Após um bom tempo, os torcedores do Gama voltaram a frequentar o Estádio Serejão, casa do maior rival, o Brasiliense. O reencontro foi na vitória sobre o Samambaia por 1 a 0, pela 5ª rodada do Candangão. Fora de campo, os gamenses fizeram a festa nas arquibancadas, mas com ressalvas quanto à estrutura do estádio. Em vídeos publicados nas redes sociais, o público presente reclama sobre as condições oferecidas à torcida visitante, sobretudo aos banheiros – que sequer tinha um vaso sanitário. A diretoria samambaense, por outro lado, alega que haviam banheiros químicos disponíveis.
Danny Pança, jornalista da Band TV, publicou um destes vídeos no perfil pessoal no Instagram. Veja abaixo.
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No vídeo, o responsável pela gravação conta que sem os banheiros, as mulheres presentes tinham que fazer as necessidades na “moitinha”, em frente ao muro do estádio. Em outras imagens publicadas, é possível flagrar os banheiros sujos e inutilizáveis. Das três cabines, nenhuma delas tinha o vaso sanitário apto para uso. Eles estavam interditados com sacos de lixos amarrados. Além disso, haviam lixos e entulhos esparramados pelo local, como azulejos caídos e barras de concreto. O mictório masculino também apresentava terra e poeira nas superfícies.
Procurada pela reportagem do Distrito do Esporte quanto às denúncias deste sábado (8/2), a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) relatou que conforme o laudo técnico, o Setor Sul do Estádio Serejão – local onde estavam os torcedores do Gama – está interditado, assim como os banheiros. Na mesma nota, a corporação contou que o setor não está autorizado para uso em eventos esportivos. Estão liberados para acesso os setores Oeste Sul, Oeste Norte, Cadeiras e Tribuna, respeitando a capacidade máxima de 5.000 pessoas.
No entanto, a versão da Polícia Militar contradiz com a explicação da Administração Regional de Taguatinga, responsável por gerir o estádio. Segundo a pasta, as torcidas visitantes de fato deveriam ficar alocadas em outro local, mas foram direcionadas ao Setor Sul por uma recomendação da própria corporação. “As torcidas visitantes têm banheiro adequado para atendimento, porém foram colocadas neste jogo em uma área diferente da habitual devido a rivalidade entre os times, conforme solicitação da PMDF”, esclareceu em nota. O Samambaia também se pronunciou e contou que haviam banheiros químicos disponíveis no espaço destinado aos gamenses.
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Antes da realização da partida, o confronto havia ganhado notoriedade fora das quatro linhas, por conta do questionamento se os torcedores dos dois times poderiam comparecer no confronto. Depois de duas reuniões, realizadas na última terça e quarta-feira (4 e 5/2), foi dado o aval para que as duas torcidas comparecessem ao estádio. No encontro, estiveram presentes representantes de Samambaia e Gama, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF).
A estrutura causou revolta não apenas nos gamenses, mas também nos ceilandenses: anos atrás, em 2022, o Estádio Abadião, casa do Ceilândia, passou por uma demorada democracia para receber o laudo e, consequentemente, para ser autorizado a receber duas torcidas. Na época, a Polícia Militar, responsável pela autorização e fiscalização da estrutura, alegou que os banheiros do local não apresentavam as condições necessárias para receber torcedores de ambos os times. Na época, o Distrito do Esporte reportou o imbróglio entre a diretoria do Gato Preto e as autoridades.
T9em que interditar esse estádio.