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terça-feira, 17 de junho de 2025
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Em semifinais com ida e volta, a vantagem de dois gols nunca foi revertida

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Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

A partida de ida de uma das semifinais do Candangão 2023, disputada entre Brasiliense e Capital no último domingo (26/3), terminou com vitória do Jacaré por 2 a 0, gols de Tobinha e Hernane Brocador. Por terminar melhor colocado que a Coruja, os comandados de Roberto Cavalo tem o benefício de jogar por resultados iguais que garantem vaga na final da competição. Do outro lado, para se classificar, os atletas de Celso Teixeira precisarão de um feito jamais ocorrido na história do campeonato: reverter uma vantagem de dois gols de diferença.

Na primeira fase, o Brasiliense terminou na segunda colocação e o Capital, uma posição abaixo. Assim, segundo o regulamento da competição, o Jacaré joga por dois resultados iguais. Desta forma, a vitória da equipe de Roberto Cavalo garantiu uma grande vantagem na partida de volta: derrota por até dois gols de diferença deixa o atual campeão do Campeonato Candango com a vaga na final pelo sétimo ano seguido. Portanto, caso a Coruja queira fazer sua primeira decisão na história, precisará fazer três gols a mais que seu adversário.

Edições com semifinais em dois jogos*

Desde 1959, ano do primeiro campeonato realizado em solo brasiliense, 13 edições contaram com as semifinais disputadas em confrontos de ida e volta (veja todos os resultados ao final da matéria). A primeira competição a ter o formato foi em 1995 com as partidas entre Brasília x Guará e Planaltina x Gama. Dois anos depois, Sobradinho x Gama e Planaltina x Brasília decidiram os finalistas do certame. Em 1999, Guará x Gama e Luziânia x Dom Pedro II foram os protagonistas daquela edição.

Para a temporada de 2000, Dom Pedro II x Gama e Brasília x Bandeirante formaram as semifinais do Candangão. No ano seguinte, a competição contou com Bandeirante x Brasiliense e Gama x Brazlândia como os semifinalistas. Em 2003, Luziânia x Gama e CFZ x Brasiliense. Após um hiato de 11 anos, as semifinais em ida e volta derem às caras mais uma vez. Brasiliense x Brasília e Sobradinho x Luziânia formaram o quarteto que buscou duas vagas na decisão do distrital.

Depois de 2014, por seis anos seguidos, as semifinais em dois jogos marcou presença no Candangão. Assim, em 2015, Brasiliense x Gama e Luziânia x Brasília foram os representantes. No ano seguinte, tivemos os confrontos entre Luziânia x Gama e Ceilândia x Brasiliense. Em 2017, Paracatu x Ceilândia e Sobradinho x Brasiliense. Na edição seguinte, Sobradinho x Ceilândia e Luziânia x Brasiliense disputaram duas vagas na decisão do campeonato.

Já em 2019, quatro clubes estiveram presentes nas semifinais do Candangão: o Real Brasília disputou uma vaga contra o Gama e o Paracatu mediu forças com o Brasiliense. Em 2020, ano da última edição – sem contar com a atual – que contou com dois jogos decisivos, as partidas contaram com Formosa x Gama e Real Brasília x Brasiliense como concorrentes às vagas na final do Campeonato Candango.

Vantagem de dois gols nunca revertida

A diferença de gols no confronto entre Brasiliense e Capital não é novidade nas semifinais em dois jogos. Em todas as edições realizadas, o placar foi visto por quatro vezes. Porém, a equipe derrotada nunca conseguiu reverter a situação. A primeira vez, em 2001, o Gama derrotou o Brazlândia por 2 a 0, no estádio Bezerrão. Na partida de volta, o Brazlândia conseguiu vencer a equipe gamense, mas o placar de 1 a 0 não foi suficiente para tirar a vaga do Periquito, que se sagrou campeão naquele ano.

Em 2015, Brasiliense e Gama conduziram uma das semifinais e o alviverde candango venceu por 2 a 0 na partida de ida, no estádio Serejão. A volta, no estádio Bezerrão, contou com a vitória do Jacaré por 1 a 0 e a vaga à final destinada ao Gama, que levantou o 11º título em sua história contra o Brasília. Três anos depois, o Sobradinho venceu o Ceilândia por 3 a 1 e na volta, um empate por 0 a 0, garantiu o Leão da Serra na final e posteriormente, o terceiro troféu na galeria do clube.

A última vez que uma equipe levou a vantagem de dois gols de diferença para o segundo confronto aconteceu em 2020. À época, o Gama, em busca do seu 13º título, venceu o Formosa, que participara pela primeira vez em uma semifinal de Candangão, por 3 a 1. No confronto da volta, o placar foi o mesmo, 3 a 1, e mais uma final garantida à equipe gamense. A final neste ano contou com Gama e Brasiliense e após igualdade nos placares, o Periquito conquistou o 13º título de sua história.

Confrontos decisivos do Candangão 2023

Os quatro semifinalistas iniciaram suas missões com destino às finais do Campeonato Candango 2023 no último fim de semana. Paranoá e Real Brasília empataram por 1 a 1 e o Leão do Planalto tem a vantagem do empate na próxima partida, que acontece no sábado (1º/4), às 15h, no estádio Defelê. Do outro lado da chave, o Brasiliense recebe o Capital no domingo (2/4), às 16h, no estádio Serejão.

Semifinais em jogos de ida e volta

1995
Brasília 1 x 0 Guará (ida) e Guará 1 x 2 Brasília (volta) – Brasília classificado
Planaltina 0 x 0 Gama (ida) e Gama 1 x 1 Planaltina (volta) – Gama classificado

1997
Sobradinho 1 x 1 Gama (ida) e Gama 3 x 0 Sobradinho (volta) – Gama classificado
Planaltina 1 x 2 Brasília (ida) e Brasília 1 x 2 Planaltina (volta) – Brasília classificado

1999
Guará 1 x 1 Gama (ida) e Gama 2 x 0 Guará (volta) – Gama classificado
Luziânia 0 x 1 Dom Pedro II (ida) e Dom Pedro II 3 x 2 Luziânia (volta) – Dom Pedro II classificado

2000
Dom Pedro II 1 x 1 Gama (ida) e Gama 0 x 0 Dom Pedro II (volta) – Gama classificado
Brasília 1 x 2 Bandeirante (ida) e Bandeirante 1 x 1 Brasília (volta) – Bandeirante classificado

2001
Bandeirante 2 x 3 Brasiliense (ida) e Brasiliense 0 x 0 Bandeirante (volta) – Brasiliense classificado
Gama 2 x 0 Brazlândia (ida) e Brazlândia 1 x 0 Gama (volta) – Gama classificado

2003
Luziânia 0 x 1 Gama (ida) e Gama 2 x 2 Luziânia (volta) – Gama classificado
CFZ 1 x 2 Brasiliense (ida) e Brasiliense 1 x 1 CFZ (volta) – Brasiliense classificado

2014
Sobradinho 0 x 0 Luziânia (ida) e Luziânia 1 x 1 Sobradinho (volta) – Luziânia classificado
Brasília 1 x 0 Brasiliense (ida) e Brasiliense 2 x 2 Brasília (volta) – Brasília classificado

2015
Brasiliense 0 x 2 Gama (ida) e Gama 0 x 1 Brasiliense (volta) – Gama classificado
Luziânia 1 x 1 Brasília (ida) e Brasília 1 x 1 Luziânia (volta) – Brasília classificado

2016
Luziânia 1 x 1 Gama (ida) e Gama 1 x 1 Luziânia (volta) – Luziânia classificado
Ceilândia 1 x 0 Brasiliense (ida) e Brasiliense 2 x 1 Ceilândia (volta) – Ceilândia classificado

2017
Paracatu 1 x 1 Ceilândia (ida) e Ceilândia 2 x 1 Paracatu (volta) – Ceilândia classificado
Sobradinho 1 x 2 Brasiliense (ida) e Brasiliense 4 x 1 Sobradinho (volta) – Brasiliense classificado

2018
Sobradinho 3 x 1 Ceilândia (ida) e Ceilândia 0 x 0 Sobradinho (volta) – Sobradinho classificado
Luziânia 1 x 0 Brasiliense (ida) e Brasiliense 2 x 1 Luziânia (volta) – Brasiliense classificado

2019
Real Brasília 1 x 2 Gama (ida) e Gama 1 x 0 Real Brasília (volta) – Gama classificado
Paracatu 1 x 0 Brasiliense (ida) e Brasiliense 3 x 2 Paracatu (volta) – Brasiliense classificado

2020
Formosa 1 x 3 Gama (ida) e Gama 3 x 1 Formosa (volta) – Gama classificado
Real Brasília 0 x 1 Brasiliense (ida) e Brasiliense 1 x 2 Real Brasília (volta) – Brasiliense classificado

*Dados extraídos do Almanaque do Futebol Brasiliense dos autores José Ricardo Almeida e Júlio Bovi Diogo.

Sequência de derrotas é a pior da história do Real Brasília Feminino

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Real Brasília Feminino
Foto: @juliocsphoto/Real Brasília

Desde a inauguração do departamento de futebol feminino, em 2019, o Real Brasília se acostumou a conviver com sequências de resultados positivos. Em poucas temporadas, as Leoas do Planalto se estabeleceram com direito à dinastia recente no Campeonato Candango e consolidação na elite da modalidade no país. Porém, o início de 2023 trouxe uma série incomum de resultados negativos.

As quatro derrotas seguidas na Série A1 do Campeonato Brasileiro para Palmeiras, Internacional, Santos e Atlético-MG não só colocaram o Real Brasília na zona de rebaixamento da elite nacional como se transformaram na pior série da curta história do clube candango no futebol feminino. Nas outras temporadas, o time não havia passado por um momento negativo em campo.

Em 2019, o Real Brasília jogou apenas o Campeonato Candango Feminino, terminou o ano invicto e com o primeiro título na galeria de troféus. Na temporada seguinte, a equipe aurianil garantiu o acesso à elite do Brasileirão com outra campanha sem tropeços na Série A2 e ganhou o bicampeonato local. Na campanha regional, o time perdeu apenas uma vez para o Minas Brasília.

Na primeira temporada no Brasileirão Feminino, em 2020, o Real Brasília passou uma sequência de oito partidas sem vencer. Porém, o time alternou o período com vários empates e não chegou a sofrer duas derrotas em sequência. Isso ocorreu apenas no ano passado: foram dois tropeços na primeira fase e duas quedas diante do Corinthians nas quartas de final do torneio nacional.

Apesar do início negativo, o Real Brasília ainda tem bastante tempo para se recuperar na classificação do Brasileirão Feminino. A retomada precisa começar na próxima rodada diante de um adversário indigesto, mas com o apoio da torcida. No domingo (2/4), às 15h, as Leoas do Planalto jogam pela sexta vez na atual temporada da competição diante do Corinthians, no Defelê.

Brasiliense derrota Capital e leva grande vantagem para jogo da volta

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Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

O Brasiliense saiu na frente na busca por uma vaga na final do Campeonato Candango 2023 na tarde deste domingo (26/3). A equipe de Roberto Cavalo venceu o Capital de Celso Teixeira por 2 a 0, gols de Tobinha e Hernane Brocador, no estádio JK, no Paranoá. Com o resultado e por ficar melhor colocado que seu adversário na primeira fase, o Jacaré pode perder por até dois gols de diferença no jogo de volta que garante classificação à disputa do título da competição.

Mandante, o Capital buscou o ataque desde o início com chutes de fora da área. Apesar de muitas tentativas, a Coruja pecava nas finalizações e não levou perigo à meta de Artur. Já nos minutos finais da primeira etapa, Tobinha aproveitou rebote do goleiro após cabeceio de Gustavo Henrique e marcou para o Jacaré. Na volta do intervalo, o confronto caiu tecnicamente e também nos minutos finais, o Brasiliense marcou. Hernane Brocador aproveitou passe de Diogo Sodré e decretou a vitória do Jacaré.

Brasiliense sai na frente

Usando o fator casa, o Capital começou a partida impondo pressão. Aos três minutos, Toninho Paraíba cobrou escanteio, Deivid Anacleto cabeceou no meio do gol e Artur defendeu tranquilamente. Pouco mais de dez minutos depois, Derli tentou passe para Deivid Anacleto e Artur saiu bem do gol, interrompendo a jogada. Aos 18′, Zotti arriscou de longe, mas isolou a bola. No minuto seguinte, Custódio também tentou chute de fora da área, mas errou o alvo. Com 25′, Gustavo Custódio finalizou de longe e, mais uma vez, não acertou o gol de Artur.

Seis minutos depois, Toninho Paraíba recebeu na entrada da área, finalizou forte e tirou tinta do travessão de Artur. Aos 33′, Deivid Anacleto entrou na área, cruzou, a bola desviou na defesa e por pouco não enganou o goleiro brasiliense, que conseguiu desviar e evitar o primeiro gol do Capital. Sete minutos depois, o Jacaré chegou com muito perigo. Tarta rolou para Aldo, o volante chutou firme e a zaga desviou para escanteio. Na cobrança de Zotti, aos 41′, Gustavo Henrique cabeceou com força, Luan defendeu, mas no rebote, Tobinha estufou as redes para abrir o placar.

Hernane Brocador decreta vitória

A volta do intervalo começou com a partida truncada e diversos passes errados. As equipes pecavam nas finalizações e os treinadores efetuaram mudanças em seus times. As alterações surtiram efeito e a partida ficou mais aberta. Aos 19′, Yuri Mamute finalizou forte e Luan fez ótima defesa. No rebote, Aloísio chutou firme e o arqueiro do Capital, mais uma vez, salvou a Coruja. Três minutos depois, Tarta rolou a bola para Diogo Sodré, o meia cortou para o meio, finalizou firme e Luan defendeu em dois tempos.

Aos 31′, Tarta chutou de longe e por pouco, não marcou o segundo gol do Brasiliense. Dois minutos depois, Otávio tabelou com Leozynho, chutou pelo lado esquerdo de ataque e Artur defendeu bem. No rebote, Leozynho finalizou de primeira, mas a bola subiu muito e não levou perigo à meta do arqueiro brasiliense. Seis minutos depois, Tobinha cruzou na área, Diogo Sodré ajeitou para Hernane Brocador e com muita categoria, o camisa 19 chutou no canto de Luan e marcou o segundo gol do Jacaré. Com 42′, o zagueiro Guilherme Mattis vacilou, Yuri Mamute roubou a bola e chutou na trave.

Confrontos decisivos

A final do Campeonato Candango 2023 conhecerá seus representantes no próximo fim de semana. O primeiro confronto será entre Real Brasília e Paranoá no sábado (1º/4), às 15h, no estádio Defelê. A partida de ida terminou empatada por 1 a 1. O outro finalista será conhecido no dia seguinte com o vencedor do jogo entre Brasiliense e Capital. O embate pela segunda vaga na decisão do certame será às 16h no estádio Serejão.

Capital 0
Luan; Toninho Paraíba, Itallo, Kadu (Guilherme Mattis) e Otávio; Derli 🟨 (Roger Gaúcho), Serginho Paulista e Renan Mota (Igor Vilella); Gustavo Custódio (Leozynho), Deivid Anacleto 🟨 e Manoel (Gustavo Vintecinco).
Técnico: Celso Teixeira

Brasiliense 2
Artur; Andrézinho, Gustavo Henrique, Gabriel e Aloísio; Aldo, Radamés 🟨 (Gabriel Henrique), Tarta e Zotti (Diogo Sodré); Tobinha e Yuri Mamute (Hernane Brocador ).
Técnico: Roberto Cavalo

Pela quarta vez consecutiva, Real Brasília é derrotado na Série A1

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Atlético-MG e Real Brasília pela Série A1 do Brasileirão Feminino
Foto: Júlio César Silva/Real Brasília

As Leoas do Planalto chegaram à Arena Vera Cruz, em Betim, Minas Gerais, na tarde deste domingo (26/3) em situação delicada na competição. O Real Brasília, 13º colocado, enfrentou o Atlético-MG, na 12ª posição, e foi derrotado, pelo quarto jogo seguido, na Série A1 do Brasileirão Feminino. O gol das Vingadoras saiu ainda na primeira etapa com a atacante Ludmila.

As Vingadoras abriram o placar aos 22 minutos. Jorelyn cruzou na área, Katielle finalizou para o gol, Dida defendeu e no rebote, Ludmila estufou as redes da equipe brasiliense. As donas da casa ainda tentaram o segundo gol em duas oportunidades. Na primeira, Katielle arriscou de longe e Dida fez defesa segura. Em outra oportunidade, já nos minutos finais da primeira etapa, Bárbara conseguiu bom cruzamento e Guerra, de voleio, quase marcou um lindo gol em solo mineiro.

Na volta do intervalo, o Real Brasília foi em busca do empate e tentou em jogadas pelo lado direito de ataque com Dani Silva. Apesar da vontade, as chances não foram convertidas em gols. Nos minutos finais, as Leoas do Planalto impuseram uma pressão ainda maior, mas sem efetividade. Com mais um revés na competição, o quarto consecutivamente, o Real Brasília liga o sinal de alerta. As representantes do Distrito Federal somam apenas três pontos, conquistados na primeira rodada, e seguem na zona de rebaixamento da elite do futebol feminino.

O que vem por aí

O Real Brasília terá um confronto difícil na sexta rodada da Série A1 do Brasileirão Feminino. As Leoas do Planalto recebem as líderes da competição, o Corinthians, no próximo domingo (2/4), às 15h, no estádio Defelê, na Vila Planalto. Do outro lado, o Atlético-MG tem o clássico estadual pela frente. As Vingadoras duelam contra o Cruzeiro às 20h30 do próximo domingo (2/4). A partida ocorre na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, Minas Gerais.

Atlético-MG 1
Raíssa; Bárbara, Cotrim 🟨, Jorelyn (Gabi Arcanjo) e Katielle (Leidiane); Dayana, Luciana Gómez (Karol Bermúdez) e Neném (Iara); Ludmila ⚽🟨 (Emily), Soraya e Guerra.
Técnica: Lindsay Camila

Real Brasília 0
Dida; Laine, Petra Cabrera, Isabela Melo e Carol Gomes; Lorena Bedoya, Karla Alves, Jú Oliveira e Gaby Soares; Nenê e Dani Silva.
Técnico: Gerson Ramos

Paranoá e Real Brasília empatam em primeiro jogo da semifinal

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Paranoá x Real Brasília
Foto: Jessika Lineker/Distrito do Esporte

Sem vantagem na semifinal! Na tarde ensolarada deste sábado (25/3), Paranoá e Real Brasília duelaram pelo primeiro jogo do mata-mata do Campeonato Candango 2023. O palco do confronto decisivo foi o Estádio Jk. Em jogo de quase nenhum perigo, o Real Brasília aproveitou um erro dos donos da casa e garantiu a vantagem no primeiro tempo. Porém, o Paranoá interferiu os planos dos Leões do Planalto nos últimos minutos do duelo, deixando tudo igual na contagem.

O primeiro tempo não rendeu emoções para os torcedores. Sob forte sol, os dois times entraram em campo sem apresentar um jogo frenético e de boas chances. Depois de oferecer um cenário morno, o Real conseguiu abrir vantagem. O gol solitário da etapa  saiu dos pés de Lucas, que começou o confronto no banco. Na etapa final, os donos da casa voltaram dando mais trabalho para os Leões do Planalto. Pressionando bastante, o Paranoá buscou o arremate diversas vezes e conseguiu deixar tudo igual quase nos 53 minutos do período final.

Real Brasília com a vantagem

Apitou, começou! O início do confronto não teve bons movimentos. Ainda nos primeiros minutos, as equipes trabalhavam pelo meio campo, sem jogadas ofensivas e de perigo. Cenário tranquilo que permaneceu ao longo da primeira etapa. Uma das primeiras oportunidades surgiu com 4 minutos. Daniel Guerreiro foi veloz e ficou com a bola, mas Josué também foi perspicaz e afastou o perigo. Dois minutos mais tarde, Felipe Torres tomou uma caneta de Uederson. O camisa 10 dos Leões do Planalto lançou para Marcos Paulo e o companheiro cruzou para Guilherme. O número 7 do time azul e branco perdeu uma grande chance de finalizar. Com 14′, Uederson tentou o ataque e foi impedido por Dedé, que apareceu rapidamente parda fazer o corte.

Outra chance surgiu aos 17 minutos. Igor Feijão tabelou com Uederson. O destaque do Real Brasília tinha chance de finalizar, mas a marcação do Paranoá subiu para atrapalhar a continuação da jogada. Depois disso, a partida prosseguiu em ritmo lento. Poucas eram as brechas para sair um golzinho. Aos 27′, o Paranoá teve chance na bola parada. Felipe Assis foi derrubado e o juiz apitou falta. Quem cobrou foi Willian Jr. Porém, bateu mal demais e viu uma boa possibilidade de gol ir embora. Cinco minutos depois, mais uma falta para a Cobra Sucuri. De novo, o camisa 21 na cobrança. Ele chutou direto para a área e antes de a pelota encontrar alguém da equipe Josué quase foi ao céu para afastar o perigo.

Nos últimos minutos, os dois times começaram a buscar o ataque com mais intensidade, mas ainda com lances de quase nenhum risco. Aos 37′, Lucas Vitor conseguiu espaço pela lateral esquerda e buscou o ataque. Caio Mendes correu na velocidade da luz para tirar a pelota. Na sequência, a arbitragem deu falta para os Leões do Planalto. Na cobrança, Gabriel Lima. O jogador fez o lançamento direto para a área. Ninguém recebeu e a bola saiu pela lateral. Entretanto, quem achou que o primeiro tempo terminaria sem gols se enganou. A defesa do Paranoá falhou. Lucas, do Real Brasília, recebeu, dominou e chutou forte. Sem chances para Damasceno defender, o time comandado por Gerson Ramos abriu a vantagem no Estádio JK.

Com seis minutos de acréscimo, os times ainda buscaram mais possibilidades para mudar a realidade do placar. Do lado da Cobra Sucuri, Daniel Guerreiro correu para ficar com a bola e conseguiu. Quis lançar para a rede adversária, mas Josué não deixou. Aos 47′, Uederson se apresentou novamente. O atacante deixou a pelota com Caio Mendes e ele fez fez o cruzamento para a pequena área. A defesa da Cobra Sucuri foi inteligente e tirou o poder dos Leões. Na sequência, Felipe Assis ficou sozinho do lado direito do gol adversário. Chutou e quis comemorar um possível empate gol. Wendell defendeu. Com isso, o Real Brasília foi para o tempo final com a vantagem no placar: 1 x 0.

Pressão da Cobra

As equipes voltaram com uma postura diferente. Com uma alteração, o Paranoá retornou para o segundo tempo chegando mais. Porém, ainda sem conseguir assustar o adversário. Ainda com a vantagem no placar, o Real Brasília ficou totalmente recuado e na função trabalho de evitar lances de ameaça do lado dos donos da casa.

Aos 5’, Guilherme cobrou escanteio e a bola passou do segundo pau sem oferecer risco. No lance seguinte, Daniel recebeu, avançou para a grande e driblou do Real Brasília. Mesmo depois de tanta maestria na jogada, chutou mal e perdeu uma boa oportunidade. Dois minutos mais tarde, o camisa 14 da Cobra Sucuri recebeu pela esquerda e, de novou, pecou na hora de finalizar. Depois de uma pausa para troca de chuteiras, os dois times voltaram com várias substituições na esperança de colocar mais bols no fundo da rede.

Com 31’, Vandinho recebeu e dominou. Ele tinha a chance de lançar rasteiro para Daniel Guerreiro, mas preferiu tentar a finalização. Rápido, Damasceno defendeu. Na sequência, uma chance de bola parada. Após encontro violento entre Medeiros e Lucas, o juiz apitou falta. O camisa 21 do Paranoá chutou direto e a bola saiu por cima do gol. Aos 36’, Gabriel Lima passou pelos adversários, ficou na esquerda do gol e bateu na expectativa de ampliar a vantagem. A bola quase entrou, mas saiu tirando tinta da trave. Ainda na pressão, o Paranoá foi atrás do ataque mais uma vez/ Aos 38’, Willian Magrão teve espaço pela lateral direita, cruzou para a área e João Eric subiu para impedir o arremate.

Perto do apito final, a torcida do Paranoá ficou com o grito de comemoração preso na garganta. Com 42’, Vandinho avançou. Passou por toda a disposição adversária e não conseguiu finalizar. O time treinado por Luiz Carlos continuou insistindo em busca de um gol de empate. Apesar dos esforços, a defesa do Real Brasília se organizou de forma estratégica. Aos 45′, Lucas chutou de fora da área e deixou o gostinho do segundo gol. A pelota saiu rasteira. A persistência do Paranoá foi tanta que, finalmente, o time balançou a rede adversária. Emerson cruzou dentro da área, Dedé foi esperto, se adiantou, cabeceou e deixou tudo igual no último lance.

O que vem aí…

De olho na final, os times voltam a campo no próximo sábado (1/4), pelo segundo jogo da semifinal do Candangão 2023. Dessa vez, o Paranoá vai até a casa do Real Brasília, o Estádio Defelê, às 15h. Uma hora mais tarde, às 16h, Brasiliense e Capital se encontram pelo jogo que define mais um dos finalistas do maior torneio local.

Ficha técnica

Paranoá 1

Damasceno; João, Dedé ⚽️, Medeiros, Felipe Assis (Emerson); André, Luiz Meneses (Fernandinho/Willian Magrão), Willian Jr; Lucas Victor (Jayme), Vandinho e Daniel Guerreiro. Técnico: Luiz Carlos

Real Brasília 1

Wendell🟨; Caio Mendes (Felipe Mendes), Josué, Hyago; Thiago Ulisses, Gabriel Lima, Guilherme 🟨 (Maxwell), Igor Feijão; Marcos Paulo (João Eric), Uederson (Dudu) e Matheus Jesus (Lucas ⚽🟨). Técnico: Gerson Ramos

Nova geração: os quatro semifinalistas foram fundados nos anos 2000

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Semifinais do Candangão 2023 - Clubes fundados nos anos 2000
Foto: Editoria de Arte/Distrito do Esporte

As semifinais do Campeonato Candango 2023 começam neste sábado (25/3) com o confronto entre Paranoá, quarto colocado na primeira fase, e Real Brasília, líder. Capital, terceiro, e Brasiliense, segundo, jogam no domingo (26/3). Os quatro semifinalistas possuem uma coincidência entre eles: foram fundados nos anos 2000. O Real Brasília estabeleceu-se com seu respectivo nome após reformulação de outra equipe, o Dom Pedro, mas o clube contabiliza sua formação em 2016.

Neste sábado (25/3), Paranoá e Real Brasília dão início às semifinais do Candangão 2023. A Cobra Sucuri recebe o Leão do Planalto às 15h30, no estádio JK. A volta ocorrerá em 1º de abril, às 15h, no estádio Defelê. Do outro lado, o Capital enfrenta o Brasiliense no domingo, às 15h45, no estádio JK. O confronto decisivo será no estádio Serejão, em 2 de abril, às 16h, com mando do Jacaré.

Dom Pedro para Real Brasília

Líder na primeira fase do Candangão 2023 e o mais novo entre os semifinalistas, o Real  Brasília conta com sua fundação oficial em 1º de novembro de 2016. Porém, a história da equipe começou a ser formada em 22 de fevereiro de 1996 com a criação do Esporte Clube Dom Pedro II. Em 2009, a primeira mudança: o nome Esporte Clube Dom Pedro Bandeirante. O Leão do Planalto foi criado após o presidente do clube, Luís Felipe Belmonte, decidir mudar o nome, escudo e cores de sua antiga equipe. À época, o clube dos Bombeiros, como era conhecido, foi campeão da Segunda Divisão de 2016 e depois da conquista do acesso, o mandatário definiu pela nova nomenclatura.

Assim, em novembro de 2016, o Real Futebol Clube foi criado. Após alguns anos na elite do Candangão, a equipe fez mais uma mudança: a inclusão da palavra Brasília eu seu nome. Para a temporada 2020, a nomenclatura Real Brasília Futebol Clube passou a ser utilizada e o atual escudo também foi instituído no mesmo período. Agora, o Leão do Planalto quer chegar ao voo mais alto desde seu novo registro: a primeira final no futebol masculino. Antes, a melhor colocação foi um terceiro lugar em 2020.

Início avassalador do Brasiliense

Vice-líder na fase de classificação e o mais vencedor entre os semifinalistas, o Brasiliense Futebol Clube foi fundado em 1º de agosto de 2000 e desde então assumiu protagonismo no futebol da capital federal. No primeiro ano de criação, o Jacaré foi campeão da Segundinha e garantiu o seu acesso à elite do Candangão. Em 2001, o vice-campeonato na primeira divisão do certame levou o clube à disputa da Série C do Brasileirão, campanha que culminou com o título, e a Copa do Brasil em 2002, que seria vice-campeão contra o Corinthians.

Após o início promissor, 11 títulos do Candangão, uma Copa Verde e dois nacionais (Série C em 2002 e Série B em 2004) foram conquistados e o protagonismo no futebol candango consolidado. Porém, os feitos não se repetiram no cenário nacional e o clube passou a ser figura frequente na quarta divisão nacional desde 2014 – 2015, 2016 e 2017 não participou —, quando foi rebaixado da Série C do Brasileirão.

Mudanças na estrutura do Capital

Terceiro colocado na primeira fase, o Capital Clube de Futebol foi fundado em 5 de julho de 2005. Entre o ano de sua criação e 2019, ano da assunção de Godofredo Gonçalves, o clube contou com algumas parcerias e participações nas três divisões — o terceiro nível do futebol brasiliense foi criado em 2006 e extinto em 2009 — do Campeonato Candango. Em 2011, a Coruja passou a utilizar a nomenclatura de Capital/Cristalina e depois, em 2017, Capital/UnB.

Em 2018, o clube foi campeão da Segundinha e garantiu seu acesso à elite do Candangão. No ano seguinte, o atual presidente da equipe, Godofredo Gonçalves, assumiu a Coruja e mudou a estrutura do Capital. O time passou a ser figura frequente na primeira divisão e brigando para ser um dos semifinalistas nas recentes edições, conseguindo o feito na temporada passada com o terceiro lugar no campeonato.

Mais velho entre os semifinalistas

Quarto colocado da primeira fase e o mais velho entre os semifinalistas, a Cobra Sucuri foi fundada em 30 de abril de 2000 ainda com o nome de Colorado Esporte Clube Paranoá. A equipe disputava futebol amador e somente dois anos de criação, se profissionalizou e a nova nomenclatura foi instituída: Paranoá Esporte Clube. Desde então, o time mudou diversas vezes de escudo e o atual foi desenhado em 2022, ano que o clube completou 20 anos de profissionalização.

Apesar do tempo de futebol profissional, a equipe não conseguiu grandes conquistas na elite do campeonato local. A melhor colocação foi em 2005 quando fechou a competição no terceiro lugar. No atual formato, com semifinais e finais, é a primeira participação da Cobra Sucuri. Na divisão de acesso, o Paranoá foi campeão por três vezes: em 2004, 2019 e em 2021.

Fundações dos clubes da capital federal

Ordem cronológica de fundação

Associação Atlética Luziânia – 13 de dezembro de 1926 (96 anos)
Planaltina Esporte Clube – 30 de maio de 1963 (59 anos)
Unaí Esporte Clube – 5 de junho de 1966 (56 anos)
Taguatinga
 Esporte Clube – 18 de fevereiro de 1974 (49 anos)
Sobradinho Esporte Clube – 1 de janeiro de 1975 (48 anos)
Brasília Futebol Clube – 2 de junho de 1975 (47 anos)
Sociedade Esportiva do Gama – 15 de novembro de 1975 (47 anos)
Sociedade Esportiva Ceilandense – 8 de outubro de 1977 (45 anos)
Bosque Formosa Esporte Clube – 21 de setembro de 1978 (44 anos)
Ceilândia Esporte Clube – 25 de agosto de 1979 (43 anos)
Grêmio Esportivo Valparaíso – 13 de dezembro de 1992 (30 anos)
Samambaia Futebol Clube – 29 de janeiro de 1993 (30 anos)
Grêmio Esportivo Brazlândia – 5 de junho de 1995 (27 anos)
Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro – 10 de junho de 1999 (23 anos)
Centro de Futebol Zico de Brasília – 1 de agosto de 1999 (23 anos)
Sociedade Esportiva Planaltina – 30 de março de 2000 (22 anos)
Paranoá Esporte Clube – 30 de abril de 2000 (22 anos)
Cruzeiro Futebol Clube – 10 de maio de 2000 (22 anos)
Riacho City Futebol Clube – 10 de maio de 2000 (22 anos)
Sociedade Esportiva Santa Maria – 5 de julho de 2000 (22 anos)
Brasiliense Futebol Clube – 1 de agosto de 2000 (22 anos)
Capital Clube de Futebol – 5 de julho de 2005 (17 anos)
Legião Futebol Clube – 11 de maio de 2006 (16 anos)
Associação Botafogo Futebol Clube – 14 de julho de 2009 (13 anos)
Real Brasília
Futebol Clube – 1 de novembro de 2016 (6 anos)

Coluna Visão de Jogo 25: O Candangão 2023 e suas surpresas

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Coluna Visão de Jogo
Por Luiz Henrique Borges

Desde que me entendo por gente, eu gosto de futebol. Na minha tenra infância, em Brasília, eu desejava muito ir a um estádio para assistir um jogo, ali, próximo do gramado e junto de outros torcedores. Meu pai, em outubro de 1975, atendeu a minha vontade e me levou no recém-inaugurado Estádio Governador Hélio Prates, atualmente conhecido como Mané Garrincha, para assistir o Ceub contra o Santos. Foi na última rodada da fase de grupos do Campeonato Brasileiro de 1975. As regras da competição eram completamente distintas das atuais e não vale a pena gastar tinta explicando-as. Para os mais curiosos, uma rápida consulta na internet permitirá entendê-la melhor. O importante de ser relatado, em relação à minha experiência inaugural, foi a euforia que senti ao lado da torcida do Ceub, quando, depois de sair perdendo por 2X0, a equipe de Brasília empatou o jogo.

Mesmo não me tornando um habitué, comecei a ir com alguma frequência aos estádios de futebol. Assisti diversas partidas não só no Mané Garrincha mas também no, hoje demolido, Estádio Edson Arantes do Nascimento, que ficou popularmente conhecido como Pelezão. Meu primeiro encontro presencial com o Botafogo, por exemplo, foi no extinto estádio. Pode parecer loucura, mas quando morei em Formosa, eu preferia ir ao Diogão para assistir a equipe local que disputava o Campeonato Brasiliense do que ficar em casa e, pela TV, ver um jogo do Campeonato Carioca ou Paulista.

Outra consequência das minhas idas dominicais ao Diogão foi acompanhar ainda mais de perto o Candangão. O campeonato do DF, em diversas edições, apresentou uma interessante característica que o diferencia de outros estaduais, a participação de clubes de outros estados, como o Formosa ou o Luziânia (Goiás) e Unaí ou o Paracatu (Minas Gerais). Com os rebaixamentos de Unaí e Luziânia em 2022, o atual campeonato contou apenas com equipes do DF, fato que não ocorria desde 2001 no Candangão.

VAR utilizado na final do Candangão 2022. Gol anulado do Ceilândia. Foto: arquivo pessoal

O Candangão chegou nas suas semifinais e diversos clubes tradicionais não disputarão o título de 2023. O maior campeão do DF, o Gama, com treze conquistas, clube que já foi campeão da Série B do Brasileirão (1998) e jogou por quatro temporadas na Série A (1999 – 2002), não se classificou para as fases decisivas. O Ceilândia, campeão em 2010 e 2012, também fracassou. Por fim, as duas equipes que dominaram o futebol local nas décadas de 1980-1990, lembrando das rupturas existentes em suas histórias, o Brasília e o Taguatinga, foram os dois últimos colocados e terminaram rebaixados.

Se clubes tradicionais e mais antigos fracassaram, outros, mais novos ou menos famosos, exceto pelo Brasiliense, definirão o Candangão. O Real Brasília, sediado na Vila Planalto, mais conhecido pelo exitoso projeto no futebol feminino, foi vice-campeão da segunda divisão brasiliense do ano passado e retornou à elite do futebol candango de forma triunfal. O Leão do Planalto, como a equipe é apelidada, terminou a primeira fase no topo da tabela de classificação e com a defesa menos vazada do campeonato.

A cidade em festa é o Paranoá. Seus “dois” representantes, o Paranoá e o Capital, se classificaram para as semifinais. O Capital, em 2021 se mudou do Guará para o Paranoá e vem se destacando nos últimos anos no cenário brasiliense. Na última edição do torneio, em 2022, o Corujão terminou em um honroso terceiro lugar. Sua missão para alcançar a grande final não será fácil, uma vez que terá que enfrentar um dos clubes mais tradicionais do DF, o Brasiliense que luta para conquistar o tricampeonato. Apesar da goleada sofrida para o Botafogo na Copa do Brasil, por 7X1, e da irregularidade demonstrada ao longo da primeira fase do Candangão, o Brasiliense ainda é o favorito no confronto contra o Capital.

O Paranoá (PEC), que terminou na quarta colocação na primeira fase e garantiu, dessa forma, a última vaga para a fase seguinte, é considerado a maior surpresa da competição. A Cobra Sucuri não chegava entre os quatro primeiros colocados do Candangão desde 2005. Há coisas que só acontecem no futebol de Brasília. O Capital é o time que joga no Estádio do Paranoá e a equipe que tem o nome da cidade optou por levar os seus jogos para o Defelê, Estádio do Real Brasília, na Vila Planalto. Como o Paranoá e o Real Brasília se enfrentarão em uma das semifinais, e o Defelê é a casa do Real Brasília, o jogo de sábado (25/03), marcará a volta do PEC ao seu estádio, o JK, como mandante. Com a melhor campanha e jogando por dois resultados iguais, entendo que o Real Brasília é o favorito no confronto.

No Rio de Janeiro, o Fla-Flu, pela quarta vez consecutiva, consagrará o campeão estadual. No último final de semana, o Fluminense simplesmente massacrou o Volta Redonda por 7X0 e o Flamengo derrotou o Vasco por 3X1. O clássico não foi tão fácil quanto o resultado sugere. Com a vantagem do empate, o rubro-negro saiu na frente com Pedro, eleito o “Rei da América”, mas o Vasco igualou o resultado no final do primeiro tempo com Compasso. Na etapa final, o Cruzmaltino chegou a ensaiar a virada, mas o Flamengo, cirúrgico, conseguiu matar o confronto.

Ao contrário dos últimos anos, a imprensa aponta um leve favoritismo para o Tricolor das Laranjeiras, no entanto, se eu fosse chamado para quantificar a chance de cada uma das equipes em um “palpitomêtro”, apontaria 50% para cada lado. Não estou em cima do muro, entendo que o rubro-negro possui um elenco mais robusto e investimentos bem mais altos, contudo o tricolor sabe, como ninguém, enfrentar e colocar o seu adversário em dificuldade.

Discordo inteiramente de alguns comentaristas que afirmaram que é constrangedor o Água Santa, clube de Diadema, ter alcançado a final do Paulistão. Constrangedor para quem? Para os grandes clubes, com as suas folhas salariais astronômicas e que foram desclassificados no tortuoso caminho, certamente. A equipe de Diadema comprovou a competitividade do Paulistão e a sua presença na final não deveria depor contra o campeonato, mas ser um outro elemento de sua valorização.

A final paulista ainda joga por terra a ideia de que os campeonatos estaduais atrapalham o planejamento dos grandes clubes e apertam negativamente o calendário. Corinthians, Santos e São Paulo ficarão sem jogos oficiais por quase um mês porque foram incapazes de chegar à fase final da competição regional, mesmo atuando com seus times titulares. Elas terão agora bastante tempo para ajustar suas equipes. Resta saber se irão aproveitar o tempo e realizar campanhas convincentes no Brasileirão. Ao meu ver, muito mais importante é colocar em pauta a necessidade de que equipes como o Água Santa, ausentes das divisões nacionais, tenham um calendário anual de competições e que elas não tenham que fechar as portas pelo restante do ano tão logo os seus campeonatos se encerrem.

Atlético-MG x Real Brasília: saiba onde ver o jogo do Brasileirão Feminino

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Atlético-MG Real Brasília
Foto: Julio Cesar Silva/Real Brasília

O fim de semana tem um confronto importantíssimo para o Real Brasília na Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino. No domingo (26/3), às 15h, as Leoas do Planalto viajam até Minas Gerais para medir forças com o Atlético-MG. O jogo é válido pela quinta rodada da primeira fase da competição nacional e se tornou um confronto direto na briga contra o rebaixamento.

Mesmo de longe, o torcedor do aurianil no Distrito Federal terá a oportunidade de passar força para o Real Brasília tentar a recuperação no Brasileirão Feminino. Mandante da partida na Arena Vera Cruz, localizada na cidade mineira de Betim, o Atlético-MG confirmou a transmissão do jogo através das plataformas das Vingadoras no YouTube, a Galo TV.

Como apenas o SporTV está veiculando as partidas da competição nacional, os clubes estão recorrendo justamente aos canais próprios para não deixarem as partidas às escuras. O próprio Real Brasília vem utilizando o meio on-line para transmitir as partidas como mandante na competição nacional. As derrotas para Santos e Palmeiras passaram no canal do YouTube.

O jogo entre Atlético-MG e Real Brasília tem tudo para movimentar a classificação da competição nacional. Os dois clubes entram em campo colados na tabela: as Vingadores estão em 12º lugar, enquanto as Leoas do Planalto aparecem em 13º, abrindo a zona de rebaixamento da Série A1 do Brasileirão Feminino. Com isso, quem ganhar fica mais uma rodada fora das posições de degola.

O Real Brasília está caminhando para a segunda rodada consecutiva sem um treinador efetivo no comando. Desde a saída de Adilson Galdino, oficializada pelo clube aurianil em 13, a equipe feminina vem sendo liderada por interinos. Na derrota por 4 a 0 para o Santos, quem esteve na área técnica foi Gerson Ramos. O técnico, porém, deve estar indisponível pelo compromisso do masculino na semifinal do Campeonato Candango.

Veja todos os jogos do Minas Brasília na Série A2 do Brasileirão Feminino

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Série A2 Minas Brasília

O futebol feminino do Distrito Federal vai iniciar mais uma empreitada em busca de um lugar na elite do Campeonato Brasileiro da modalidade. Com início marcado para abril, a Série A2 da competição nacional vai dar quatro vagas na primeira divisão e dois times do Distrito Federal vão participar da corrida para tentar concretizar o feito. Um deles é o Minas Brasília.

Um dos clubes candangos de maior sucesso nos últimos anos no cenário nacional feminino, as Minas tentam voltar para a elite pela segunda temporada consecutiva. No ano passado, a equipe local até avançou da fase de grupos, mas acabou eliminada pelo Bahia e adiou o sonho. O Minas Brasília, inclusive, foi o primeiro time do Distrito Federal a chegar na elite do Brasileirão.

Campeão do torneio de acesso em 2018, o Minas Brasília vai começar a nova empreitada na Série A2 do Brasileirão Feminino em 15 de abril. Neste dia, o clube candango recebe as paulistas do Taubaté, no Estádio Defelê, na Vila Planalto. Assim com as demais partidas da competição, o horário ainda vai ser detalhado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Em 2023, a Série A2 terá um formato diferente do utilizado nas últimas temporadas. Agora, os 16 clubes da competição foram divididos em apenas dois grupos com oito equipes cada (antes, eram quatro com quatro). Na primeira fase, os quatro mais bem colocados avançam para o mata-mata. Quartas de final, semifinal e final serão jogadas no modelo de ida e volta.

Jogos do Minas Brasília na Série A2

1ª rodada
15 de abril
Minas Brasília x Taubaté (Defelê)

2ª rodada
22 de abril
América-MG x Minas Brasília (Complexo Esportivo da PUC)

3ª rodada
29 de abril
Minas Brasília x Cresspom (Defelê)

4ª rodada
7 de maio
Fluminense x Minas Brasília (Laranjeiras)

5ª rodada
13 de maio
Botafogo x Minas Brasília (Nilton Santos)

6ª rodada
20 ou 21 de maio
Minas Brasília x São José (Defelê)

7ª rodada
27 ou 28 de maio
Red Bull Bragantino x Minas Brasília (CFA Jarinú)

Veja todos os jogos do Cresspom na Série A2 do Brasileirão Feminino

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Cresspom Série A2

O Cresspom sentiu o gosto da elite do Campeonato Brasileiro Feminino no ano passado, mas a experiência durou pouco. Rebaixado na competição nacional com o amargor da última colocação, as Tigresas do Cerrado reiniciam, em abril, a caminhada para voltar a figurar entre os principais times do país. O desafio será na disputa da Série A2 da competição nacional.

Maior campeão do cenário local com sete conquistas do Campeonato Candango, o Cresspom não teve êxito na tentativa de se estabelecer na primeira divisão do futebol brasileiro. As Tigresas do Cerrado, porém, não deixaram o objetivo de lado e tentam, ao lado do Minas Brasília, recolocar dois clubes locais na elite nacional. O Real Brasília está atualmente na elite do Brasileirão Feminino.

Semifinalista na edição de 2021 do segundo escalação da competição nacional, o Cresspom inicia a caminha em busca de um novo acesso longe do Distrito Federal. Em 16 de abril, as Tigresas do Cerrado viajam até o estado de São Paulo para medir forças com o Red Bull Bragantino, no CFA Jarinú. O horário do jogo ainda vai ser definido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Em 2023, a Série A2 terá um formato diferente do utilizado nas últimas temporadas. Agora, os 16 clubes da competição foram divididos em apenas dois grupos com oito equipes cada (antes, eram quatro com quatro). Na primeira fase, os quatro mais bem colocados avançam para o mata-mata. Quartas de final, semifinal e final serão jogadas no modelo de ida e volta.

Jogos do Cresspom na Série A2

1ª rodada
16 de abril
Red Bull Bragantino x Cresspom (CFA Jarinú)

2ª rodada
23 de abril
Cresspom x São José (Abadião)

3ª rodada
29 de abril
Minas Brasília x Cresspom (Defelê)

4ª rodada
6 de maio
Cresspom x Botafogo (Abadião)

5ª rodada
14 de maio
Cresspom x Fluminense (Abadião)

6ª rodada
20 ou 21 de maio
América MG x Cresspom (Complexo Esportivo da PUC)

7ª rodada
27 ou 28 de maio
Cresspom x Taubaté (Abadião)