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terça-feira, 29 de abril de 2025
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Exclusivo: veja uniformes que Aruc utilizará no retorno ao futebol

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Por Danilo Queiroz

Mesmo com a paralisação forçada do calendário do futebol do Distrito Federal provocada pelo coronavírus, a Aruc não deixa de dar seguimento aos planos para a temporada que marcará seu retorno oficial aos gramados. Nesta semana, o clube do Samba definiu os três modelos de uniforme que serão utilizados durante a campanha da Segunda Divisão do Campeonato Candango.

Fabricadas pela empresa brasiliense Líder, as imagens das novas camisas da Aruc foram disponibilizadas com exclusividade ao Distrito do Esporte pela diretoria do clube. O uniforme principal que será utilizado pelos jogadores terá as tradicionais cores azul claro e branco revezadas em listras. Nas mangas e barra, a peça terá ainda um efeito especial em degradê formado por diversos losangos.

O segundo uniforme terá como cor predominante o azul escuro. Na parte inferior, um novo efeito em degradê se fundirá em listras com um outro tom de azul, desta vez mais claro do que o principal. O enxoval terá ainda uma camisa comemorativa. Toda em preto, a peça terá alguns detalhes na em dourado. O escudo do clube também foi modificado, ganhando novo design com as cores uniforme.

Em todas as peças, o clube do Samba estampará ainda a marca de seus dois patrocinadores que já estão acertados para a Segunda Divisão do Candangão. O patrocinador master, que aparecerá na parte frontal de todos os uniformes, será a empresa Prissma Tecnologia. Nas omoplatas, a Aruc já acertou para divulgar a marca da Hi-Lan Telecom.

As novas peças, porém, ainda não têm data para entrar em campo. Já com detalhes definidos, a única competição do calendário da Aruc ainda não tem data para começar. Na Segundinha 2020, o clube do Samba iniciará a busca pelo acesso para o Candangão no grupo A ao lado de Bolamense (adversário da estreia), Legião, Planaltina e Sesp Samambaense. Com a pausa causada pelo coronavírus, o torneio está adiado.

No meio da pandemia geral, FFDF faz assembleia de prestação de contas

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Arte: Eduardo Ronque/FFDF

Por Lucas Espíndola e Bruno H. de Moura

No dia 1º de abril o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, publicou um novo decreto prorrogando o isolamento social e os eventos esportivos na capital do país. Mas mesmo diante deste decreto, da pandemia do Coronavírus, das recomendações da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e da suspensão das atividades esportivas em todo o Brasil, inclusive do Candangão, a Federação de Futebol do Distrito Federal resolveu fazer uma assembleia de prestação de contas ontem (05/04).

A reunião foi convocada no dia 23 de março, período que já estava ocorrendo a quarentena geral e o isolamento social no DF. Além disso, os jogos do candangão já haviam sido suspensos. No edital de convocação, a FFDF solicitou que todos os clubes associados, quites com suas obrigações e em condições de votar, participassem da Assembleia Geral Ordinária.

A assembleia com os clubes associados ocorreu ontem, quarta-feira (07/04), pela manhã. A ideia inicial da FFDF era manter a data por acreditarem que até então a quarentena geral teria sido encerrada, mas nenhum sinal de cisão da ordem do governo foi dada nas últimas 3 semanas. Mesmo com a oposição de alguns presidentes, como apurou a reportagem, a presidência da entidade manteve a reunião.

Apesar de todos os clubes terem sido convocados, apenas cinco dos mais de 20 associados compareceram à assembleia: Brasília, Bolamense, Ceilândia, Gama e Unaí. O Unaí, por exemplo, não foi representado pelo seu presidente, Major Elias, mas pelo ex-comandante do Luziânia, Bola.

Na reunião foi apresentado o balanço financeiro referente ao exercício econômico de janeiro até dezembro de 2019. Os documentos haviam sido deixados por 15 dias, desde 23/03/2020, à disposição dos presidentes de clubes associados na Federação. A prestação da entidade foi aprovada pelos clubes presentes.

A reportagem do Distrito do Esporte entrou em contato com a Federação, a fim de esclarecer porque a assembleia ocorreu durante o período de isolamento social. Até o momento não obtivemos retorno.

Aruc realiza campanha para doação de alimentos, álcool em gel e máscara

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Por Danilo Queiroz

Em tempos de pandemia do novo coronavírus, a solidariedade se transformou na principal pauta dos clubes de futebol. Se unindo à corrente para amenizar os problemas sociais causados pela doença, a Aruc, clube da segunda divisão do Campeonato Candango, se juntou à Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) para reunir mantimentos alimentícios e de higiene.

Batizada de Samba e Futebol Juntos, a campanha tem como objetivo a arrecadação de alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal e limpeza, álcool em gel e máscaras descartáveis. Todas as doações recebidas serão direcionadas pelo clube azul e branco para pessoas que estiverem enfrentando necessidades provocadas pelo isolamento social instituído como prevenção à covid-19.

A doações poderão ser entregues na quinta-feira (9/4) e na sexta-feira (10/4). O horário de recebimento dos mantimentos nos dois dias será de 10h às 12h. Os interessados em participar da ação solidária devem deixar os alimentos diretamente na sede da Aruc, que está localizada no Setor de Residências Econômicas Sul (SRES), Área Especial 8, no Cruzeiro Velho.

Serviço

Campanha Samba e Futebol juntos contra a covid-19
Arrecadação de alimentos, itens de higiene, álcool em gel e máscaras
Quando: Quinta-feira (9/4) e sexta-feira (10/4), de 10h às 12h
Onde: Sede da Aruc – SRES Área Especial 8, Cruzeiro Velho

Clubes do Distrito Federal e FFDF serão beneficiados com ajuda financeira da CBF

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Mascotes de Minas Brasília e Real Brasília antes da final do Candangão Feminino
Foto: Reprodução/Minas Brasília

Por João Marcelo e Lucas Espíndola

Após a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgar que árbitros e assistentes – sendo 19 profissionais no Distrito Federal – que atuam no futebol receberiam uma ajuda financeira, os clubes e as federações também serão beneficiados. Porém, de acordo com a maior entidade do futebol em comunicado divulgado neste segunda-feira (06/04), apenas quatro equipes estão aptas na capital federal. Os recursos serão destinados conforme as divisões a qual os times estão qualificados na atual temporada.

Dentre os clubes do futebol feminino, duas equipes serão favorecidas. O Minas Brasília, que atua na Série A1 do Campeonato Brasileiro, receberá R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). O outro clube beneficiado é o Real Brasília. O time, que joga a Série A2 pela primeira vez em sua história, fará jus a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Os pagamentos para os times serão feitos a partir da próxima terça-feira (07/04).

Para o futebol masculino, os números são os mesmos que serão distribuídos para o Minas Brasília, R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Os valores são destinados aos clubes que farão parte da Série D, Brasiliense e Gama. As duas equipes, assim como As Minas e as Leoas do Planalto, receberão o aporte financeiro a partir de amanhã, 07/04.

Além dos clubes, as federações também serão beneficiadas com o auxílio da CBF. O valor será distribuído de forma igualitária, seguindo a data das equipes, no valor de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Os pagamentos aos times e federações aliam-se a outra medida da entidade, a isenção por tempo indeterminado aos clubes das taxas de registro e transferência de atletas.

Dirigentes do Distrito Federal elogiam a Confederação Brasileira de Futebol

Procurados pela reportagem do Distrito do Esporte, os dirigentes dos clubes envolvidos se pronunciaram a favor da CBF. O presidente do Gama, Weber Magalhães, disse estar feliz com a entidade. “Eu tinha certeza que a CBF não iria se omitir, que ajudaria os clubes. Parabenizo o presidente Rogério Caboclo pela gestão. A CBF já nos ajuda com passagens na Série D e agora está ajudando mais uma vez. Para o futebol do DF isso é muito bom e para o Gama é ótimo”, finalizou o mandatário.

A presidente do Minas Brasília, Nayeri Albuquerque, disse estar aliviada com a decisão. “Isso é uma grande ação da CBF. Esse dinheiro vai dar um respiro financeiro, pois os custos não pararam. Temos comissão técnica, marketing e claro, as atletas. Eu estava preocupada, mas a CBF não esqueceu do futebol feminino e isso é gratificante”, disse. A apreensão tirou o sono da mandatária. “Eu estava sem dormir, pois têm pessoas que dependem do Minas Brasília. Três patrocinadores nosso não podem nos ajudar como antes devido à pandemia e essa ajuda da CBF será muito bem-vinda”, pontuou.

Para o gerente de futebol do Real Brasília, Alisson Guirra, a decisão da CBF é benéfica para os clubes. “Qualquer ajuda é sempre bem-vinda para o nosso time. Esse valor é bom para nós e para as outras equipes do Distrito Federal”. disse o dirigente. Márcio Careca, diretor da Federação de Futebol do Distrito Federal, foi enfático em seu comentário. “Soube agora pouco da decisão da CBF e achei muito bom. Não sei ainda como o dinheiro será usado, mas ajuda muito a federação”, falou.

A equipe do Distrito do Esporte entrou em contato com os representantes do Brasiliense Futebol Clube, mas até o momento desta publicação não obteve retorno. Atualizaremos a matéria assim que obtivermos a posição oficial da equipe.

CBF irá liberar auxílio financeiro para árbitros e assistentes de futebol

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Foto: Reprodução

Por Lucas Espíndola

Todos sabem que o futebol brasileiro está parado devido a pandemia do Covid-19 (Coronavírus) e aqui no Distrito Federal não é diferente. Com a pausa nos campeonatos, as equipes têm buscado formas para conseguir pagar os jogadores e funcionários. Situação semelhante vive a arbitragem, mas a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) angariou auxílio para os árbitros e assistentes.

A CBF está concedendo um subsídio financeiro a arbitragem pertencente ao quadro nacional, devido a esta paralisação. Este auxílio consiste no adiantamento de uma taxa de arbitragem, que é calculada a partir do maior valor pago pela entidade para cada categoria correspondente.

Além disso, a Comissão Nacional de Arbitragem contribui também com atendimentos psicológicos, aulas teóricas através de videoconferência e diversas orientações para cada profissional manter o seu condicionamento físico duramente o período de quarentena. No aspecto físico, os cuidados estão sendo redobrados para garantir a boa forma.

Vale lembrar que a arbitragem de futebol no Brasil não é profissional. No “país do futebol” o integrante de arbitragem não possui salário fixo ou vínculo empregatício, diferentemente de alguns países europeus. A remuneração varia de acordo com o número de partidas que o mesmo é designado a apitar ou bandeirar, além da categoria em que é enquadrado.

Um árbitro pode ser enquadrado nos seguintes níveis:
– Federação estadual (FFDF)
– Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
– Federação Internacional de Futebol (FIFA)

Árbitros
Christiano Gayo
Luiz Paulo da Silva Aniceto
Maguielson Lima Barbosa
Marcello Ruda
Rafael Diniz
Rodrigo Raposo
Savio Sampaio

Assistentes
Ciro Chaban
Cassia Fança
Daniel Henrique da Silva Andrade
Jose Reinaldo Nascimento
Kleber Alves Ribeiro
Lehi Sousa Silva
Leila Naiara da Cruz
Lucas Modesto
Lucas Toquarto Guerra
Marconi de Souza Gonçalo
Milton Alves
Renato Gomes Talentino

Coronavírus: GDF amplia decreto que proíbe eventos até 3 de maio

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Foto: Reprodução/Agência Brasil

Por Danilo Queiroz

O avanço da pandemia do novo coronavírus fez o Governo do Distrito Federal (GDF) apertar ainda mais o certo. Na noite desta quarta-feira (1º/4), o governador Ibaneis Rocha publicou um novo decreto que prorroga o isolamento social da população até 3 de maio. Com isso, todos os eventos esportivos também ficam suspensos até, no mínimo, essa data. A decisão abrange ainda qualquer atividade que exiga licença do poder público.

Com isso, o Campeonato Candango continuará sem uma data para ser retomado. Paralisado em 18 de maio, o torneio local concluiu praticamente toda a primeira fase, faltando apenas a realização do jogo entre Gama e Real Brasília, válido pela 10ª rodada. Na última rodada, os clubes precisaram jogar em centros de treinamento para impedir o avanço da doença.

Caso não aja nova prorrogação, o Candangão será retomado em 6 de maio, uma quarta-feira, o que totalizaria 49 dias de paralisação. No momento, os torneios de futebol da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estão sem atividade por tempo indeterminado. No futebol feminino, Minas Brasília, que disputa a Série A1 do Campeonato Brasileiro, e Real Brasília, que joga a A2, seguem sem saber quando retornam a campo.

Com a incerteza do retorno dos jogos, algumas cicatrizes já surgem no Candangão. Na última terça-feira (31/3), o Formosa decidiu rescindir com todo elenco e comissão técnica para que os contratados pudessem sacar o Fundo de Garantia. A parceria entre Luziânia e Aruc também já sofre as consequências da paralisação.

No basquete, o Novo Basquete Brasil (NBB) decidiu que retornará a competição direto dos playoffs. Em 13º na classificação geral, o Universo/Brasília acabou eliminado com a medida. No vôlei, a Liga Nacional decidiu dar por encerrada a Superliga B e ceder o acesso para os dois melhores colocados na primeira fase. Com isso, o time feminino do Brasília Vôlei garantiu o acesso, enquanto o masculino continuará na segunda divisão.

Formosa rescinde contratos do elenco durante paralisação do Candangão

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Foto: Divulgação/Formosa Esporte

Por Bruno H. de Moura

Buscando auxiliar seus funcionários durante a crise provocada pela paralisação das atividades esportivas provocada pelo coronavírus, o Formosa Esporte decidiu rescindir todos os contratos de jogadores e comissão técnica. A decisão, tomada em comum acordo, teve motivações que estão relacionadas à saúde financeira do clube goiano e uma ajuda extra aos colaboradores da agremiação.

A informação foi confirmada ao Distrito do Esporte por Henrique Botelho, presidente do Formosa. O mandatário do Tsunami do Cerrado explicou ainda que as carteiras de trabalho dos contratados serão baixadas ainda nesta terça-feira (31/3). Após o trâmite, jogadores e comissão técnica poderão ter acesso aos valores depositados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “Dessa forma poderão ajudar suas famílias”, resumiu.

A liberação, porém, é provisória e não significa um adeus precoce do elenco que está disputando o Campeonato Candango e já tem participação garantida na segunda fase do torneio local. Ainda de acordo com Botelho, foi feito um acerto verbal para que todos retornem ao Formosa quando a situação for amenizada e o futebol volta à rotina. “Iremos gerar novos contratos para todos”, continuou o presidente.

Buscando solucionar os problemas provocados pelo período sem jogos e, consequentemente, sem diversas arrecadações, o Formosa está apoiando um movimento nacional de clubes que pleiteiam ajuda financeira à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para atravessar a crise. Liderando a ação em âmbito local, o Tsunami do Cerrado está acompanhado de Ceilândia, Ceilandense, Capital, Taguatinga, Unaí e Paranoá.

Antes da paralisação do Candangão, o Formosa garantiu classificação para as quartas de final da competição ao terminar a primeira fase em quarto lugar, com 19 pontos conquistados em uma campanha que contou com seis vitória, um empate e quatro derrotas. Com a posição, o Tsunami do Cerrado irá brigar por uma vaga nas semifinais com o Taguatinga.

Com endosso candango, clubes pedem auxílio à CBF durante paralisação

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Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Por Bruno H. de Moura, João Marcelo e Danilo Queiroz

Um dos maiores efeitos da paralisação das competições esportivas provocada pelo coronavírus, a queda de arrecadação vem causando preocupação em dirigentes, que já se movimentam para tentar amenizar a situação. Reunidos em conferências virtuais, centenas de clubes brasileiros formularam uma carta onde solicitam auxílio à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para poder sobreviver à crise do período sem jogos. Os pedidos são endossados por Formosa, Capital, Ceilândia, Taguatinga, Ceilandense e Unaí.

Destacando a responsabilidade de gerar mais de 7,5 mil postos de emprego no país, os clubes signatários reivindicam o pagamento mensal de R$ 75 mil durante dois meses para arcar com despesas e a isenção das taxas relativas às transações de registro, renovação e rescisão dos vínculos de atletas junto às federações locais e à CBF. A intenção dos organizadores é reunir 250 assinaturas. Na última versão a que o Distrito do Esporte teve acesso, 105 presidentes já haviam manifestado apoio.

Entusiasta do movimento, Henrique Botelho, presidente do Formosa, destacou a importância da união dos clubes. “Sem dúvidas a ajuda financeira da CBF como a casa do futebol brasileiro será importante pra garantir o sustento dos mais de 7.500 profissionais que trabalham nos mais de 200 clubes. Para o Formosa é crucial, pois não temos de onde tirar recursos para honrar os compromissos com os atletas, comissão técnica e pessoal de apoio”, explicou o mandatário do Tsunami do Cerrado.

Destacando a legitimidade do movimento, Ari de Almeida, presidente do Ceilândia, espera que a CBF tenha sensibilidade de analisar a proposta. “A iniciativa partiu de clubes da Série C e está pegando proporção nacional. Temos equipes, inclusive no DF, que têm um calendário a ser cumprido. São 45 dias parados que acarretam problemas. Tentaremos viabilizar um auxílio para que essas equipes consigam sanar a situação. Estamos mostrando que os pequenos estão se articulando”, explicou.

Procurados pela reportagem do Distrito do Esporte, Godofredo Gonçalves, presidente do Capital e Edmilson Marçal, do Taguatinga, também confirmaram a adesão de seus clubes à mobilização e apoio às solicitações feitas à CBF. O representante da Coruja, inclusive, ressaltou que o Formosa está encabeçando o projeto em âmbito local. Apesar de ter o nome na carta enviada à entidade máxima do futebol brasileiro, Elias Andrade, mandatário do Unaí, não confirmou a adesão, mas disse conhecer o teor dos pedidos.

Veja a carta enviada à CBF na íntegra

“Em conferência virtual realizada na tarde deste domingo, 29 de março de 2020, nós presidentes dos clubes abaixo relacionados pactuamos:

1 – A crise sanitária porque passa o Brasil em face da pandemia do Coronavírus é gravíssima com agudas consequências para todos os segmentos da sociedade, entre estes o futebol profissional;

2 – Os clubes brasileiros têm sido parceiros nas medidas de prevenção e combate ao coronavírus e consequentemente na preservação da vida e assim permanecerão adotando medidas baseadas na ciência seguindo orientação de profissionais de saúde, autoridades governamentais, sanitárias e instituições ligadas ao esporte;

3 – Os 250 clubes signatários desta carta, que disputam os campeonatos estaduais, todos com atividades paralisadas, são responsáveis por mais de 7,5 mil postos de trabalho diretos no país, razão pela qual reivindicamos apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no valor de R$ 75 mil mensais, por dois meses, para fazer face às despesas atinentes aos contratos em vigência;

4 – Isenção de taxas cobradas por Federações e CBF na inscrição de atletas, rescisões de contratos, taxa anual de clubes e outras taxas.”

Sem descartar ajustes, BRB mantém repasses de patrocínios esportivos

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Foto: Danilo Queiroz/Distrito do Esporte

Por Danilo Queiroz

As diversas agremiações esportivas do Distrito Federal e do Brasil que contam com o apoio financeiro do Banco de Brasília (BRB) tiveram um alento nos primeiros dias de paralisação das competições por força do avanço do novo coronavírus. Mesmo sem a exposição natural de sua marca, a instituição financeira da capital federal está mantendo os pagamentos de todos os contratos de patrocínio firmados.

Em contato com a reportagem do Distrito do Esporte, o BRB informou que está cumprindo os acertos em vigor de divulgação da marca em conformidade com as disposições contratuais. Ou seja, todas as agremiações que tinham valores a receber durante a paralisação de competições causadas pelo coronavírus não tiveram prejuízos em suas contas bancárias, o que causa um alento no período sem outras arrecadações.

No Candangão, o BRB anunciou sua marca nos uniformes de Capital, Luziânia, Paranoá, Ceilandense, Formosa, Taguatinga e Unaí. No basquete, a logo da instituição financeira é encontrada nas camisas de Universo/Brasília, Flamengo e Cerrado Basquete. Durante a Superliga B de Vôlei, os times masculino e feminino do Brasília Vôlei também expuseram o banco. Real Brasília Futsal e Minas Brasília também contam com o patrocínio.

Futuro será analisado

Apesar de garantir o cumprimento das obrigações já firmadas em contrato, o Banco de Brasília (BRB) deixou em aberto os meses que estão por vir. Questionado se planeja algum tipo de ajuste nos contratos já firmados com as agremiações esportivas, a instituição financeira ressaltou que vai aguardar o “momento oportuno para avaliar a necessidade de fazer eventualmente algum ajuste contratual”.

Efeito colateral: coronavírus atrapalha planos de Aruc e Luziânia

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Por Danilo Queiroz

A pandemia de coronavírus que avança ferozmente pelo mundo também não poupou o futebol do Distrito Federal. Desde meados de março, diversas decisões foram tomadas em relação ao Campeonato Candango. As principais delas foram a antecipação da última rodada, com os jogos realizados em centros de treinamentos, e a paralisação do torneio local por tempo indeterminado, o que colidiu no planejamento das equipes da disputa.

Um dos principais afetados é o Luziânia. No início de 2020, o time goiano quase ficou de fora do Candangão, mas acabou fechando uma parceria com a diretoria de futebol recém-ativada do Aruc, que forneceu os jogadores e comissão técnica que garantiram a classificação do azulino para a etapa mata-mata do torneio local. Após o fim da primeira divisão, praticamente todo o elenco disputará a Segundinha com o clube do samba.

É neste ponto que se encontra um dos maiores problemas da paralisação causada pelo coronavírus. Em entrevista ao Distrito do Esporte, o diretor de futebol Bruno Mesquita explicou que todo o elenco que está no Luziânia tem contratos registrados na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) até 2 de maio. Depois disso, haverá a transferência para a Aruc. Agora, com a pausa, os planos ficam incertos.

“Nós fizemos um planejamento de toda a primeira fase e do mata-mata do Candangão. Nossos atletas estão inscritos pelo Luziânia no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF até 2 de maio. Depois, eles seriam registrados pela Aruc para a Segundinha. Nós não sabemos até quando vai durar essa situação. Teremos um desgaste financeiro com as taxas de prorrogação dos vínculos dos atletas”, destacou Bruno.

Segundo o diretor de futebol, a remuneração continua paga normalmente mesmo sem a disputa de jogos pelo Candangão. “O Candangão iria até 25 de abril e em 2 de maio nossos atletas voltariam a ter contrato com o Aruc de forma automática e começaríamos a pré-temporada para a Segunda Divisão. Agora não sabemos como iremos fazer isso. Teremos que fazer um novo planejamento”, continuou Mesquita.

A relação do Luziânia com os patrocinadores também acabou diretamente afetada, com as empresas que anunciam no clube realizando cortes nas verbas que eram destinadas ao clube. Atualmente, o time goiano estampa cinco marcas no uniforme. “Nossa parte no contrato com os patrocinadores é gerar visibilidade a eles. Com o campeonato parado, eles não têm esse retorno esperado”, finalizou.