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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Nome de craque e rivalidade: família brasiliense demonstra amor à Argentina

O brasiliense Elimar Crescencio, torcedor da Argentina, fala sobre a origem do seu amor pela seleção, a escolha do nome do filho de Gustavo Tévez e como foi a reação de sua esposa, Aninha Crescencio

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A final da Copa do Mundo acontece neste domingo (18/12) às 12h (horário de Brasília) entre Argentina e França e uma família brasiliense aguarda ansiosa a decisão. O motoboy Elimar Crescencio nasceu no Brasil, mas é torcedor declarado da Argentina. O amor pela seleção argentina é tanto que batizou seu filho com o nome de um craque argentino. Sua esposa, Aninha, assumidamente torcedora da seleção canarinho, foi contra a ideia, mas cedeu em parte à vontade do marido. Assim, nasceu Gustavo Tévez, também adepto da albiceleste.

Elimar Crescencio declarou que o amor pela seleção argentina começou devido ao seu clube de coração. “O amor pela Argentina surgiu por eu ser corintiano. O Pelé era do Santos e humilhava muito o Corinthians, então já criei antipatia”. A escolha pela finalista da Copa do Mundo ganhou força com um nome. “O Maradona era o maior rival do Pelé, me encantei pelo futebol dele e resolvi torcer pelo maior rival do Brasil: a Argentina. Desde então, o amor foi só aumentando a cada Copa”, revelou.

O motoboy salientou que a torcida é grande não só pela seleção. “Torcemos pelos clubes argentinos no futebol e fico até dividido quando jogam contra o Corinthians. Pessoal aqui em casa se divide entre Boca Juniors e River Plate”, falou. Elimar ainda contou que acompanha outros esportes devido à paixão pelo país sul-americano. “O amor pela Argentina não fica só no futebol, gostamos de basquete também. Época de Olimpíada somos Argentina em todos os esportes”, declarou.

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Em período de Copa do Mundo, Elimar diz que demonstra ainda mais seu amor. “Época de Copa colocamos bandeira da Argentina em nossa casa, no mesmo mastro onde fica a antena, e viramos a atração com a bandeira da seleção argentina tremulando”, confessou. Crescencio ainda relatou como é a convivência com seus vizinhos torcedores da seleção brasileira. “Todo mundo brinca quando tem Brasil e Argentina. Os vizinhos gritam mais ainda quando o Brasil faz gol, mas quando a Argentina ganha, a gente extravasa”, afirma.

Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

Ligação com Argentina gerou homenagem a jogador

A paixão pela Argentina intensificou quando Elimar viu Carlitos Tévez jogar. “Quando o Tévez surgiu no Boca Juniors, foi campeão em cima do Santos e aí completou o meu amor pela Argentina. Ainda veio jogar no meu time, o Corinthians”, mencionou. Antes da transferência do jogador ao clube paulista, Elimar e Aninha, sua esposa, decidiram por mais um filho para homenagear Tévez. “Eu e minha esposa nem pensávamos em ter mais filhos, mas quando surgiu boatos de que o Tévez poderia jogar no Corinthians, quis ter mais um”, contou.

No início de 2005, o terceiro filho do casal nasceu. “Meu filho nasceu em março de 2005 e o Tévez já fazia sucesso no Corinthians. Quis colocar o nome de Carlitos Tévez, mas minha esposa não concordou com Carlitos”, relatou Elimar. Aninha contou como foi a homenagem ao ex-jogador corintiano. “Meu esposo torcia para a Argentina desde que o conheci. Ele veio com a ideia de colocar Carlitos Tévez e eu não gostei. Deixamos por Gustavo Tévez”, confidenciou.

Rivalidade Brasil x Argentina

Apesar de brasileiro, Elimar diz torcer contra seu país de nascimento no futebol. “Não torço pelo Brasil. Não vou dizer que odiamos, mas torcemos contra a seleção brasileira com qualquer adversário que ela enfrente”, disse. Do lado oposto, Aninha disse acompanhar pouco o Mundial. “Eu só assisti ao jogo do Brasil contra a Coreia do Sul e gritei muito com o gol do Neymar. Os outros jogos eu não consegui, pois estava trabalhando”, revelou.

Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

A matriarca da família ainda contou como foi chegar em casa quando o Brasil foi derrotado nos pênaltis pela Croácia. “Foi decepcionante eu chegar em casa depois da eliminação do Brasil e ter que aturar esse bando de “argentino” aqui em casa. A zoação foi total”, brincou. O filho do casal, Gustavo, acompanhou a fala do pai. “Eu já cresci torcendo para a Argentina. O Brasil é meio que um rival. Claro que gosto de alguns jogadores por jogarem no meu time, mas não consigo torcer para a seleção brasileira”, admitiu.

Gustavo Tévez sonha colocar nome de outro craque em seu filho

Gustavo Tévez de Sousa Crescencio, ou Gustavo Tévez, ou somente Tévez, pensa em manter a ideia de seu pai e colocar nome de outro craque em seu futuro filho. “Pretendo seguir a tradição do meu pai e homenagear um jogador botando nome no meu filho. Quero colocar Messi, pois não vi o Tévez jogar tanto assim. O auge dele não me recordo tanto e como vi o Messi, quero colocar o nome dele”, falou.

Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

O garoto de 17 anos revelou assistir o campeonato argentino. “Acompanho muito a LPF (primeira divisão do futebol argentino) e o Nacional (divisão de acesso) eu vejo alguns jogos”, disse. Tévez falou à equipe do Distrito do Esporte não ter um clube de coração na Argentina, mas que há uma preferência. “Eu gosto do futebol argentino num todo, não sou fanático por um só, mas eu prefiro o Boca Juniors”, assumiu.

Sobre as brincadeiras com seu nome, Tévez diz que alguns gostam, mas outros nem tanto. “Algumas pessoas brincam com ‘nossa, um brasileiro que torce para a Argentina’, mas outras ficam com raiva. Algumas já me bloquearam e perdi o contato devido à torcida”, explanou. Ligado ao futebol, Gustavo sonha em seguir carreira no esporte. “Eu quero no futuro ser técnico de futebol, treinar o Barcelona ou a Seleção Argentina, é meu maior objetivo. Ou então estar perto do futebol de alguma forma”, confessou.

Argentina campeã é o palpite da família

Para Tévez, a decisão contra a seleção europeia tem gosto de vingança. “A final contra a França vai ser boa. Além de se vingar pela última eliminação na Copa da Rússia, é um time mais exposto e com a defesa bem desorganizada”. “Irei de 1 a 0, gol do Enzo Fernández”. Diferença de um gol também é o palpite de Aninha. “Acho que vai ser Argentina 2 a 1, gols de Messi e Julián Álvarez”, chutou.

Confiante no título da Argentina, Elimar acredita em jogo difícil. “Mesmo torcendo pela vitória no tempo regulamentar, ou mesmo na prorrogação, sou bastante realista. Tenho consciência do poder do time francês, por isso, acredito que a decisão irá para os pênaltis, infelizmente. Vamos ter que comemorar o título sofrendo nos tiros livres”, brincou. Elimar ainda chutou o placar e os autores dos gols na partida de amanhã. “Aposto em 1 a 1 nos 90 minutos e 0 a 0 na prorrogação, gols de Messi e Mbappé”, arriscou.

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