O Real Brasília teve um dia histórico, justamente no aniversário da capital federal. Na tarde desta quarta-feira (21/4), as Leoas do Planalto conquistaram a primeira vitória na história da Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino. Atuando no estádio Defelê, na Vila Planalto, o time aurianil superou o Botafogo, por 1 x 0, em jogo válido pela segunda rodada da competição de elite da modalidade no país.
O triunfo veio embasado em uma grande atuação da goleiro Flávia. No primeiro tempo, a arqueira defendeu um pênalti logo com três minutos. O clube carioca ainda chegou a carimbar a trave do aurianil. No início da etapa final, brilhou a estrela da atacante Gadu, autora do gol que garantiu os primeiros três pontos do Real Brasília na Série A1. No fim, a camisa 1 ainda fez boas intervenções para garantir o triunfo.
Flávia pega pênalti
O início de jogo fico marcado por um susto instantâneo no Real Brasília. Com apenas três minutos de partida, a lateral Chaiane invadiu a área e foi derrubada. A arbitragem assinalou o pênalti. Na cobrança, a atacante Kelen chutou baixo no canto direito. Se agigantando, a goleiro Flávia deu um toque providencial na bola para impedir o primeiro tento carioca. Com o jogo voltando à normalidade, as Leoas do Planalto chegaram ao ataque.
Aos 15 minutos, Dan Nunes fez cruzamento fechado e assustou a goleira Rubi. Oito minutos depois, o Botafogo respondeu. Vivian desviou cruzamento feito por Juliana e acertou a trave. Bastante disputado, o jogo seguiu brigado. Porém, os lances de perigo acabaram surgindo de forma mais rara, fazendo com que o primeiro tempo fosse encerrado com o zero dos dois lados do placar.
Gol no início e milagres no fim
Na etapa final, o Real Brasília achou o caminho do gol. Com seis minutos, Dani Silva passou boa bola para a atacante Gadu. Sem marcação, a artilheira das Leoas do Planalto finalizou de cavadinha para colocar as candangas na frente. O gol veio em uma hora bastante importante. À frente, o time aurianil conseguiu controlar as ações da partida sem ser ameaçado de forma ostensiva.
O Real Brasília voltou a atacar somente na reta final da partida. Com 38 de partida, Marcela armou grande jogada, se livrou da marcação, mas parou em Rubi. O Botafogo teve uma grande chance de igualar aos 52 minutos. Após cobrança de falta, Karen cabeceou de frente para o gol. Em mais uma importante intervenção, Flávia pegou. No rebote, Gaby Louvani mandou de coxa e a arqueira pegou novamente, garantindo o triunfo.
Real Brasília 1
Flávia 🟨; Dan Nunes (Eliane), Isabela Melo, Petra e Lana (Natasha Rosas); Sassá 🟨, Rafa Soares (Andressa 🟨) e Camila Pini 🟨 (Maiara); Daniele Silva, Marcela e Gadu ⚽ (Thábata)
Técnico: Adilson Galdino
Botafogo 0
Rubi; Mylena, Amanda (Gaby Louvain), Káren e Chaiane (Laura); Cris 🟨 (Thamires), Driely 🟨 e Vivian; Kélen (Bruna), Brenda 🟨 e Juliana (Isabella Rangel)
Técnico: Gláucio Carvalho
Na base da raça – e da combinação de resultados necessária – o Ceilândia voltou a figurar entre os quatro melhores times do Campeonato Candango. Na tarde desta quarta-feira (21/4), o Gato Preto recebeu o Santa Maria, no estádio Abadião, com um olho voltado para os acontecimentos de Brasiliense e Capital, no Serejão. Com uma vitória por 3 x 0 e derrota da Coruja por 1 x 0, o alvinegro ficou com a vaga.
A classificação, porém, veio com muita emoção. No primeiro tempo, o Ceilândia carimbou o travessão e criou outras boas chances. Sem facilitar, o Santa Maria também incomodou o time alvinegro. No segundo tempo, o Gato Preto fez o que precisava. Marcou três vezes – duas delas após os 43 minutos -, e garantiu um lugar na próxima etapa de disputa do torneio local.
Chances perdidas
O alvinegro precisava de um resultado positivo para seguir com chances de classificação para o quadrangular semifinal do Candangão e começou frenético desde o início. No minuto inicial, Wisman acertou o travessão. Aos sete, Gabriel recuperou a bola e passou para Mirandinha. Atento, Alisson interceptou. Incisivo, o Gato Preto marcou presença no ataque em outros momentos, mas não conseguiu marcar.
O Santa Maria só deu as caras na partidas após a pausa para hidratação. Porém, o goleiro Diego fez intervenção para impedir qualquer problema para o Ceilândia. Com 43 minutos, o Gato Preto voltou a realizar boa trama ofensiva. Wisman encontrou Matheus Silva e passou boa bola. O centro-avante bateu bem e com força. Alisson, porém, estava bem posicionado e mandou para escanteio.
O alvinegro ainda teve uma boa oportunidade de sair na frente ainda no primeiro tempo. Mirandinha invadiu a área com a bola dominada. Porém, ao invés de cruzar, optou por mandar direto para o gol. Fraca, a finalização acabou se perdendo pela linha de fundo. Durante os 45 minutos iniciais, o Ceilândia foi mais forte no ataque, mas acabou pecando nos momentos decisivos das jogadas.
Alvinegro marca três
O cenário de ineficácia nas jogadas do Ceilândia mudou completamente na etapa final. Antes, porém, o goleiro Diego precisou agir para impedir o Gato Preto de sair atrás do placar. Aos 7, Klécio tentou de falta, mas errou o alvo. O Santa Maria tentou responder, mas Wesley Brasília furou tentativa de voleio e Paulinho não alcançou passe na área. O jogo estava aberto e Wesley voltou a perder outra grande oportunidade.
Com 26 minutos, o Ceilândia chegou ao gol. Igor Pato cruzou e encontro Klécio. De cabeça, o volante colocou o alvinegro na frente. O Gato Preto, porém, precisava fazer mais. Entretanto, aos 37, quem quase chegou ao gol foi o Santa Maria. Diego pegou chute de Naylan. A partir dos 43, a estrela de Matheus Silva brilhou. Após receber boa bola, o atacante limpou a jogada e tocou na saída de Alisson para aumentar.
Naquele momento, o alvinegro se classificava pelo critério do número de cartões amarelos recebidos. Todos os outros estavam empatadas. O Ceilândia, porém, preferiu não dar sopa ao azar e fez mais um. Com 50 minutos no relógio, Andrezinho cruzou a bola no peito de Matheus Silva. O domínio deixou a redonda a feição para o chute forte. A finalização morreu no fundo do gol do Santa Maria e cravou a vaga de uma vez por todas.
Ceilândia 3
Diego; Bochecha, Fernando, Lucas Frank e Denis (Andrezinho); Dogão (Klécio ⚽), Werick 🟨 e Mirandinha (Igor Pato); Willian, Wisman (Felipe Goiano) e Gabriel Pedra (Matheus Silva ⚽⚽🟨)
Técnico: Adelson de Almeida
Santa Maria 0
Alisson; Rendell 🟨 (Lucas Rato), Martinelly, Léo Bahia e Éder 🟨; Gabriel, Wesley Brasília (Naylan) e Robinho (Paulinho); Rafinha, Thompson 🟨 e Igor (Lucas Capixaba)
Técnico: Júnior Araújo
Zé Love marca gol pelo Brasiliense - Igo Estrela / Metrópoles
Por Bruno H. de Moura
Foi por quase. Mas não foi. A melhor campanha do Capital C.F. foi interrompida por dois fatores: um empate arrancado pelo Ceilândia no finalzinho do confronto direto com o Gato Preto; e o artilheiro Zé Love. No critério de desempate a equipe que não teve derrotas na primeira fase e o melhor setor defensivo da competição vai pra casa sem chegar ao quadrangular final. Já o Brasiliense segue com impressionantes 100% de aproveitamento na competição.
Sem força ofensiva, o Jacaré teve seu pior primeiro tempo na competição. Não deu um chute a gol sequer. Do outro lado, o Capital criou, criou, criou, mas não transformou suas chances de gol em bola na rede.
Na segunda etapa as modificações eficientes de Vilson Taddei, entradas de Jefferson Maranhão e Tobinha, deram uma cara totalmente diferente ao Brasiliense e selaram a derrota do Capital que envolto na marcação do Jacaré tomou um gol e não conseguiu reagir.
1º Tempo: Capital é melhor, mas não balança as redes
O início do jogo foi bastante parelho. Precisando garantir um bom resultado, seja empate ou vitória, o Capital acelerou o jogo e saiu para cima do Brasiliense que, nos primeiros minutos, tentou se impor na partida, mas sem muita efetividade.
Aos 15′, cobrança de falta bem próxima à meia lua da grande área. Na batida Peninha chutou em cima da barreira do Capital. Aos 22′ Pitio dominou, viu Cabralzinho que cruzou perigosamente, mas Sucuri saiu para catar. 3 minutos depois foi a vez de Leandro Bulhões do meio da rua chutar uma bomba, espalmada por Sucuri para escanteio.
Aos 26′ foi a vez de Roberto Pitio bater de primeira, de dentro da área, e ver a bola passar riscando o travessão do Brasiliense. Aos 34′ nova boa oportunidade ao Capital, dessa vez em cobrança de falta que ia na cabeça de Leandro Bulhões, mas Badhuga afastou. Na resposta Luquinhas mandou bola açucadara para Zé Love, interceptada pelo goleiro do Capital.
A partida desacelerou e o meio de campo voltou a ficar povoado. O Brasiliense cometia muitas faltas e só parava o ataque da Coruja com faltas ou com erros de direção do Capital.
2º Tempo: Brasiliense volta outro time e Capital vai pra casa por critério de desempate
Na volta do intervalo Vilson Taddei modificou duas vezes o Brasiliense. Tobinha e Balotelli foram para campo nas vagas de Sandy e Carlos Eduardo. Rogério Mancini nada fez.
Aos 2” cobrança de escanteio à esquerda, a bola sobrou para Luquinhas na entrada da área ajeitar e chutar colocado, mas a bola desviou em Leandro Bulhões e saiu para outro escanteio que, na cobrança, levou à recuperação de bola pelo Capital e contra-ataque da Coruja.
Aos 6” a pressão do Brasiliense, desde o início da segunda etapa, foi recompensada. Tobinha de cabeça resvalou na bola, ela passou por Peixão que furou na defesa, e sobrou para Luquinhas encontrar Zé Love bem posicionado dentro da área marcar seu 7º gol no Candangão 2021.
Na sequência, Vilson Taddei substituiu Luquinhas, assistente do gol, por Jefferson Maranhão. Minutos depois Leandro Bulhões deu sua vaga para Mykaell pela Coruja.
Aos 13” Tobinha recebeu dentro da área e bateu de primeira, a bola quase encobriu o goleiro Gabriel Victor. No minuto seguinte foi a vez de Zé Love encontrar Jefferson Maranhão dentro da área e o atacante não dominar a bola. O Brasiliense usava os contra-ataques como sua principal arma e ganhava terreno, e posse de bola, com o passar do relógio.
Aos 22” cobrança de falta para o time amarelino. Peninha lançou um torpedo no travessão de Gabriel Victor e, na sobra, Zé Love chutou por cima do gol, mesmo estando em impedimento marcado. Capital irreconhecível. Mancini mexeu outra vez, desta no ataque: Douglas Candango no lugar de Roberto Pitio.
28” no relógio e Milton Jr. deixou Mário Henrique pronto para chutar cruzado perigosamente e obrigar o goleiro do Capital afastar. Os dois treinadores não economizaram nas mudanças. O Capital mudou três de uma vez: Cirne, Wester e Maicon nos lugares de Cabralzinho, Peixão e Romarinho. O Brasiliense duas: Didira e Michel Platini dentro, Peninha e Zé Love fora.
O tempo andava e o Ceilândia vencia pelo magro placar de 1-0 o Santa Maria. Já classificado o Brasiliense só fazia sua obrigação, mas o Capital continuava com a calculadora na mão para ver se classificava ou não, já que empatava em saldo número de pontos e vitórias com o Gato Preto.
O Ceilândia fez o 2º aos 44” da segunda etapa. A equipe classificava pela quantidade de cartões amarelos. Mas o gato preto tomou outro cartão no final da partida. Ceilândia e Capital empataram em tudo. Absolutamente tudo. Os dois times fizeram 4 pontos, venceram, empataram e perderam uma partida. Ambos os times com 4 gols feitos e 3 sofridos e saldo de 1. Ambos os times com 8 cartões amarelos tomados e 1 cartão vermelho. Absolutamente tudo igual e só restava o sorteio para definir a vaga do grupo D.
O jogo no Serejão acabara, e o Capital secava o Ceilândia que não podia marcar o terceiro gol.
Mas, aos 50”, Matheus Silva, pela segunda vez, marcou no Abadião. Pelo saldo de gols e pelo número de gols feitos, o Ceilândia eliminava o Capital com o apito final aos 51”.
Brasiliense: 1
Edmar Sucuri; Aldo, Badhuga, Keynan, Milton Junior🟨; Mario Henrique🟨, Luquinhas (Jeferson Maranhão), Sandy (Tobinha), Peninha (Didira); Carlos Eduardo 🟨 (Balotelli) e Zé Love⚽ (Michel Platini).
Tec.: Vilson Taddei
Capital: 0
Gabriel Victor; Peixão (Wester), Islan, Vitor Carvalho🟨, Fabrício; Leandro Bulhões (Mykaell🟨), David Souza, Geovane, Cabralzinho (Felipe Cirne); Roberto Pitio (Douglas Candango) e Romarinho (Maicon)
Tec.: Rogério Mancini
Arbitragem:
Árbitro central – Savio Pereira Sampaio Assistente 1 – Daniel Henrique da Silva Andrade Assistente 2 – Kleber Alves Ribeiro Quarto Árbitro – Allysson de Souza Zilse
Por Bruno Henrique de Moura, Lucas Espíndola e Olavo David Neto, do Distrito do Esporte, e Petronilo Oliveira, do Jornal de Brasília
Quando os gregos no século VIII a.C. decidiram criar os jogos olímpicos, algumas premissas nortearam os valores da competição: entendimento mútuo, igualdade, amizade e, principalmente, jogo limpo. De todos esses fundamentos, o jogo limpo talvez seja o mais importante. Não trapacear, não usar de estratagemas para vencer, respeitar o adversário e preservar a integridade da competição, jamais se deixando levar por benefícios obscuros e que contrariem o espírito de honestidade e respeito pelo adversário.
Durante 15 dias, o Distrito do Esporte, em parceria com o Jornal de Brasília, conversou com 12 fontes diferentes, de dentro e fora das quatro linhas. Dirigentes, membros de comissões técnicas, jogadores, parentes de atletas e empresários. Quatro repórteres se dedicaram a explorar uma suspeita que paira desde antes do início da competição: venda e manipulação de resultados para beneficiar apostadores.
O que se pôde extrair das várias conversas e cruzamento de informações é que houve direcionamento de resultados para beneficiar apostadores com três times como principais suspeitos: Formosa, Samambaia e Real Brasília.
Gramado do Mané Garrincha na final do Candangão 2020 | Foto: Mateus Teófilo/Esp. Distrito do Esporte
Presidentes de clubes receberam ofertas de compra de partidas
A maioria das fontes consultadas diz que o presidente do Formosa Esporte, Marcelo Lucas Ribeiro, seria o coordenador do esquema no futebol do Distrito Federal. Marcelo teria a responsabilidade de definir quais jogos teriam resultados menos comuns e, sucessivamente, mais bem pagos em casas de apostas. De acordo com os relatos, caberia ao empresário convencer jogadores, e, quando necessário, dirigentes, para entregar resultados.
Ao menos três cartolas no Distrito Federal foram abordados por um dirigente de futebol local oferecendo facilidades em confrontos e resultados favoráveis em troca de dinheiro.
O caso mais emblemático é do presidente do Real Brasília, Luis Felipe Belmonte.
Em entrevista ao podcast Voz do Quadradinho (clique e ouça), produzido pelo Distrito do Esporte, Belmonte disse que no intervalo do jogo entre Real Brasília e Formosa, que sedimentou o rebaixamento do Leão do Planalto, recebeu uma ligação de um dirigente envolvido no Campeonato Candango e no esquema de manipulação. No contato, foi-lhe ofertado um resultado favorável na partida entre Luziânia e Santa Maria, que poderia selar a permanência do Real Brasília na primeira divisão em caso de resultado empate ou derrota dos goianos.
Belmonte recusou a oferta. Conforme disse no podcast do Distrito do Esporte, afirmou ao outro dirigente que só paga jogadores do próprio time. Minutos depois, o Luziânia fez o segundo gol contra o Santa Maria e, posteriormente, o terceiro gol. O Real Brasília foi rebaixado.
Belmonte não quis falar à reportagem quem seria o dirigente que lhe fez a proposta indecente. “Vou aguardar ser chamado para depor no Ministério Público”, vaticinou o advogado. Sob condição de anonimato, outros dirigentes, membros de comissão técnica e até mesmo atletas contaram que também foram abordados.
A respeito do Real Brasília, quatro fontes da reportagem imputaram participação no esquema ao goleiro Deola que, sem o conhecimento de membros da comissão técnica e da diretoria do clube, haveria sido beneficiado financeiramente por falhas. A reportagem tentou contato com o atleta, mas não obteve retorno até a publicação deste material. O espaço segue aberto para manifestações.
Luis Felipe Belmonte – Reprodução Instagram
Empresa de fora para auditar os resultados
Belmonte refutou as acusações direcionadas ao arqueiro, citando atuações convincentes e sem maiores falhas nas atuações pelo clube. No oitavo episódio do programa de entrevistas do DDE, o cartola afirmou com exclusividade que contratará uma empresa europeia especializada em encontrar ilegalidades em partidas em função de palpites remunerados.
“Eu não quero mudar os resultados do campo, mas eu quero saber o que aconteceu de verdade.” “Ela (a empresa) faz a verificação do que que acontece de lisura com relação a jogos de loteria e aos resultados de campo. é a empresa que identificou os esquemas de manipulação em Portugal e na Itália.” pontuou o empresário à reportagem. A auditoria deverá começar a partir de maio, segundo o relato do presidente.
Presidente do Formosa é apontado como gerenciador do esquema
No final de 2020, o Distrito do Esportepublicou reportagem sobre Marcelo Lucas Ribeiro e sua passagem pelo Maranhão. À época, ele fora aclamado presidente do clube numa eleição sem concorrência para um mandato de quatro anos. Marcelo se desligara há poucos meses do Imperatriz/MA, equipe rebaixada, tal qual o Formosa em suas mãos. Os relatos das fontes ligadas ao Cavalo de Aço maranhense apontavam uma quadrilha capitaneada pelo hoje mandatário do Tsunami do Cerrado. Um dos relatos, inclusive, virou manchete: “É uma máfia”, disse um ex-funcionário do clube.
Paira sobre ele a responsabilidade por resultados considerados estranhos da equipe do Formosa. À frente do Tsunami do Cerrado, Marcelo trouxe um elenco completamente novo e recheado de jogadores que já atuaram com ele em outras oportunidades, como no futebol de Santa Catarina e, principalmente, no contestado time do Imperatriz.
Resultados elásticos, jogadores em posições improvisadas, placares pouco usuais. A torcida do Formosa passou a suspeitar dos sucessivos fracassos do time. Ligada ao Tsunami do Cerrado, uma fonte confidenciou à reportagem, em março deste ano e mais de um mês antes do início das investigações pelo MPDFT, desconfiar de manipulação de resultado através do time e suspeitar de três jogadores do elenco.
Atletas seriam os principais meios de manipulação. O esquema compraria de três a quatro jogadores de um determinado time e garantia que esses atletas forjassem placares, especialmente de derrotas. Apostava-se contra uma equipe e esta perdia. O método foi dito por oito das 12 fontes consultadas.
À reportagem, Marcelo negou veementemente as acusações. “Posso dizer que o Formosa foi o mais prejudicado, mas por conta da pandemia. Na nossa cidade, ficamos três, quatro semanas sem poder treinar”, ponderou o cartola. “Era só alimentação, vídeo do adversário e perdemos os jogos na reta final, quando acabava o combustível dos atletas. Fomos prejudicados nisso. Mas eu não participei de manipulação de resultado nenhum, tanto que estou à disposição da Justiça para prestar qualquer esclarecimento”, garantiu Ribeiro.
Além de se defender, o dirigente saiu em benefício dos jogadores, majoritariamente contratados sob sua gestão no clube de Entorno do DF. “Confio nos meus atletas também, que foram honestos e entraram em campo até o final. Se pudéssemos treinar, não teríamos sido rebaixados. Agora é com a Justiça”, frisou.
Marcelo Ribeiro em entrevista a uma rádio de Imperatriz/MA
Jogadores do Samambaia teriam entregado partidas
Outro time fortemente envolvido no esquema seria o Samambaia. Presidente da equipe, Neimar Frota afirmou à reportagem, ainda no sábado (17/4), que arrendou o time, num contrato de três anos, a um grupo de empresários europeus indicados pelo presidente do Bolamense, Antônio Teixeira.
Segundo Neimar, o Samambaia foi o mais prejudicado e ele pretende acionar questionar o rebaixamento por meio de ação judicial. “Estou indo atrás de um advogado bom mesmo e espero que essa semana já consiga entrar na Justiça”, disparou. Ele se recusou a confirmar o nome dos arrendatários por motivo de sigilo contratual.
Da Inglaterra para os sofridos campos candangos
Um levantamento realizado pelo Distrito do Esporte mostra que o grupo de empresários citado é a Wonder Sports, empresa inglesa especializada em gestão de futebol e agenciamento de atletas. É a Wonder Sports que gere a carreira de Djordje Susnjar, atacante sérvio que atuou pelo Samambaia no Candangão 2021.
A empresa conta com três sedes internacionais: Chicago, Nova York e Londres. Onze agentes, dentre eles dois sócios principais, Emmanuel Wonder e Christopher Haris, representam a instituição. O sérvio Mastilo Vladimir teria intermediado o acordo com o Samambaia e coordenado a chegada de Djordje e outros.
De acordo com os relatos, Neimar chegou a dizer que os jogadores da equipe, de fato, entregaram resultados e prejudicaram o Samambaia Futebol Clube. “Não vou deixar meu time ser rebaixado numa situação dessas de forma alguma”, teria afirmado o dirigente.
Esquema funcionaria desde 2017
Não seria novidade do Candangão 2021 o esquema de compra e venda de desempenho de jogadores. Fontes da reportagem reportam a ofertas indecorosas e pedidos pouco republicanos desde 2017. Jogadores com amplo histórico no esporte local, idem. Todas as confirmações foram feitas com ao menos três pessoas ligadas ao futebol candango.
Segundo dados da consultoria KPMG, o mercado de apostas online em competições esportivas no Brasil pode movimentar US$ 2,1 bilhões (R$ 11,3 bilhões) por ano depois de regulamentado. Desde 2018, ainda no governo Temer, há lei no Congresso Nacional autorizando a exploração do setor, mas falta regulamentação sobre a maneira que pode se dar e a cobrança de impostos.
Sites estrangeiros e bicheiros seriam, hoje, os principais beneficiários das apostas on-line em resultados de partidas de futebol aos nada populares jogos de golfe.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) investiga o campeonato de 2021. Alguns dirigentes já depuseram ao órgão. O presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), Daniel Vasconcelos, um dos denunciantes da entidade, depôs aos investigadores.
Em nota, a FFDF afirmou que “é importante ressaltar que a Federação não possui competência investigativa para análise do fato em questão. Portanto, o que resta é aguardar, de modo que a Federação sempre se colocará à disposição e colaborará com os órgãos de investigação.”
Está no ar a oitava edição do Voz do Quadradinho, podcast semanal do Distrito do Esporte. Nesta edição, os repórteres Olavo David Neto e Bruno Henrique de Moura, do DDE, recebem Luis Felípe Belmonte, empresário e presidente do Real Brasília. No papo, o debate abordou a ascensão do futebol feminino, a queda do futebol masculino do clube e as denúncias de manipulação de resultados no Campeonato Candango.
Belmonte revelou que no intervalo do jogo entre Real Brasília e Formosa, que sedimentou o rebaixamento do Leão do Planalto, recebeu uma ligação de um dirigente envolvido no Candangão e no esquema de manipulação. No contato, foi-lhe ofertado um resultado favorável na partida entre Luziânia e Santa Maria, que poderia selar a permanência do Real Brasília na primeira divisão em caso de resultado empate ou derrota dos goianos.
Além disso, o mandatário do Real Brasília afirmou que não tentará reverter o resultado de campo, defendeu o desempenho do goleiro Deola. “Espero que o Ministério Público e a polícia me deem uma resposta. Alguma coisa não natural aconteceu. Não choro o leite derramado. Eu respeito o resultado de campo e vou disputar a segunda divisão com toda a humildade. Não sou adepto de tapetão”, declarou.
Ouça o Voz do Quadradinho na íntegra
O programa
Esse e outros temas foram debatidos nos 30 minutos de entrevistas, disponíveis nas principais plataformas de podcast. Apresentado pelo jornalista Olavo David, o programa semanal recebe tanto colaboradores do DDE quanto personalidades e profissionais de outras unidades federativas, todos relacionados ao esporte nacional e distrital.
Com proposta leve, o Voz do Quadradinho surge para suprir uma lacuna de produção sonora na nova fase que vive o Distrito do Esporte, com entrada em outras plataformas de comunicação. Novos episódios serão lançados a cada quarta-feira, sempre com temas de relevante interesse ao esporte candango, com maior enfoque ao futebol.
O Podcast também é transmitido pela rádio Utopia FM, 98,1, de Planaltina-DF, às quartas-feiras, após a exibição da Voz do Brasil. O projeto é uma parceria entre o portal e a produtora Colóquio, especializada em materiais de áudio. Cabe lembrar ao leitor/ouvinte que comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, e serão lidos na gravação do próximo episódio.
De forma heroica e no apagar das luzes, o Luziânia conquistou um lugar no quadrangular semifinal do Campeonato Candango. Na tarde desta terça-feira (20/4), o time goiano foi até Minas Gerais para enfrentar o Unaí ciente de que só a vitória garantiria sobrevida no torneio local. O time goiano alcançou o objetivo com um gol solitários aos 45 minutos do segundo tempo. O 1 x 0, porém, era exatamente o que o time precisava.
No primeiro tempo, as duas equipes tiveram boas oportunidades de abrir o placar, mas o que se viu foi um jogo marcado pelo equilíbrio e poucas chances concretas de gol. Precisando desesperadamente balançar a rede, o Luziânia seguiu ocupando o campo de ataque. No abafa, o time goiano conseguiu marcar em uma das últimas emoções da partida e garantiu a vaga.
Zero permanece no placar
Em vantagem na classificação, o Unaí começou o jogo ocupando o campo de ataque. Com dois minutos de jogo, cobrança de escanteio encontrou Hiwry. O desvio assustou o goleiro Matheus Lorenzo. O Luziânia respondeu na sequência. Titico recebeu na entrada da grande área e finalizou com força. O atacante, porém, errou a direção do chute e mandou pelo lado esquerdo da meta de Lucão.
O camisa 1 do time mineiro voltou a ser acionado aos 14 minutos em novo embate com Titico. O atacante viu espaço e arriscou da intermediária. Ligado, Lucão defendeu em dois tempos. Nos minutos seguintes, o equilíbrio tomou conta da partida e impediu chances concretas. Ferrugem chegou a ter uma, mas chutou sem muita força nas mãos do arqueiro do Unaí.
Gol no apagar das luzes
Na etapa final, a primeira chance foi mineira, mas Matheus Lorenzo antecipou finalização de Carlinhos. Com 22, Ferrugem cruzou caiu nos pés de Kelvin, que mandou por cima. Mais incisivo no jogo, o Luziânia parecia estar mais perto de abrir o placar. Com a vitória parcial do Gama, o time goiano precisava marcar ao menos uma vez para voltar a se posicionar entre os quatro melhores do torneio local.
No abafa, o Igrejinha alcançou o objetivo. Aos 45 minutos, Kelvin cruzou bola pela direita e encontrou Ferrugem. De letra, ele tirou o goleiro do Unaí da jogada e abriu o placar. Desesperado com a queda, o Unaí foi da forma que pôde para o ataque e teve uma chance de empatar já nos acréscimos desperdiçada. Com a vitória, os goianos avançaram na primeira posição do grupo C.
Unaí 0
Lucão (Vitor Lube); Ézio, Felipe (Guilherme), Zé Leandro e Gelsinho (China); Hiago 🟨, Gabriel 🟨, Thiaguinho e Hiwry; Romário 🟨 (Diego Clementino) e Rafinha (Carlinhos)
Técnico: Roberto Gaúcho
Luziânia 1
Matheus Lorenzo; João Pedro, Gustavo, Perivaldo e Weverton 🟨; Dadinho (Matheus Rocha), Robinho, Jonathan (Kelvin) e Wilson Jr. (Alexandre) (Gabriel); Titico 🟨 e Romário (Ferrugem ⚽)
Técnico: Ricardo Antônio
Tudo definido no Grupo C do Campeonato Candango! Na tarde desta terça-feira (20), Taguatinga e Gama entraram em campo brigando por uma vaga na terceira fase do Candangão. Mesmo jogando fora de casa, o alviverde jogou melhor e aproveitou as chances criadas, e acabou vencendo por um a zero. Com este resultado, o Gama chegou aos quatro pontos e conquistou a classificação para a próxima fase do campeonato, por conta dos gols marcados. Já o Taguatinga, que fez uma boa primeira parte de campeonato, acabou eliminado.
Os primeiros 45 minutos de duelo no estádio Serejão foram bem corridos, com boas chances para as duas equipes. Após a parada para hidratação o Taguatinga voltou melhor mas não soube aproveitar as oportunidades, com isso, rolou a máxima: quem não faz, leva. Ueslei aproveitou o rebote do arqueiro Lucas Diniz e abriu o placar para o alviverde. No segundo tempo o Taguatinga teve um jogador expulso, que acabou prejudicando a equipe. A Águia não conseguiu criar boas chances e exagerava nas bolas alçadas dentro da área, não balançando a rede adversária.
Gama abre o placar no final do primeiro tempo
Como era o esperado, o confronto começou corrido. Com menos de um minuto de partida, 19 segundos para ser exato, o Taguatinga deu seu primeiro chute ao gol. Após a defesa do Gama afastar mal, a bola sobrou nos pés de Evanilson, que soltou um balaço para o gol, a pelota acabou desviando na marcação e saiu pela linha de fundo. Aos três minutos o alviverde respondeu. O lateral Fernando carregou a redonda fora da área e resolveu arriscar de longe, a bola acabou passando por cima da meta de Lucas Diniz.
Mesmo jogando fora de casa, o Gama buscava bastante o ataque, já que só a vitória interessava ao Periquito. Aos 10′, João Gabriel cobrou falta e mandou a bola dentro da área, Marcão subiu e cabeceou de forma venenosa para o gol, a redonda explodiu na trave direita de Lucas Diniz. Aos 14′, Ueslei limpou a marcação e finalizou para a meta adversária, mas o arqueiro do Taguatinga encaixou com tranquilidade. Apesar do jogo corrido, depois dos primeiros 15 minutos de jogo não tiveram chances claras de gol.
Foto: Divulgação/Taguatinga Esporte Clube
A Águia voltou com mais vontade depois da parada para hidratação e começou a pressionar o alviverde. Aos 31′, quase o time da casa abriu o placar. Após lateral cobrado em direção à área, a bola sobrou para Everton, o camisa 23 girou e chutou para o gol, a bola desviou na marcação e foi para fora. Alguns minutos depois o Gama respondeu, com Marcão cabeceando depois de escanteio cobrado, mas a pelota saiu por cima da meta adversária. Já que o Taguatinga não aproveitou as chegadas ao ataque, a equipe visitante aproveitou.
Aos 40′, Caíque ganhou da marcação e bateu para o gol na altura da marca do pênalti, a bola explodiu em Lucas Diniz e, na sobra, Ueslei só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes, um a zero. A entrada de Everton no ataque do Taguatinga foi muito boa, a equipe criou diversas chances, mas pecava no último toque antes da finalização. Aos 50′, o árbitro Maguielson Lima deu números finais ao primeiro tempo de jogo.
Alviverde segura o resultado
Logo no início da segunda etapa o Gama perdeu a oportunidade de marcar o segundo tento na partida. O centroavante Caíque recebeu belo lançamento, matou no peito, limpou um marcador e o goleiro, mas na hora de finalizar, Lucas Diniz se recuperou e conseguiu tirar a pelota dos pés do atacante alviverde. Aos 10′, quem quase marcou foi o Taguatinga. Evanilson cobrou escanteio fechado, Matheus espalmou por cima da meta, quase um gol olímpico no Serejão.
Logo em seguida o Gama respondeu. Mirray tocou para Caíque, o centroavante ajeitou o corpo e mandou um petardo para o gol, a bola acabou raspando o travessão de Lucas Diniz. Aos 14′, foi a vez da Águia assustar. Evanilson cruzou, a redonda sobrou para Itagol que finalizou para a meta de Matheus, mas João Gabriel colocou a perna na frente, mandando pela linha de fundo. Quando o relógio marcava 25 minutos, Vandinho foi expulso, após dar um carrinho em Gaminha.
Foto: Gabriel Teles/S.E. Gama
O Taguatinga tentava chegar ao gol de empate, mas mal conseguia criar uma chance clara para empatar a partida, o Gama estava mais próximo do segundo tento do que a Águia do primeiro. Aos 43′, Gaminha tocou para Ueslei, o camisa número sete finalizou de dentro da área, a redonda acabou passando rente à trave direita de Lucas Diniz. O árbitro Maguielson Lima encerrou a partida aos 51 minutos de jogo.
O que vem por aí?
Com a classificação para a próxima fase, o Gama volta a campo já no próximo final de semana. Porém, ainda não tem um adversário definido, já que ainda teremos que aguardar o outro classificado do Grupo D, que será conhecido nesta quarta-feira (21/04). Eliminado do Candangão, Taguatinga agora não terá mais jogos oficiais em 2021, tendo que aguardar o próximo Campeonato Candango.
Taguatinga 0
Escalação: Lucas Diniz; Denilson, Luan (Daniel Guerreiro), Daniel Felipe e Evanilson; Jefão, Hugo🟨 e Matheus Rogério (Zé Henrique); Vitinho🟨 (Everton), Itagol (Lucas Victor) e Vandinho🟨🟥.
Técnico: Junior Araujo
Gama 1
Escalação: Matheus; Fernando, Igor, Marcão e João Gabriel. Filipe Werley (Kasado), Lira🟨 (João Vitor) e Mirray🟨 (Gaminha); Ueslei⚽, Daniel Alagoano (Gustavo) e Caíque🟨 (Igor Paim).
Técnico: Victor Santana
Após o término de cada rodada do Campeonato Candango 2021, o Distrito do Esporte apresentará a Seleção da Rodada, um esquadrão eleito pelos jornalistas do portal e convidados, que tiveram a missão de indicar os melhores de cada posição na rodada. A escolha dos jogadores que integram o esquadrão de cada um dos certames do torneio local é baseada unicamente no desempenho das atletas e times durante as partidas da competição.
Para ficar ainda melhor, os leitores do Distrito do Esporte também podem interagir e participar na escolha do Craque da Rodada. Ao fim desta matéria, uma enquete estará disponível para que você possa escolher seu atleta preferida. O vencedor da votação pública será divulgado na matéria da Seleção da Rodada subsequente e nas redes sociais do site. Vale lembrar que cada usuário só poderá votar uma vez e é preciso estar conectado à conta Google.
Nas partidas da segunda rodada da segunda fase do Candangão, Taguatinga, Ceilândia, Capital, Luziânia, Unaí e Brasiliense emplacaram jogadores na Seleção da Rodada. Desta forma, o time ficou formado com Diego (Ceilândia); Diogo (Brasiliense), Daniel Felipe (Taguatinga), Lucas Frank (Ceilândia) e Goduxo (Luziânia); Gabriel (Unaí), Cabralzinho (Capital) e Peninha (Brasiliense); Luquinhas (Brasiliense), Romário (Unaí) e Zé Love (Brasiliense). Vilson Tadei (Brasiliense) foi escolhido como o melhor técnico.
Rivais históricos nos anos 1990, Taguatinga e Gama voltam a disputar um jogo com caráter de decisão nesta terça-feira (20/4) após 27 anos. Juntos no grupo C do Campeonato Candango, a Águia e o Periquito se enfrentam, às 15h30, no estádio Serejão. A conquista dos três pontos é de extrema importância para as duas equipes. Quem vencer, dá um passo importante para chegar ao quadrangular semifinal do torneio local.
Se tratando de decisão os clubes se conhecem bem. Os dois disputaram o título Candango por duas vezes. Em 1990, o Gama levou a taça para casa e, três anos depois, foi a vez do TEC, conquistando seu tricampeonato local em 1993. No ano de 90, a artilharia ficou por conta de Evandro, com oito gols. E em 93, o artilheiro foi o atacante Gil, com 19 gols, que no ano seguinte foi jogar pelo Taguatinga.
O título de 1993 ficou marcado pela baixa resposta do público no jogo de volta, que não atingiu as expectativas da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), onde se esperava 15 mil pessoas no estádio, e apenas 2.337 estiveram presentes. E também por reclamações por parte da torcida gamense em relação ao regulamento, que realizou uma campanha melhor no geral, mas ficou com o vice.
Na partida decisiva, o alviverde ganhou no tempo por 1 x 0, repetindo o resultado aplicado pelo time azul no jogo de ida. Mesmo assim, o título foi para o Taguatinga, que venceu por 2×0 na prorrogação. Apesar das reclamações, inclusive por parte da imprensa, o então presidente do Gama Wagner Marques admitiu que todos concordaram com o formato, e portanto, não havia o que reclamar.
27 anos depois…
Para o jogo de hoje a situação é diferente. As equipes não fizeram grandes atuações e, portanto, será um dia decisivo para ambos. O Taguatinga, que empatou com o Luziânia em 0x0 no último sábado (17/4), precisa vencer a partida, garantindo assim sua classificação para a próxima fase. Por outro lado, o Gama além de ganhar o jogo, dependerá do resultado entre Unaí x Luziânia, que estará acontecendo no mesmo horário. O alviverde perdeu por 1×0 para os mineiros.
Se alcançar o objetivo de avançar, o TEC voltará a figurar entre os quatro melhores do torneio local após 22 anos. A última vez foi em 1998. Para o Gama, vale a sobrevida na busca por mais um tricampeonato local, o segundo da história. Em campo, estarão presentes 18 títulos do Candangão, sendo cinco do Taguatinga e 13 do Gama. Dominantes nos anos 1990, os times ganharam, juntos, nove dos dez títulos em disputa.
Taguatinga x Gama
20/04/2021
15h30
Estádio Elmo Serejo Farias (Serejão)
A vida de todo lutador é voltada a superar dores e desafios. Com o faixa preta de jiu-jitsu, Gilvan Rodrigues, não foi diferente. Em março de 2021, o atleta de 43 anos foi diagnosticado com câncer (linfomas na garganta e virilha), certamente o maior oponente a ser superado no caminho de Gilvan.
O baque foi grande. As dores na garganta por mais de 30 dias preocuparam o faixa preta. O atleta, então, resolveu ir ao médico. No primeiro momento, foi detectado apenas uma pequena inflamação nas amígdalas.
Porém, a notícia ruim veio e o tumor foi confirmado após Gilvan realizar uma tomografia. O lutador conta que ficou preocupado no primeiro diagnóstico, pois ele tem um histórico familiar sobre a doença. ” Fiquei com um pé atrás, minha família já tem histórico. Graças a Deus não fiz a cirurgia das amígdalas. Se faço, o tumor iria espalhar”, resume.
Projeto
O faixa preta iniciou o “treinamento” para a maior luta de sua vida: as sessões de quimioterapia. Antes de saber do diagnóstico do tumor, Gilvan, que tem uma academia em Samambaia, estava prestes de lançar a sua marca de linha esportiva em artes marciais: a ROUND.
Foto: Arquivo Pessoal/Gilvan Rodrigues
Foi nesse momento que veio um start para o lutador. Ele decidiu ajudar o próximo que esteja enfrentando a mesma luta. “Eu decidi mudar o foco da marca e ajudar as pessoas que estejam passando por essa barra. Vou doar 20% de todo o lucro das camisas em instituições de tratamento contra o câncer”, explica.
O projeto da ROUND pretende ajudar e orientar as pessoas que sofrem com o câncer a lidar com a doença, além de levar mais informações para diagnóstico precoce, visando promover o rápido início ao tratamento. Gilvan acredita nisso. “Além de ajudar as instituições, a página da ROUND no Instagram tem como papel orientar e ajudar as pessoas a superaram essa guerra”, continua o faixa-preta.
Com o lema “Você luta, eu luto! Qual será o seu próximo Round?”, o faixa-preta irá continuar lutando na árdua batalha em busca da cura não só dele, mas de inúmeras pessoas que são assoladas pelo câncer.
Como participar da campanha
Os produtos estão disponíveis na página @lojaround no Instagram. Para retirada, é possível combinar em Samambaia ou na Rodoviária do Plano Piloto.
Pontos de venda
Plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto – Mobile Celular – Loja 11
Academia de luta Gilvan Rodrigues – Samambaia Norte – QN 408 Conjunto D lote 2 – Contato: (61) 8215-4121/3522-5191