19.8 C
Brasília
sábado, 24 de maio de 2025
Início Site Página 191

Giro do Candanguinho #5 – Luziânia segue imbatível e Grupo B tem novo líder

0
Brazlândia x Gama - 5ª rodada do Candanguinho
Foto: Luís Moreira/SE Gama

No último final de semana, oito confrontos foram disputados por 16 clubes que disputam o Candanguinho da atual temporada. Enquanto os esquadrões estavam em campo, Brasília e Planaltina folgaram na quinta rodada da competição local. No Grupo A, o Luziânia está disparado na liderança, seguido pelo Brasiliense e Canaã. Já na chave B, o Brazlândia assumiu o primeiro lugar com 10 pontos, após vencer o confronto direto contra o Gama.

A quinta rodada foi aberta na quinta-feira (8/6), com o confronto isolado entre Santa Maria e Sesp/Samambaense. A Águia Grená deu um salto na tabela do grupo B após golear a Pantera no Jardim Ingá. Os visitantes saíram na frente com gol de Maxsuel. Paulo Henrique (duas vezes), Jadilson e Gabriel marcaram para o Santinha. O Santa Maria agora soma sete pontos, enquanto o Sesp/Samambaense segue sem pontuar.

– Clique e saiba mais
Seleção feminina de vôlei faz primeiros treinos em Brasília
Torcida do Brasiliense protesta após novo tropeço do time na Série D
Ceilândia empata com o Operário e perde posições na Série D

O Luziânia segue com 100% de aproveitamento no Candanguinho. A vítima da vez foi o Greval, que fez juntamente com a Igrejinha o Clássico do Entorno Sul do DF. Pablo, Kauã e João Paulo marcaram para o Luziânia, enquanto Vitor Joaquim fez para o adversário. No Serra do Lago, o Paranoá recebeu o Capital. O jogo terminou empatado em 2 a 2. A Cobra Sucuri saiu na frente com Gustavo. A Coruja virou com Rian e Cauã. No fim da partida, Charles empatou para  o Paranoá.

Botafogo x Brasiliense - 5ª rodada do Candanguinho - Campeonato Candango Sub-20
Foto: Luã Tomasson/Brasiliense

O Brasiliense segue o Luziânia de perto. O Jacaré goleou o Botafogo no Maria de Lourdes Abadia, o Abadião. Pedro Henrique e Kaian (duas vezes), Thallery e Gabriel Kersul fizeram os seis gols do esquadrão amarelo. Ainda no sábado, o Samambaia conquistou a primeira vitória no Candanguinho. A vítima foi a Aruc, que mandou a partida no Diogão, em Formosa. Samuel e Gabriel fizeram os gols do Cachorro Salsicha.

Outro time que conquistou o primeiro triunfo foi o Real Brasília. O Leão do Planalto venceu o Legião por 1 a 0, com tento marcado por Caio. O time aurianil ainda não perdeu no Candanguinho, até aqui o clube soma uma vitória e quatro empates. No Chapadinha, o Gama perdeu a liderança do Grupo B após perder para o Brazlândia por 1 a 0. Encerrando a rodada, o Canaã venceu o Ceilandense por 3 a 0.

Brazlândia x Gama - 5ª rodada do Candanguinho
Foto: Luís Moreira/SE Gama

5ª rodada do Candanguinho

Santa Maria 4×1 Sesp/Samambaense
Greval 1×3 Luziânia
Paranoá 2×2 Capital
Botafogo 0x6 Brasiliense
Aruc 0x2 Samambaia
Legião 0x1 Real Brasília
Brazlândia 1×0 Gama
Ceilandense 0x3 Canaã

**Brasília e Planaltina folgaram na rodada

Seleção feminina de vôlei faz primeiros treinos em Brasília

0
Treino em Brasília
Foto: Mauricio Val/FVImagem/CBV

Depois do desembarque, chegou a hora de colocar a bola azul e amarela no ar e aprimorar a preparação visando os jogos da segunda etapa da Liga das Nações de Vôlei. Após a chegada no Distrito Federal no sábado (10/6), o time verde e amarelo preparou uma agenda de treinos em Brasília. As atividades vão acontecer no Ginásio Nilson Nelson e na quadra da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).

No domingo (11/6), as 16 jogadoras convocadas pelo técnico José Roberto Guimarães bateram bola no ginásio localizado no Lago Sul contra um adversário de alto nível. Outro participante da etapa de Brasília da Liga das Nações, o Japão participou de um jogo-treino contra a Seleção Brasileira. A partida de quatro sets acabou empatada por 2 a 2: parciais de 23/25, 25/27, 25/23 e 25/23.

Clique e saiba mais
Ginásio Nilson Nelson entra no clima de Liga das Nações Feminina
Seleção feminina relaciona 16 jogadoras para Liga das Nações em Brasília
Inspirada pela Liga das Nações Feminina, CBV traz oficina de vôlei ao DF

A segunda-feira (12/6) de treinos em Brasília foi reservada para a equipe da Seleção Brasileira conhecer o palco de jogo da segunda etapa da Liga das Nações. O time tupiniquim aproveitou o período da manhã para conhecer a quadra montada no Ginásio Nilson Nelson e fazer um treino de preparação. Aberta, a atividade foi acompanha pela imprensa do Distrito Federal.

A programação prevê mais duas atividades abertas à imprensa antes da estreia brasileira no torneio internacional. Na terça-feira (13/2), o treino em Brasília será na quadra da AABB no período vespertino. Na quarta-feira (14/2), dia da estreia contra a Coreia do Sul, às 21h, a Seleção feminina faz atividade leve no Ginásio Nilson Nelson. Os outros compromissos na Liga das Nações são contra Sérvia, Alemanha e Estados Unidos.

Torcida do Brasiliense protesta após novo tropeço do time na Série D

0
Torcida Brasiliense
Foto: Rayssa Loreen/Distrito do Esporte

O clima ficou quente após o empate do Brasiliense com o Iporá, por 3 a 3, no Estádio Serejão, em Taguatinga. Logo depois do apito final, os torcedores do Jacaré realizaram protesto pedindo mais comprometimento. Os jogadores do elenco chegaram a conversar com a organizada e ouviram cobranças por uma recuperação imediata na Série D do Campeonato Brasileiro.

A insatisfação foi provocada pela sexta colocação no grupo A5 da competição nacional. O Brasiliense vem, ainda, de três partidas sem vencer. O jogo contra o Iporá, inclusive, marcou a volta da torcida amarelo aos estádios após o cumprimento de punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Porém, o retorno ficou longe de ser pacifico com o novo tropeço.

A torcida do Brasiliense se reuniu no portão de saída dos jogadores no Estádio Serejão e fez cânticos de protesto. Alguns dos nomes citados foram o volante Radamés e o presidente do clube, Luiz Estevão. “Luiz Estevão, como é que é? Tome vergonha e largue mão do Jacaré”, gritavam, em coro. Utilizado contra o Iporá, jogador ouviu gritos de que o clube não precisa dele.

Diante dos gritos da torcida, o elenco do Brasiliense se apresentou para uma conversa. Andrezinho foi o primeiro a se disponibilizar, mas ouviu que a torcida tinha o interesse de falar com todo o grupo. Nas cobranças, um torcedor citou o apoio para o time, o salário em dia dos jogadores. O representante da organizada amarela tratou o desempenho da equipe como “corpo mole”.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) acompanhou toda a manifestação e ficou próxima da torcida no momento da conversa com os jogadores. Em meio a crise e sem um treinador fixo após a saída do técnico Roberto Cavalo, o Brasiliense tem pouco tempo para colocar a casa em ordem. O próximo compromisso do Jacaré na Série D será outra vez contra o Iporá, na quarta-feira (14/6), às 15h30.

Ceilândia empata com o Operário e perde posições na Série D

0
Ceilândia Operário
Foto: Reprodução da Internet

O terceiro empate consecutivo na Série D do Campeonato Brasileiro teve um custo mais caro para o Ceilândia. Na tarde deste domingo (11/6), o Gato Preto foi até o Mato Grosso para medir forças com o Operário de Várzea Grande e empatou, por 2 a 2, em um confronto de muita movimentação ofensiva. Em termos de classificação, o ponto conquistado foi pouco e o alvinegro caiu para terceiro.

O jogo teve diversas nuances para o Ceilândia. Algumas foram positivas, outras fora negativas. O Gato Preto mostrou força quando saiu atrás do placar para o Operário e até conseguiu uma virada. Porém, não conseguiu segurar a vantagem na parte derradeira da segunda etapa e tomou a igualdade. O time do Distrito Federal ainda teve um jogador expulso na partida fora de casa.

Na classificação, o panorama não foi bom. O resultado fora de casa fez o Ceilândia ser ultrapassado pelo Anápolis e alcançado em pontos pelo União Rondonópolis. O adversário, porém, tomou a segunda posição do Gato Preto devido ao número de vitórias, o primeiro critério de desempate na Série D do Brasileirão. O restante da chave ficou embolado e o rubro-negro tem três pontos de frente para o quinto colocado Iporá.

O Ceilândia começou a partida com um time um pouco modificado e saiu atrás do placar. Kauê chutou na saída do goleiro alvinegro e deixou o Operário em vantagem no marcador. Acuado, o Gato Preto pouco incomodava o adversário e tinha dificuldades de avançar os setores do gramado. Mesmo assim, contou com bom cruzamento de China para Euller deixar tudo igual.

Um pouco mais ajustado, o Ceilândia voltou melhor para o segundo tempo e contou com a estrela do atacante Romarinho para virar o jogo em finalização forte. O Gato Preto até tentou manter o controle do jogo com base na posse de bola, mas Kauê teve mais uma oportunidade e não desperdiçou: 2 a 2. Com Werick expulso, o alvinegro se fechou e fez o necessário para voltar ao Distrito Federal com um ponto.

Na próxima rodada, o Ceilândia terá um novo encontro com o Operário. Desta vez, no Estádio Abadião, onde soma três vitórias e um empate na Série D do Brasileirão. Mesmo invicto na competição nacional, o alvinegro tem como missão encerrar a já incômoda série de três partidas sem vitórias. Ainda mais pela proximidade dos adversários em um cenário de total equilíbrio na briga por classificação.

Brasiliense empata com o Iporá no fim e segue fora do G-4 da Série D

0
Foto: Jessika Lineker/Distrito do Esporte

Com mudanças no comando e na diretoria, o Brasiliense recebeu o Iporá pela 7ª rodada da Série D do Campeonato Brasileiro. A proposta de jogo foi bem diferente das últimas partidas e logo no primeiro tempo o Jacaré conseguiu balançar a rede adversária em duas oportunidades. O confronto foi bem movimentado e o Lobo Guará aproveitou falhas na disposição amarela para buscar o arremate. Depois de tentar bastante, o time conseguiu a virada nos minutos finais. O placar ficou em 3 a 3 e com o resultado o Brasiliense permanece em 6º lugar na tabela do grupo A5 da competição, com 9 pontos.

O jogo também marcou a volta da torcida amarela ao Serejão. Desde a eliminação do time para o Nova Venécia, ainda na Série D 2022, os torcedores estavam afastados das partidas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Depois de seis rodadas, enfim, o público conseguiu estender a bandeira amarela no alambrado da arena. Com cinco jogos de punição, o jacaré cumpriu três. O primeiro foi contra o Vila Nova, na Copa Verde, em novembro de 2022. Os outros jogos de portões fechados também foram na disputa da mesma competição, mas na edição 2023, contra o Tocantinópolis e Goiás.

O jogo

A partida começou agitada para ambos os lados. Logo no início, o Iporá insistiu nas chegadas de perigo e incomodou a zaga amarela, que trabalhou bem e impediu riscos maiores. Do outro lado do confronto, o Brasiliense respondeu rápido e não se rendeu aos adversários. Joãozinho foi bastante acionado pelo lado direito, mas não conseguiu finalizar. Aos 15’, ele recebeu de Daniel Mendonça, subiu errado e perdeu boa chance.

Dois minutos depois, Tarta também teve oportunidade, arriscou de longe e a pelota explodiu na trave. Mesmo melhor em campo, o Brasiliense deixou espaços em campo e deu certa liberdade para o Lobo Guará também correr atrás do arremate. Bahia foi o principal carrasco do Jacaré. O atacante tentou pelo meio três vezes até conseguir balançar a rede de Ravel, aos 23 minutos.

O Jacaré continuou brigando para sair da desvantagem. Aos 30’, em uma chegada de perigo, Tarta foi derrubado na entrada da área. Zotti foi para a cobrança e chutou alto. A bola enganou, bateu na trave e depois entrou. Ainda fazendo boas movimentações, o Brasiliense conseguiu mais um.

Tarta encontrou Joãozinho, que avançou, chutou forte e a bola, mais uma vez, bateu na trave antes de entrar. Nos minutos finais, o Iporá ainda tentou outras vezes, mas sem alcançar o arremate. Fechando o tempo inicial, o Brasiliense teve 55% de posse de bola contra 45% dos adversários.

Joãozinho do BRASILIENSE - Jogo Série D
Foto: Jessika Lineker/Distrito do Esporte

Ainda bem movimentado, o duelo voltou mais equilibrado na segunda etapa. Precisando descontar na contagem, o Iporá insistiu nos ataques perigosos e conseguiu furar a marcação amarela com facilidade. Aos 14’, Auecione ficou livre e tentou de longe sem sucesso. O Brasiliense, com uma postura diferente do primeiro tempo, sofreu mais com as tentativas do Lobo Guará e demorou para arriscar com vontade.

Aos 24’, Lila deixou a bola fácil para Luquinhas, que demorou para decidir, chutou de canto e a bola balançou a rede do lado de fora. Cinco minutos mais tarde, os dois jogadores apareceram mais uma vez. Lila recebeu, arriscou e o arqueiro Weyde conseguiu impedir o terceiro dos amarelos.

Nos minutos finais, o ritmo do Brasiliense diminuiu e o Iporá continuou na esperança de mudar a realidade do placar. Faltando pouco para o apito final, os visitantes conseguiram uma chance na bola parada e não desperdiçou. Depois de cobrança de escanteio, Bahia chutou rasteiro e mandou a pelota para o fundo da rede de Ravel. O Jacaré respondeu, subiu o time e arriscou o arremate outras vezes.

Aos 42′, Lila recebeu e foi surpreendido na hora de finalizar. A bola bateu no braço do marcador do Iporá, mas o juiz seguiu a partida normalmente. Depois, Consendey fez o cruzamento buscando Tobinha e o número 22 foi travado pelos adversários. Aos 50′, o Iporá conseguiu a virada no placar, com Matheus. Menos de um minuto depois, o Brasiliense encerrou a partida com outro gol. Dessa vez, Consendey aproveitou a sobra e marcou o último da noite.

Brasiliense 3
Ravel; Daniel Mendonça, Gustavo Henrique, Gabriel e Felipe Alves; Aldo, Tarta e Zotti; Joãozinho, Tobinha e Matheus Barboza. Técnico: Luis dos Reis

Iporá 3
Weyde; Everton, Rodrigo, Douglas, Matheus e Gleidson (Guilherme); Edson, Menezes e Matheus Nunes; Erick Bahia e Pablo

Real Brasília x Cruzeiro: escalações e onde ver o Brasileirão Feminino

0
Real Brasília Cruzeiro
Foto: Júlio César Silva/Real Brasília

A última rodada da Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino chegou. Nesta segunda-feira (12/6), o Real Brasília se despede da temporada 2023 do torneio nacional em partida contra o Cruzeiro, às 15h30, no Estádio Defelê, na Vila Planalto, com uma missão importante: pontuar para não correr risco de rebaixamento para a segunda divisão nacional no próximo ano.

Repetindo o modelo adotado durante todas as partidas disputadas em casa no Brasileirão Feminino de 2023, as Leoas do Planalto vão passar o duelo com as mineiras ao vivo na internet. O clube confirmou a transmissão do compromisso derradeiro contra o Cruzeiro na TV Real Brasília, o canal oficial da equipe aurianil. As imagens estão disponíveis na plataforma YouTube.

A técnica Camilla Orlando teve toda a semana livre de treinamentos para preparar o elenco do Real Brasília para o confronto decisivo diante do Cruzeiro. As Leoas do Planalto terão uma notícia positiva. Suspensa no jogo contra o São Paulo devido ao terceiro cartão amarelo recebido contra o Real Ariquemes, a atacante Dani Silva volta a ficar à disposição para o último jogo no Brasileirão Feminino.

O Cruzeiro chega para o jogo contra o Real Brasília com uma meta mais ousada. O time está na zona de classificação ao mata-mata e busca uma vaga inédita na segunda fase do torneio nacional. Após empatar contra a Ferroviária, as Cabulosas chegam para o jogo sem nenhum problema ocasionado por suspensão. O time vem ao Distrito Federal no domingo (11/6) após semana de treinos.

Escalações prováveis

Real Brasília
Dida; Rafa Soares, Isabela Melo, Petra Cabrera e Carol Gomes; Lorena Bedoya, Sassá, Gaby Soares e Lady Andrade; Nenê e Dani Silva. Técnica: Camilla Orlando

Cruzeiro
Kemelli; Isa Fernandes, C. Ambrózio, V. Calhau e Clara; Rafa Andrade, Mari Pires e Tipa; B. Brasil, Vanessinha e Carol Baiana. Técnico: Felipe Freitas

Onde ver: YouTube da TV Real Brasília

Visão de Jogo #34: River Plate: a vergonha sul-americana

0
Coluna Visão de Jogo
Por Luiz Henrique Borges

As lamentáveis cenas de racismo provenientes da torcida do River Plate, em Buenos Aires, quando a equipe argentina enfrentou o Fluminense nos faz, novamente, gastar mais um pouco de tinta sobre o assunto. Me pergunto como um país decadente, empobrecido e mergulhado há mais de duas décadas em uma crise econômica infindável, repleto de imigrantes que, de uma forma geral, deixaram suas terras de origem em busca de uma vida um pouco mais digna e que faz parte do espoliado continente sul-americano, ao invés de tecer laços de comunidade com seus vizinhos continentais, prefere se achar um europeu ridículo, apegado em teorias biológicas ultrapassadas, ultraconservador e preconceituoso.

Talvez, o rancor da decadência econômica seja um elemento de frustração para os argentinos que foram, há um século, uma das dez maiores economias do mundo. No entanto, as escolhas que atendiam aos interesses de sua elite, particularmente a agropecuária, que manteve a produção do país atrelada à exportação de produtos primários, como a carne e o trigo, acrescido da desindustrialização promovida pela sanguinária ditadura militar que governou o país entre 1976 e 1983, transformaram o promissor país em uma força econômica de importância muito reduzida no cenário mundial, com um PIB, inclusive, inferior ao do Estado de São Paulo.

É preciso, no entanto, evitar as generalizações, que é mãe dos equívocos. Estive diversas vezes em Buenos e Aires e é possível perceber que grande parte dos argentinos nos trata com respeito e, no futebol, com admiração. Além disso, sejamos justos, há diversos brasileiros que também adotam posições e discursos racistas e preconceituosos. A grande diferença entre nós e eles é que por aqui, o racismo passou a ser criminalizado e por lá isso não ocorre. Em nosso vizinho há uma grande confusão entre xenofobia e racismo.

O senso comum, consolidado ao longo de décadas, é de que não há pretos na Argentina. O antropólogo Javier Bundio afirma que, como parte do mito fundador de seu país, há uma rejeição ao latino-americano e ao afro, como se a população argentina tivesse sido formada apenas pelos europeus, especialmente pelos imigrantes que ali desembarcaram na segunda metade do século XIX. A discussão sobre o racismo na Argentina emperra exatamente na ideia de que não há pretos no país ou que os existentes não são argentinos. No entanto, 5% da população, ou seja 2 milhões de pessoas, são pretas e argentinas.

A fala do professor e antropólogo José Garriga Zucal é esclarecedora: “O ponto mais interessante e necessário é que os argentinos não se consideram racistas. Não tem uma reflexão profunda sobre o racismo. Só um punhado de intelectuais, de políticos progressistas e cientistas sociais colocam essa questão na mesa. Isso é central para entender a Argentina”. Tal percepção explica porque a visão de boa parte dos argentinos em relação aos atos racistas praticados por torcedores de seu país, que se multiplicam ao longo dos anos, é entendida como uma brincadeira comum no futebol e utilizada para provocar o adversário.

O posicionamento da polícia argentina, no intervalo do jogo, de ir ao vestiário do Fluminense e solicitar que o controverso e, para mim, antipático Felipe Melo não imitasse uma galinha para evitar uma confusão com os torcedores locais é sintomático do descaso com que o racismo é tratado em nosso vizinho. Cabe aqui um esclarecimento, o River Plate passou a ser chamado de “galinha” pelos seus rivais após a final da Libertadores da América de 1966 quando, apesar de ter um timaço e ser o grande favorito, foi derrotado pelo Peñarol. No jogo seguinte, fora de casa, um torcedor do Banfield, reproduzindo o emblemático uniforme do rival, soltou no gramado uma galinha branca com uma faixa vermelha. Para desespero dos torcedores do River, o apelido ganhou fama nacional e o idealizador da ideia, com medo de ser morto pelos torcedores “Gallinas”, jamais apareceu publicamente.

Adentramos, neste momento, no aspecto que realmente pode alterar as manifestações racistas em todo o mundo: as punições. A posição aparentemente mais cidadã que vivenciamos no Brasil não é resultado apenas das ações de conscientização social, que obviamente geram mudanças, em um ritmo lento, mas principalmente das punições. No Brasil, o racismo é crime. Quem sabe, no futuro, o processo educativo não seja capaz de extinguir as falsas e arraigadas ideias de superioridade racial e transformem as punições, hoje necessárias, em histórias dos livros do curso de Direito?

Atualmente, as penalidades praticadas pela Conmebol aos clubes são apenas financeiras e muito leves. Caso os times envolvidos sejam realmente punidos, o valor da multa representa apenas 1% do que a equipe arrecadará na primeira fase da Libertadores da América. A instituição que conduz o futebol sul-americano, formada nos seus dois primeiros escalões pela elite branca sul-americana, afirma ter uma postura antirracista e que realiza campanhas institucionais com os clubes contra o racismo ou qualquer outro tipo de discriminação. Atitudes modestas contra um crime hediondo.

Faixas, cartazes e discursos contra o racismo são bem-vindos e devem fazer parte do processo educacional e de conscientização dos torcedores. Mas, dada a recorrência e até o aumento de tais manifestações no futebol sul-americano e mundial, é preciso adotar posições mais duras, caso contrário as sociedades envolvidas continuarão tratando o assunto com descaso e até como algo folclórico. A Conmebol precisa ser pressionada pelos seus patrocinadores, pelos clubes brasileiros e pela CBF para que adote um regulamento em que o torcedor entenda que as suas atitudes podem prejudicar profundamente o seu time do coração.

Como as nossas leis não podem ser aplicadas no exterior, é preciso que as entidades que dirigem o futebol passem a punir com muito rigor os clubes em que os seus torcedores se manifestem de forma racista. A violência nos estádios é combatida com dureza e o racismo é mais uma espécie de violência. Defendo que os clubes que tenham seus torcedores flagrados em atitudes racistas ou contra outras minorias, que eles percam os 3 pontos da partida em que os atos se verifiquem e o mando de campo até o fim daquela competição. Será que, com punições muito duras, os torcedores continuarão achando que tais tipos de manifestações são apenas uma espécie de brincadeira?

Eu, sinceramente, não acredito que a Conmebol tome alguma atitude para coibir e punir o racismo no futebol sul-americano. Dessa forma, lanço a proposta de que as torcidas brasileiras que enfrentarem o River Plate cacarejem como galinhas os 90 minutos do jogo. É muito pouco, eu sei, contra a barbaridade do racismo, mas eu lembro que a galinha é, dentre outras representações, símbolo da covardia e os covardes precisam ser tratados como tais.

 

Ginásio Nilson Nelson entra no clima de Liga das Nações Feminina

0
Foto: Divulgação/CBV

Falta pouco para as principais equipes de vôlei do mundo entrarem em ação no Distrito Federal. Entre 13 e 18 de junho, oito seleções, incluindo a brasileira, vão medir forças no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, pela segunda etapa da Liga das Nações Feminina. O palco dos jogos, inclusive, está entrando de vez no clima da competição internacional com direito a decoração especial.

Os organizadores da Liga das Nações estão trabalhando a todo vapor para deixar o Nilson Nelson com a identidade visual do torneio. As mudanças incluem um envelopamento de áreas como as arquibancadas, a zona mista de entrevista e as áreas ao redor da quadra de jogo. Tudo está recebendo adesivos com as cores vermelha e azul e a sigla VNL (iniciais do nome da competição, em inglês).

Clique e saiba mais
Liga das Nações: seleções femininas de vôlei começam a chegar em Brasília
No fim! Ingressos para partidas do Brasil na Liga das Nações estão acabando
Seleção feminina relaciona 16 jogadoras para Liga das Nações em Brasília

A quadra do Nilson Nelson também recebe uma atenção especial. Utilizado normalmente como sede do Brasília Basquete no Novo Basquete Brasil (NBB), a arena candanga teve o piso trocado por um específico para a Liga das Nações de Vôlei. E o espaço é diferente do tradicional no esporte. O local das partidas tem as cores que estão sendo utilizadas em outras sedes da competição internacional.

As imagens do Nilson Nelson em preparação para a Liga das Nações foram divulgadas pela assessoria de comunicação da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). A equipe do técnico José Roberto Guimarães chegou ao Distrito Federal neste sábado (10/6), com um elenco de 16 jogadoras. Antes do embarque a Brasília, a equipe tupiniquim realizou uma semana de treinamentos em Barueri (SP).

Veja as fotos do Nilson Nelson

Seleção feminina relaciona 16 jogadoras para Liga das Nações em Brasília

0
Seleção Feminina
Foto: Divulgação/CBV

Após realizar uma semana de treinamento em Barueri, a Seleção Brasileira Feminina de Vôlei está com tudo pronto para viajar ao Distrito Federal. Com embarque marcado para este sábado (10/6), o time verde e amarelo vai trazer 16 jogadoras para a semana de partidas no Ginásio Nilson Nelson. A lista de relacionadas foi confirmada pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Em Brasília, o técnico José Roberto Guimarães vai contar com as levantadoras Macris e Roberta, as opostas Lorenne e Kisy, a oposta/ponteira Rosamaria, as ponteiras Gabi, Ana Cristina, Julia Bergmann, Pri Daroit e Maiara Basso, as centrais Thaisa, Carol, Diana e Lorena e as líberos Nyeme e Natinha. Os compromissos são contra Coreia do Sul, Sérvia, Alemanha e Estados Unidos.

Clique e saiba mais
Liga das Nações: seleções femininas de vôlei começam a chegar em Brasília
Inspirada pela Liga das Nações Feminina, CBV traz oficina de vôlei ao DF
Liga das Nações: lesionada, central Lara é cortada da etapa de Brasília

Algumas jogadoras do elenco ficaram de fora da etapa de Brasília da Liga das Nações. Segundo informações da CBV, a levantadora Naiane, a oposta Lorrayna, a oposta/ponteira Tainara e a líbero Laís vão seguir os treinamentos a partir da próxima terça-feira (13/6) no Centro de Desenvolvimento de Voleibol, localizado Saquarema (RJ). As atletas devem ser aproveitadas nos Jogos Pan-Americanos e no Sul-Americano.

Após a etapa de Nagoya da Liga das Nações, o Brasil está quinto lugar na classificação geral, com 10 pontos – três vitórias em quatro jogos. A semana do torneio internacional em Brasília vai se estender entre 13 e 18 de junho, com os jogos sediados no Ginásio Nilson Nelson. Os ingressos para as partidas estão à venda e restam poucos bilhetes para os compromissos da Seleção feminina.

Liga das Nações: seleções femininas de vôlei começam a chegar em Brasília

0
Brasília vôlei
Foto: Reprodução da Internet

A próxima semana será de muito vôlei de alto nível em Brasília com a realização da etapa candanga da Liga das Nações. Entre 13 e 18 de junho, o Ginásio Nilson Nelson vai receber oito seleções femininas da modalidade. Com a proximidade da data das partidas, as equipes estão desembarcando aos poucos em solo candango. Tailândia e Coreia do Sul, por exemplo, estão por aqui. O Brasil chega neste sábado (10/6).

Com partidas de estreia na etapa de Brasília da Liga das Nações marcadas para quarta-feira (14/6) diante das seleções de Brasil e Alemanha, as sul-coreanas e as tailandesas desembarcaram na capital federal durante a semana. Logo após a chegada, as equipes asiáticas colocaram a mão na bola azul e amarela com treinos intensos de preparação com intensão de aprimorar a forma física.

Um deles foi, inclusive, um amistoso direto. O enfrentamento de teste entre a Coreia do Sul e a Tailândia ocorreu na sexta-feira (9/6) na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) – que também vai receber uma oficina de voleibol para professores na próxima semana -, localizada no Setor de Clubes Sul. As coreanas levaram a melhores e ganharam a partida por 3 sets a 1.

Outras equipes chegam ao Distrito Federal nos próximos dias. A reportagem do Distrito do Esporte apurou que a Sérvia viaja neste sábado (10/6) para Brasília com 15 jogadoras convocadas. As equipes do Japão, Alemanha, Estados Unidos, Croácia também são esperadas em solo candango. Com exceção das alemãs, as outras equipes têm compromissos marcados para terça-feira (13/6).

A Seleção Brasileira também está organizando os últimos detalhes para se deslocar para Brasília. Após jogar a primeira etapa da Liga das Nações em Nigoya, no Japão, a equipe verde e amarela fez uma semana de treinos em Barueri (SP). Com 16 jogadoras relacionadas, o time do técnico José Roberto Guimarães viaja para a capital federal ainda neste sábado (10/6).