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sexta-feira, 25 de abril de 2025

STJD julga recurso do Brasiliense e diminui penas de Zé Love e G. Henrique

Antes suspensos por períodos de um ano, atletas do Jacaré tiveram penas reduzidas, mas ficam de fora de parte do Candangão

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Por Danilo Queiroz e Bruno H. de Moura

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou, na tarde desta quarta-feira (15/12), o recurso impetrado pelo Brasiliense pedindo a revisão das penas impostas pelo órgão contra o zagueiro Gustavo Henrique e o atacante Zé Love pela confusão envolvendo os atletas na eliminação do clube na Série D do Campeonato Brasileiro diante da Ferroviária. Em decisão do Tribunal Pleno, os atletas tiveram as penas atenuadas.

Mesmo assim, tanto Zé Love quanto Gustavo Henrique terão de cumprir um gancho longo. O atacante, inicialmente suspenso do futebol profissional por 380 dias pela 2ª comissão disciplinar do STJD, ficará fora do esporte por 130 dias, arcando, ainda, com uma multa de R$ 40 mil. O zagueiro viu sua punição cair de 360 dias para 120 dias. A retaliação financeira pelo ato ficou em R$ 40 mil.

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A proposta foi apresentada pelo procurador-geral do STJD Ronaldo Piacente e acatada por unanimidade pelos juízes do órgão esportivo. A data da suspensão começou a contar a partir de 9 de novembro, data do primeiro julgamento dos atletas. Com isso, por se tratar de uma pena cumprida em dias corridos, Gustavo Henrique fica afastado do Brasiliense até 8 de março. Zé Love poderá voltar aos jogos no dia 18 do mesmo mês.

Inicialmente, a punição seria a mesma proferida pela comissão disciplinar do STJD, mas, após o relator manter a decisão da origem, os termos foram oferecidos e acatados pelas partes envolvidas no julgamento. Zé Love e Gustavo Henrique se comprometeram, ainda, a gravar um vídeo ressaltando a importância de respeito às equipes de arbitragem em partidas de futebol.

Desta forma, os dois ficam de fora de boa parte da disputa do Campeonato Candango de 2022. A temporada do próximo torneio local está marcada para ser realizada entre 26 de janeiro e 2 de abril. Com isso, eles pegariam apenas as partidas da fase final, caso o Brasiliense avance da primeira fase do certame. No próximo ano, o Jacaré defenderá o título conquistado em 2021.

Em nota oficial publicada horas depois da decisão da corte esportiva, o Brasiliense destacou que a nova punição aos jogadores é definitiva, não cabendo nenhum novo recurso ou efeito suspensivo no caso. O Jacaré voltou a questionar a punição aos jogadores. “Vale ressaltar que a punição foi baseada com falta de provas, já que as imagens da partida mostram claramente que os atletas não cometeram tais atos relatados na súmula”, escreveu o clube amarelo.

As outras punições para representantes do Brasiliense pela mesma confusão foram mantidas pelo STJD: o ex-auxiliar técnico Wellington Augusto tem gancho de 180 dias; o gerente de futebol Paulo Henrique Lorenzo pegou 30 dias de suspensão, já cumpridos; o ex-técnico do clube Luan Carlos foi apenado em dois jogos; Maicon Assis foi advertido; o goleiro Fernandes absolvido; e o clube multado em R$ 10 mil.

Relembre o caso

Na súmula da partida contra a Ferroviária, marcada por diversas polêmicas envolvendo o trio de arbitragem, o árbitro Antônio Márcio Teixeira da Silva relatou que os jogadores teriam proferido ofensas, agressões e cuspido em sua direção ao fim do jogo que eliminou o Brasiliense da Série D do Campeonato Brasileiro. O STJD julgou os jogadores com base conteúdo descrito pelo árbitro no documento oficial da partida.

Nos dias seguintes ao jogo, em meio às primeiras repercussões da súmula do trio de arbitragem, os jogadores negaram de forma veemente as acusações. Tanto Zé Love quando Gustavo Henrique recorreram ao Instagram para se defender e negar as práticas anti-desportivas. À época, os atletas também reclamaram de um erro de marcação no lance do pênalti que eliminou o Brasiliense.

Eliminação com polêmica

O relógio marcava 22 minutos do segundo tempo quando Júlio Vitor puxou ataque pela esquerda do campo e foi derrubado por Alex Murici. De início, o árbitro marcou a infração com veemência, mas apontou falta fora da área. Cercado por jogadores dos dois times, Antônio Márcio Teixeira da Silva consultou seus auxiliares. A indecisão do trio causou uma confusão generalizada. Após 13 minutos de muito bate e boca, o juiz mineiro assinalou o pênalti que acabou eliminando o Brasiliense.

Na súmula da partida, publicada no site oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o árbitro pouco falou sobre a tomada de decisão. No campo de ocorrências e observações, Antônio apenas descreveu a confusão ocorrida nas arquibancadas e não deu detalhes sobre o lance. No documento, além de citar as supostas agressões dos jogadores, ele faz citações diretas a Paulo Henrique Lorenzo, gerente de futebol do Brasil, e Edgard Montemor Fernandes Filho, dirigente da mesma posição na equipe da Ferroviária.

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