Mais um caso de racismo na La Liga chocou o mundo. Na partida entre Valencia e Real Madrid, em partida válida pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol, o brasileiro Vinicius Junior foi vítima mais uma vez de racismo. Entre as diversas entidades, clubes e pessoas que se solidarizaram com o craque do Brasil, estão algumas equipes do Distrito Federal, que fizeram questão de demonstrar apoio ao atacante.
O primeiro clube a se posicionar foi o Paranoá. O clube segue ativo nas mídias sociais com a disputa do Candanguinho Sub-20. Em uma postagem, a Cobra Sucuri criticou as autoridades espanholas e a organizadora do campeonato. Na nota, o clube ainda diz que não podemos dar voz aos racistas e que todos lutem juntos até o fim por essa causa. Ao fim da mensagem, o Paranoá mandou boas energias a Vinicius Junior.
Em contato com a reportagem do Distrito do Esporte, Felipe, Diretor de Futebol do clube, falou sobre a iniciativa da manifestação em apoio ao craque brasileiro. “A gente não pode aceitar uma agressão desse tipo por conta de cor, sexo e gênero, isso não cabe mais. Eu falando como diretor do Paranoá, isso serve para todas as esferas, seja com o Vinicius Junior, La Liga, Paranoá, Categorias de base”, iniciou.
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Ainda segundo o diretor, a instituição irá sempre defender e se posicionar em relação aos casos de racismo. “É um posicionamento institucional. Sempre vamos defender essa causa pois o que aconteceu foi um absurdo. O estádio todo gritando, temos que parar e repensar, pois tem algo errado”, concluiu. Depois do Paranoá, outras equipes do Distrito Federal também se manifestaram sobre o caso, como Ceilândia e Gama.
Confira o posicionamento dos clubes do DF
Paranoá
O desmazelo das autoridades espanholas e da La Liga beiram o absurdo. Não é e nunca foi aceitável cenas de racismo, seja com um atleta de futebol, seja com qualquer cidadão. Não podemos dar voz a racistas e lutaremos juntos até o fim por essa causa. Estamos junto com você, Vini Jr.
Gama
A Sociedade Esportiva do Gama vem prestar solidariedade ao Vinicius Junior pelo ataque sofrido ontem. O atleta vem sendo vítima de ataques racistas na Europa e não podemos aceitar ou tolerar qualquer comportamento criminoso como esse. Estamos com você contra o racismo, Vini!
Ceilândia
É inacreditável que nos tempos atuais ainda tenhamos que presenciar ações como essa, porquê é inaceitável que elas ainda aconteçam. Tendo dito isso, o Ceilândia vem por meio desta nota expressar seu total repúdio e indignação em relação a mais um ataque racista contra o Vini Jr. O futebol, assim com a sociedade, deve ser um ambiente inclusivo, onde todos são valorizados e respeitados independentemente de sua origem, raça religião ou qualquer outra característica pessoal. Ser antirracista vai além de simplesmente não ser racista. Requer ação e engajamento ativo na luta contra o racismo. Não é suficiente apenas abster-se de tais comportamento, é necessário adotar uma postura proativa na promoção da igualdade racial. Essa é uma luta de todos. Estamos com você, Vini Jr.
Mais um caso de racismo na La Liga
No último domingo (21/5), o atacante da Seleção Brasileira e do Real Madrid, Vinicius Junior foi alvo mais uma vez de ofensas racistas por parte de torcedores no Campeonato Espanhol. O craque brasileiro foi xingado e hostilizado por adeptos do Valencia, em jogo realizado no Estádio Mestalla. Após confusão no campo e mostrar ao árbitro os racistas que estavam o xingando, Vinicius Junior ainda foi expulso por uma suposta agressão.
Pelas redes sociais, o atacante brasileiro se manifestou sobre o caso:
Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhois que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui.
