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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Parcerias entre clubes marcam edição 2020 do Campeonato Candango

Neste ano, Ceilândia, Ceilandense, Luziânia e Sobradinho viabilizaram parcerias no Candangão por meio de parcerias com outros clubes

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Por Danilo Queiroz

“Este ano o Campeonato Candango vai estar em um nível melhor”. Se você acompanhou o futebol do Distrito Federal nos últimos anos, certamente já ouviu a frase que iniciou esta matéria na íntegra ou em uma versão alternativa em alguma mesa redonda que trata do futebol local. A expectativa sempre era pautada por contratações bombásticas ou promessas de projetos grandiosos. Porém, em 2020, o sentimento de animação foi de lado e deu lugar a uma apreensão nunca vista em escala tão alta.

O enredo da história do Candangão 2020 começou exatamente igual. Em meados de novembro e dezembro, os times de maior estrutura começaram a trabalhar e a inflar as expectativas. Como sempre, Brasiliense e Gama puxaram o carro-chefe dos treinos de pré-temporada. Na sequência, a comissão de frente dos preparativos para o torneio local foi reforçada por Real Brasília e Capital, novos candidatos a sensação. Sem exceção, todos esses se apegaram no planejamento antecipado para fazer bonito.

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O meio da história também aconteceu conforme nos últimos anos: Paranoá, Taguatinga e Unaí se apresentaram nos últimos dias de 2019, enquanto o Formosa começou a treinar nos primeiros dias de 2020. Entretanto, o que acabou diferenciando tudo que conhecíamos e chamando a atenção foi a quantidade de clubes que, atravessando perrengues financeiros, tiveram bastante dificuldades para conseguir montar suas equipes. Nessa ala, Ceilândia, Ceilandense, Luziânia e Sobradinho foram os protagonistas.

À medida em que o tempo foi passando, novos acontecimentos inesperados envolvendo os clubes deixaram o cenário ainda mais obscuro. A preocupação foi tanta que chegou a ser cogitado uma disputa de Candangão 2020 sem rebaixamento, visto que a desistência de qualquer um dos clubes participantes acarretaria em queda automática, sem a possibilidade de substituição, já que todos eles haviam participado do Conselho Arbitral da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), o que obrigava a entrada em campo.

A solução: parcerias com outros clubes

Ao mesmo tempo em que os fatos colocavam em xeque um Candangão com 12 clubes, outras informações de bastidores indicavam o que seria a salvação: o acerto de parcerias com outros clubes. O primeiro a se “salvar” foi o Ceilandense, que em 5 de janeiro fechou acordo para utilizar os atletas e comissão técnica do Legião no torneio local. No mesmo dia, surgiram as primeiras informações de que o Sobradinho apostaria no meio do caminho. A confirmação da transferência de gestão ocorreu em 11 de janeiro.

A situação mais dramática envolveu Luziânia e Ceilândia. Com a proximidade do torneio, a chance dos dois clubes abandonarem o Candangão era cada vez maior. Porém, nos bastidores, as negociações não cessaram. O terceiro a tirar a corda do pescoço foi o time goiano. Em 9 de janeiro, o Distrito do Esporte trouxe em primeira mão o acerto com diretores da Aruc para a gestão do futebol. Dois dias depois, o Gato Preto fez acordo similar com o Grêmio Barueri e deu fim à agonia que cercou o futebol candango.

Com a certeza de que o torneio local estará completo mais uma vez, vale agora olhar para tudo que se passou e fazer uma reflexão de que vários times não estarão com força máxima em busca do título. Ao que tudo indica, a tendência é que o Candangão das Parcerias traga mais equipes brigando contra o rebaixamento do que com chance real de levantar a taça. Apesar dos perrengues, as cartas de todos já estão à mesa e somente o tempo mostrará o que as gestões “emprestadas” poderão fazer no cenário local.

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