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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Presente em todos os jogos, torcedor brasiliense faz balanço da Copa

O brasiliense Victor Hartmann listou as melhores e piores partidas, os jogadores que se destacaram, as surpresas e os grandes momentos da Copa do Mundo do Catar

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A Copa do Mundo encerrou no último domingo (18/12) com a Argentina conquistando o seu tricampeonato sobre a França na decisão por pênaltis após empate em 2 a 2 no tempo regulamentar e 1 a 1 na prorrogação. Presente em todos os 64 jogos do Mundial no Catar, o brasiliense Victor Hartmann analisou as partidas e fez o seu balanço sobre a competição. À equipe do Distrito do Esporte, o profissional do mercado financeiro listou as melhores e piores partidas, os jogadores mais impressionantes e sua visão sobre o campeonato de seleções.

A noite do último domingo (18/12) no Catar – e tarde no Brasil – marcou a terceira Copa do Mundo conquistada pela Argentina. A seleção albiceleste abriu 2 a 0 ainda na etapa inicial com Messi e Di Maria. Já nos minutos finais do segundo tempo, Mbappé marcou por duas vezes  e levou a partida para a prorrogação. Messi e Mbappé anotaram mais um gol cada e a taça foi decidida nas penalidades máximas. Montiel cobrou o quarto pênalti e decretou a vitória à Argentina, agora tricampeã mundial de futebol.

Análises dos confrontos

Em conversa com a equipe do Distrito do Esporte, Victor Hartmann listou as características de alguns confrontos. Para o brasiliense, Espanha e Marrocos foi o mais legal de assistir. “Estava no meio da torcida de Marrocos e fui adotado por eles. Quando foi para os pênaltis, estava atrás do gol e a comemoração foi fenomenal”, disse. O profissional do mercado financeiro ainda listou a final neste quesito. “Em relação a futebol, foi o melhor jogo. Estar em uma final de Copa, com as reviravoltas que teve. Foram, sem dúvidas, os jogos mais legais”, completou.

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Se Victor listou dois jogos que gostou de assistir, lembrou de outro que denominou de chato. “Japão e Costa Rica. O jogo foi 13h e o sol estava bem quente. Não tinha futebol, as torcidas estavam desanimadas e deixou muito a desejar”, falou. Quando comentou sobre a maior surpresa, a campeã mundial surgiu. “Com certeza, Arábia Saudita e Argentina. Argentina ganhando de 1 a 0 e teve três gols anulados. No segundo tempo, Arábia Saudita vira e a torcida saudita não estava acreditando, nem os argentinos. Tinha muito torcedor saudita, diria que meio a meio”, revelou.

Victor Hartmann na Copa do Mundo no Catar
Foto: Arquivo Pessoal/Victor Hartmann

A seleção brasileira foi citada no quesito melancólico. “Brasil e Croácia. Eu estava atrás do gol onde foram disputados os pênaltis e foi um clima de funeral no estádio. A torcida até gritou um pouco depois, mas estava todo mundo abatido, muita gente chorando e incrédulo”, confessou. Outra seleção sul-americana foi recordada quando a melancolia foi apontada. “A vitória do Uruguai contra Gana. Parece que eles esqueceram do jogo da Coreia”.

Victor ainda falou o que enxergou no estádio. “Uruguai cozinhando o jogo no segundo tempo, podia ter ido para cima, mas deu a impressão de que eles achavam que já estavam classificados por estarem eliminando Gana”. A tônica da partida mudou com o resultado outro confronto do grupo. “Quando perceberam que a Coreia tinha virado, os jogadores ficaram desesperados e começaram a chorar no banco, o Suárez foi um. Foi a eliminação mais patética”, afirmou.

Jogadores destacados e gols mais bonitos

Para Victor, dois jogadores se destacaram no Mundial. “Messi e Mbappé foram fenômenos. Quem levasse a taça, também levaria o troféu de melhor jogador da Copa”, apostou. O brasiliense achou justa a escolha do jogador argentino. “O Messi bateu algumas vezes na trave e não demonstrava liderança na seleção, mas desta vez ele chamou a responsabilidade, comandou o time, foi espetacular e o melhor da Copa, com certeza, foi Lionel Messi”, concordou.

Em contrapartida, Hartmann lembrou do que menos se destacou. “O pior jogador, infelizmente vou ter que dizer isso, pelo que representa, pelo que já foi, é o Cristiano Ronaldo”, falou. Victor expilcou sua escolha pelo camisa 7 da seleção portuguesa. “Eu sou fã dele, mais do que do Messi, mas nesta Copa ficou a desejar muito. Chegou até fazer gol, mas foi para reserva e não rendeu o que se esperava”, apontou.

O profissional do mercado financeiro votou em um jogador holandês como a revelação da Copa. “É o Gakpo, da Holanda. Fez gols na primeira fase, jogou bem todos os jogos e foi a revelação, para mim, da Copa”. Entre as pinturas, Victor elegeu três da primeira fase do Mundial. “Eu ranquear os três gols mais bonitos. O número três é o do Salem Al-Dawsari, da Arábia Saudita, que a bola vai no ângulo. O segundo é o de cobertura do Aboubakar, de Camarões contra Sérvia, e o gol mais bonito foi o do Richarlison de voleio”, listou.

Decepção e surpresa

A grande decepção, segundo Victor, foram os alemães. “Foi a Alemanha. Mesmo não sendo favoritíssima, foi a primeira a ser classificar e é tetracampeã”. Hartmann acreditava em melhor desempenho da seleção de Hansi Flick. “Segunda vez seguida que ela é eliminada na primeira fase. Eu esperava mais da Alemanha em grupo com Japão, Costa Rica e Espanha. Decepção total”, afirmou.

Victor elegeu Marrocos como a maior surpresa da Copa. “Eu acreditava que Marrocos poderia passar de fase, mas até a semifinal e ser o primeiro do grupo deles, não”, declarou. Hartmann apontou o apoio das arquibancadas como um dos sucessos da seleção marroquina. “O ponto forte foi a torcida. Tinha uma defesa sólida, uma equipe bem montada, mas a atuação dos torcedores foi impecável. Empurravam a todo instante, vaiavam os adversários, foi o 12º jogador”, afirmou.

Victor Hartmann na torcida marroquina na Copa do Mundo
Foto: Arquivo Pessoal/Victor Hartmann

Decisão de Mundial memorável

O brasiliense comentou o confronto. “A França estava nas cordas, os torcedores argentinos gritando ‘olé’. Eu até comentei com um amigo que achava cedo a comemoração e um minutos depois, pênalti para a França”, lembrou. Hartmann pensou que haveria uma virada. “Mbappé marca e menos de três minutos depois, ele faz um golaço. A França cresce de um nível que quase ganha o jogo no tempo normal”. No tempo extra, mais surpresa. “Na prorrogação, a França estava melhor, mas aí a Argentina faz o terceiro. Achávamos que tinha saído o campeão, mas aí a França arranja mais um gol e vai para os pênaltis”, disse.

A decisão da Copa do Mundo foi a mais emocionante para Victor. “A final foi uma coisa surreal, histórica. Para mim, foi a maior final de todos os tempos e talvez o maior jogo da história”, admitiu. O brasiliense descreveu a participação dos artilheiros de Argentina e França. “Atuação colossal, fenomenal, absurda de dois gigantes, um de cada lado: Mbappé e Messi. Deve ter sido duas das melhores atuações em finais de todos os tempos comparado ao Pelé em 1958 e o tri em 1970. Vai ficar para história essa final de Copa”, cravou.

Saldo da Copa

O brasiliense definiu a Copa como positiva. “Foi um saldo muito positivo. Tivemos bons jogos, boas surpresas, zebras, decepções como toda Copa”. Victor apontou o tamanho do país como trunfo para assistir todos as partidas do Mundial. “Foi interessante ver uma Copa onde você conseguia ver todos os jogos. Foi muito concentrada em uma cidade só, parecendo Olimpíada. Apesar de alguns jogos serem fora de Doha, o país é pequeno, então deu para assistir”, disse.

Outro ponto positivo foi a união dos povos árabes. “O Marrocos foi a maior surpresa. Todo mundo torcia por Marrocos e a comunidade árabe estava muito unida. Eu vi libanês, palestino, argelino, egípcio, kuwaitiano, baremita, catari, todo mundo torcendo”, lembrou. Hartmann voltou a comentar sobre os dois craques do Mundial no Catar. “A Copa foi um sucesso. Tivemos os fenômenos Messi e Mbappé, mas outros jogadores saem em alta”, apostou.

Três seleções foram citadas por Hartmann para lembrar da Copa. “Ver a Croácia, que ninguém dava nada, no terceiro lugar. A França fortíssima quase levando o bi. A Argentina sendo campeã com o melhor do mundo. Foi uma Copa super válida”. Victor recordou as proibições no país catari, mas minimizou os efeitos. “Foi uma Copa diferente em relação às restrições. Bebida alcoólica não vendia dentro dos estádios, muita gente chiou, mas não foi um empecilho para a gente aproveitar”, finalizou.

Foto: Arquivo Pessoal/Victor Hartmann

Análises de Victor Hartmann

Jogos mais legais: Espanha 0 (0) x (3) 0 Marrocos e Argentina 3 (4) x (2) França;
Jogo mais chato: Japão 0 x 1 Costa Rica;
Jogo maios surpreendente: Arábia Saudita 2 x 1 Argentina;
Maior surpresa: Marrocos;
Maior decepção:
Alemanha;
Jogos mais melancólicos: Brasil 1 (2) x (4) 1 Croácia e Gana 0 x 2 Uruguai;
Jogo mais emocionante: Argentina 3 (4) x (2) França;
Melhores jogadores: Messi (Argentina) e Mbappé (França);
Pior jogador: Cristiano Ronaldo (Portugal);
Jogador revelação: Gakpo (Holanda);
Gols mais bonitos: Salem Al-Dawsari (Arábia Saudita x Argentina), Aboubakar (Camarões x Sérvia) e Richarlison (Brasil x Sérvia).

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