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segunda-feira, 13 de maio de 2024

América-MG vence Cruzeiro no Mané Garrincha e prolonga jejum do rival

Gol anotado pelo candango Henrique Almeida garantiu os três pontos no estadual e marcou mais um jogo do técnico rival sem vitórias em clássicos mineiros

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O clássico mineiro entre América-MG e Cruzeiro, neste sábado (4/2), em Brasília, não teve pão de queijo, mas contou com vitória americana pela 3ª rodada do Campeonato Mineiro. O empate sem gols entre os rivais de Belo Horizonte na Arena BRB Mané Garrincha persistia até os 32 minutos, quando brilhou a estrela de Henrique Almeida, que garantiu o triunfo por 1 x 0 e prolongou o jejum de vitórias do técnico cruzeirense Paulo Pezzolano em dérbis. 

Desde que assumiu a prancheta celeste em janeiro de 2022, Pezzolano amarga quatro derrotas em quatro clássicos contra América-MG e Atlético-MG. O debute do uruguaio em clássicos à frente da equipe mineira foi contra o Coelho, no tropeço por 2 x 0, também pelo estadual. Para o Cruzeiro, o confronto com o Coelho foi o primeiro teste padrão Série A, no ano de retorno à elite do futebol nacional. 

Autor do gol da vitória do América-MG, Henrique Almeida se sentiu em casa. Nascido no Distrito Federal, mudou a história da partida. O camisa 19 saiu do banco de reservas e mudou a postura da equipe de Vagner Mancini. No primeiro tempo, a falta de capricho transformou o clássico em duelo moroso e truncado, com 20 faltas assinaladas. Na etapa final, o desejo pela vitória aumentou e animou as duas torcidas. Porém, quiseram os deuses do futebol que um candango mudasse a história do primeiro clássico mineiro na temporada.

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Faltou inspiração

O clássico mineiro em Brasília deixou a desejar aos torcedores no primeiro tempo. Faltou inspiração, sincronia e pontaria aos jogadores de América-MG e Cruzeiro. Os primeiros 45 minutos mais acréscimos foram morosos. Sobrou força nas disputas pelas bolas, mas faltou o capricho na conclusão das jogadas. Foi assim com Felipe Azevedo, aos dois minutos, em chute de fora da área. Apertada pela marcação americana nas movimentações iniciais, a Raposa explorou a velocidade Wesley Gasolina pela direita para tentar servir Bruno Rodrigues, mas sem sucesso com o passe interceptado. 

O Cruzeiro sentiu que aquele era o setor a ser explorado. Assim, a equipe escapou mais uma vez pela direita, Bruno Rodrigues recebeu, driblou a marcação e, ainda que aos trancos e barrancos, estufou as redes. A comemoração, porém, não durou muito, pois o assistente Magno Arantes Lira flagrou posição de impedimento, confirmado pelo VAR em seguida. A equipe celeste até cresceu na segunda metade da partida. Nikão e o próprio Bruno Rodrigues eram as referências ofensivas. Ambos tiveram oportunidade de inaugurar o placar em bola parada, mas estavam com os pés descalibrados. 

Embora estivesse acuado e com dificuldades para construir as jogadas, o América-MG encontrou brechas na retaguarda cruzeirense. Rafael Cabral falhou na reposição de jogada com os pés e entrou a bola para o experiente Aloísio, da entrada da área, arrematar perigosamente, tirando tinta da trave esquerda rival. A ofensividade da partida foi ofuscada pelas excessivas disputas, com 20 faltas e quatro cartões amarelos distrubuídos pelo árbitro André Luiz Skettino.

Brilho candango

A etapa final ganhou mais ânimo em termos de criação. Algumas faltas desnecessárias no meio de campo mantiveram o duelo truncado. Porém, o zero no placar incomodava as duas equipes. Aos oito minutos, Wesley recebeu pela esquerda, deixou a marcação para trás e chutou colocado, mas para fora. Nos minutos seguintes, o América-MG respondeu na mesma moeda. Aloísio puxou contra-ataque e passou para Mateus Gonçalves invadir a área, fazer fila e quase marcar um golaço. Logo depois, foi a vez Henrique Almeida, que havia acabado de entrar, receber na grande área e finalizar cruzado perigosamente.

Principal arma ofensiva do Cruzeiro no segundo tempo, Wesley teve mais uma chance de abrir a contagem em Brasília. Aos 15 minutos, o atacante ficou com a sobra na grande área, dominou, pensou e bateu no canto. Atento, o goleiro Matheus Cavichioli precisou se esticar e mandar para escanteio. O camisa 11 também esteve próximo de balançar as redes após cruzamento de William, quando se esticou para tentar furar o bloqueio americano.

Setenta e três minutos. Esse é o tempo que levou para o técnico do Cruzeiro, Paulo Pezzolano, fazer as primeiras alterações. O comandante insistiu no time titular, que visualmente perdeu ritmo durante a partida. O atacante Gilberto e o meia Ramiro eram os responsáveis por oxigenar o esquadrão celeste. A dupla, porém, não conseguiu ser eficiente. Aos 32 minutos, Henrique Almeida foi oportunista na grande área ao dominar e bater cruzado e rasteiro no canto esquerdo de Rafael Cabral, inaugurando o placar e garantindo a vitória. Na reta final, o mesmo Henrique Almeida ainda marcou mais um, porém, anulado pelo árbitro de vídeo.

Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

O que vem por aí

Com a vitória, o América-MG se mantém na liderança isolada do Grupo B, com nove pontos. O próximo compromisso americano será na terça-feira (7/2), fora de casa, contra o Athletic Club, às 20h. Já o Cruzeiro perdeu a chance de assumir a ponta da chave C, estacionando nos quatro pontos. O desafio seguinte também será na terça-feira, às 21h30, contra o Pouso Alegre, no Estádio Independência.

Ficha técnica

AMÉRICA-MG – 1
Matheus Cavichioli; Nino Paraíba 🟨, Iago Maidana, Ricardo Silva e Nicolas; Juninho, Alê 🟨 e Benitez; Matheus Gonçalves (Matheusinho), Felipe Azevedo (Dadá Belmonte 🟨) e Aloísio 🟨 (Henrique Almeida ⚽). Técnico: Vagner Mancini

CRUZEIRO – 0
Rafael Cabral; William, Wesley Gasolina (Ramiro), Lucas Oliveira e Reynaldo 🟨; Cipriano (Rafael Bilu), Neto Moura (Formiga), Ian Luccas e Nikão; B. Rodrigues e Wesley 🟨 (Gilberto). Técnico: Paulo Pezzolano 

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