Por Danilo Queiroz
O Paranoá já tem data marcada para iniciar os trabalhos visando a temporada 2020, quando voltará a disputar a primeira divisão do Campeonato Candango. Na tarde da próxima quinta-feira (12/12), a Cobra Sucuri realizará um evento no Estádio JK para apresentar novos detalhes das contratações que já foram feitas e iniciar o período de treinos para os desafios que estão por vir.
Por enquanto, a única certeza nos bastidores do clube azul e amarelo é a permanência do técnico Vandinho. Comandante durante a campanha que culminou no título da Segunda Divisão no segundo semestre de 2019, ele já aceitou o desafio de continuar à frente do Paranoá no Candangão. Através de suas redes sociais, o treinador afirmou que já está “trabalhando forte para fazermos um ótimo torneio”.
A tendência é que o Paranoá permaneça com parte do elenco que disputou a Segundinha. Em entrevista recente ao portal Cerrado InFoco, o presidente do Paranoá, Ryvo Matias, explicou os planos do clube. “Tenho muita confiança no Vandinho. Ele já convidou alguns jogadores e todos disseram que estão indo por ele. Eles falaram “nós subirmos o time e vamos jogar””, ressaltou o presidente.
Outra certeza é que alguns nomes não irão permanecer na temporada 2020. Após receberem convites mais vantajosos, o zagueiro Eduardo e o goleiro Matheus Lorenzo já disseram adeus. E o risco de debandada está alto. “Se eles tiverem propostas de outros times, vamos continuar perdendo. O Reis talvez não fique, mas nós não vamos nos dar por vencido e mesmo sem R$ 1 vamos entrar para classificar”, complementou Ryvo.
Apesar da confiança nos atletas, Ryvo expôs que o Paranoá está enfrentando sérias dificuldades para garantir recursos financeiros para a temporada 2020. “O Candangão tem um orçamento pesado. Precisamos de R$ 200 mil para honrar folha salarial e logística. O clube vai jogar pela cidade, mas estamos em uma situação delicada. Temos grandes empresários na comunidade que podem colocar a marca na camisa. Está feito o convite.”
Paracatu (MG) daria R$ 450 mil ao time
Durante a participação no Cerrado InFoco, Ryvo Matias deu mais detalhes da negociação que quase levou o Paranoá para o município mineiro de Paracatu (MG), que ficou sem time após sua agremiação retornar para Unaí (MG). Segundo o presidente, o acerto chegou a ser conversado entre as partes, mas não chegou a ser fechado pela diretoria azul e amarelo e uma foto acabou gerando repercussão negativa.
Se aceitasse o acordo com os mineiros, o Paranoá teria um recurso considerável para investir no time durante o Candangão 2020. “Eles davam um recurso bastante expressivo. Tinha um orçamento de R$ 450 mil da prefeitura e uma excelente infraestrutura. Conversei com o Chiquinho de pegar esse recurso e voltar para fortalecer o Paranoá para os próximos anos. Foi só uma visita e tirou-se uma foto e a torcida questionou muito”, explicou.
Apesar do desgaste causado pela exposição da negociação, Ryvo tratou de colocar panos quentes na situação e disse que é possível tirar coisas positivas de todo o processo. “A situação foi boa para mostrar que o Paranoá é um clube diferente. A torcida demonstrou o amor dela. O pedido para ficar foi aceito e vamos jogar pela comunidade correndo o risco de rebaixamento”, advertiu o presidente.