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sexta-feira, 3 de maio de 2024

Faixa-preta brasiliense ensina jiu-jítsu para o técnico do Boston Celtics

Alexandre Costa foi procurado pelo treinador Joe Mazulla do Boston Celtics para ministrar aulas de jiu-jítsu. Relação entre os profissionais alia tatame e quadra

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Nem nos melhores sonhos do faixa-preta brasiliense de jiu-jítsu Alexandre Costa, ele poderia imaginar o que está acontecendo em sua trajetória nos Estados Unidos. Atualmente, Xan-Xan, como é conhecido, é o professor particular de jiu-jítsu de Joe Mazulla, treinador do Boston Celtics, equipe com mais títulos da história da National Basketball Association (NBA) e que atualmente está jogando os playoffs da organização.

Morando nos EUA há 20 anos, o faixa-preta da equipe Gracie Barra, cresceu e morou na Asa Norte. “Eu vim para os Estados Unidos no final de 2003. Fui criado na 405 Norte”, disse o atleta. O brasiliense, cinco vezes campeão mundial da IBJJF, maior organização do esporte no mundo, contou sobre o novo desafio. “Nos últimos seis meses eu venho desenvolvendo uma metodologia extraordinária usando o jiu-jítsu como ferramenta para auxiliar o Joe Mazulla”, disse Xan-Xan.

A história se desenvolveu quando Joe Mazulla estava procurando um professor para ensinar o jiu-jítsu. Segundo Xan-Xan, o treinador sabe das virtudes da arte marcial. “Tudo começou em outubro. No início da temporada, fui procurado para dar aulas particulares para o Joe. Ele sabe que o aprendizado traz experiências que ajudam a comandar um time”, falou o faixa-preta.

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Alexandre "Xan-Xan" Costa em uma partida do Boston Celtics
Foto: Arquivo Pessoal/Alexandre “Xan-Xan” Costa

Relação entre o técnico do Boston e Xan-Xan

O jovem técnico, de apenas 34 anos, foi destaque treinando as equipes das universidades americanas, ganhou notoriedade e em 2019, foi convidado a ser assistente do treinador Ime Udoka. Após três anos como auxiliar do Boston Celtics, Mazulla assumiu o cargo após Udoka ser afastado do time por “infringir as políticas internas da franquia” ao se relacionar com uma funcionária da franquia.

Sabendo do maior desafio da carreira, Joe Mazulla procurou Xan-Xan. O brasiliense explicou como o jiu-jítsu ajuda o jovem técnico, na prática. “Ele estava procurando um professor para desenvolver os aspectos físicos e mentais. Trabalhamos coordenação motora, inteligência emocional, foco, estratégia, linguagem corporal, gerenciamento de situações críticas dentre outros”, detalhou.

A repercussão tomou conta de vários programas esportivos nos Estados Unidos. O professor foi pego de surpresa e disse que não esperava que seria dessa maneira. “A repercussão foi enorme quando o Joe resolveu compartilhar em uma entrevista à ESPN sobre as aulas de jiu-jítsu”, disse Xan-Xan.

O trabalho do faixa-preta brasiliense não é restrito apenas ao tatame. Alexandre vai aos jogos, analisa e anota os comportamentos de Mazulla na quadra. “Faço uma analogia como se o jogo fosse um luta. Desenho as aulas específicas de jiu-jítsu para trabalhar os aspectos observados na partida”, contou.

Alexandre vive o sonho americano há duas décadas, mas o coração brasileiro e saudade de Brasília continuam batendo forte. “Sinto saudade de Brasília. É minha casa, a saudade é enorme. Estou sempre na minha amada cidade”, finalizou.

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