Por João Marcelo
Depois de uma longa espera, enfim o Ultimate Fighting Championship (UFC) voltará à capital federal. A organização confirmou que o primeiro evento em solo brasileiro em 2020 será no Distrito Federal, datado para 14 de março. O local das lutas será o ginásio Nilson Nelson, o mesmo da última edição, realizada em setembro de 2016. Algumas lutas já foram confirmadas, mas nenhum atleta candango consta nos primeiros confrontos. Porém, a tendência é que atletas nascidos em Brasília sejam colocados no card.
Os fãs de luta já tem um grande evento para assistir em 2020. O UFC terá uma edição no Brasil e a capital federal foi escolhida como sede. Ainda não foi definida numeração do evento, mas o certo é que não terá disputada de cinturão (terá o UFC 248 uma semana antes com a provável luta entre Weili Zhang e Joanna Jedrzejczyk, pela disputa de título do peso palha). Até o momento, cinco lutas foram confirmadas e outras serão divulgadas pela organização no decorrer dos próximos meses.
Entre as lutas confirmadas, a de Johnny Walker contra Nikita Krylov é a mais aguardada, devido a irreverência do brasileiro e das recentes vitórias na organização, são quatro vitórias em cinco lutas. Outra que também chama a atenção é para Carlos Boi x Jeff Hughes, pois será a estreia do brasileiro no maior evento de MMA do mundo. O card ainda conta com Maryna Moroz x Mayra Sheetara, Antônio Carlos “Cara de Sapato” x Brad Tavares e Amanda Ribas x Paige VanZant.
Lutadores candangos que podem entrar no card
Um dos cotados para compor o card é o atleta do peso-pena Renato Moicano. O lutador, que mudará de categoria, passará a competir no peso-leve, já tem um adversário em mente: Clay Guida. Em recente entrevista ao Globoesporte.com, o ex-desafiante do cinturão citou o nascimento de seu filho (previsto para o final de fevereiro), o bom casamento de sua luta com Guida e a possibilidade de entrar no octógono em sua terra natal como pontos primordiais.
Outro nome que pode pintar é o de Vicente Luque, lutador meio-médio. O atleta fez sua última luta em 2 de novembro deste ano e saiu derrotado por Stephen Thompson, interrompendo uma série de seis vitórias consecutivas no UFC. O lutador recebeu uma suspensão médica de 60 dias após o revés, e com isso, estaria apto a entrar no card. Americano de nascimento e brasiliense de coração, o número 14 da categoria é um dos grande nomes atuais do esporte.
Rani Yahya também é outro candango provável a mostrar suas habilidades no local onde nasceu. Ele participou das duas últimas edições ocorridas na capital federal, em 13 de setembro de 2014 e 24 de setembro de 2016, vencendo Johnny Bredford e Michinori Tanaka, respectivamente. Seu último combate ocorreu em 9 de fevereiro deste ano e foi derrotado por Ricky Simón em decisão unânime no UFC 234. Seu cartel é de 11 vitórias, quatro derrotas e um no-contest na organização.
Querendo crescer no UFC, Luigi Vendramini é outro brasiliense que pode subir ao octógono na capital federal. O atleta sofreu uma forte lesão em maio deste ano quando se preparava para lutar contra Nick Hein, esta seria sua segunda luta no evento. O primeiro combate do “The Italian Stallion” aconteceu em setembro de 2018 contra o também brasileiro Elizeu Capoeira e saiu derrotado por nocaute no segundo round. Esta foi sua única derrota na carreira, que conta ainda com oito vitórias.
Representando o Distrito Federal ainda há outros lutadores, mas que não devem aparecer no card. É o caso de Vivi Araújo, que lutará 14 de dezembro contra a americana Jessica Eye no histórico UFC 245 (com três disputas de cinturão). Outro nome – esse com certeza de que não estará – é o de Vinícius Mamute. O atleta peso-pesado fará sua luta contra Tyson Pedro em 23 de fevereiro de 2020, poucos dias antes da terceira edição do UFC na capital federal.
UFC Brasília, 14 de março de 2020
Johnny Walker x Nikita Krylov (meio-pesado)
Amanda Ribas x Paige VanZant (palha)
Antônio Carlos “Cara de Sapato” x Brad Tavares (médio)
Maryna Moroz x Mayra “Sheetara” (mosca)
Carlos “Boi” x Jeff Hughes (pesado)
Em negrito, brasileiros.