20.5 C
Brasília
quinta-feira, 1 de maio de 2025
Início Site Página 492

Brasiliense fará testes de coronavírus em jogadores e funcionários

0
Foto: Lucas Bolzan/Brasiliense F. C.

Por Danilo Queiroz

Atento às possibilidades e aguardando autorização do Governo do Distrito Federal (GDF) para retomar as atividades do futebol profissional, o Brasiliense dará início nesta terça-feira (9/6) ao planejamento para proporcionar um cuidado mais aprimorado aos seus funcionários no combate à Covid-19. Para isso, o clube amarelo irá realizar testes de coronavírus em jogadores, comissão técnica e demais contratados.

Os exames do elenco amarelo serão realizados em um laboratório clínico indicado pelo Jacaré. Para evitar aglomerações no processo, os profissionais do Brasiliense serão testados em pequenos grupos e seguindo às recomendações de segurança sugeridas pelos órgãos de saúde. A tendência é que os resultados sejam disponibilizados ao clube em cerca de dois dias.

Com os testes em mãos, a diretoria do Brasiliense poderá dar andamento ao planejamento de retomada. A tendência é que quem testar positivo cumpra um período de isolamento em casa. Nos últimos dois meses, o Jacaré já vem prestando assistência para que os jogadores possam se proteger de forma mais eficaz, além de manter os cuidados físicos para que estejam em condições quando for possível reiniciar os treinos.

Essa possibilidade, porém, depende da aprovação do protocolo de segurança elaborado pela Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) e da liberação, ao menos para treinos, por parte das autoridades de saúde do governo local. Seja qual for a data da autorização, o Jacaré estará preparado e cercado de todos os cuidados possíveis para garantir um retorno seguro para todos os seus contratados.

Liga Nacional de Futsal (LNF) propõe nova fórmula para torneio deste ano

1
Foto: Divulgação/LNF

Por Lucas Espíndola

A Liga Nacional de Futsal (LNF) está em busca de um novo modelo para o campeonato de 2020. O torneio, que era para ter sido iniciado no mês de março, ainda não tem data para ter bola rolando, mas o presidente da Liga projetou um possível retorno em agosto ou setembro. Ao invés de todos jogarem contra todos, como no modelo atual, os times seriam divididos em grupos, no modelo proposto por Cladir Dariva.

A ideia sobre o novo formato surgiu em uma reunião virtual envolvendo todos os clubes participantes, que ocorreu no último sábado (6/6). O pensamento inicial seria dividir os 21 times participantes em três grupos regionalizados. Em uma chave ficaria as equipes de Brasília, São Paulo e Minas Gerais. Nas duas chaves restantes ficariam os times da região sul do país, que são a grande maioria de participantes da LNF.

Porém, para que esse novo formato saia do papel e entre de vez nas quadras, depende dos decretos dos governos municipais de cada estado e do Governo do Distrito Federal (GDF), relacionados à flexibilização da quarentena em cada localidade. Os grupos ficariam dessa forma:

Clique e saiba mais:
Com Real Brasília Futsal, Liga Nacional será transmitida pela TV Brasil
Ala Leandro será o representante do Real Brasília Futsal na LNF Games 2020

GRUPO A
Real Brasília Futsal, Minas, Praia Clube, Corinthians, Magnus, São José e Intelli.

GRUPO B
Carlos Barbosa, Cascavel, Joinville, Atlântico, Foz Cataratas, Marreco Futsal e Umuarama.

GRUPO C
Tubarão, Campo Mourão, Pato Futsal, Assoeva, Jaraguá, Joaçaba e Blumenau.

Com essa nova fórmula proposta pela Liga, os times fariam viagens mais curtas durante toda a primeira fase. Assim, o desgaste dos atletas seriam menores em relação à viagens mais longas. Além disso, cada time faria menos jogos na primeira parte, entrando em quadra em 12 oportunidades, enquanto no modelo atual da temporada cada um jogaria 20 partidas.

A Liga Nacional de Futsal (LNF) estava prevista para começar em 27 de março, data que o time da capital federal, Real Brasília Futsal, enfrentaria o Campo Mourão, no Paraná. Mas por conta da pandemia do coronavírus, a primeira rodada foi cancelada. Alguns dias depois, no dia 30, o presidente da LNF soltou um comunicado oficial, informando que o início da Liga seria adiada, suspendendo as atividades por tempo indeterminado.

Ala Leandro será o representante do Real Brasília Futsal na LNF Games 2020

1
Foto: Reprodução/LNF

Por João Marcelo

Enquanto as atividades esportivas não são retomadas no Brasil, a Liga Nacional de Futsal (LNF) resolveu criar um campeonato de vídeo game, o LNF Games. O torneio virtual terá um atleta representante de cada equipe credenciada para o campeonato em quadra, que se iniciaria em 23 de março, mas por conta do coronavírus, ainda não tem data para a abertura. E para atuar pelo Real Brasília Futsal, o escolhido foi o ala Leandro Azevedo.

O campeonato, com início na próxima segunda-feira (8/6), contará com 21 jogadores, um de cada equipe participante da LNF 2020. O ala Leandro, representante do Real Brasília Futsal que jogará na terça-feira (16/6), foi alocado no Grupo G ao lado de João Salla, do Joinville/Krona Futsal, e de Kelvin, do Magnus Futsal. As gravações das partidas – assim definidos para evitar problemas com conexão e plataforma do jogo – serão transmitidas nas plataformas digitais da LNF (LNFTV – YouTube – Twitter) de segunda à sexta, às 20h.

Ficou definido que o jogo será o FIFA 20, da EA Sports, e ocorrerão no console Playstation 4. O tempo de cada partida será de seis (6) minutos.

O regulamento oficial decidiu que na primeira fase serão sete grupos com três representantes cada. Os atletas poderão escolher uma seleção e essa permanecerá em seu poder até o fim do torneio. As partidas serão dentro dos grupos e os primeiros colocados de cada chave avançarão para a fase mata-mata, somando sete jogadores. O oitavo classificado virá de uma votação online, selecionado pelos torcedores dos clubes participantes.

Os pontos durante a fase classificatória serão da seguinte forma: vitória soma três pontos, empate um ponto e o derrotado não soma. Após o fim da classificação, o primeiro enfrentará o oitavo, o segundo contra o sétimo e assim por diante. Para definir as colocações, os critérios de desempate serão maior número de vitórias, maior saldo de gols, maior número de gols marcados, menor número de gols sofridos e por fim, sorteio.

As partidas da fase eliminatória serão únicas sendo quartas de final, semifinal e a final, disputada em 19 de junho. Caso haja empate no tempo normal, não haverá prorrogação, indo direto para a disputa de pênaltis, com cinco chutes para cada lado e mantendo a igualdade, os chutes serão alternados. O vencedor da LNF Games receberá um troféu entregue pela Liga Nacional do Futsal.

Tabela de Jogos

8 de junho (segunda-feira)

GRUPO A
Campo Mourão x Blumenau
Campo Mourão x Assoeva
Blumenau x Assoeva

9 de junho (terça-feira)

GRUPO B
Cascavel x Tubarão
Cascavel x Corinthians
Tubarão x Corinthians

10 de junho (quarta-feira)

GRUPO C
Foz Cataratas x Jaraguá
Foz Cataratas x Intelli Tempersul
Jaraguá x Intelli Tempersul

11 de junho (quinta-feira)

GRUPO D
Marreco x ACBF
Marreco x Praia Clube
ACBF x Praia Clube

12 de junho (sexta-feira)

GRUPO E
Pato x Joaçaba
Pato x São José
Joaçaba x São José

15 de junho (segunda-feira)

GRUPO F
Umuarama x Atlântico
Umuarama x Minas
Atlântico x Minas

16 de junho (terça-feira)

GRUPO G
Real Brasília Futsal x Joinville
Real Brasília Futsal x Magnus
Joinville x Magnus

17 de junho (quarta-feira)

QUARTAS DE FINAL
1º colocado x 8º colocado
4º colocado x 5º colocado

18 de junho (quinta-feira)

QUARTAS DE FINAL
2º colocado x 7º colocado
3º colocado x 6º colocado

19 de junho (sexta-feira)

SEMIFINAL e FINAL

Brasília Vôlei, em parceria com Sesi e a Faculdade Upis, inicia campanha do agasalho

0
Foto: Reprodução/Instagram Brasília Vôlei

Por João Marcelo

Próximo ao início da estação mais fria do ano, o inverno, que começa em 21 de junho e termina em 23 de setembro, o Brasília Vôlei iniciou a Campanha do Agasalho 2020. A equipe candanga recolherá as doações junto com a Faculdade Upis e o Serviço Social da Indústria (Sesi). Além do clube brasiliense, recém promovido à elite do voleibol feminino, diversos órgãos e instituições do Distrito Federal aderiram à ação.

Em sua conta oficial no Instagram, o Brasília Vôlei lançou a campanha nesta sexta-feira (05/06) e estenderá a ação até 20 de junho, no terceiro sábado do mês. Os interessados em contribuir com agasalhos, roupas de frio ou cobertores poderão ir até os dois parceiros, a Faculdade Upis, localizada na 712/912 Sul, na Asa Sul, ou no Sesi de Taguatinga, na QNF 04, para efetuar as doações.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) também está coletando donativos na Campanha do Agasalho. O recolhimento ocorre em todos os batalhões espalhados pelo Distrito Federal. Para quem não pode sair de casa, por conta do coronavírus, a PMDF arrecada através dos seguintes contatos: (61) 99909-8128 (WhatsApp) ou pelo e-mail [email protected].

Ainda há instituições e programas que recolhem doações pela capital federal. O grupo Coletivação, em Ceilândia Norte, é um dos que prestam o serviço em uma das maiores regiões administrativas do Distrito Federal. Na Asa Norte, o projeto Abrace o Mundo recolhe na Igreja São José Operário, na 604 Norte. O Riacho Fundo Solidário coleta em sua região administrativa ou vai até seu domicílio através do WhatsApp (61) 99354-8854. Ainda há iniciativas com informações pelo Instagram, são elas: ProBem, BSB Invisível e o Instituto Dona Salomão.

GDF deve publicar decreto para que os órgãos regularizem estádios do DF

0
Augustinho Lima
Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

Por João Marcelo

Problema recorrente no Distrito Federal, a liberação dos estádios para eventos esportivos parece estar com os dias contados. Em recente reunião da secretária de Esporte, Celina Leão, com a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), as burocracias dentro do próprio governo para a licença das praças esportivas foram posta em pauta. E, nesta quarta-feira (3/6), Celina informou que, em breve, o GDF deve publicar um decreto para determinar que em 30 dias todos os problemas sejam resolvidos.

A informação foi divulgada inicialmente pelo portal Metrópoles. Ao todo, são 13 praças na capital e mais três no entorno. Desses, apenas os dois de Goiás (Diogão em Formosa e Serra do Lago em Luziânia), um de Minas Gerais (Urbano Adjuto em Unaí) e os dois de gestão privada em Brasília (Mané Garrincha e Cícero Machado, o Defelê) estão com suas documentações regulares e aptos para receber partidas de futebol. Dos habilitados, somente o Defelê não possui iluminação para jogos noturnos.

Clique e saiba mais:
Todos os estádios públicos do DF estão inaptos para sediar jogos, diz relatório da FFDF
Abrigando alojamento, Abadião recebe cuidados diários durante pandemia
Augustinho Lima e Bezerrão: veja como arenas estão durante a pandemia

Os 11 estádios restantes estão com seus laudos vencidos. Vale ressaltar que para a realização de uma partida, quatro critérios são necessários estar vigentes, são eles: segurança; engenharia, acessibilidade e conforto; prevenção e combate à incêndio e pânico e por último, condições sanitárias e de higiene. Para a resolução do problema, o governador Ibaneis Rocha reunirá a Secretaria de Esportes, o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e as administrações regionais para trabalhar em parceria.

Das praças esportivas com impasses, somente Bezerrão no Gama, Abadião em Ceilândia, Metropolitana no Núcleo Bandeirante e o Ninho do Carcará no Cruzeiro possuem iluminação. Completando a lista dos impossibilitados e que não dispõem de sistema de refletores, Serejão em Taguatinga, Augustinho Lima em Sobradinho, Rorizão em Samambaia, Adonir Guimarães em Planaltina, Juscelino Kubitschek no Paranoá, Cave no Guará e Chapadinha em Brazlândia.

Há pouco menos de um mês, a Secretária de Esportes se reuniu com a FFDF e ouviu de seus mandatários a problemática. “O que a Federação de Futebol do DF nos relatou é que há uma burocracia muito grande dentro do próprio governo, o que fez com que todas essas arenas ficassem sem laudos técnicos para o funcionamento. A decisão do governador reunirá todos esses órgãos e vai facilitar e muito a liberação desses documentos”, disse Celina Leão à coluna Janela Indiscreta do portal Metrópoles.

Coluna do Gabruga #2: 23 minutos de Brasiliense na Libertadores

1
Foto: Gustavo Miranda/Agência O Globo

*O texto a seguir é de inteira responsabilidade de seu autor. As possíveis opiniões e/ou conclusões nele emitidas não estão relacionadas, necessariamente, ao ponto de vista do Distrito do Esporte. 

Por Gabriel Caetano*

No dia 8 de maio de 2002, o estreante Brasiliense disputava o título da Copa do Brasil pau a pau com o “Todo Poderoso Timão”. Tão inesperado quanto a sua chegada naquela final, era o desempenho amarelo em campo que, assim como fez o campeonato inteiro, não se reprimiu pelo favoritismo adversário.

A contestada derrota por 2 a 1 na primeira partida em São Paulo (culpa da arbitragem desastrosa de Carlos Eugênio Simon)exigia uma vitória amarela para coroar aquela que seria a “maior zebra da história da Copa do Brasil”. O Brasiliense, como fez no Morumbi, partiu para cima do Corinthians na etapa inicial do confronto no Serejãoe mandava na partida.

Aos 41 minutos, uma roubada de bola no meio campo se tornou um lançamento para o rápido Gil Baiano e se transformaria em gol, não fosse Fábio Luciano. Vendo que ninguém pararia o meia amarelo, o zagueiro passou o rapa e fez a chamada “falta de segurança”, levando aquele velho “cartão amarelo que podia ser vermelho”.

A falta, porém, era tão perigosa quanto a jogada, ainda mais quando se tem Wellington Dias. O baixinho atacante, repercutido na mídia como o principal herói do desconhecido Brasiliense, colocou a bola no ângulo. Nem mesmo um goleiro como Dida poderia pegar – não à toa ficou sem reação.

Quem diria, machucado, Wellington Dias quase ficou de fora. Como a Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo de 1998, o Brasiliense foi um time amarelo que teve de esperar até o último minuto para contar com seu goleador.

“Time abusado esse Brasiliense, encarou o Corinthians de igual para igual no Morumbi e está encarando agora também”, disse Cléber Machado na transmissão ao vivo da TV Globo, sendo complementado por Casagrande: “Já vi encarar Fluminense no Maracanã, Atlético-MG no Mineirão, está vacinado”.

“GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL, WELLINGTON DIAS, DO BRASILIENSE!!
O Brasiliense faz o primeiro gol, o Brasiliense fica neste momento com o resultado que dá o título da Copa do Brasil para o time de Taguatinga. ”
Cléber Machado, em narração da partida pela TV Globo. 8 de maio de 2002.

Foram mais quatro minutos até o final do primeiro tempo, terminado sem acréscimos. Aos gritos de “timinho, timinho”, os jogadores corintianos saíram irritados. O lateral Kleber nem quis dar entrevista e foi direto para o vestiário. Enquanto isso, o jacaré inflável passeava nas arquibancadas.

Os jogadores amarelos mantiveram a empolgação, mas sem tirar os pés do chão. Em resposta ao comboio de repórteresque lhes perguntavam se o título já estava garantido, todos eram enfáticos: “que nada, o favoritismo ainda é deles”.

Péricles Chamusca, técnico do Brasiliense, também se manteve calmo: “ (para o segundo tempo) é manter a marcação forte, não abrir mão de atacar, isso é fundamental, é a característica (principal) da equipe”. E assim foi o início do segundo tempo, com a equipe amarela já indo para cima no primeiro minuto.

As vaias eclodiam para os paulistas que, na tentativa de furar a defesa amarela, passaram a se concentrarnas jogadas aéreas. Foi assim a primeira chegada paulista no segundo tempo: Aos três, Kleber cruzou da esquerda, Leandro cabeceou para fora.

A resposta tentou ser dada logo em seguida, com o clube amarelo tentando encaixar um contra-ataque; sem sucesso. Foi aí que os paulistas começaram a mudar o enredo do jogo. Aos seis, nova bola alçada na área e Gil sozinho, praticamente na linha da pequena área, mandou para fora a chance de empatar.

Responder a altura tinha apenas um caminho para o Jacaré: contra-ataques. As jogadas rápidas nos pés do trio ofensivo Wellington Dias, Gil Baiano e Jackson passaram a ser o caminho. Sem efetividade, o Brasiliense acabava tendo que trocar passes na intermediária.

Aos 12 minutos, mostrou-se na transmissão da partida o número de passes errados: Corinthians 34 x 9 Brasiliense. Nesse momento, era evidenteosproblemas do “Timão”: não conseguia criar jogadas, abusava das enfiadas de bola e a marcação amarela era muito forte.

Também era evidente que os paulistas estavam melhores na partida, mesmo não sendo efetivos. O Brasiliense começava a ir cada vez menos para o ataque, se fechando e buscando prender a bola ao invés de criar jogadas rápidas. Antes tivesse ficado atrás. Quando foi a frente, acabou traído.

Aos 19, escanteio para o Brasiliense. Naturalmente os zagueiros subiram para a área e, na cobrança fechada de Wellington Dias, Maurício até mandou para as redes, mas pelo lado de fora – foi suficiente para torcedores do outro lado da arquibancada comemorarem.

O goleiro Dida não titubeou, pegou a bola rápido e já cobrou o tiro de meta: a bola desviou no caminho e sobrou nos pés de Leandro. Foi questão de segundos: O atacante avançou em velocidade pela esquerda, cruzou para Deivid que cabeceou em meio a dois zagueiros amarelos. Era o gol alvinegro. Corinthians voltava a ter a taça de campeão da Copa do Brasil – fato consumado, pouco mais de meia hora depois.

Tentativa de vaga nos bastidores

As vagas para o Brasil na Libertadores em 2002 eram quatro: Campeão da Copa do Brasil; Campeão da Copa do Campeões; Campeão e vice do Brasileirão.

Com o Brasileirão 2002 sendo disputado em mata-mata, o Corinthians garantiu ao menos um vice-campeonato brasileiro ao se classificar para a final, sendo assim, abriria uma vaga para a Libertadores, por conta de seu título na Copa do Brasil.

Naquela época, o regulamento não deixava explícito o que deveria ser feito em casos como esse e, no dia 6 de dezembro de 2002, Luiz Estevão, homem forte do Brasiliense, declarou que iria buscar uma vaga na competição sul-americana, sem declarar à imprensa como faria isso – o motivo dado foi que os jornalistas candangos não estariam ao lado do futebol local.

Em primeiro momento, a vaga seria destinada ao terceiro colocado no Brasileirão 2002, o Grêmio. Nos bastidores, a indicação de Ricardo Teixeira, então presidente da CBF, era claramente essa, usando a alegação de que isso já teria sido decidido com antecedência.

Foi quando entrou a diplomacia de Weber, presidente da Federação Metropolitana de Futebol (FMF, atual FFDF) – grande amigo de Teixeira. De acordo com Weber, a conversa com Teixeira não lhe rendeu nenhuma confirmação, nem negação, então Luiz Estevão e a cúpula amarela ficaram esperando a reunião para indicação dos representantes em Assunção, sede da CONMEBOL.

Morrendo a esperança de jogar a Libertadores, o sonho passou a seruma indicação para a recém-criada Copa Sul-Americana. Seria o primeiro ano do Brasil na competição e também não havia critérios definidos para indicações, porém os classificados foram os clubes de quarto à oitavo no Brasileirão, mais o Corinthians, vice-campeão brasileiro. Com isso, o time amarelo não pôde ser o primeiro time candango a representar a Capital Federal internacionalmente – fato reservado ao Brasília, 13 anos depois.

*Gabriel Caetano é jornalista formado pelo Icesp. Pesquisador do futebol candango com foco na Sociedade Esportiva do Gama desde a adolescência, trabalhou como analista de comunicação e marketing do clube em 2019, tendo sido ainda diretor de marketing do Capital na reestruturação do clube, em 2018. Divide seu tempo entre curiosidades no Histórias do Gamão e a agência na qual é sócio, a RC Marketing Esportivo. 

SEL/DF e Minas Brasília abrem diálogo sobre futebol feminino no DF

0
Foto: Divulgação/Secretaria de Esporte

Por Danilo Queiroz

Ao assumir o principal cargo da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL/DF) em meados de maio, Celina Leão firmou o compromisso de zelar pelo futebol local em busca de melhorias na modalidade. Nos primeiros dias no cargo, a secretária se reuniu com a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) para traçar metas para o Campeonato. Nesta semana, foi a vez de uma representante da categoria feminina ser ouvida.

Na terça-feira (2/6), presidente do Minas Brasília, Nayeri Albuquerque, foi até o encontro de Leão na SEL/DF para realizar uma avaliação do atual cenário do futebol feminino e debater possíveis mudanças que possam elevar a categoria na capital federal. Entre os temas debatidos, a mandatárias das Minas e a secretária de Esportes dialogaram sobre como expandir a modalidade nas regiões administrativas do DF.

“Essa é proposta: a gente tentar oportunizar a prática do futebol feminino em todas as cidades do Distrito Federal. A secretária levanta a bandeira da mulher no esporte, a importância de a mulher estar inserida em inserida em todos os lugares. A gente se identifica muito com o projeto dela. Ela foi muito receptiva conosco”, avaliou Nayeri Albuquerque em entrevista ao site da SEL/DF.

Da secretária, Albuquerque ouviu promessas de empenho para alcançar o objetivo e da ampliação do diálogo entre o futebol feminino e a SEL/DF. “No que depender da gente, vamos trabalhar para que mais atletas consigam chegar ao topo, assim como esse time, que conseguiu chega à Série A do Campeonato Brasileiro Feminino, orgulhando nosso Distrito Federal”, destacou Celina Leão na ocasião.

Além do avanço da modalidade feminina, Celina Leão e Nayeri Albuquerque também conversaram sobre a manutenção da parceria do Minas Brasília com a Secretaria de Esportes que já perdura por algumas temporadas. Atualmente, o representante candango na elite do futebol nacional manda suas partidas no estádio Bezerrão, no Gama. O palco é gerido pela pasta esportiva do DF.

Além da participação do Minas Brasília na Série A1 do Brasileirão Feminino pelo segundo ano seguido, o futebol candango também possui um representante na divisão de acesso do torneio nacional. Pela primeira vez na história, o Real Brasília está disputando a Série A2 da competição. O direito de jogar a divisão de acesso foi disputado após o Leão do Planalto se sagrar campeão candango feminino ao superar o próprio Minas na final.

Capital propõe protocolo de segurança para a volta dos treinos

2
Foto: Reprodução

Por Lucas Espíndola e Danilo Queiroz

A paralisação do futebol provocada pela pandemia do coronavírus trouxe um desafio imenso para os clubes do Distrito Federal. Apesar da incerteza que ronda uma possível volta do Campeonato Candango, as equipes participantes, juntamente com a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), traçam planos para quando for possível retomar. Foi nesse intuito, que o Capital divulgou nesta quarta-feira (3/6) um protocolo de segurança. Este é a primeira ação do tipo tornada pública no Distrito Federal.

Logo no início do documento, o Capital cita cinco referências que serviram de base na elaboração do protocolo de segurança: a Liga Alemã, que teve retomou os trabalhos em 17 de maio, a Liga Portuguesa, que reiniciou seu torneio nesta quarta-feira (3/6), a Liga Espanhola, que voltará a ter partidas em 11 de junho e as Federações Catarinense e Paulista de futebol, que também estão em fase de elaboração de um plano de retomada dos seus campeonatos pós-pandemia do coronavírus.

A ideia do Capital traz um planejamento de segurança no retorno das atletas às atividades de treinamento. A ação é composta por nove etapas: isolamento de atletas, realização dos testes rápidos, prevenção (uso obrigatório de máscaras em todos os ambientes, exceto os atletas), ambientes, atendimento médico e semelhantes, nutrição, transporte, medição de temperatura à curta distância e treinamento (separando os jogadores por turno de trabalho e divisão do campo). Veja os detalhes propostos:

  • Isolamento: Todas as partidas realizadas com portões fechados;
  • Realização de testes rápidos: A Coruja propõe que sejam feitos testes sete dias antes do retorno dos jogadores aos treinos, com uma segunda rodada de testes 72h antes da volta das partidas do Candangão. Em caso de teste positivo, haverá uma quarentena de 15 dias;
  • Prevenção: Obrigatoriedade de uso de máscaras em todos os ambientes, exceto em treinos e jogos. Uso e higienização individual de materiais esportivos e pessoais. Atletas lavariam e iriam aos treinos e jogos uniformizados
  • Ambientes: Em estádios e centros de treinamento, seria autorizado somente o uso apenas dos ambientes de extrema necessidade. Além disso, os vestiários teriam de ser utilizados por grupos pequenos. Locais como banheiros, boxes e salas de musculação teriam de ser higienizados com frequência;
  • Atendimento médico online, fisioterápico e semelhantes: Realizados conforme orientações da Anvisa e de medidas de prevenção e controle adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de coronavírus;
  • Nutrição: refeições realizadas fora dos locais de treinamento. Hidratação e suplementação será feita em locais individuais por jogadores;
  • Transporte: Se necessário o uso, haverá higienização após o percurso. O espaçamento mínimo recomendado é de duas fileiras, de forma alternada entre as colunas e com uso obrigatório de máscara;
  • Medição de temperatura: deverá ser aferida no carro dos atletas ou na entrada dos espaços de treinos e jogos;
  • Atividades: Treinos serão feitos com pequenos grupos de atletas, em turnos diferentes. A sugestão do Capital é que as atividades sejam separados entre goleiros, laterais, zagueiros, meio-campistas e atacantes, com distanciamento de 2m.

Clique e confira o documento na íntegra

Além disso, no protocolo de segurança ainda tem a data de previsão do retorno aos treinos do Capital. Na visão do clube azul, é possível retomar os trabalhos nos Centro de Treinamentos em 1º de julho. Na programação feita pelo Coruja, há ainda a sugestão de algumas datas que serviriam para o encerramento do Campeonato Candango, que foi paralisado ao fim da primeira fase. No planejamento, a final do torneio local aconteceria em agosto.

18/07 – Encerramento da 1ª fase
22/07 – Jogos de ida das quartas de final
25/07 – Jogos de volta das quartas de final
29/07 – Jogo de ida das semifinais
01/08 – Jogo de volta das semifinais
05/08 – Jogo de ida da final
08/08 – Jogo de volta da final

Foto: Reprodução

No decorrer do protocolo é apresentando um quantitativo de pessoas que podem trabalhar por jogo, incluindo equipes de apoio e delegado, arbitragem, gandulas, maqueiros, imprensa, limpeza, segurança privada e pública, delegação mandante, delegação visitante e ocupantes da ambulância. Ao todo, na indicação do documento, 113 pessoas laborariam por jogo. Cada clube poderá levar no máximo 35 pessoas, contando atletas, comissão técnica, entre outros cargos.

Cartilha de orientação para treinos e jogos

Juntamente com o protocolo de segurança, o Capital lançou uma cartilha para orientar os atletas e outros profissionais do futebol, sugerindo e indicando como algumas ações devem ser feitas, para se proteger do vírus. A hidratação de cada jogador durante os treinos, deverá ser feita através de copos de água descartáveis, sendo jogados no lixo em seguida e não podendo compartilhar garrafas de água entre eles.

Durante o treino, os jogadores serão distribuídos em grupos de 6 a 8 atletas, mantendo uma distância de dois metros entre os mesmos nas atividades. Os treinos ocorrerão somente em um período do dia, a fim de diminuir a exposição e risco de contaminação. Os membros do departamento médico e fisioterapia devem usar o Equipamento de Proteção Individual, como máscaras e uso constante de álcool em gel.

Após os treinos, os atletas deverão levar para casa todos os materiais que foram utilizados durante o treino para limpar e fazer a higienização dos produtos, fazendo com que os materiais não se misturem com os de outros profissionais. Ao término da atividade diária, os atletas deverão entrar em seu veículo e retornar para casa imediatamente.

Jogador brasiliense relata suspensão do futebol em Portugal

0
Foto: Divulgação

Por Michael Nunes

Os campeonatos de futebol estão voltando, embora aos poucos, com as suas atividades. Na Europa, ligas fortes como a Bundesliga estão a todo vapor e até clássicos entre os times locais já ocorreu.

Mas nem todos os países e todos os atletas de futebol da Europa veem o retorno próximo como os alemãs. A incerteza marca a vida de um jogador do DF na Europa. Trata-se do lateral direto brasiliense Yago Alves. O jogador é atleta do GD Nazareno, clube do Distrito Leiria.

Até o momento, apenas a Liga NOS – primeira divisão portuguesa – voltou aos trabalhos no país de Dom Pedro. “Yaguinho” contou como está vida em terras lusitanas, “Eu estou aqui desde 2018. Estou adaptado à cidade de Nazaré. Em relação à pandemia, foi algo diferente de tudo que já vivemos. Foi um baque grande”, disse Yago.

Mas para o lateral a maior surpresa foi a paralisação do campeonato sem data para retorno: “A gente teve a real noção do problema quando veio o recado da federação (Portuguesa de Futebol) que os jogos estavam cancelados” contou o jogador.

O medo não tomou conta do lateral brasiliense. Em muitos países da Europa brasileiros voltaram para casa com o temor do Coronavírus, mas Yago ficou em Portugal. “Mesmo diante das dúvidas fiquei aqui. Confesso que em nenhum momento pensei em retornar para Brasília, até porque os casos em Portugal estão bem abaixo de outros países”, ressaltou o lateral.

Jogador não pretende abandonar a Europa

Yaguinho falou à reportagem sobre o desejo de continuar em busca do seu sonho. “Meu desejo é fazer minha carreira na Europa. Não passa pela minha cabeça retornar para o Brasil. Minha família está aqui comigo, sei que tenho potencial para continuar aqui”, disse o jogador.

Segundo Yago, o Grupo Desportivo Nazareno optou por encerrar às atividades afim de preservar a saúde do elenco. O contrato do atleta teve término na última semana (24-30/05), porém ele não sabe se haverá renovação, “Meu contrato terminou em maio. Tive contato com outros clubes, mas nada concreto. Não descarto a transferência para outro clube”.

Porém o brasiliense está feliz em Portugal, continua treinando à parte, e caso chegue uma boa proposta pretende aceitar. “Me adaptei muito bem à cidade de Nazaré. Estou feliz no clube, minha família adora aqui. Venho treinando em casa para manter a forma, para jogar em alto nível é necessário ter foco”, falou Yago.

Mesmo perto da mãe, o lateral direito sente saudade do Brasil. “Eu sinto falta de Brasília, dos verdadeiros amigos, das resenhas e também dos outros familiares. Espero ir em breve visitar todos”, contou o atleta.

A Fé é um aliado nesse tempo de crise. Cristão declarado, o atleta tem esperança que tudo isso vai passar rápido. “Eu creio nos planos de Deus em minha vida. Isso tudo é um aprendizado. Acredito nas boas novas e que já já estarei fazendo o que mais amo, que é jogar futebol”, concluiu Yaguinho.

 

O que esperar do esporte de alto rendimento após a pandemia?

0
Foto: Fernando Moreno/Agência Ferj

Por Agência Brasil

A pandemia do coronavírus obrigou a humanidade a parar. A parar, repensar e mudar vários aspectos da vida. Diante de um vírus que se espalha com muita facilidade, um novo normal começa a se estabelecer a partir de alguns princípios: restrições de movimentação, menor interação social e cuidados extremos de higiene. No mundo do esporte de alto rendimento não é diferente. Grandes eventos internacionais e campeonatos nacionais e estaduais, tiveram de ser adiados, paralisados ou cancelados enquanto se pensa em formas de realizá-los com segurança.

E é para tentar imaginar as mudanças que a prática esportiva de alto rendimento sofrerá em um futuro próximo que a Agência Brasil conversou com dois pesquisadores que tem o universo do esporte como seu objeto de estudo, o sociólogo e professor da Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Rio de Janeiro (Uerj) Ronaldo Helal e o professor da Escola de Ciências Sociais/FGV-CPDOC Bernardo Buarque de Hollanda.

Jogos sem a presença de torcedores

Um dos elementos que mais chama a atenção no novo normal do esporte de alto rendimento é a ausência de torcedores em praças esportivas. Segundo Ronaldo, diante de um vírus novo e com contágio muito rápido, não dá para ser diferente. No Campeonato Alemão, por exemplo, esta mudança fica bem evidente. “Com jogos com portões fechados e os jogadores sem se abraçarem na comemoração dos gols. E também fazendo testes regulares. Esta é a mudança que é possível no momento”, opinou.

Bernardo também aponta o Alemão como o campeonato a ser observado, pois foi a primeira das principais competições nacionais da Europa a reiniciar após a pandemia, mas afirma que a realização das partidas sem a presença de torcidas não vai servir para todos os clubes, mas apenas para aqueles que estão na “vitrine do futebol mundial […], tendo exibição e alcance planetário”. No entendimento do pesquisador, estes conseguem, minimamente, “contornar o atual momento” com as receitas provenientes de transmissões televisivas.

Ronaldo diz que a primeira mudança causada pela ausência de torcedores nos estádios é percebida na performance dos atletas. “Você perde muito. Um espetáculo de massa, sem a massa. Mesmo transmitido pela televisão. É o mesmo que um teatro vazio. A tendência dos atores é não ter uma performance tão motivada por adrenalina como tem com a presença do público. Isso pode acontecer também no caso do futebol, sem o incentivo da torcida. Mas é o que se pode fazer no momento. Não sabemos quanto tempo vai durar. Acho que o público não vai se sentir nem satisfeito, nem insatisfeito, mas acho que vai entender que isso é o que é possível fazer no momento”.

Porém, em suas observações Bernardo identifica grupos que não receberam bem esta nova forma de consumir o futebol. “É interessante que, no caso da Europa, algumas torcidas organizadas estão promovendo campanhas contra a volta dos campeonatos. Partem da ideia de que, se não vai ter torcida, é melhor não ter futebol”. Em meio a tantas incertezas, e pensando na realidade brasileira, o pesquisador da FGV afirma que “é muito pouco provável que aconteça algum campeonato com a presença do público no Brasil em 2020”.

Disputa e torcida à distância

Para o esporte brasileiro, que ainda está pensando em formas de retorno aos treinos, imaginar formas alternativas de torcer ainda parece algo distante. Mas na Dinamarca esta já é uma realidade. O campeonato nacional do país europeu optou por “levar” a torcida ao estádio através de telões instalados nas arquibancadas nos quais os jogadores veem imagens dos torcedores transmitidas por aplicativos de teleconferência (veja no vídeo abaixo).

<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”da” dir=”ltr”>David Nielsen savnede <a href=”https://twitter.com/hashtag/ultratwitteragf?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#ultratwitteragf</a> ved <a href=”https://twitter.com/hashtag/agfrfc?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#agfrfc</a>, men sikke et vigtigt point for os, lød det efter kampen fra cheftræneren til AGF TV <a href=”https://twitter.com/hashtag/ksdh?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#ksdh</a> <a href=”https://t.co/UxnYgXV0We”>pic.twitter.com/UxnYgXV0We</a></p>&mdash; AGF (@AGFFodbold) <a href=”https://twitter.com/AGFFodbold/status/1266107456532463621?ref_src=twsrc%5Etfw”>May 28, 2020</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

Para Bernardo, em um contexto de agravamento da pandemia, as novas tecnologias não devem se restringir ao ato de torcer, mas também podem ser usadas para permitir que atletas que estejam em locais diferentes possam competir entre si. “Estamos em um ponto de inflexão em que paradigmas são repensados. Até que ponto podem ser criadas formas de cobrir performances esportivas nas quais as pessoas não estejam presentes? Isto pode ser especulado. Os atletas não estarão no mesmo locus presencialmente, mas você pode criar formas de competição filmada. Soa absurdo e especulativo hoje, mas de fato ainda estamos em um momento nebuloso no qual não conseguimos discernir o que acontecerá adiante”.

Jogos para celebrar a humanidade

Um dos paradigmas que pode vir a ser questionado caso a pandemia perdure por um período de tempo muito longo é o da realização de grandes eventos esportivos no atual formato. “O formato tradicional de um encontro a cada quatro anos, que reúne todos os atletas no mesmo local, com vila olímpica, pode ter de ser refeito. Entendo que, assim como todas as áreas estão se adaptando, pode ser que muitas coisas no âmbito do esporte que sejam consideradas imprescindíveis, das quais não se abre mão, sejam reinventadas”, diz o pesquisador da FGV.

Mas algo que os dois pesquisadores afirmam torcer para não mudar, quando se fala em grandes eventos esportivos, é que eles continuem a ser entendidos como momentos de celebração da humanidade. “Entendo também (assim como o presidente do Comitê Olímpico Internacional, o alemão Thomas Bach) a ideia dos Jogos como uma celebração da humanidade após a pandemia. Tomara que sejam vistos desta maneira mesmo. Porque há uma metáfora nos Jogos Olímpicos de uma união entre nações”.

“O esporte proporciona um pouco isso. De as regras serem as mesmas para todos, que o melhor vence pelos seus méritos. Se superarmos esta pandemia, se já tivermos uma vacina, e espero que sim, espero que seja uma grande celebração da humanidade (os Jogos de Tóquio), da vida após a pandemia, de união entre as nações e povos”, conclui Ronaldo.