Por Bruno H. de Moura e Danilo Queiroz
Um dia após o Gama anunciar a rescisão com a empresa gestora da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) com argumentos de “sucessivos inadimplementos”, a Gama SAF rebateu as acusações, deu sua versão sobre a situação atravessada pelo alviverde e destacou ter como objetivo principal “reerguer o clube”. Diretor do projeto, Leonardo Scheinkman ressaltou não investidor na empreitada, como foi divulgado pelo time.
Na longa nota (leia na íntegra e sem edição no fim do texto), os responsáveis pelo projeto destacam que não houve calote na parceria entre a Green White, dona de 90% das ações da SAF alviverde, e o Gama, responsável pelos outros 10%. “Essa informação é inverídica”, cravou. Leonardo também fez questão de ressaltar que atua como diretor do projeto e não como investidor. “Sou uma pessoa que ajudou o clube a encontrar um investidor”, disse.
O empresário deu detalhes, ainda, dos valores gastos nos primeiros meses do projeto, oficializado pelo Gama no final de 2021. Segundo Scheinkman, foram investidores R$ 600 mil em gastos diversos para colocar em ordem questões operacionais do dia a dia do Gama. Leonardo detalhou, também, o cenário encontrado nos primeiros dias de trabalho com o alviverde, classificado por ele como um tradicional clube de Brasília.
“Nós sabíamos das dificuldades que teríamos em fazer uma parceria com um clube em situação caótica, com gestão amadora e com pessoas que destruíram o clube e deixaram nessa situação depois de muitos anos. São muitos problemas estruturais”, prosseguiu. “O objetivo sempre foi fazer um modelo estrutural e profissional, onde não houvesse evasão de renda e outras formas de corrupção. E, por conta dessa discordância teve esse, atrito”, explicou.
Conforme adiantado em conserva com a reportagem do Distrito do Esporte no sábado (29/1), Scheinkman voltou a falar sobre suas impressões sobre os atuais caciques do futebol do Gama. “Os antigos gestores não têm credibilidade e estão tentando reverter o negócio, tendo atitudes de interesse pessoal e não para o Gama”, segue a nota da Green White Investments LLC.
Por fim, Leonardo voltou a pedir o apoio da torcida gamense no processo. “A SAF vai seguir a todo vapor em um projeto único para a recuperação do Gama. Vamos lutar pelo crescimento do Gama. Isso tudo atrapalha na negociação com fundos, patrocinadores e isso pode gerar danos irreversíveis para o clube. Em respeito à instituição, algumas investigações estão sendo feitas. E vamos esclarecer no momento oportuno”, finalizou.
Gama pede rescisão
A Sociedade Esportiva do Gama divulgou Nota Pública no começo da noite dessa segunda-feira (31/01) confirmando o que o Distrito do Esporte, com exclusividade, publicou no último sábado (29/01). A assembleia do Conselho Deliberativo decidiu rescindir contrato entre a SEG e a empresa Green White Investments LLC, liderada por Leonardo Scheinkman.
Segundo a nota,”sucessivos inadimplementos relevantes, especialmente com aqueles vinculados as cláusulas 13.4, 13.5 e 14.2 que se refere a obrigação de pagamento não cumprido pelo investidor”, levaram à decisão tomada pelo clube.
Ainda na nota, a SEG afirma que “Diante do tamanho desrespeito e descaso do investidor, não nos coube outra solução a não ser a extinção do vínculo, até porque, ficou impossível a convivência com o representante da empresa.”
Assinam a nota pública Weber de Azevedo Magalhães, presidente da Sociedade Esportiva do Gama, Miguel Ferreira Peres, presidente do Conselho Deliberativo, Arilson Machado Pessoa, 1º vice-presidente da SEG e Wesclei Quirino, presidente do Conselho Fiscal.
Leia, na íntegra e sem edição, a nota da Gama SAF
Empresa gestora da SAF do Gama nega calote, explica situação e visa reerguer o clube
Nesses últimos dias fomos surpreendidos com a notícia de que a Sociedade Esportiva do Gama, tradicional clube de Brasília, havia levado “calote” do investidor que adquiriu 90% das ações da SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Essa informação é inverídica.
Além disso, o nome de Leonardo Scheinkman foi colocado como responsável pelo investimento, fato que também não condiz com a verdade.
Scheinkman é o atual diretor da SAF do Gama, e não o investidor, propriamente dito, da Green White Investments LLC. “Não sou um investidor, sou uma pessoa que ajudou o clube a encontrar um investidor”, disse Leonardo.
Desde o final de 2021, quando a SAF do Gama foi criada, foram gastos R$ 600 mil pela empresa investidora.
“Nós sabíamos das dificuldades que teríamos em fazer uma parceria com um clube em situação caótica, com gestão amadora e com pessoas que destruíram o clube e deixaram nessa situação depois de muitos anos. São muitos os problemas estruturais”, comentou Leonardo.
“O objetivo sempre foi fazer um modelo estrutural e profissional, onde não houvesse evasão de renda, pagamentos controlados e outras formas de corrupção. E por conta dessa discordância teve esse atrito”, continuou o diretor da SAF.
A Sociedade Anônima do Futebol do Gama é uma empresa legítima e constituída na forma da lei, com a comissão técnica e jogadores contratados, com novos patrocínios, profissionalizando a gestão e tudo em prol do clube.
Os antigos gestores que não têm credibilidade e estão tentando reverter o negócio, com tendo atitudes de interesse pessoal e não para o Gama.
“A SAF vai seguir a todo vapor em um projeto único para a recuperação do Gama. Precisa contar com o apoio da torcida, que será fundamental neste projeto. Comissão técnica e atletas apoiam a SAF”, disse Leonardo Scheinkman.
“Vamos lutar pelo crescimento do Gama. Isso tudo atrapalha na negociação com fundos, patrocinadores e isso pode gerar danos irreversíveis para o clube. Em respeito à instituição, algumas investigações estão sendo feitas. E vamos esclarecer no momento oportuno”, finalizou.