Era 20 de dezembro de 1998 quando o Gama entrou em campo contra o Londrina e conquistou o título mais importante da história do clube. Diante de um público de 51 mil pessoas, no antigo Mané Garrincha, que a Sociedade Esportiva do Gama levantou a taça de campeão da Série B do Campeonato Brasileiro. Hoje o time não vive mais os dias de glórias, mas busca recuperar a confiança da torcida.
O Periquito era o único time do Distrito Federal no torneio. Logo nos primeiros jogos, a equipe sofreu com uma sequência de derrotas e a solução foi trocar de técnico. A ex-diretoria, então, demitiu Orlando Lelé e contratou Vagner Benazzi. Foi o treinador que ajudou na recuperação dos gamenses e levou o time à grande decisão contra o Londrina. O triunfo por 3 x 0 sobre os paranaenses garantiu o título de maior expressão da história do Gama e o acesso à elite do futebol brasileiro – onde permaneceu por quatro anos.
Agrício Braga era o presidente do clube naquele período. Ele destacou que foi difícil conseguir apoio, mas que a conquista inédita foi um feito extraordinário. “Conseguimos lotar o Mané Garrincha na final contra o Londrina. Nunca tinha acontecido isso. Conseguimos o título, realmente uma façanha que ficou marcada”, lembrou o ex-dirigente. Os tempos de glória do Gama reanimaram a torcida na capital federal. Além da arquibancada abarrotada na final, a comemoração dos torcedores tomou as ruas da cidade.
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Diego Martins, de 34 anos, ainda era criança na época, mas aprendeu a amar o time candango. Paixão que faz da vida dele até hoje. “Quando o Gama foi campeão, eu decidi que aquele era meu time e nunca mais larguei. Eram várias emoções”, relatou o torcedor gamense. Além disso, Diego ressaltou a euforia e orgulho que sentiu ao ver o Gama na elite do futebol brasileiro.
Gama longe da elite
Quase três décadas se passaram e a realidade do alviverde candango é outra. Há um ano, o time celebrou a criação do Gama Sociedade Anônima do Futebol (SAF), porém o plano não deu certo. A parceria foi feita com a Green White Investments, mas a relação conturbada entre os dois lados fez com que o clube rompesse com a empresa. O cancelamento da SAF foi oficializado pela Receita Federal em novembro deste ano.
Atualmente, o presidente do time é o advogado Wendel Lopes. Velho conhecido da torcida, ele presidiu o Gama a Série D e na Copa Verde de 2020. Apesar do turbilhão de informações, o torcedor ainda prefere acreditar em uma recuperação. Diego Martins mantém as expectativas altas para o Candangão 2023, que terá início no dia 28 de janeiro. “A torcida do Gama não tem como não sonhar com o título. A gente sabe das dificuldades, mas também sabe do peso da camisa do Gama”, afirmou.