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quinta-feira, 8 de maio de 2025
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Águia voa alto, bica Cachorro Salsicha e Santa Maria leva os três pontos

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Samambaia x Santa Maria
Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte
O Santa Maria brocou! A Águia Grená voou alto e deu um rasante no Cachorro Salsicha! Na manhã deste domingo (5/2), o Santa Maria visitou o Samambaia no Estádio Serejão e mostrou que pode mais dentro do Campeonato Candango. O Santinha conquistou sua primeira vitória após vencer por 3 a 2. Após o resultado vitorioso, o clube grená conquistou os primeiros pontos na competição local, enquanto o Samambaia continua com três pontos depois da derrota.

Os 45 minutos iniciais foram bastante movimentados. Ambas as equipes se jogaram ao ataque e tiveram boas chances durante todo o primeiro tempo. Atuando em casa, o Cachorro Salsicha saiu na frente com uma pintura de Wallace, cobrando falta. O Samambaia teve diversas oportunidades para ampliar, mas esbarrou em algumas finalizações um pouco tortas e no arqueiro Alisson. Na segunda etapa o confronto mudou totalmente, com os visitantes bem mais ofensivos. Com o jogo aberto, os 45 minutos finais foram um festival de gols.

Samambaia leva vantagem de um gol para o intervalo

Sob um sol escaldante que queimava às 10h, Samambaia e Santa Maria duelaram pela segunda rodada do Candangão. A primeira chance foi da equipe mandante. Wallace cobrou falta, a bola desviou na barreira e quase foi no cantinho direito de Alisson. Em seguida, depois de um cruzamento fechado para área, o arqueiro do Santinha tirou o perigo. Com sete minutos, Romario arriscou de fora da área, mas o chute saiu torto e foi para fora.

Aos 12′, o Santa Maria chutou pela primeira vez ao gol. Watthimen cobrou falta no cantinho, Matheus Brandão voou na bola e espalmou para a linha de fundo. A equipe visitante estava querendo jogo e tentava chegar ao tento. Porém, três minutos depois, o Samambaia respondeu com um gol. Wallace bateu perfeitamente na bola depoia de falta na entrada da área, a pelota morreu no ângulo de Alisson, 1 a 0. O jogo continuou bem movimentado mesmo após o gol marcado pelo Cachorro Salsicha.

Aos 24′, Matheus Brandão operou dois milagres e evitou o empate. Thiago Magno e Watthimen tabelaram no campo de ataque, o camisa 10 finalizou duas vezes, e o arqueiro adversário praticou duas defesas seguidas. O Samambaia tinha mais o controle do jogo e se jogava ao ataque mesmo vencendo, mas assustar o goleiro Alisson. Aos 36′, Romario e Romarinho trocaram bola pelo lado direito, após dividida dentro da área, Romarinho arrematou para o gol, a redonda tirou tinta da trave do Santinha.

Por conta de algumas decisões, os jogadores do Samambaia bateram boca, pedindo mais toque de bola no ataque. Aos 41′, Watthimen cobrou falta perigosa, obrigando Matheus Brandão fazer a defesa. Um minuto depois, o Cachorro Salsicha tocou muito bem a bola, Caju recebeu na intermediária e deu para Cabralzinho, o camisa 10 finalizou muito bem, mas Alisson defendeu. O árbitro Luiz Paulo Aniceto encerrou a primeira etapa com 49 minutos no relógio.

Samambaia x Santa Maria - Candangão
Foto: Luã Tomasson/Samambaia

Santa Maria vira o jogo

A primeira chance do segundo tempo foi do Santa Maria. Com um minuto no cronômetro, a Águia Grená cobrou escanteio na pequena área, a defesa do Samambaia afastou o perigo. Novamente o Santinha chegou assustando o adversário. Depois de cruzamento na área e carimbada no travessão, Matheus Brandão defendeu na sobra, mas o assistente número dois, Marconi de Souza, marcou impedimento.  Aos oito minutos, Watthimen recebeu na área, limpou a marcação e mandou para o fundo da rede, 1 a 1.

Aos 11′, quase o Santa Maria vira o marcador. Novamente ele, Watthimen recebeu na área pela direita, mas acabou finalizando por cima do gol. Três minutos depois, mas uma chance da Águia Grená. Depois de falta cobrada, a bola explodiu na barreira e sobrou para Americo, o número oito arrematou para o gol e Matheus Brandão defendeu. Aos 20′, quase o Samambaia marca. Matheus Silva cruzou, Caju, na altura da marca do pênalti, cabeceou para fora.

O confronto continuava bastante movimentado. Aos 28′, quase Wallace marca para o Samambaia. Depois de cobrança de escanteio, o atleta subiu alto e cabeceou, a bola acabou saindo pela linha de fundo. No minuto seguinte, Watthimen virou o marcador. O goleador limpou a marcação dentro da área e a pelota morreu no ângulo, 2 a 1. Logo em seguida o Cachorro Salsicha respondeu. Cabralzinho deu ótima enfiada de bola para Matheus Silva, o atacante mandou um torpedo para a meta adversária, sem chances para Alisson.

O jogo estava eletrizante e o Santa Maria fez o terceiro. Depois de ótimo lançamento, Wandinho tocou por cima de Matheus Brandão, sem chances para o arqueiro. Aos 44′, pênalti para o Samambaia. Cabralzinho cobrou e isolou a redonda. Aos 51′, o  camisa 10 bateu falta fechar, Alisson espalmou para fora. Na sequência João teve a oportunidade se empatar, mas bateu mal na pelota e mandou para fora. Aos 53′, o jogo foi encerrado.

Veja a classificação do Campeonato Candango

Samambaia x Santa Maria - Candangão
Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

O que vem por aí

Samambaia e Santa Maria voltam a campo durante o meio da semana. Toda a terceira rodada do Campeonato Candango será realizada durante os dias 8 e 9, quarta e quinta-feira respectivamente. O Santinha vai até o Elmo Serejo Farias enfrentar o Brasília. O confronto entre as duas equipes ocorrerá na quarta-feira, às 20h. No dia seguinte, o Samambaia também atuará como visitante. O Cachorro Salsicha vai até o Serejão jogar contra o Taguatinga, às 15h30.

Samambaia 2

Escalação: Matheus Brandão; João 🟨, Timm 🟨, Preto Costa e Felipe Alves; Wallace ⚽️🟨, Lila 🟨 e Cabralzinho; Romario (Matheus Silva ⚽️🟨), Romarinho (Dandan) e Caju (Giovanny).
Técnico: Luís dos Reis

Santa Maria 3

Escalação: Alisson; Paulinho, Pablo, Lidio e Lucas Caetano; Leandro Bulhões (Americo), Marcos Paulo (João Pedro), Ivamar (Igor🟨) e Thiago Magno (Elber🟨); Morgon (Wandinho ⚽️🟨) e Watthimen ⚽️⚽️🟨.
Técnico: Christian Ramos

Vitória sobre o Brasília dá ao Paranoá melhor início em um Candangão

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Candangão Paranoá
Foto: Filipe Fonseca/Paranoá

Conquistar duas vitórias seguidas no início de uma competição é empolgante para qualquer clube. Porém, para o Paranoá, os triunfos sobre Santa Maria e Brasília foram importantes por diversos motivos extras. Um deles é histórico. Pela primeira vez em participações na elite do Campeonato Candango, a Cobra Sucuri engatou dois bons resultados em sequência.

A edição de 2023 marca a nona participação do Paranoá na primeira divisão do futebol do Distrito Federal. Em todas as outras, o clube não teve desempenho tão positivo. A partida contra o Santa Maria, por si só, foi importante ao marcar o primeiro triunfo da Cobra Sucuri em um estreia no Candangão. Em todas as outras, o time havia tropeçado (veja o histórico no fim do texto).

Contra o Brasília, no sábado (4/2), o clube parecia seguir o caminho dos outros anos ao sair atrás do Colorado. Porém, sob à batuta de Paulo Rangel e Daniel Guerreiro, o Paranoá encontrou o caminho da virada e garantiu a segunda vitória seguida no Candangão 2023. Com isso, colocou a temporada atual no topo de melhor desempenho do clube na competição local.

Os seis pontos somados nos 100% de aproveitamento em duas rodadas do Candangão também deixaram o Paranoá em boas condições na tabela de classificação da competição local. Com o bom desempenho, a Cobra Sucuri divide a liderança do torneio com o Gama. O clube leva desvantagem apenas no critério de desempate de saldo de gols: são três contra dois para o alviverde.

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– Confira a classificação atualizadas e os próximos jogos do Candangão
Paranoá vira em cima do Brasília e garante mais uma vitória
– Samambaia confirma que jogará no Estádio Rorizão na 4ª rodada

Com o desempenho perfeito até o momento, o Paranoá concentra forças na sequência da competição local. A Cobra Sucuri volta a campo na próxima quarta-feira (8/2) em partida de peso. No Abadião, o clube vai enfrentar o Ceilândia, às 15h30, com o objetivo de manter a campanha de 100% de aproveitamento no Candangão. A Eleven Sports transmite o confronto ao vivo na internet.

Inícios do Paranoá no Candangão

2004
Paranoá 0 x 0 Gama
Unaí 0 x 2 Paranoá

2005
Ceilândia 1 x 0 Paranoá
Paranoá 3 x 0 Sobradinho

2006
Dom Pedro II 1 x 1 Paranoá
Ceilândia 3 x 1 Paranoá

2007
Paranoá 0 x 1 Brasiliense
Gama 3 x 2 Paranoá

2017
Luziânia 1 x 1 Paranoá
Paranoá 0 x 3 Brasília

2018
Ceilândia 4 x 1 Paranoá
Paranoá 1 x 0 Santa Maria

2020
Luziânia 1 x 0 Paranoá
Paranoá 1 x 4 Capital

2022
Brasiliense 2 x 1 Paranoá
Paranoá 2 x 1 Capital

2023
Santa Maria 1 x 2 Paranoá
Paranoá 2 x 1 Brasília

Leoas do Planalto rugem alto, vencem Avaí/Kindermann e Real Brasília avança

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Real Brasília x Avaí/Kindermann-Supercopa Feminina
Foto: Luã Tomasson

O Real Brasília avançou de fase na Supercopa Feminina. Na noite deste sábado (4/2), Real Brasília e Avaí/Kindermann se enfrentaram no Estádio Serejão, em Taguatinga, em partida de abertura do torneio. Atuando melhor durante boa parte dos 90 minutos, o clube do DF venceu por 2 a 1 e se classificou. As Leoas do Planalto aguardam o vencedor do confronto que será conhecido na manhã deste domingo.

O início da partida foi promissor para o Real Brasília, porém as adversárias foram rápidas e conseguiram equilibrar o duelo. Aos 16’, o Avaí/Kindermann balançaram a rede e as mandantes precisaram correr atrás do prejuízo. Mesmo com volume de jogo maior, as Leoas do Planalto terminaram a primeira etapa em desvantagem. Na segunda etapa, as Leoas do Planalto voltaram com tudo e conseguiram virar a partida.

Avaí/Kindermann sai na frente no primeiro tempo

O primeiro tempo começou quente no Estádio Serejão. Com menos de dois minutos no relógio, o Real Brasília chegou com perigo. Marcela Guedes deu um belo passe para Nenê, a atacante arriscou de fora da área e encobriu a meta de Renata. Alguns instantes depois, as catarinenses responderam. Rafinha recebeu dentro da área e finalizou de primeira, Dida fez ótima defesa e tirou o perigo. O jogo continuou com essas equipes buscando espaços, mas sem chegar com perigo ao gol adversário.

Aos 10′, foi a vez do Avaí/Kindermann chegar novamente com perigo. Baião fez boa chegada pela esquerda e cruzou, a bola desviou na marcação e quase enganou Dida. Aos 14′, o Real Brasília respondeu. Nenê tabelou com Dani Silva, a camisa número 99 finalizou de dentro da área, mas acabou batendo para fora. Aos 16′, as catarinenses abriram o placar. Depois da pelota ser alçada na área, Rafinha pegou de primeira e mandou para o fundo da rede, sem chance para a arqueira realense.

Com 19 minutos no cronômetro, as Leoas do Planalto voltaram a atacar. Gaby Soares arriscou da intermediária, Renata fez boa defesa. Aos 22′, novamente o Real Brasília levou perigo novamente. Karla Alves cobrou falta, a redonda desviou na barreira e quase enganou a goleira do time catarinense. Na cobrança de escanteio, Rafa Soares cabeceou colocado, a bola passou a esquerda da meta do Avaí/Kindermann. Aos 30′, Dani Silva arrematou de fora da área, sem perigo as adversárias.

O duelo continuou com diversas oportunidades para ambas as equipes. Aos 37′, Karla Alves arrematou mais uma vez, sem perigo para Renata. No minuto seguinte, o Avaí/Kindermann, Annaysa chutou da intermediária, a pelota encobriu o gol de Dida. Com 42 minutos, o jogo foi paralisado por conta de um dos refletores que apagaram. Após 18 minutos de paralisação, a luz retornou e o jogo recomeçou. Aos 66′, Franciele Fernanda encerrou o primeiro tempo.

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Real Brasília x Avaí/Kindermann - Supercopa Feminina
Foto: Luã Tomasson

Real Brasília impiedoso

O Real Brasília começou com tudo o segundo tempo. Desde o minuto inicial, as Leoas do Planalto buscaram o ataque. Aos 7′, Carol Gomes tentou cruzar, mas a bola foi em direção ao gol e encobriu Renata, 1 a 1. Muito bem postado em campo, o clube do Distrito Federal queria a virada e continuou em cima das adversárias. Aos 15′, o Avaí/Kindermann teve sua primeira chance na segunda etapa. Annaysa arriscou de longe, obrigando a goleira Dida a espalmar para fora.

Logo depois, Adilson Galdino mexeu na equipe, colocando as novas contratas Ju Oliveira e Lady Andrade, no lugar de Nenê e Dani Silva, respectivamente. Aos 22′, a colombiana carregou, trabalhou com Natasha Rosas e tocou para Gaby Soares, a camisa número 10 bateu da entrada da área e assustou o Avaí/Kindermann. Em seguida, Lady invadiu a área, tirou a marcado e bateu torto para o gol.

Após as boas chances, o jogo esfriou e as equipes não criaram ótimas oportunidades de gol. Aos 29 minutos, Rafinha, do Avaí/Kindermann, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulsa pela árbitra. Aos 31′, Marcela Guedes recebeu bom lançamento dentro da área, mas na hora de finalizar, acabou isolando a pelota. Aos 35′, Gaby Soares teve outra oportunidade, porém, finalizou em cima da marcação.

Com 37 minutos no relógio, Raiza sofreu pênalti e a árbitra assinalou sem titubear. Na cobrança, Karla Alves bateu no canto direito, Renata voou no cantinho e quase pegou, porém, a bola morreu no fundo do gol, 2 a 1. Após o gol da virada, o jogo ficou morno, com as Leoas do Planalto controlando a partida e o Avaí/Kindermann sem reagir. Aos 50′, Franciele Fernanda deu números finais a partida.

Real Brasília x Avaí/Kindermann
Foto: Luã Tomasson

O que vem aí…

Agora, o Real Brasília espera o resultado do duelo entre Flamengo e Ceará para conhecer o próximo adversário. O jogo acontece neste domingo (5/2), às 10h30, no Estádio Luso Brasileiro, na Ilha do Governador-RJ. Além disso, às 18h45, o Internacional goleou o Athletico Paranaense por 5 a 1 no Beira Rio e também garantiu a classificação para a próxima fase da Supercopa, onde enfrenta o vencedor do encontro entre Corinthians e Atlético-MG.

Real Brasília 2

Dida; Laine (Natasha Rosas), Rafa Soares, Isabela Melo e Carol Gomes ⚽; Karla Alves ⚽, Sassá 🟨(Lorena Bedoya) e Gaby Soares; Nenê (Ju Oliveira), Dani Silva (Lady Andrade) e Marcela Guedes (Raiza).
Técnico: Adilson Galdino

Avaí Kindermann 1

Renata; Raquel (Kaila), Siméia, Dani 🟨 e Thaynara; Thayane 🟨, Kamila e Rafinha ⚽🟥; Baião, Thayciane e Annaysa (Joyce)

Técnica: Carine Bosetti

**Colaboração Lucas Espíndola e Rayssa Loreen

América-MG vence Cruzeiro no Mané Garrincha e prolonga jejum do rival

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Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

O clássico mineiro entre América-MG e Cruzeiro, neste sábado (4/2), em Brasília, não teve pão de queijo, mas contou com vitória americana pela 3ª rodada do Campeonato Mineiro. O empate sem gols entre os rivais de Belo Horizonte na Arena BRB Mané Garrincha persistia até os 32 minutos, quando brilhou a estrela de Henrique Almeida, que garantiu o triunfo por 1 x 0 e prolongou o jejum de vitórias do técnico cruzeirense Paulo Pezzolano em dérbis. 

Desde que assumiu a prancheta celeste em janeiro de 2022, Pezzolano amarga quatro derrotas em quatro clássicos contra América-MG e Atlético-MG. O debute do uruguaio em clássicos à frente da equipe mineira foi contra o Coelho, no tropeço por 2 x 0, também pelo estadual. Para o Cruzeiro, o confronto com o Coelho foi o primeiro teste padrão Série A, no ano de retorno à elite do futebol nacional. 

Autor do gol da vitória do América-MG, Henrique Almeida se sentiu em casa. Nascido no Distrito Federal, mudou a história da partida. O camisa 19 saiu do banco de reservas e mudou a postura da equipe de Vagner Mancini. No primeiro tempo, a falta de capricho transformou o clássico em duelo moroso e truncado, com 20 faltas assinaladas. Na etapa final, o desejo pela vitória aumentou e animou as duas torcidas. Porém, quiseram os deuses do futebol que um candango mudasse a história do primeiro clássico mineiro na temporada.

Faltou inspiração

O clássico mineiro em Brasília deixou a desejar aos torcedores no primeiro tempo. Faltou inspiração, sincronia e pontaria aos jogadores de América-MG e Cruzeiro. Os primeiros 45 minutos mais acréscimos foram morosos. Sobrou força nas disputas pelas bolas, mas faltou o capricho na conclusão das jogadas. Foi assim com Felipe Azevedo, aos dois minutos, em chute de fora da área. Apertada pela marcação americana nas movimentações iniciais, a Raposa explorou a velocidade Wesley Gasolina pela direita para tentar servir Bruno Rodrigues, mas sem sucesso com o passe interceptado. 

O Cruzeiro sentiu que aquele era o setor a ser explorado. Assim, a equipe escapou mais uma vez pela direita, Bruno Rodrigues recebeu, driblou a marcação e, ainda que aos trancos e barrancos, estufou as redes. A comemoração, porém, não durou muito, pois o assistente Magno Arantes Lira flagrou posição de impedimento, confirmado pelo VAR em seguida. A equipe celeste até cresceu na segunda metade da partida. Nikão e o próprio Bruno Rodrigues eram as referências ofensivas. Ambos tiveram oportunidade de inaugurar o placar em bola parada, mas estavam com os pés descalibrados. 

Embora estivesse acuado e com dificuldades para construir as jogadas, o América-MG encontrou brechas na retaguarda cruzeirense. Rafael Cabral falhou na reposição de jogada com os pés e entrou a bola para o experiente Aloísio, da entrada da área, arrematar perigosamente, tirando tinta da trave esquerda rival. A ofensividade da partida foi ofuscada pelas excessivas disputas, com 20 faltas e quatro cartões amarelos distrubuídos pelo árbitro André Luiz Skettino.

Brilho candango

A etapa final ganhou mais ânimo em termos de criação. Algumas faltas desnecessárias no meio de campo mantiveram o duelo truncado. Porém, o zero no placar incomodava as duas equipes. Aos oito minutos, Wesley recebeu pela esquerda, deixou a marcação para trás e chutou colocado, mas para fora. Nos minutos seguintes, o América-MG respondeu na mesma moeda. Aloísio puxou contra-ataque e passou para Mateus Gonçalves invadir a área, fazer fila e quase marcar um golaço. Logo depois, foi a vez Henrique Almeida, que havia acabado de entrar, receber na grande área e finalizar cruzado perigosamente.

Principal arma ofensiva do Cruzeiro no segundo tempo, Wesley teve mais uma chance de abrir a contagem em Brasília. Aos 15 minutos, o atacante ficou com a sobra na grande área, dominou, pensou e bateu no canto. Atento, o goleiro Matheus Cavichioli precisou se esticar e mandar para escanteio. O camisa 11 também esteve próximo de balançar as redes após cruzamento de William, quando se esticou para tentar furar o bloqueio americano.

Setenta e três minutos. Esse é o tempo que levou para o técnico do Cruzeiro, Paulo Pezzolano, fazer as primeiras alterações. O comandante insistiu no time titular, que visualmente perdeu ritmo durante a partida. O atacante Gilberto e o meia Ramiro eram os responsáveis por oxigenar o esquadrão celeste. A dupla, porém, não conseguiu ser eficiente. Aos 32 minutos, Henrique Almeida foi oportunista na grande área ao dominar e bater cruzado e rasteiro no canto esquerdo de Rafael Cabral, inaugurando o placar e garantindo a vitória. Na reta final, o mesmo Henrique Almeida ainda marcou mais um, porém, anulado pelo árbitro de vídeo.

Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

O que vem por aí

Com a vitória, o América-MG se mantém na liderança isolada do Grupo B, com nove pontos. O próximo compromisso americano será na terça-feira (7/2), fora de casa, contra o Athletic Club, às 20h. Já o Cruzeiro perdeu a chance de assumir a ponta da chave C, estacionando nos quatro pontos. O desafio seguinte também será na terça-feira, às 21h30, contra o Pouso Alegre, no Estádio Independência.

Ficha técnica

AMÉRICA-MG – 1
Matheus Cavichioli; Nino Paraíba 🟨, Iago Maidana, Ricardo Silva e Nicolas; Juninho, Alê 🟨 e Benitez; Matheus Gonçalves (Matheusinho), Felipe Azevedo (Dadá Belmonte 🟨) e Aloísio 🟨 (Henrique Almeida ⚽). Técnico: Vagner Mancini

CRUZEIRO – 0
Rafael Cabral; William, Wesley Gasolina (Ramiro), Lucas Oliveira e Reynaldo 🟨; Cipriano (Rafael Bilu), Neto Moura (Formiga), Ian Luccas e Nikão; B. Rodrigues e Wesley 🟨 (Gilberto). Técnico: Paulo Pezzolano 

Paranoá vira em cima do Brasília e garante mais uma vitória

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Foto: Filipe Fonseca/Paranoá

Com três pontos cada um na tabela, Paranoá e Brasília se enfrentaram nesta tarde de sábado (4/2) em partida válida pela segunda rodada da competição. Melhor para a Cobra Sucuri, que venceu por 2 a 1, gols de Paulo Rangel e Daniel Guerreiro pela equipe mandante, e Ricardo Oliveira, descontando para o Colorado. Com a vitória, o clube chegou a seis pontos no torneio e vai dormir na vice-liderança do certame, atrás apenas do líder Gama. O confronto, disputado no estádio Defelê, mostrou equilíbrio entre as equipes.

Mesmo com um primeiro tempo mais forte, a Cobra Sucuri não conseguia oportunidades de chutes ao gol. A chance, em um pênalti, foi desperdiçada por Paulo Rangel. Já o Brasília, aproveitou a sua penalidade máxima e Ricardo Oliveira colocou o Avião na frente. Na segunda etapa, o Paranoá empatou logo nos primeiros minutos com Paulo Rangel. Mesmo com um jogo picotado, a equipe do técnico Klésio Moraes virou com Daniel Guerreiro e garantiu a vitória.

Brasília marca na primeira etapa

A equipe do Paranoá tomou iniciativa e começou tendo o controle do jogo, circulando a bola e jogando para frente. Já o Brasília, apostava nos contra-ataques. Aos seis minutos, Careca arriscou um chute de fora da área, mas sem riscos para o goleiro Matheus. O  Colorado teve outra oportunidade em uma cobrança de falta, aos 12 minutos, mas a cabeçada foi para fora.

Filipe Fonseca/Paranoá E. C.

Aos 23 minutos, o juiz marcou pênalti para o Paranoá. Paulo Rangel bateu, mas o chute explodiu na trave. Aos 31′, Willian Junior arriscou e a bola passou próximo. Nos minutos finais, após confusão na área, penalidade máxima para o Colorado. Aos 42′, Ricardo Oliveira cobrou e não desperdiçou, marcando o primeiro gol para o Avião. A Cobra Sucuri até tentou igualar o placar antes do fim do primeiro tempo, mas o Brasília não permitiu e foi para o intervalo com a vantagem.

Paranoá com uma nova postura

O segundo tempo iniciou embaixo de muita chuva. Atrás no placar, o Paranoá entrou focado para o final do certame. Aos seis minutos e com um belo passe de Vitor Júnior para Paulo Rangel, o atacante tirou do goleiro e marcou para a Cobra Sucuri. Aos 21′, Paulo Rangel arriscou um chute e conseguiu o escanteio. Na cobrança, o ataque cabeceou e o goleiro Jennerson defendeu.

Com jogo truncado, muitos cartões amarelos e muita reclamação de ambos os times, as equipes não tiveram muitas chances de gols e o jogo ficou muito picotado. Mas em uma boa levantada de falta de Vitor Júnior, Daniel Guerreiro escorou e fez o gol para o Paranoá, aos 43 minutos, garantindo mais uma vitória para o time no Candangão.

Filipe Fonseca/Paranoá E. C.

◉ Fique por dentro

– Guia do Candangão

– Coluna Visão de Jogo

Classificação do Campeonato Candango 2023

O que vem por aí

As equipes jogarão na próxima quarta-feira (8/2). O Paranoá irá enfrentar o Ceilândia, às 15h, no Estádio Abadião. Já o Brasília, terá um confronto contra o Santa Maria no Estádio  Serejão, às 20h.

Paranoá 2

Matheus Damasceno; Arthur; João Carlos; Paulo Rangel ⚽ (William); Luiz Felipe (Vandinho); Willian Magrão (Daniel Guerreiro ⚽🟨); Douglas Rato; Pedro Medeiros🟨; Felipe Assis; Willian Junior (Vitor Júnior🟨) e Gabriel Luiz.

Técnico: Klésio Moraes

Brasília 1

Jennerson; Edimar🟨; Dante🟨; Borges🟨 (Castro Junior); Cristian; Ricardo Oliveira ⚽ (Ian Carlos); Espeto🟨; Marcos Antônio; Regino🟨; Careca🟨 e Hwry (Titico).

Técnico: Ricardo Antônio

Após derrota na estreia, treinador do Taguatinga fala sobre próximo desafio

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Edmilson Marçal - Presidente e Treinador do Taguatinga
Foto: Alan Rones

Com a rodada inaugural do Campeonato Candango 2023 acontecendo no último final de semana, onde cinco jogos movimentaram o final de semana, a segunda rodada do certame local começará na próxima sexta-feira (3/2) e terminará no domingo (5/2). O Taguatinga, que foi derrotado longe de seus domínios, agora terá que juntar os cacos após uma atuação ruim diante da Sociedade Esportiva do Gama. De olho no próximo duelo, Edmilson Marçal comentou sobre o desafio.

O Taguatinga estreou na competição no último domingo, fora de casa. A Águia Branca foi até o Estádio Defelê, na Vila Planalto, para enfrentar o Gama. A equipe da Praça do Relógio foi vazada duas vezes na primeira etapa e saiu de campo derrotada pelo placar de 2 a 0. O primeiro revés na principal competição local liga o alerta para o clube azul e branco, já que o time sofreu durante os 90 minutos no duelo e não conseguiu levar perigo à meta do goleiro gamense.

Taguatinga
Foto: Alan Rones/ASCOM Taguatinga

● Fique por dentro
Confira a classificação atualizadas e os próximos jogos do Candangão
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Samambaia confirma que jogará no Estádio Rorizão na 4ª rodada

Antecedendo o próximo confronto diante do Capital, o ex-presidente do Taguatinga e agora treinador, falou sobre o duelo contra o Coruja no Serejão. “Teremos um jogo muito difícil contra uma equipe extremamente qualificada, mas estamos nos preparando muito, corrigindo os nossos erros, especialmente aqueles cometidos contra o Gama em nossa estreia. Acreditamos que faremos um outro jogo e num outro patamar”, concluiu Edmilson Marçal.

O Taguatinga entra em campo no próximo domingo (5/2). Mandante na rodada, o Taguatinga receberá o Capital no Estádio Elmo Serejo Farias, o Serejão. O duelo está marcado para às 15h30. Assim como a Águia Branca, o Coruja foi derrotado na primeira rodada, por 2 a 1, para o Samambaia. O duelo entre as aves promete ser bem disputada, já que ambas as equipes estão querendo conquistar a vitória no Candangão e somar pontos.

Gama conquistou terceira vitória nos últimos cinco clássicos no Serejão

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Clássicos no Serejão
Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

No processo de construção da própria história, os clássicos verde-amarelo entre Brasiliense e Gama foram marcado por um certo equilíbrio de triunfos para os dois lados. Porém, nas últimas partidas disputadas pelos rivais no Estádio Serejão, em Taguatinga, um lado vem se sobressaindo. Nas últimas cinco disputas na casa do Jacaré, o Periquito levou a melhor em três oportunidades.

Ampliada nesta sexta-feira (3/2), com vitória por 2 a 1, em jogo válido pela segunda rodada do Campeonato Candango, a série puxa um histórico desde 2015. Naquele ano, o alviverde bateu o time amarelo por 2 a 0. Os times voltaram a se encontrar no Serejão apenas em 2020, quando o Periquito novamente levou a melhor sobre o Jacaré, com um resultado de 2 a 1.

No mesmo ano, o Brasiliense interrompeu a sequência ao aplicar 3 a 0 sobre o Gama. Em 2021, o novo encontro entre os dois rivais no palco esportivo de Taguatinga registrou um empate por 0 a 0. Após novo hiato sem duelos no Serejão, os rivais voltaram a se encontrar no local nesta sexta-feira (3/2), quando o verde voltou a triunfar sobre o amarelo. Os dados foram levantados com auxílio da Painel do Clássico Verde-Amarelo, de autoria de Giscard Stephanou.

Essa é a maior sequência invicta atual em todos os palcos que já receberam o clássico verde-amarelo. No Bezerrão, o Gama vem de três partidas sem perder (um empate e duas vitórias). No Mané Garrincha, o alviverde venceu o último jogo. Antes, o triunfo havia sido do Jacaré. No Defelê, o Brasiliense levou a melhor em três confrontos seguidos diante do rival. No Abadião, foram dois bons resultados do time amarelo.

No retrospecto geral do clássico verde-amarelo, o Brasiliense leva vantagem. No geral, são 28 vitórias do Jacaré, contra 23 gamenses e outros 22 empates no confronto. Apenas no Serejão, o time de Taguatinga venceu nove vezes, com oito triunfos do Periquito e mais 11 igualdades. No total, os clubes jogaram 28 vezes no palco esportivo da partida de sexta-feira (3/2).

Após o jogo válido pela primeira fase do Campeonato Candango, Brasiliense e Gama não têm um novo encontro marcado previamente. Os times voltariam a se enfrentar nesse ano apenas em uma hipotética final ou semifinal do torneio local. Se isso não acontecer, 2023 se juntará a 2014, 2016, 2017 e 2018 como as temporadas com apenas um clássico verde-amarelo.

Coluna Visão de Jogo 19: O futebol nada tem de galileano

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Coluna Visão de Jogo

Por Luiz Henrique Borges

Flamengo e Palmeiras realizaram, no último sábado do interminável janeiro de 2023, uma partida de tirar o fôlego. Durante o emocionante confronto me comuniquei várias vezes com meu amigo Guilherme, o flamenguista fanático e, em determinado momento, afirmamos a seguinte heresia: “o ingresso valeria os R$ 500,00”. Depois do espetáculo realizado, sob o impacto da partida repleta de emoções e sem ter gastado quase meio salário-mínimo, a afirmação se torna fácil de ser dita, soando um quase arrependimento.

De cabeça fria, continuo afirmando que os preços dos ingressos são desrespeitosos com a maior parte dos torcedores brasileiros, pessoas humildes e que passam pelos maiores perrengues para garantirem a própria sobrevivência.

Concordo com outro grande amigo, Leonardo Valadares. Após a final da Supercopa do Brasil, ele afirmou que foi um grande jogo e, me permitam transcrever suas palavras: “Pena que jogos assim são um oásis no deserto por aqui”. Realmente não é rotineiro assistirmos uma partida tão bem disputada, emocionante e de bom nível técnico, apesar das falhas cometidas pelas duas equipes.

A defesa do Flamengo, no meu entender, apresentou grande fragilidade. David Luiz falhou em três gols do adversário. No primeiro gol, por exemplo, ele matou a bola nos pés do atacante palmeirense. No segundo gol, perdido no meio da defesa, ele deixou um latifúndio para o belíssimo chute, certeiro, de Gabriel Menino. No terceiro gol, novamente mal posicionado e, me parece já sem vigor físico, ele salta a altura de um meio-fio e não consegue cortar o cruzamento que terminou no pênalti cometido por Everton Ribeiro.

Discuti muito com meu amigo flamenguista, o Guilherme, ao longo do jogo, via Whatsapp, sobre a atuação do zagueiro flamenguista. Ele afirmou peremptoriamente, com ares de superioridade e beirando à arrogância, que eu estava sendo injusto com David Luiz e que ainda estava ressentido com a vergonhosa derrota brasileira por 7 a 1 contra a Alemanha.

Neste ponto, ele não errou. Jamais engolirei a derrota na Copa de 2014. Mas, curioso, é que em determinada parte da discussão, ele deixou escapar que, por ser flamenguista, ele precisa defender o jogador do seu clube e veio com aquele papo de que o defensor é importante pela liderança que exerce no grupo. Eu entendo o papel desempenhado pelo líder, algo que faltou, por exemplo, na Seleção Brasileira na última Copa do Mundo. No entanto, ela, por si só, sem ser acompanhada da capacidade técnica, não é suficiente para justificar a escalação de qualquer jogador.

Na verdade, nunca achei o zagueiro um primor de jogador e sempre entendi que melhor do que ele, são os seus empresários que conseguiram colocá-lo em grandes equipes ao longo de sua carreira. Não estou afirmando que ele é um completo “perna de pau” e não faça boas partidas. No entanto, quanto mais próximo o atleta atua do seu gol, menos ele pode falhar. O goleiro, por exemplo, pode fazer centenas de defesas impossíveis ao longo de uma partida, mas se ele errar uma única vez, e pior ainda, se o seu time sair derrotado, nada do que ele fez será lembrado. Fica o frango!

A dramaticidade vivenciada pelos zagueiros é um pouco menor, mas eles também não podem errar e o zagueiro do Flamengo comete erros com frequência. Para encerrar o assunto, considero o David Luiz um excelente jogador e adoraria tê-lo no meu time para o jogo entre casados e solteiros, naquele churrascão de final de ano.

Na próxima terça-feira, dia sete, o Flamengo jogará uma das semifinais do Mundial de Clubes. Mais uma vez, o clube carioca partiu do Rio de Janeiro abraçado por sua torcida. A expectativa é que o rubro-negro jogue a final contra o poderoso Real Madrid. Os europeus, até o momento, sempre “bateram o ponto” na finalíssima, no entanto, os clubes sul-americanos fracassaram em algumas oportunidades.

Entendo que o Flamengo, em relação à última participação, em 2019, possui um time, na linguagem do futebol, mais cascudo. Ao contrário do que alguns acreditam, não é uma equipe mais envelhecida. Na ciranda de entradas e saídas que caracteriza o nosso futebol, a média de idade do grupo que jogou em 2019 é a mesma da atual. O time está mais cascudo exatamente porque atletas importantes, como Gabigol, Everton Ribeiro, Arrascaeta, estiveram no grupo de 2019 e, agora, estão mais experientes e, de grande importância, mantiveram a boa qualidade técnica. Em outras palavras, a competição não terá, para o grupo flamenguista, o mesmo ineditismo que teve há um pouco mais de três anos.

O Real Madrid, principalmente em decorrência da gigantesca diferença financeira entre os principais times dos dois continentes, é o grande favorito, mesmo com os diversos desfalques que os merengues tiveram. Além disso, o momento em que as duas equipes se encontram tende a favorecer os espanhóis. Aqui no Brasil, estamos no início de temporada, os times, nesta etapa, cometem mais falhas e estão distantes do ápice técnico e tático, enquanto na Europa os clubes já se encaminham para as fases decisivas de seus campeonatos, ou seja, eles já se encontram muito bem entrosados. A situação do Flamengo se torna um pouco mais difícil, e já havia feito tal ressalva na crônica passada, na medida em que o time carioca também possui uma nova comissão técnica.

Nada do que falei acima significa que as favas estão contadas. Felizmente, ao contrário de outros esportes, menos afeitos aos resultados inesperados, no futebol as “zebras”, de diversos tamanhos, passeiam pelos gramados de futebol. O Flamengo também precisa se atentar para o ardiloso “animal”, uma vez que ele terá um perigoso confronto, ou contra o Al Hilal, ou contra os donos da casa, o Wydad Casablanca, na semifinal.

Jogos únicos são sempre imprevisíveis e nem sempre o time mais qualificado terá êxito. O São Paulo em 2005 e o Internacional em 2006 foram massacrados pelo Liverpool e pelo Barcelona respectivamente, mas contaram com os poucos erros que seus adversários cometeram, com as grandes atuações de seus goleiros e com doses imensas de sorte para conquistarem o título.

Se os prognósticos se concretizarem, a decisão será entre Real Madrid e Flamengo. O clube espanhol é superior tática e tecnicamente ao seu adversário. Acho que ninguém duvidaria, a não ser os torcedores muito fanáticos, que em um campeonato de pontos corridos, seja o Brasileirão ou LaLiga, o Real Madrid abriria, no mínimo, uma dezena de pontos na frente do Flamengo ou de qualquer outro clube brasileiro. Mas, em apenas 90 minutos, a Esperança e o Inesperado, perigoso casal, podem se fazer presentes e eles, como todos os seres mágicos que habitam os estádios e os campos de futebol, são capazes de alterar qualquer resultado, inclusive transformar a lógica vitória em uma dolorida derrota. O futebol nada tem de galileano, afirmaria a historiadora Michelle dos Santos.

Em noite de clássico, Gama garante vitória em cima do Brasiliense

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Brasiliense e Gama
Foto: Jessika Lineker/Distrito do Esporte

Depois de um ano e sete meses, Brasiliense e Gama voltaram a se enfrentar no Estádio Serejão, em Taguatinga. O clássico de número 73 entre as equipes foi pintado de verde após a vitória importantíssima do time treinado por Vilson Tadei. Com gols de Emerson e Rafael pelo alviverde candango e um de Yuri Mamute, em um lindo chute de fora da área, a favor do Jacaré, o Periquito chegou aos seis pontos e assumiu a liderança da competição.

O primeiro tempo começou com bastante intensidade para os dois lados, mas o cenário mudou após a metade do período. O Gama conseguiu se impor sobre o rival e marcou seu gol com o zagueiro Emerson. A diferença no placar aumentou nos minutos finais com mais um tento de cabeça, desta vez marcado por outro zagueiro: Rafael. Yuri Mamute, em um lindo chute de fora da área, no último minuto de partida, diminuiu o resultado.

Vantagem do alviverde

Fazendo jus ao título de clássico, Brasiliense e Gama entraram em campo com intensidade, principalmente pelo lado amarelo. Logo aos dois minutos, Aloísio fez um belo cruzamento para Luquinhas, o atacante arriscou de longe e viu a bola subir. Mais tarde, Vitor Xavier conseguiu espaço pela linha de fundo, avançou e a defesa do Jacaré, atenta, apareceu para impedir a continuação da jogada. Aos 12’, Luquinhas recebeu ótimo lançamento de Tarta e cabeceou para o fundo do gol, encobrindo Ravel. Para a decepção do torcedor amarelo, o árbitro assinalou impedimento.

O Brasiliense perdeu grande chance de marcar o primeiro da partida aos 19’. Zotti e Brocador tabelaram após uma falha da defesa gamense, o camisa 19 ficou cara a cara com Ravel, chutou colocado, mas o goleiro defendeu. Em seguida, na sobra, Brocador tentou mais uma vez, porém o arqueiro alviverde impediu mais uma vez. Depois do início promissor dos mandantes, o Gama acertou a zaga e atrapalhou as investidas do Jacaré. O time treinado por Luan Carlos perdeu o poderio ofensivo e não chegou mais ao ataque com perigo.

O trabalho do Gama deu resultado aos 24 minutos. Após cobrança de escanteio de Vitor Xavier, Emerson cabeceou sem chances para Artur. Com o Alviverde na frente, o Jacaré precisou correr atrás para mudar a realidade do placar, mas encontrava dificuldades. Dez minutos depois, Renan tentou de longe o segundo do Gama. A bola parou com Vitor Xavier e o jogador tentou arrematar, porém, Arthur anotou uma defesa incrível. Antes do apito final, o Brasiliense teve mais uma oportunidade. Na velocidade, Aloísio agiu rápido e deixou a bola com Tobinha. O atacante bateu forte e a bola saiu rente a trave.

Vitória alviverde carimbada

O Brasiliense voltou diferente para a etapa final do duelo contra o Gama. Logo nos minutos iniciais, o grupo assustou o Gama com lances de perigo, porém, ainda sem deixar a bola no fundo da rede rival. Com 3′, Tarta foi para a cobrança de falta, bateu forte e Ravel afastou. Dois minutos mais tarde, Tobinha levantou para Mamute, o centroavante não cabeceou e perdeu boa chance. Logo atrás, estava Luquinhas. O atacante também tentou, mas a pelota saiu pelo lado esquerdo do gol.

O Jacaré continuou desperdiçando várias oportunidades. Com 14, Aldo teve a chance de deixar tudo igual na contagem. Na sequência, Luquinhas invadiu a área, bateu forte e assustou o arqueiro Ravel, que anotou mais uma defesa importante. Dez minutos mais tarde, Aloísio entregou para Mamute e o companheiro furou de cara para o gol. O Brasiliense continuava com pressão no ataque, mas encontrava dificuldades na finalização das jogadas. Do outro lado, o Gama também mudou a postura. Diferente do primeiro tempo, o plantel de Vilson Tadei era ineficiente e a pressão exercida pelos rivais incomodou.

Precisando tirar a desvantagem no placar, o grupo treinado por Luan Carlos prosseguiu na tentativa da reverter a situação. Aos 34’, reclamação do Brasiliense. Tarta cobrou escanteio, Aldo desviou e em cima da linha, Ravel fez milagre. Os atletas pediram a validação do gol, sem sucesso. Perto do apito final, o alviverde aproveitou mais uma bola parada para balançar as redes mais uma vez. Julio Cesar cruzou e Rafael, de cabeça, ampliou a vantagem no placar. Depois de várias tentativas, o Brasiliense diminuiu a diferença no último segundo. Mamute finalizou de fora da área e marcou um lindo gol.

O que vem por aí…

Os times voltam a campo na próxima quarta-feira (8/2). O Gama abre a rodada do Candangão 2023 diante do Real Brasília, às 15h, no Estádio Defelê. O Brasiliense vai até o JK enfrentar o Capital, às 15h30. Ceilândia x Paranoá (8/2 às 15h30 – Abadião), Brasília x Santa Maria (8/2 às 20h – Serejão) e Taguatinga x Samambaia (9/2 às 15h30 – Serejão) são os outros duelos da terceira rodada do torneio.

Ficha técnica

Brasiliense 1
Arthur; Caetano (Renan Oliveira), Gustavo Henrique, Keynan (Bahia), Aloísio; Aldo, Tarta (🟨), Zotti (Mamute ⚽); Luquinhas, Alvinho (Sodré) e Hernane Brocador (Tobinha).
Técnico: Luan Carlos

Gama 2
Ravel; Renan (Alex), Tiago (Rafael ⚽), Emerson ⚽, Julio; Platini, Diogo Oliveira (Bruno), Welton; Serginho, Vitor Xavier (Lucas) e Paolo (🟨).
Técnico: Vilson Tadei

Real Brasília e Ceilândia deixam a desejar e ficam no empate

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Foto: Filipe Fonseca

Em jogo de pouca criatividade e raras chances de gol, Real Brasília e Ceilândia ficaram no 0 a 0 na tarde dessa sexta-feira (03/02) no estádio Defelê. O jogo entre Real Brasília e Ceilândia abriu a segunda rodada do Candangão. Se a estreia não foi nada boa para as equipes, o Leão do Cerrado perdeu para o Brasília de virada, 2 a 1, já o Ceilândia tomou um revés dentro de casa para o Brasiliense, o segundo jogo da competição também não agradou os torcedores.

O primeiro tempo foi equilibrado, com o Ceilândia agredindo mais nos primeiros minutos de jogo, além de ter mais posse de bola. O Real equilibrou o jogo e teve a chance de abrir o placar no final do primeira etapa.

O segundo tempo o time do Real teve uma melhora, porém a falta de criatividade de ambas equipes conduziram a partida ao empate sem gols.

Foto: Filipe Fonseca

Primeiro tempo

O Ceilândia veio para cima logo nos primeiros segundos de jogo. O gato preto subiu as linhas e na marcação alta já conseguiu um escanteio com sete segundos de partida.

O Real Brasília não conseguia sair da defesa com a intensidade alta do Ceilândia. Os donos da casa responderam com Marcos Paulo na primeira boa chance do Real. Ele arriscou de longe, porém a bola saiu mascada.

A temperatura alta diminuiu um pouco a intensidade do jogo. O Ceilândia desperdiçou uma grande chance com Clemente, após jogada de Paulo Renê na pequena área, ele chegou de surpresa batendo, mas não pegou bem na bola.

A equipe do Ceilândia tinha mais a posse de bola, porém esbarrava na falta de entrosamento e a forte marcação do Real. A partida foi para o tempo de hidratação e na volta o gato preto continuava com maior posse de bola.

O Real investia nos contra-ataques. A jovem equipe assustava o gato preto. Mais uma vez o Leão do Cerrado chegou com perigo com Matheus: em bela troca de passes ele bateu de longe e bola subiu.

No fim do primeiro tempo Matheus Jesus teve uma chance clara para o Real. Ele recebeu um lindo passe e sozinho parou na ótima defesa de Henrique Marquesan. O fim do primeiro tempo chegou.

Segundo tempo

A etapa final começou com o alvinegro buscando mais o jogo. A partida era mais movimentada, Real tinha boas trocas de passes. O Ceilândia investia nos cruzamentos. Clemente até que tentava, porém não estava em uma tarde inspiradora.

Os donos da casa eram melhor em campo com velocidade e buscando jogadas pelas pontas. Já o gato preto não conseguia construir jogadas. O técnico Adelson não conseguiu encaixar um bom esquema para o Ceilândia.

O jogo ficou truncado e burocrático, muitas faltas cometidas e pouca criação. O fim do jogo chegou, resultado ruim para ambas equipes que seguem sem vitória no Candangão.

Real Brasília

Wendell, Caio Mendes,Jo, Felipe, Gabriel, Tiago Ulisses, Matheus Dias,Uenderson, Mateus,Juan e Marcos Paulo

Ceilândia

Henrique, Júlio Oliveira, João Afonso, Euller, China, Andrey,Geovane, Clemente,Valeriano, João de Deus e Paulo Renê