Marcelo Lucas Ribeiro e Homero de Carvalho Santarelli renunciaram aos cargos de Presidente e 2º Vice-Presidente do Bosque Formosa Esporte Clube na manhã desta sexta-feira (27/05).
Em ofícios assinados, registrados em cartório, e direcionados aos membros do Conselho Deliberativo do clube goiano, Marcelo e Homero alegaram questões de foro íntimo para se retirarem do comando do clube. A reportagem teve acesso a ambos os documentos em primeira mão.
Ambos foram eleitos em dezembro de 2020 e empossados no dia 15 daquele ano. Em 2021, a dupla foi responsável por montar um elenco contestado e que levou o Formosa a ter a pior campanha de sua história de quase 50 anos. Nenhum ponto marcado, mais de 20 gols sofridos e rebaixamento à Segunda Divisão de 2022.
Suspeitas de manipulação do Candangão
As suspeitas em volta de Marcelo Lucas levaram ao TJD-DF e ao MPDFT a investigarem o desempenho do time naquele campeonato. O Formosa, quarto colocado em 2020, foi acusado de disputar jogos para perder. Marcelo seria o cabeça de um esquema amplo de manipulação de resultados.
Conforme o DDE noticiou em profunda apuração, Marcelo Lucas Ribeiro seria o coordenador do esquema no futebol do Distrito Federal. Marcelo teria a responsabilidade de definir quais jogos teriam resultados menos comuns e, sucessivamente, mais bem pagos em casas de apostas. De acordo com os relatos, caberia ao empresário convencer jogadores, e, quando necessário, dirigentes, para entregar resultados.
Desde meados de maio de 2021 Marcelo não era visto em Formosa. A página oficial do clube na internet foi desativada, o mandatário não prestou contas no ano passado e a sede social do clube foi fechada. Os sócios não conseguiram, sequer, pagar a anuidade de propretários do time.
Outros dirigentes renunciaram em março de 2022
Em março desse ano o DDE publicou, em primeira mão, as renúncias de Filipe Piva, Presidente do Conselho Fiscal; Marcus Vinícius Ferreira Cunha, 1º Vice Presidente; Juan Teixeira, Presidente Conselho Deliberativo.
Um destes contou à reportagem que Marcelo lhe deve R$ 50.000,00 de empréstimo feito para quitar dívida trabalhista do clube. O presidente do time sequer atenderia esse membro.
Até o momento o Conselho Deliberativo não se reuniu para definir o que fará.
Despontam como nomes para presidir a equipe Arlindo Penke, empresário do setor agrícola da cidade; João Ricardo; Caburé, atual secretário de esporte e lazer; José Geraldo; José Luiz, ex-presidente do Formosa Esporte e dono do colégio Visão; Raimundo Palladini e Ronaldo Carreiro.
O arbitral da Segunda Divisão do Candangão deve ocorrer nas primeiras semanas de junho. Não há perspectiva do Formosa Esporte disputar o torneio neste ano. Quem assumirá a bomba que se tornou o Formosa Esporte? Os próximos capítulos dirão.