O primeiro jogo da final do Campeonato Candango de Futebol BRB 2022 foi vencido pelo Brasiliense por 2 a 1 em confronto frente ao Ceilândia na tarde deste sábado (02/04). Porém, outro fato chamou atenção no duelo: a agressão sofrida pelo videomaker do Jacaré, Luã Tomasson. No minuto 45 do segundo tempo, o presidente do Ceilândia, Ari de Almeida, profere xingamentos direcionados a Luã e ao se aproximar, empurra o profissional de comunicação.
O confronto se encaminhava para o final com o Brasiliense vencendo por 2 a 1 o Gato Preto no estádio Abadião quando Luã Tomasson disse “boa, Ferrugem”, se dirigindo ao meio campo de sua equipe, segundo o próprio videomaker. Na ocasião, Ferrugem deu um carrinho e impediu Cabralzinho, meia do Gato Preto, de prosseguir a jogada. As poucas palavras de Tomasson incomodaram o mandatário alvinegro.
O presidente do Gato Preto se dirigiu ao profissional para tirar satisfações alegando que o mesmo não deveria estar ali e tampouco provocar a equipe alvinegra. Após as palavras de baixo calão, Ari empurrou Luã e os equipamentos portados pelo funcionário do Brasiliense. Os seguranças apartaram a confusão e Luã foi retirado do campo escoltado.
Luã Tomasson se pronuncia e Ari de Almeida prefere o silêncio
Procurado pela equipe de reportagem do Distrito do Esporte, Luã Tomasson se mostrou indignado com o ocorrido e não pretendia causar alvoroço. “Estou assustado e triste. Eu não imaginava que gritar um “boa” para o Ferrugem pudesse causar isso tudo”, falou.
Luã ainda fez questão de lembrar outras confusões no meio futebolístico. “Mais uma vez o Candangão é manchado por atitudes de fora de campo. São tantos episódios de violência no futebol, torcendo invadindo campo, quebrando ônibus onde estão os jogadores e agora dirigente agredindo funcionário de clube por um simples elogio”, finalizou.
O presidente do Ceilândia, Ari de Almeida, foi indagado pela equipe de reportagem do DDE e preferiu não se pronunciar sobre o episódio.
Confira abaixo a nota do Brasiliense
O Brasiliense FC repudia os atos de agressão e violência sofridos pelo vídeomaker do clube, Luã Tomasson, e o fotógrafo do Metrópoles, Hugo Barreto.
No vídeo acima, o presidente do Ceilândia, Ari de Almeida, e o diretor de futebol, Vilson de Sá, agridem os dois profissionais enquanto estavam em exercício de suas funções no jogo de hoje, entre Brasiliense e Ceilândia.
A agressões começaram após os membros da diretoria do Ceilândia, durante o jogo e ao lado do campo, partirem para cima de Luã. Hugo registrou o ocorrido e também foi agredido ao tentarem pegar seu celular. Ressaltamos que a diretora não poderia invadir o campo de maneira alguma, principalmente para cometer tais atos contra alguém que estava posicionado em um local do campo reservado para a produção de vídeos e fotos.
O Jacaré não é conivente com qualquer tipo de agressão e condena atitudes que violam a liberdade de expressão dos profissionais da área de imprensa. Esperamos que medidas sejam tomadas e qua as cenas não voltem a se repetir nos estádios do DF.