Brasiliense e Ferroviária terminaram os primeiros 90 minutos do mata-mata da segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro sem colocar a bola na rede. Na tarde deste domingo (12/9), paulistas e candangos se enfrentaram, no estádio Defelê, na Vila Planalto, e fizeram uma partida sem muitas oportunidades concretas de gol. O saldo do baixo poder ofensivo por um 0 x 0 e tudo em aberto na briga pela vaga nas oitavas de final.
A etapa inicial da partida na capital federal acabou sendo bastante truncada e discutida. Com pouco espaço, poucas chances surgiram. Com o Jacaré apostando em jogar pelo alto, a Ferroviária teve a melhor oportunidade somente aos 46. O segundo tempo começou mais intenso e cada time teve, ao menos, uma boa oportunidade de marcar. Porém, o ritmo voltou a cair e as redes de Edmar Sucuri e Saulo terminaram intactas.

Jogo estudado e truncado
Os primeiros minutos de bola rolando no estádio Defelê foram extremamente estudados. Sob o forte calor de Brasília – 32ºC de temperatura e apenas 20% de umidade -, as duas equipes evitaram correr grandes riscos. Quando teve a bola nos pés, o Brasiliense apostava em levantamentos na área. O goleiro Saulo, por exemplo, segurou firme uma tentativa originada dos pés de Alan Mineiro.
Aos 14, a Ferroviária quase saiu na frente. A defesa amarela se enrolou em recuo de bola de Peu para Sucuri. O goleiro se esticou para evitar um gol contra. Com o breve susto, o Brasiliense seguiu apostando nas bolas pelo alto, mas não teve sucesso nas tentativas de incomodar o time paulista. Com 23, o clima esquentou e as equipes discutiram no gramado. Truncado, o jogo seguia sem grandes oportunidades.
Aos 31, os jogadores voltaram a se desentender pelo desenrolar de um lance. Com 35, Zé Love invadiu a área, trombou com a zaga e pediu pênalti, mas a arbitragem mandou o jogo seguir. Naquela altura, o Jacaré tentava incitar mais ofensividade. Porém, quem assustou foi a Ferroviária. No primeiro bom lance, aos 46, Luan levou para a perna direita e exigiu boa defesa de Sucuri. Na sobra, Jefinho mandou para fora.
Chances, mas nada de gols
O segundo tempo iniciou com boa chance da Ferroviária. Com dois, Bruno Santos desperdiçou falta perigosa na barreira. Na sequência, o ritmo voltou a ficar semelhante ao do primeiro tempo. Aos 12, o Jacaré, enfim, levou perigo. Zé Love arriscou bola parada direto para o gol e Saulo, atento, socou para fora. Dois minutos depois, a Ferrinha respondeu. Sozinho, Bruno Leonardo testou por cima do gol.
Aos 17, o Brasiliense voltou ao ataque. Tobinha cruzou com perigo e Saulo cortou antes de a bola encontrar Zé Love. Seis minutos depois, o camisa nove do Jacaré voltou a arriscar cobrança de falta, mas não conseguiu colocar força na bola. Com o forte calor no Defelê, as duas equipes diminuíram o ritmo e não conseguiram ser efetivas no ataque até a parada para reidratação, aos 28.
As faltas, assim como os erros de passe dos dois times, também impediam um ritmo mais veloz no jogo. Quando tinha a bola, o Brasiliense se via sem espaços para imprimir rapidez nas transições. A Ferroviária encontrava as mesmas dificuldades. Aos 47, Zé Love novamente arriscou cobrança de falta para o gol, mas parou em Saulo e a definição da vaga nas oitavas de final ficou toda para a Araraquara, em São Paulo.

O que vem por aí?
A definição da vaga nas oitavas de final da Série D do Campeonato Brasileiro ficou para São Paulo. No próximo sábado (18/9), Brasiliense e Ferroviária disputam os 90 minutos decisivos pela classificação na Fonte Luminosa, em Araraquara. Com o placar zerado do Defelê, nenhuma das equipes têm vantagem. Um novo empate por qualquer placar leva a disputa para as penalidades máximas.
BRASILIENSE 0
Edmar Sucuri; Aldo, Badhuga, Gustavo e Peu; Sandy, Wagner Balotelli e Alan Mineiro (Didira); Tobinha (Maicon Assis), Luquinhas e Zé Lóve. Técnico: Luan Carlos Neto
FERROVIÁRIA 0
Saulo; Bruno Leonardo, Léo Rigo e Léo Souza (Gustavo Medina); Bernardo, Marquinhos, Ian Lucas e Bruno Santos; Luan (Léo Castro), Júlio Vitor (Victor Paraíba) e Jefinho (Gleyson). Técnico: Elano Blumer 🟨
Pense numa torcidinha fraca é essa do brasiliense! Uma reportagem bacana sobre o jogo, e por enquanto nenhum comentário do torcedor do jacaré. Depois querem se comparar com a torcida do Gama, que sem dúvida é a maior do DF.