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domingo, 28 de abril de 2024

Brasiliense vence pelo placar mínimo e estraga festa do Real Brasília

Em inauguração do novo estádio do Real Brasília, o Defelê, Brasiliense vence com gol de Zé Love e assume a vice-liderança

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Por Michael Nunes

Na reinauguração do primeiro estádio construído na capital federal, Real Brasília e Brasiliense se enfrentaram na arena Ciro Machado, o estádio do Defelê. O local, com capacidade para 1.500 pessoas, tinha em jogo o segundo lugar do Candangão. O tropeço, dentro de casa, custou a vice-liderança para o Leão do Planalto. A vitória simples do Jacaré levou o clube aos 16 pontos, mesma pontuação do seu adversário de hoje, ficando cinco atrás do líder da competição.

A festa pelo primeiro jogo no estádio Defelê teve um final infeliz para o Real Brasília. A equipe, até então vice-líder, tentou fazer seu gol e manter a invencibilidade e a caça ao Gama na competição. Porém, o Brasiliense foi um convidado indigesto e marcou uma vez com o atacante Zé Love, mas o suficiente para decretar a primeira derrota do Leão do Planalto e ainda tirar seu segundo lugar no certame.

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Paralisação longa, Real Brasília incisivo e gol do Brasiliense

A partida começou bem movimentada, com os donos da casa querendo mostrar um bom futebol para o razoável público que estivera presente. O time azulino adiantou a marcação e tinha mais a posse de bola, mas exagerava no chuveirinho na pequena área. Aos 10 minutos, o árbitro Marcos Antônio parou a partida. Ele foi avisado que a torcida do Jacaré estava com duas faixas esticadas, com dizeres homofóbicos contra o árbitro Cristiano Gayo, que apitou o jogo válido pela Copa do Brasil entre Brasiliense e Paysandu, onde o Jacaré foi eliminado com supostos erros de Gayo.

Foram mais de 12 minutos parados, porque a torcida do Brasiliense não queria tirar a faixa. Só depois de muita conversa, reclamações de ambas as torcidas e entrada do delegado que a partida voltou a ter bola rolando. O Jacaré chegou com perigo após escanteio cobrado na área. O zagueiro Badhuiga cabeceou forte no cantinho, obrigando o goleiro Léo Rodrigues a fazer boa defesa. O jogo estava truncado quando Marcos Aurélio também deu perigo para o Real Brasília, o meia recebeu no meio e bateu forte no canto esquerdo, quase abrindo o placar.

O Real Brasília respondeu à altura aos 20 minutos. O lateral Dedê veio pela ponta direita conduzindo, limpou Badhuiga e bateu forte rasteiro obrigando Sucuri a fazer uma defesa em dois tempos. Novamente Dedê tirou fôlego da torcida, dessa vez em uma cobrança de falta, o lateral encheu o pé e Sucuri saiu bem novamente. O Leão teve uma clara chance desperdiçada pelo atacante Gilvan, após lançamento de longa distância de Sandro, nas costas de Badhuiga, o atacante entrou sozinho na pequena área e na hora H, perdeu o pé de apoio no encharcado gramado e bateu fraco.

Só dava Real Brasília, porém a pontaria não estava em dia. Pelo tempo parado, o juiz Marco Antônio deu 11 minutos de acréscimos. O mandante tinha a posse de bola, mas não aproveitava. Faltando três minutos para o fim do primeiro tempo, Matheus veio pela ponta direita e fez o arco para pequena área, a zaga do Real parou e o experiente centro-avante Zé Love, entrou sozinho e testou firme, sem chances para o goleiro Léo Rodrigues. Jacaré na frente no finalzinho da etapa inicial.

Pressão do Real Brasília e três pontos para o Brasiliense

A etapa final começou com o Jacaré tomando as ações da partida. Atrás do placar, o Real tratou de equilibrar a partida. Logo aos 10 minutos, Matheus pegou o rebote de Sucuri, o camisa sete ajeitou e na hora da batida, foi travado por Badhuiga, desperdiçando grande chance do Leão. Após o lance, o jogo ficou truncado com muitas reclamações dos dois lados. O Brasiliense ficou na retranca e jogava no contra-ataque. Em um deles, Zé Love fez tabela com Manoel que chegou batendo para o gol, mas a bola passou raspando a trave.

A partida não andava, ficando totalmente picada. Aos 35 minutos, um lance polêmico gerou muita reclamação do Real Brasília. Em uma bola espirrada, o time de Buião pediu toque no braço do zagueiro Preto Costa, mas a solicitação não foi atendida. Mas a melhor chance da partida para os donos da casa veio com um atacante que entrou no segundo tempo. Wisman recebeu a bola, bateu firme e explodiu a trave esquerda do camisa 1 do Brasiliense.

Pressão total do Leão do Planalto, era chuveirinho na pequena área a todo momento, mas o time de Márcio Fernandes suportou a pressão. Fim de papo e vitória do Jacaré. Na saída de campo, o atacante Zé Love falou com a reportagem do Distrito do Esporte. “A gente sabia que ia encontrar dificuldade, não é atoa que o time deles é (era) o segundo colocado. A equipe soube guerrear mesmo com a situação do campo, que choveu muito e deixou a situação difícil, mas graças a Deus deu tudo certo e saímos com a vitória”, concluiu o camisa 9 do Jacaré.

Um novo lazer para a população

A reinauguração do estádio Ciro Machado, o Defelê, trouxe uma nova opção de lazer para os moradores da Vila Planalto, região administrativa de Brasília. Caso do estudante Thiago Lima, que declarou torcer pelo Leão do Planalto. “Eu moro aqui (Vila Planalto) desde quando nasci. Lembro das peladas que jogava no estádio e vendo ele assim, ficou show de bola. Vou vir sempre apoiar o Real Brasília”, disse.

O que vem por aí

Agora vice-líder, o Brasiliense tem um adversário mineiro pela frente. O segundo colocado enfrenta o Unaí na próxima quarta-feira (4/3) às 15:30 no estádio Boca do Jacaré, em Taguatinga (DF). Já o Real Brasília, que caiu para a terceira posição por critérios de desempate, faz sua segunda partida em seu novo local, o estádio Defelê, também na quarta-feira (4/3) às 15:30 contra o Luziânia.

Real 0
Léo Rodrigues, Dedê, Erivaldo, Sandro (Leo Carioca), Léo Campos; Robinho, Matheus, Castro Jr., Davi Ceará (Wisman); Gilvan e Anderson de Oliveira (Júnior Chicão).
Técnico: Antônio Carlos Buião

Brasiliense 1
‌Edmar Sucuri; Murici, Rafael Donato (Preto Costa), Badhuiga, Fernandinho; Aldo, Manoel, Romário, Marcos Aurélio; Zé Love e Edno (Romarinho).
Técnico: Márcio Fernandes

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