rio Negro, no ano seguinte, disse que “tivemos uma parceria infeliz com um grupo de fora (grupo do Henrique Barbosa) e estamos procurando um rapaz sério, um político da terra”.

Problemas na Justiça do Trabalho por vários clubes

Henrique da Costa Barbosa é sócio do Grêmio Barueri Futebol LTDA, CNPJ 10.209.830/0001-87. Inicialmente, a matéria afirmou que o empresário também era dono da empresa JK SPORTS Gestão e Marketing Esportivo – EIRELLE. A informação estava equivocada. Henrique já foi dono da Excellence Football, nome fantasia de antiga gestora de futebol que possuía. Tanto o Grêmio Barueri quanto a JK SPORTS possuem, em conjunto, diversas dívidas trabalhistas e processos correndo na justiça como polo passivo.

Em maio de 2016, quando era gestor do Rio Negro do Amazonas, Henrique da Costa Barbosa e o clube São Mateus (ES), como contamos acima, foram condenados a indenizar o meia Bruno Augusto Alves Teixeira em R$ 7,2 mil por danos morais devido a atrasos de salários e outras pendências trabalhistas. O processo ocorreu na 61ª Vara do Trabalho de São Paulo.

Em 2017, a 5ª Vara do Trabalho de Barueri condenou a empresa JK SPORTS e o Grêmio Barueri a pagarem R$ 311.331,91 por dívidas trabalhistas.

No ano de 2018, mais uma condenação trabalhista em São Paulo, dessa vez em montante que já chega, com juro e mora, a R$ 17.450,80. O jogador Kaue Gustavo Pereira de Oliveira processou a empresa JK e o time Grêmio Barueri reclamando o pagamento de valores acordados e não acertadas com o atleta. O pedido foi deferido pela 2ª Vara do Trabalho de Barueri.

Já no ano passado, o jogador Paulo Rogério Morais da Silva venceu na justiça trabalhista paulista um processo pedindo pagamento de dívidas de trabalho no montante de R$ 30.000,00.

“Passagem” pelo Vila Nova

Quando foi para a União Inter do Mato-Grosso do Sul, portais do Mato-Grosso do Sul apresentaram Henrique como jovem ex-jogador, dirigente e treinador de times, especialmente do Vila Nova de Goiás, que, no ano de 2012, disputava a segunda divisão local.

A reportagem procurou jornalista da mídia esportiva goiana e membros da direção do Vila Nova, além de funcionários antigos do clube. Nenhum deles disse lembrar que Henrique tenha passado pela equipe goiana como dirigente ou treinador.

Em contato com a reportagem, o empresário afirmou ter sido um erro do site Gazeta do MS, que divulgou a passagem do dirigente pelo time. À época, o profissional não teria procurado o site para retificar a informação.

“80% do que está aí não condiz”

A reportagem procurou o presidente do clube, Ari de Almeida, sobre as notícias aqui relatadas. Até o momento não obteve contato com o mandatário.

Tentamos entrar em contato com o número obtido de Henrique Barbosa, mas não conseguimos sucesso após a publicação da primeira versão da matéria. Na tarde de domingo (02/02), o dirigente procurou o repórter autor da matéria.

Segundo Henrique Barbosa, 80% das histórias publicadas não condizem com a verdade. O gestor irá mandar manifestação oficial esclarecendo todos os pontos. O Distrito do Esporte, como é de praxe, publicará na íntegra.

Segundo Henrique, a parceria com o Ceilândia foi fechada com o Grêmio Barueri e não com ele. “São duas pessoas diferentes, a física e a jurídica”. Segundo o empresário, ele é dono de 99% do Grêmio Barueri, mas há outros investidores por trás do projeto e, por isto, a parceria foi feita entre clubes e não com sua pessoa.

O empresário afirmou nunca ter tido relação com a JK SPORTS Gestão e Marketing Esportivo – EIRELLE e desconhecer Jackson da Silva Pereira, que consta como sócio titular da empresa no site da receita federal. O Distrito do Esporte alterou a informação inicial de que Henrique é sócio da companhia.

O empresário negou que tenha atuado no Vila Nova de Goiás e disse que houve erro na informação publicada por portal do MS. Também ponderou ser dono de outro time de futebol no Amazonas e que a equipe, Atlético Amazonense vem tem bom desempenho futebolístico e seria um projeto de sucesso, assim como o Grêmio Barueri.

Henrique disse que não entendeu o sentido da matéria e porque todos os relatos foram de passagens conturbadas, mas não citaram os bons resultados no Atlético Amazonense e no Grêmio Barueri.

O Ceilândia perdeu a segunda partida seguida na competição para o Real Brasília, na tarde de sábado (01/02), por 2-0.

*Colaborou Cristóvão Pereira