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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

William Rogatto, ex-gestor do Santa Maria, é preso pela Interpol em Dubai

Empresário que trabalhou no Santa Maria durante o Candangão em 2024 foi detido no Oriente Médio. Após oitiva na CPI de Manipulação de Resultados no Senado Federal em outubro, ele ficou conhecido como o "Rei do rebaixamento"

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Enfim, atrás das grades! Nesta sexta-feira (8/11), William Rogatto, ex-gestor do Santa Maria durante o Campeonato Candango de 2024, foi preso pela Interpol em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Ele ficou conhecido como o “Rei do rebaixamento” após confissão em oitiva na CPI de Manipulação de Resultados no Senado Federal em outubro. Além disso, o empresário disse ter enganado a presidente do clube do Distrito Federal.

Segundo O Globo, William Rogatto foi localizado no Oriente Médio e detido pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) na manhã desta sexta-feira (8/11). A Polícia Federal brasileira foi informada da detenção através do senador Carlos Portinho, do Partido Liberal do Rio de Janeiro. O senador é um dos membros da CPI de Manipulação de Apostas e Resultados Esportivos. O parlamentar busca pedir a extradição de Rogatto ao Brasil.

William Rogatto foi citado no inquérito do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) como o chefe do esquema responsável por rebaixar o Santa Maria no Campeonato Candango da atual temporada. William falou por mais de 1h30 na oitiva realizada em outubro e respondeu perguntas dos senadores a respeito de como agia para manipular as partidas. O ex-gestor chegou a pedir desculpas para Dayana Nunes e ao marido da presidente da Águia Grená.

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Em relação ao Candangão, Rogatto sequer se eximiu da culpa. “Réu confesso, totalmente. Infelizmente, eu vim rebaixar o Santa Maria. Desculpa, mais uma vez, peço perdão às pessoas. Eu enganei a presidente (Dayane Nunes), mas era o meu trabalho”, afirmou. O interrogado se autointitulou como rei do rebaixamento e declarou ter agido na queda de mais de 40 equipes, em todos os estados do Brasil.

“Eu sou a máquina que está oferecendo dinheiro mais fácil para o atleta e dando dignidade para o cara dar de comer à família dele. Será que eu sou tão errado assim? Fui um dos maiores. Se não o maior, um dos mais organizados. No Distrito, foi onde eu bati de frente com um cara muito forte. Aí, a gente vai naquela luta de poder. Eu perdi e fiquei exposto”, ressaltou. Durante o depoimento na CPI, William estava em Portugal, há cerca de 8 mil quilômetros de onde foi preso.

Clique e saiba mais

CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado Federal - Santa Maria está envolvido
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Entenda o caso do Santa Maria

Em março de 2024, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cumpriu um mandado de busca e apreensão contra dois jogadores do Santa Maria sob a suspeita de envolvimento na adulteração dos placares de partidas do clube em 2024. De acordo com o MPDFT, os principais alvos da Operação Fim de Jogo são o zagueiro Alexandre Batista Damasceno e o lateral Nathan Henrique Gama da Silva.

As diligências apontam atuação dos jogadores na manipulação de, pelo menos, duas partidas. As goleadas sofridas pelo Santa Maria para o Ceilândia, por 6 a 0, e para o Gama, por 5 a 0, são os confrontos apontados pelas autoridades. O Gaeco apura, ainda, informações sobre o envolvimento de William Pereira Rogatto. O empresário seria um dos investidores do Santa Maria e teria colocado jogadores no clube para a disputa do Candangão 2024.

Como mora na Europa, o mandado de busca e apreensão contra ele não foi cumprido. O gestor teria relação com um caso de manipulação ocorrido na Série A3 do Campeonato Paulista. “No mínimo dois jogos foram criminosamente manipulados para fraudar apostas eletrônicas e as provas demonstram que os apostadores tinham conhecimento antecipado do resultado das partidas. As investigações apontaram o envolvimento imediato dos atletas com os resultados forjados”, diz comunicado divulgado pelo MPDFT. Os jogadores podem responder pelos crimes de corrupção passiva esportiva, fraude em evento esportivo, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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