No início da noite desta quarta-feira (15/5), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou no site oficial da entidade sobre a suspensão das rodadas sete e oito da Série A do Campeonato Brasileiro, devido ao desastre natural no Rio Grande do Sul. Os jogos seriam disputados nos dois próximos fins de semana. Segundo a entidade, não há previsão de paralisação das outras divisões do Brasileirão, incluindo a Série D, que tem a presença de dois representantes do Distrito Federal.
A informação foi postada pelo GE, que conversou com a assessoria de imprensa da CBF. Os profissionais explicaram que a suspensão das duas rodadas da Série A do Campeonato Brasileiro aconteceu por conta do pedido feito pela maioria dos clubes da primeira divisão, 15 no total. São eles: Athletico Paranaense, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Atlético-MG, Internacional, Fortaleza, Grêmio, Vasco, Criciúma, Juventude, Fluminense, Vitória, Atlético-GO e Cuiabá.
Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Red Bull Bragantino e São Paulo foram contra a paralisação do campeonato. Segundo a assessoria de imprensa da CBF, a decisão de paralisar as outras divisões só irá ocorrer se também houver uma solicitação da maioria dos clubes, o que ainda não aconteceu. A Série B não possui representantes do Rio Grande do Sul. Já a Série C tem o Caxias, São José e Ypiranga. Na quarta divisão estão Avenida, Novo Hamburgo e Brasil.
Sendo assim, a próxima rodada da Série D do Campeonato Brasileiro, a quarta da competição nacional, será disputada normalmente no fim de semana. No sábado (18/5), o Real Brasília visita o União Rondonópolis no Mato Grosso. A partida será no Luthero Lopes, às 19h. Já o Brasiliense entra em campo no dia seguinte diante do Mixto. O confronto acontece no Estádio Elmo Serejo Farias, o Serejão, às 15h30.
4ª rodada da Série D
Grupo A5
Sábado (18/5)
Iporá x Capital
Estádio Francisco Ferreira – 15h
União Rondonópolis x Real Brasília Estádio Luthero Lopes – 19h
Domingo (19/5)
Brasiliense x Mixto Estádio Serejão – 15h30
CRAC x Anápolis
Estádio Genervino da Fonseca – 17h
Após a conturbada saída de Paulo Roberto Santos do comando do Brasiliense, o clube já tem um novo nome para ocupar o cargo de treinador durante o restante da temporada. Depois de quase quatro anos no Anápolis, Luiz Carlos Winck deixou a equipe goiana para assumir o Jacaré. Como técnico, Winck soma passagens por Caxias-RS, Juventude-RS, Criciúma-RS, São José-RS, Sampaio Correa-MA e outras equipes tradicionais do cenário nacional. Ainda quando era jogador, o ex-lateral-direito se tornou ídolo do Vasco da Gama e do Internacional de Porto Alegre e conquistou duas medalhas de pratas em olímpiadas pela Seleção Brasileira.
Nos últimos três anos e meio, Luiz esteve à frente do Anápolis de forma contínua. Tamanha continuidade transformou Winck o treinador com mais partidas à frente do ‘Galo da Comarca’, com 86 jogos à beira do campo. Neste ano, os números foram de oito vitórias, quatro empates e sete derrotas em 19 confrontos. Em 2023, o comandante foi eleito o melhor técnico do Campeonato Goiano, quando alcançou as semifinais do torneio. Na mesma temporada, comandou a equipe anapolina até as oitavas de final da Série D, sendo eliminado pela Ferroviária, vice-campeã do torneio.
Tamanha identificação com o ‘Tricolor da Boa Vista’ ainda rendeu ao treinador uma homenagem na Câmara Municipal, com o título de Cidadão Anapolino. Depois de desembarcar em Anápolis pela primeira vez em 2021, Winck garantiu a Série D em todos os anos à frente do clube. Após o bom desempenho no Campeonato Goiano de 2023, a equipe comandada por Luiz Carlos garantiu a vaga na Copa do Brasil desta temporada. Na primeira fase, bateu a Tombense, em casa. Na rodada seguinte, o ‘Galo da Comarca’ perdeu de virada para o Botafogo-SP e se despediu do torneio.
Sem calendário no restante de 2023 após a eliminação nas oitavas da Série D, o comandante deu continuidade à temporada no comando do Itumbiara, na terceira divisão do Goianão. Entretanto, foram apenas treze dias e dois jogos à frente do clube, pois o mesmo havia recebido outra proposta mais vantajosa do Centro Oeste, este na Divisão de Acesso do Campeonato Goiano. Por lá, conduziu a equipe no restante da campanha que terminou com o quarto lugar no campeonato, perdendo a vaga na elite na última rodada.
O grande prestígio em terras goianas credenciou Winck a quase alçar voos maiores na carreira. Após receber o prêmio de melhor treinador do Campeonato Goiano em 2023, teve seu nome ventilado no Goiás, à época na Série A do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o treinador por “detalhes” não assinou com o Esmeraldino. Em meio à Serie D do mesmo ano, foi especulado no rival, Atlético Goianiense. O negócio também não andou para frente.
Mesmo com o insucesso das negociações recentes para equipes de prestígio nacional, Luiz Carlos Winck passou por algumas equipes tradicionais do país. Em 2017, esteve á frente do Criciúma durante a Série B do Brasileirão. No mesmo ano, se transferiu ao Caxias, onde obteve a melhor campanha do Gaúchão da temporada seguinte. Após o destaque na equipe grená, ‘pulou o muro’ para assumir o Juventude, à época na segunda divisão nacional. Dentre outras equipes, passou por São José-RS, Sampaio Corrêa-MA, Cianorte-PR, River-PI.
Lateral-direito de Seleção Brasileira e ídolo em gigantes nacionais: a carreira de Winck como jogador
Revelado pelo Internacional em 1981, aos 17 anos de idade, Winck despontou inicialmente como meio-campista. Na mesma década, passou para a lateral-direita de maneira “revolucionária”, por ter características ofensivas tal qual um ala. Se tornou ídolo no Colorado após sete anos de clube. Durante a primeira passagem, conquistou o tetracampeonato gaúcho consecutivo, entre 1981, 1982, 1983 e 1984. Posteriormente, após retornar do Vasco da Gama em 1991, foi novamente campeão estadual pelo clube gaúcho.
Antes de chegar em São Janúario em 1989, Winck por pouco não atuou na Alemanha, com a camisa do Hamburgo. Perto de assinar com os alemães, o lateral-direito sofreu uma fratura na perna e a negociação foi cancelada. Meses depois, assinou com o ambicioso Vasco da Gama, que acabara de tirar Bebeto do maior rival e buscava o bicampeonato brasileiro. Funcionou: os cruzmaltinos conquistaram o campeonato daquele ano, com assistência de Luiz Carlos para o gol do título, de Sorato, contra o São Paulo, no Morumbi.
Dentre as poucas polêmicas durante a carreira, o atual treinador do Brasiliense conta com a transferência para o Grêmio, arquirrival do clube que o revelou para o futebol. Pelo Tricolor Gaúcho, Luiz Carlos Winck faturou mais uma taça do Campeonato Gaúcho – este sendo o quinto de sete títulos estaduais do lateral-direito – em 1993. Além da dupla Gre-Nal e do Gigante da Colina, Winck também passou por Corinthians, Atlético Mineiro, Botafogo e Flamengo, antes de encerrar a carreira no Glória-RS.
Em 1989, Luiz Carlos Winck foi peça fundamental no bicampeonato Brasileiro do Vasco da Gama e chegou até a Seleção Brasileira. Foto: Divulgação
Quanto à clubes, Winck relatou em entrevista ao portal oGol que única frustração da carreira foi não ter atuado na Europa. “Tive uma venda concretizada (para o Hamburgo), mas, em função da fratura, acabou se negando a ida. Depois, tive outra oportunidade, para o Sporting, de Lisboa, e acabei não indo. Acabei até me cobrando um pouco. Mas você vestir as maiores camisas do futebol brasileiro, ter o respeito de todos, foi muito importante”, comentou o novo comandante do Jacaré.
No que se diz respeito à Seleção Brasileira, outra frustração se dá por conta da disputa da Copa do Mundo de 1990, disputado na Itália. Após a temporada de destaque no Vasco da Gama e a conquista do título brasileiro, Winck foi convocado pelo então treinador Sebastião Lazaroni. Entretanto, uma fratura na perna esquerda ainda no Campeonato Carioca tirou o lateral-direito do mundial de seleções. Com a amarelinha, Luiz Carlos conquistou duas medalhas de pratas das Olímpiadas: 1984, em Los Angeles, e 1988, em Seul, na Coréia do Sul.
Na última rodada disputada da Série A2 do Campeonato Brasileiro, a quinta da segunda divisão nacional, o Minas Brasília, único representante do Distrito Federal na competição, conquistou a primeira vitória. Esses foram os primeiros três pontos conquistados pelo esquadrão verde e azul. O triunfo deixou o clube do quadradinho fora da zona de rebaixamento. Confira todos os detalhes da tabela de classificação da Série A2.
No último domingo (12/5), o Minas Brasília recebeu o São José no Estádio Valmir Campelo Bezerra, o Bezerrão, no Gama. O clube de São Paulo é um adversário direto na luta contra o rebaixamento para a Série A3 do Campeonato Brasileiro. O time do Distrito Federal venceu por 3 a 0, com gols de Monse Ayala e Silvânia no primeiro tempo. Nos acréscimos da etapa final, Lu balançou as redes e marcou o terceiro.
A vitória deixou o Minas Brasília na sexta colocação do Grupo A da Série A2 do Brasileirão, com quatro pontos conquistados. O esquadrão verde e azul deixou a penúltima posição, que agora é do São José. Na lanterninha da chave está o Doce Mel-MA, que ainda não pontuou. O time baiano tem um jogo a menos, já que a partida diante do Juventude foi adiada devido às enchentes que estão devastando o Rio Grande do Sul.
Na classificação geral da Série A2 (contando os grupos A e B), o Minas Brasília está na 12ª posição, fora da zona de rebaixamento para a Série A3. Na zona da degola estão Remo (13º), São José (14º), Doce Mel (15º) e Recanto da Criança (16º). “As Minas” terão mais uma boa oportunidade de ficar longe de vez desta área perigosa na tabela. O time da capital federal enfrenta o Doce Mel na próxima rodada, que será disputada no sábado (18/5), às 19h.
Resultados da quinta rodada da Série A2 do Campeonato Brasileiro
Grupo A
Bahia x Juventude – adiado
Athletico Paranaense 3×0 Doce Mel Minas Brasília 3×0 São José
Taubaté 2×2 Mixto
Grupo B
Sport 2×2 Instituto 3B
Fortaleza 7×0 Recanto da Criança
JC 5×0 VF4
UDA 2×1 Remo
Neste fim de semana, entre os dias 11 e 12 de maio, ocorreram as partidas válidas pela segunda rodada do Candanguinho Sub-20. Ao todo, foram oito jogos disputados entre sábado e domingo. A rodada marcou a estreia de algumas equipes no torneio, após adiamentos e folgas: dentre elas, o CFZ (folgou), o Brasiliense (jogo cancelado após desistência do Unaí), Grêmio Valparaíso (confronto adiado em razão de surto de dengue). Dentre os 16 clubes participantes, o único que ainda não estreou é o Planaltina.
Depois de decidirem o Candangão profissional no início deste ano, Capital e Ceilândia voltaram a se cruzar na partida de abertura da segunda rodada do Campeonato Candango Sub-20. Diferente da final estadual – esta vencida pelos alvinegros -, o Tricolor Candango saiu vitorioso por 2 a 1, dentro de casa, no Estádio JK. Ainda nos primeiros minutos, George Lucas marcou um golaço para abrir o placar para os mandantes. O zagueiro Lima ampliou a contagem após cobrança de escanteio. Na marca de 22′ da etapa final, Bernardo descontou para os ceilandenses.
Ainda pela manhã, o Brasiliense treinador por Jonathan Chulapa enfim estreou no Grupo B competição. Após ter a estreia suspensa por conta da desistência do Unaí, o Jacaré teve o primeiro desafio em busca do título do Candanguinho. O adversário da vez foi o Canaã, em duelo disputado no Estádio Serejão, com mando de campo do time amarelo. Dentro das quatro linhas, Kersul anotou dois e deixou os mandantes à frente no placar. Entretanto, o ‘Vento Forte’ persistiu e arrancou o empate: 2 a 2.
Após estrear com vitória sobre o Legião, o Luziânia buscava a segunda vitória consecutiva para liderar a chave B. Na tarde de sábado, a ‘Igrejinha’ recebeu outra equipe do entorno do Distrito Federal: o Grêmio Valparaíso – este também estreante após a partida de estreia ser adiada após um surto de dengue no Planaltina. O confronto começou agitado: com apenas cinco minutos jogados, Gabriel Pae abriu o placar para o Greval, mas Lucas Costa empatou para os alvicelestes. No segundo tempo, os visitantes mataram o jogo com dois gols e somaram mais três pontos: 3 a 1.
Enquanto isto, o Paranoá recebia o Real Brasília no CT Dona Gena, ainda na tarde de sábado (11). Os realenses tiveram menos tempo para se preparar para o confronto, devido ao adiamento da partida contra o SESP. Mesmo com a desvantagem física, os Leões do Planalto conquistaram a segunda vitória consecutiva e seguem com 100% de aproveitamento na competição. Matheus Lima marcou o único gol do confronto e determinou o placar final da partida: 1 a 0 para os visitantes.
A goleada da rodada ficou na conta da partida entre Samambaia e Legião. Os samambanses eram os donos do mando de campo, no Estádio Rorizão, e se impuseram dentro dos próprios domínios. O ‘Time do Rock’ não viu a cor da bola e foi goleado por 7 a 1 e segue sem vencer no torneio. Eric Amorim foi o nome do jogo ao anotar um hat-trick. Lorhan, Isaque, Ronygol e Vítor Gabriel fecharam o caixão laranja.
Foto: Luã Tomasson | Samambaia
Novamente como mandante no Estádio Abadião, o Botafogo recebeu outra equipe da cidade: o Ceilandense, abalado após ser goleado por 8 a 0 na primeira rodada. A falta de confiança da equipe de Ceilândia se refletiu e chegaram a segunda derrota consecutiva. Do outro lado, foi o contrário: duas vitórias seguidas para o ‘Glorioso’. Desta vez, a vitória veio por 2 a 1, com gols de Klayverson e Lucas Moura. Perto do apito final, Ítalo Aquino marcou o gol de honra do Dragão.
Apenas uma partida aconteceu no domingo, entre CFZ e Gama, no CT Ninho do Periquito. O mando de campo era do ‘Time do Zico’, mas os gamenses se sentiram dentro de casa e conquistaram mais uma vitória em busca do bicampeonato. O gol alviverde foi marcado por Carlos Henrique, no finzinho da primeira etapa. Os mandantes ainda contaram com um jogador a mais em campo após Kelvin Wilker ser expulso, já na reta final da partida.
Nesta rodada, duas equipes folgaram: o SESP, pelo Grupo A, e o Planaltina, alocado na chave B. O ‘Galo do Planalto’ segue sem estrear no Campeonato Candango Sub-20. Após um surto de dengue dentre os atletas, o rubro-negro teve a estreia diante do Grêmio Valparaiso adiada. Agora, no segundo jogo, o adversário da vez seria o Unaí, mas a equipe mineira foi desclassificada por W.O. Sendo assim, o Planaltina soma três pontos e três gols no saldo.
A 10ª rodada da Série A1 do Campeonato Brasileiro terminou nesta segunda-feira (13/5), com o clássico carioca entre Flamengo e Fluminense. As rubro-negras se deram melhor. Representante do Distrito Federal na primeira divisão do futebol feminino nacional, o Real Brasília voltou a vencer após três rodadas. As Leoas do Planalto bateram o Atlético-MG. Confira a classificação da competição após a disputa da rodada.
No sábado (11/5), o Real Brasília recebeu as Vingadoras no Estádio Ciro Machado do Espírito Santo, o Defelê. O esquadrão aurianil venceu por 3 a 1 e somou três pontos na tabela de classificação. O triunfo deixou as Leoas do Planalto na nona colocação, com 13 pontos conquistados. Até aqui são três vitórias, quatro empates e três derrotas. O time está apenas a um ponto da zona de classificação para a próxima fase.
Adversário direto do clube do Distrito Federal na briga pela vaga no G8 do Brasileirão, o América-MG está em oitavo lugar, com 14 pontos. Na zona de classificação estão o Corinthians, Palmeiras, Ferroviária, São Paulo, Flamengo, Red Bull Bragantino e Cruzeiro. Caso o campeonato terminasse hoje, os clubes rebaixados para a Série A2 do Campeonato Brasileiro seriam o Botafogo, Internacional, Avaí/Kindermann e Atlético-MG.
Vale ressaltar que os jogos envolvendo os times do Rio Grande do Sul foram suspensos pela Confederação Brasileira de Futebol. A próxima rodada, a 11ª da Série A1, terá início na sexta-feira (17/5), com o confronto entre Botafogo e Avaí/Kindermann. O Real Brasília entra em campo na manhã do dia seguinte. A equipe visita o Corinthians no Parque São Jorge. Confira a classificação completa abaixo.
Resultados da 10ª rodada da Série A1
Real Brasília 3×1 Atlético-MG
Palmeiras 6×0 Santos
Red Bull Bragantino 0x1 Ferroviária
Cruzeiro 3×0 Botafogo
Corinthians 3×2 São Paulo
Flamengo 3×1 Fluminense
O cenário conturbado no Real Brasília não se resume às quatro linhas de campo. Além dos resultados ruins na Série A1 do Brasileirão Feminino e na Série D do Campeonato Brasileiro – e da eliminação precoce no campeonato local -, o time também enfrenta problemas relacionados à falta de pagamentos. A realidade, porém, não atrapalha somente os atletas do atual grupo aurianil. Ao Distrito do Esporte, ex-atletas e familiares do elenco masculino comentaram a situação.
O ano era 2023. O Real Brasília entrou no Campeonato Candango daquela temporada sem atrair muitos holofotes. Na primeira rodada, o Leão do Planalto logo foi superado pelo Brasília na primeira rodada, pelo placar de 2 a 1. Vale lembrar que o clube Colorado foi rebaixado naquele ano. Na sequência, o time aurianil se recuperou na primeira fase do certame local, terminando na primeira colocação, com 18 pontos conquistados.
A liderança na fase de grupos do Candangãodeixou muita gente surpresa. Na semifinal, o Real Brasília eliminou o Paranoá e enfrentou o Brasiliense na grande final. Após um empate no placar agregado, a decisão foi para os pênaltis. Depois de vencer por 2 a 1 nas penalidades máximas, o Leão do Planalto se consagrou campeão da competição localpela primeira vez na história.
Revés nos bastidores no Real Brasília
O que ninguém esperava é que logo após o fim do campeonato e um prêmio milionário, o Real Brasília começaria a viver momentos ruins fora das quatro linhas. A diretoria do clube prometeu uma quantia como premiação para os atletas, que nunca receberam o valor cheio. Segundo um ex-atleta, foram prometidos R$ 680.000,00 (seiscentos e oitenta mil) como gratificação, mas apenas R$ 380.000,00 (trezentos e oitenta mil) foram pagos.
Depois de ficar devendo aos atletas um valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil), a diretoria do Real Brasília prometeu que quitaria o que restava quando o dinheiro da Copa do Brasil entrasse no caixa do clube. Segundo o ex-atleta, a premiação da competição nacional foi paga pela CBF, mas o time do DF não repassou o dinheiro aos jogadores. O mesmo profissional disse que em 2023 os salários já estavam atrasados para o plantel masculino, enquanto o feminino recebia normalmente.
“E agora estourou essa informação (da falta de salários) do elenco feminino. O feminino era o fera lá, elas recebiam primeiro que todo mundo. Recebiam o primeiro até do que os funcionários lá. No tempo que a gente estava jogando (em 2023), elas recebiam em dia e a gente não”, comentou o ex-jogador do Real Brasília. Segundo o mesmo atleta, o objetivo maior era garantir o título e por isso os profissionais e a comissão continuaram “fechados com a ideia”.
Outro atleta que atuou pelo Real Brasília na última temporada conversou com o DDE. Segundo o jogador, a dívida do clube com ele chega a R$ 11 mil. “O que me devem é a premiação do título conquistado ano passado, mas não me passaram nada ainda”, comentou.
O Distrito do Esporte também conversou com um profissional que foi contratado no segundo semestre da temporada passada e jogou pelo Real Brasília na atual temporada (2024). O atleta entrou em campo pelo Candangão 2024 e na Copa Verde. Já na Copa do Brasil o jogador ainda fazia parte do elenco aurianil, mas não chegou a entrar nos duelos diante do São Raimundo-RR e Atlético Goianiense.
Segundo o jogador, muitos profissionais, além dele, não receberam a premiação referente a Copa do Brasil. O mesmo atleta confirmou juntamente a reportagem que está com cinco meses de salários atrasados, além do FGTS e 13º salário. Outra reclamação é que a diretoria não pagava passagens aos contratados, com os jogadores tendo que tirar do próprio bolso o valor. Segundo ele, a maioria dos atletas recebem salários entre R$ 1.500,00 e R$ 2.000,00.
As questões salariais afetam diretamente os atletas e as famílias dos jogadores. Muitos acumularam dívidas e estão com a saúde mental afetada. Segundo um dos atletas entrevistados pelo Distrito do Esporte, o Real Brasília deixou o mesmo cheio de dívidas devido a falta de pagamentos ou por demorar demais para receber, com atrasos chegando a 60 e 70 dias. “Estou com dívidas altas, que não consigo pagar, por culpa deles”.
O outro profissional que atuou pelo Real Brasília em 2024 deixou claro o que a falta de dinheiro afetou na vida dele. “Por causa desses salários atrasados, estou com o nome sujo. Minha esposa está com ansiedade, está indo até na psicóloga. Quando entro em contato com Belmonte, ele sequer responde, sendo que o mínimo que deveria fazer é dar uma satisfação. Vale lembrar que muitos estão nessa situação aí também”, comentou o jogador.
Ex-jogadores do Real Brasília estão com contas atrasadas
A esposa de um ex-atleta procurou o Distrito do Esporte para relatar o que tem passado desde que o marido parou de receber os pagamentos. Segundo ela, é tudo imprevisível e que a diretoria estipula novas datas toda vez que é procurada. “Se você souber as coisas que eu tenho passado. Não durmo de noite. O tanto de coisa que passei e venho passando por causa de finanças. Conta atrasada, água quase cortada. Estou cansada”, lamentou.
Além disso, a mulher também comentou sobre o cenário do futebol no geral. “Além das injustiças que o futebol tem dentro de um clube, só joga quem tem empresário. E aí essa questão de salário complica. Lembrei que tinha vários salários atrasados ano passado e nunca foram pagos, né?”, disse.
O Distrito do Esporte procurou diversos atletas do Real Brasília para saber a situação sobre as premiações. Quatro jogadores confirmaram a informação, enquanto outros não quiseram se posicionar sobre esta questão. A reportagem ainda entrou em contato com o Real Brasília, que por meio de sua assessoria ficou de dar uma posição ao DDE. Vale ressaltar que o espaço segue aberto e, quando o clube se posicionar, atualizaremos a matéria.
No último fim de semana aconteceu a terceira rodada da Série D do Campeonato Brasileiro. Os dois representantes do Distrito Federal na quarta divisão nacional se enfrentaram no Estádio Ciro Machado do Espírito Santo, o Defelê, no domingo (12/5). Melhor para o Brasiliense que venceu o Real Brasília fora de casa e agora soma seis pontos na competição. Já o Leão do Planalto continua na última colocação do grupo A5.
Em um jogo repleto de polêmicas, o Brasiliense marcou duas vezes com Kaio Nunes e venceu por 2 a 1. Matheus diminuiu para o Real Brasília. Com o fim dos jogos da chave, quem se deu melhor na terceira rodada foi o Jacaré. O esquadrão amarelo pulou da quarta posição para a liderança do grupo A5, com seis pontos conquistados. Até aqui o clube acumulou duas vitórias e uma derrota, com 66% de aproveitamento no certame.
Já o Leão do Planalto está afundado na lanterna do grupo A5, com nenhum ponto conquistado. São três derrotas na competição nacional, com apenas um gol marcado e seis sofridos. No Estádio Francisco Ferreira, o Iporá recebeu o CRAC e o jogo terminou com o placar empatado em 1 a 1. O Lobo Guará perdeu a primeira colocação para o Brasiliense e agora está em segundo. O clube de Catalão vem em terceiro.
Fechando o G4 vem o Capital de Tocantins. Na rodada, o time acabou sendo derrotado pelo Anápolis jogando em casa, no Estádio Nilton Santos. O revés por 2 a 1 fez com que o time tocantinense perdesse duas posições. O Anápolis colou no Capital e está em 5º. Mixto e União Rondonópolis vem na sequência. Os dois representantes do Mato Grosso empataram em 1 a 1 e conquistaram um ponto no Dutrinha.
Resultados do Grupo A5 da Série D
Iporá 1×1 CRAC
Capital 1×2 Anápolis Real Brasília 1×2 Brasiliense
Mixto 1×1 União Rondonópolis
Depois da demissão inusitada de Paulo Roberto Santos, o Jacaré agiu rápido e acertou com o novo treinador que dará sequência na campanha da Série D do Campeonato Brasileiro. A contratação foi feita menos de 24 horas depois da saída de Paulo. Agora, quem assume a prancheta do clube amarelo é Luiz Carlos Winck, que começou a temporada no comando do Anápolis. Ele ainda não deu início aos trabalhos no Brasiliense, já que o elenco folgou nesta segunda-feira (13/5) após a vitória em cima do Real Brasília.
O treinador de 61 anos tem passagens de destaque por outros times brasileiros. Ele comandou o Anápolis por três temporadas consecutivas (2021,2022,2023 e início de 2024). Na atual edição da Série D, Winck deixa o Galo com oito vitórias em 19 jogos. No ano anterior, foi eleito o melhor treinador do campeonato local e levou o time até a classificação para a Copa do Brasil. Além disso, ele também treinou clubes como Juventude, Criciúma, Caxias e Esportivo. Como jogador, defendeu grandes equipes: Flamengo, Atlético Mineiro, Internacional e Vasco. Winck também atuou pela Seleção Brasileira.
Demissão no intervalo de jogo
Vitória em campo, demissão nos bastidores! O Brasiliense protagonizou um episódio inusitado no último domingo (12/5) ao demitir Paulo Roberto Santos no vestiário durante o intervalo do confronto com o Real Brasília. De acordo com uma nota publicada pelo Jacaré, a saída se deu por um desentendimento entre o treinador e o presidente do clube, Luiz Estevão. Assim, Paulo e a comissão não voltaram para o restante da partida e quem assumiu foi o médico da equipe.
A breve passagem de Paulo Roberto pelo clube foi marcada por altos e baixos, tendo comandado a equipe em apenas duas partidas e meio. Apesar da vitória por 1 a 0 na estreia da Série D, contra o Anápolis, o time enfrentou uma derrota fora de casa para o Crac antes do encontro entre os times do Distrito Federal, que acabou sendo o último jogo do experiente treinador à frente da equipe.
Acontecimentos bizarros, junto à vitória do Brasiliense, marcaram a tarde deste domingo (12) no Estádio Defelê. Dentro de campo, o Jacaré bateu o Real Brasília por 2 a 1, com todos os gols marcados já nos dez minutos finais da partida. Kaio Nunes fez valer a lei do ex e balançou a rede duas vezes para a equipe amarela. Matheus Diogo, aos 40′ minutos, descontou para os donos da casa. A partida foi válida pela terceira rodada do Grupo 5 do Campeonato Brasileiro Série D.
Além dos ocorridos dentro de campo, polêmicas fora das quatro linhas – e à beira delas – também foram determinantes no decorrer da partida. Antes de retornarem ao segundo tempo, o Brasiliense contou com grandes desfalques: toda a comissão técnica do clube foi desligada do cargo ainda nos vestiários, incluindo o treinador Paulo Roberto Santos. O técnico do outro lado, Marcelo Caranhato, foi expulso após reclamações da arbitragem e teve de ser retirado do gramado pela polícia militar presente no estádio.
Primeiro tempo
Os minutos iniciais foram surpreendentes quanto à postura do Real Brasília, posicionados de forma ofensiva e subindo as linhas de marcação. O Brasiliense demorou para se encontrar e testou o goleiro Pereira pela primeira vez quando o relógio sinalizava dez minutos. Gui Mendes se esforçou para não deixar a bola sair e funcionou: cortou e cruzou para Éverton Kanela escorar rente à trave esquerda. Corazza, meio-campista dos ‘Leões do Planalto’, respondeu no lance seguinte, em chute à média distância.
Ambas as chegadas serviram para incendiar a partida. Primeiro, o Brasiliense teve mais uma chance com o centroavante Éverton Kanela finalizando sem força em direção à meta realense. Ainda houve espaço para o Real ter um gol anulado: Tiago André e Juan Alves tabelaram em frente à grande área e o camisa nove realense teve espaço para bater no canto direito da meta. Entretanto, o bandeirinha estava bem posicionado para levantar a bandeira e apontar impedimento do atacante: os ‘zeros’ permaneciam no placar.
Era lá e cá: em resposta pelo Brasiliense, Caetano avançou em velocidade pelo lado direito até chegar a linha de fundo e cruzar em direção à área. Kanela estava novamente bem posicionado para desviar de cabeça e obrigar mais uma grande defesa do goleiro realense. Aos 38′, o Real Brasília também teve chance após contra-ataque. Desta vez, Caio Mendes acelerou pela ala-direita e recuou a bola para PH, na entrada da área, chegar batendo de primeira. Se de um lado o goleiro evitava, do outro também: Wagner Coradin garantiu o empate mínimo na etapa inicial.
Partida foi párea durante o primeiro tempo, mas ambas as equipes pecavam na hora de finalizar. Mateus Dutra | Distrito do Esporte
Segundo tempo
Após o intervalo, o Brasiliense contou com grandes novidades para a segunda etapa – e o restante da temporada. Paulo Roberto Santos (então treinador) e o restante da comissão técnica foram demitidos pela diretoria ainda nos vestiários. Para o restante da partida, o comandante escolhido foi o médico do clube, Jorge Bolivar, orientado pelo ex-treinador do clube, Reinaldo Gueldini, posicionado nas tribunas de honra do Estádio Defelê.
Entretanto, a mudança na beira do campo pouco abalou os atletas do Brasiliense. Na marca de cinco minutos, Tarta deu passe magistral para Joãozinho, mas o atacante foi desarmado em frente ao goleiro do Real Brasília. Quando o relógio marcava nove minutos da etapa final, o mesmo Joãozinho fez grande jogada pela lateral-esquerda e mandou em direção à meta, mas Pereira fez outra grande defesa para impedir o gol amarelo.
Pelo lado do Real Brasília, também houve confusão quanto aos membros da comissão técnica. Marcelo Caranhato, treinador dos ‘Leões do Planalto’, acabou expulso após ofensas à arbitragem. A reclamação se deu após um jogador do Brasiliense cair durante um ataque dos donos da casa. Mesmo após a expulsão, o treinador se negou a sair do gramado e gerou uma confusão à beira dos gramados: “Não vou sair! Não foi eu quem xingou!”, se queixou. Marcelo teve de ser retirado pela polícia militar presente no Estádio Defelê.
Após ser expulso, Marcelo Caranhato teve de ser retirado do campo pela polícia militar. Foto: Mateus Dutra | Distrito do Esporte
Dentro de campo, após as inúmeras confusões, as bolas na rede começaram a aparecer. Kaio Nunes, vindo do banco de reservas, teve estrela para marcar os dois gols que deram a vitória ao Brasiliense. Perto da reta final, aos 37′, Caetano avançou até a linha de fundo e recuou a bola para o atacante ex-Real Brasília bater no canto direito da meta e marcar o primeiro do Jacaré. Um minuto depois, o camisa 21 tabelou com Gabriel Lima e mandou de bico no ângulo de Pereira: 2 a 0 para a equipe amarela com dois de Kaio.
Ainda houve tempo para mais confusões, dentro e fora de campo. Quando o relógio assinalava 40′, o Real Brasília marcou o gol de honra. Caio Mende puxou o contra-ataque pelo lado direito do ataque realense e tocou para o meio da área para Matheus Diogo, finalizar de letra e determinar o placar final do duelo: 2 a 1 para o Brasiliense. Após o apito final, um indivíduo não identificado foi preso por tentativa de agressão ao árbitro da partida.
Real Brasília – 0 Escalação: Pereira; Caio Mendes, Tiago Caveira, Garcia e Gabriel Lima 🟨; Lucas Muzzi, Corazza, PH e Marcos; Tiago André e Kaio Alves Técnico: Marcelo Caranhato
Brasiliense – 0 Escalação: Wagner Coradin; Caetano, Renan Dutra, Igor Morais e Romário; Gabriel Galhardo, Tarta e Rodolfo (Nenê Bonilha); Gui Mendes (Kaio Nunes), Tobinha (Joãozinho) e Éverton Kanela (Mateus Lima) Técnico: Paulo Roberto Santos
Paulo Roberto treinando o Brasiliense no jogo contra o CRAC - Foto: Mateus Dutra I Distrito do Esporte
Por Luís Moreira e Bruno H. de Moura
Paulo Roberto Santos não está mais à frente do Brasiliense. Literalmente. No meio do intervalo da partida com o Real Brasília, pela Série D do Campeonato Brasileiro – esta vencida pelo Brasiliense por 2 a 1 – Paulo Roberto e sua comissão foram demitidas ainda no vestiário. Segundo apuração do Distrito do Esporte, a demissão dos membros se deu por conta de um desentendimento com o mandatário do clube, Luiz Estevão.
No momento em que este texto é publicado, o membro fixo da comissão, Reinaldo Gueldini, está ao lado do presidente, Luiz Estevão, dando as orientações por meio de gritos para o médico do Brasiliense, Jorge Oliva, que está à beira do gramado fazendo o papel de treinador da equipe junto ao auxiliar de preparação física. Além de orientações táticas, também foram sugeridas as alterações da equipe.
Luiz Estevão e Reinaldo Gueldini, da Tribuna de honra, comandam o Brasiliense por um rádio para Jorge Bolivar – Foto: Mateus Dutra | Distrito do Esporte
A breve passagem de Paulo Roberto pelo clube foi marcada por altos e baixos, tendo comandado a equipe em apenas duas partidas e meio. Apesar da vitória na estreia da Série D, contra o Anápolis, por 2 a 1 o time enfrentou uma derrota fora de casa para o Crac antes do confronto desta tarde, contra o Real Brasília, que acabou sendo o último jogo do experiente treinador à frente da equipe.
Em 1994, Paulo substituiu José Jota na Sociedade Esportiva do Gama, durante o Campeonato Candango daquele ano. O treinador ficou à frente do Alviverde de 22 de maio até 7 de agosto, participando da campanha do Periquito na conquista do Candangão daquela temporada. A informação foi dada pelo Correio Braziliense e confirmado pela reportagem do Distrito do Esporte.
Paulo Roberto treinando o Brasiliense – Foto: Luã Tomasson/Brasiliense F.C.
Em seu currículo, Paulo Roberto passou por clubes como ASA, São Bento, Pouso Alegre, Santo André, Ferroviária, Grêmio Esportivo Brasil e Sampaio Corrêa nos últimos anos.
A decisão repentina de demitir o treinador durante um jogo reflete a instabilidade que permeia o futebol Candango. Agora, o Brasiliense se vê diante do desafio de encontrar um novo comandante capaz de conduzir a equipe rumo aos seus objetivos na competição. Enquanto anseia por um novo comandante, Jorge Oliva, na beira do gramado, deu resultado. No segundo tempo da partida o Brasiliense venceu o Real Brasília por 2-1, com dois gols de Kaio Nunes.
Jorge Oliva comandou o Brasiliense no segundo tempo da partida contra o Real Brasília- Foto: Mateus Dutra | Distrito do Esporte