Por João Marcelo*
Foram sete meses e dez dias desde o último confronto do Real Brasília pelo divisão de acesso do Brasileirão Feminino, mas a espera acabou e as Leoas do Planalto retornam aos gramados neste domingo (25/10). A partida ocorrerá em solo candango, no estádio Defelê, na Vila Planalto, às 15h (horário de Brasília). Devido à pandemia do coronavírus, a competição teve que ser paralisada ainda na primeira rodada em meados de março, quando foi decretada a quarentena.
Em sua estreia na competição, o Real Brasília empatou em 0 a 0 com o Botafogo-RJ em partida realizada no CEFAT, em Niterói (RJ). Naquele domingo à tarde, as Leoas do Planalto entraram em campo com Flávia no gol, Jéssica Bahia e Nathália fizeram as laterais, Isabela e Jaqueline completavam a defesa, Luciana, Maiara, Sassá e Camila Pini formavam o meio e no ataque, Marcela e Dani Silva. As onze atletas que iniciaram a partida continuaram no plantel e estão à disposição de Evilásio de Almeida para o tão sonhado acesso.
No banco, o técnico ainda tinha Keikei, Jamille, Pity, Ellen, Amanda, Ronaldinha e Laís. Destas, apenas a última não faz mais parte do elenco. Além das permanências, Evilásio contou com quatro reforços para seu plantel. O primeiro anúncio, no início de setembro, foi de Bárbara, meia atacante de 30 anos, que estava no Minas Brasília e chega com o título da Série A2 do Brasileirão Feminino na bagagem, conquistado em 2018 com a equipe candanga.
Para o gol, o Real Brasília trouxe Luana Bittelbrunn, de 24 anos. A atleta estava no Figueirense-SC, atuando pelo Futebol de 7, mas já atuou no futebol profissional com a camisa do Kindermann-SC. Ainda no sistema defensivo, duas zagueiras: Dulce e Rafa Soares. As duas tem em comum o São José-SP como último clube, mas a primeira não atua desde 2019, enquanto Rafa atuou na equipe paulista na atual edição do campeonato. Dulce acumula experiência em seus 38 anos e Rafa pouco mais que a metade da companheira, 20 anos.
Regulamento da Série A2 do Brasileirão Feminino
O campeonato é composto por 36 equipes divididas em seis grupos com seis equipes cada. Os clubes se enfrentam dentro das chaves e totalizam cinco confrontos cada um. Os dois melhores de cada e mais os quatro melhores terceiros, totalizando 16 times, se classificam para a fase mata-mata. Nas oitavas, as equipes são divididas em dois blocos: A e B. No primeiro, os campeões de grupo e os dois melhores segundos colocados. No outro bloco, os quatro piores segundos colocados e os quatro melhores terceiros, que possuirão o mando de campo dos jogos da ida.
Os oito classificados comporão as quartas de final, depois quatro clubes na semi e por fim, dois na grande final. Os mandos dos jogos da volta sempre serão dos clubes com melhor campanha na soma das fases. Não haverá o critério de gol fora de casa, empate nos placares, a decisão será nas penalidades máximas. E os semifinalistas, ou seja, quatro equipes, já garantem vaga na Série A1 do Brasileirão Feminino de 2021.
Adversárias das Leoas do Planalto**
VILA NOVA-ES
Primeiro adversário nesta reabertura da Série A2 do Brasileirão Feminino, o Vila Nova vem para a sua terceira participação na divisão de acesso. Em 2018, foi eliminado na fase de grupos com sete jogos, sendo duas vitórias, um empate e quatro derrotas. No ano seguinte, nova eliminação na fase inicial. Em novo formato do certame, a equipe capixaba fez cinco jogos com apenas uma vitória e quatro derrotas. Em seu estado, o clube é o maior vencedor do estadual e venceu os último cinco campeonatos capixabas da categoria.
ATLÉTICO-MG
As Vingadores estão na segunda participação do segundo escalão do futebol feminino. Na primeira temporada, no ano anterior, foram cinco jogos com quatro derrotas e um empate na competição. O time mineiro obteve a vaga no certame por conta do ranking de seu time masculino (7º colocado) em 2019. Em seu currículo, as mineiras têm cinco títulos do Campeonato Mineiro Feminino (2006, 2009, 2010, 2011 e 2012). A atual edição do estadual começará em 14 de novembro.
GOIÁS-GO
O quarto confronto das Leoas do Planalto será um clássico regional, frente ao atual campeão goiano, o Goiás. A equipe esmeraldina conquistou a vaga na Série A2 do Brasileirão Feminino de 2020 por conta do seu título – o primeiro na história – e participa pela primeira vez da competição nacional. Estreou com um empate contra o Vasco da Gama-RJ por 1 a 1 e divide a liderança do grupo com a equipe carioca devido aos gols feitos no campeonato.
VASCO DA GAMA-RJ
Último adversário na fase de classificação, o Vasco da Gama-RJ chega em situação semelhante ao Atlético-MG: segunda participação na Série A2 do Brasileirão Feminino – a estreia no torneio não foi das melhores com uma vitória, um empate e três derrotas – e vaga conquistada devido ao ranking da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) da modalidade masculina (15º colocado). Porém, a equipe cruzmaltina é a maior vencedora do estadual do Rio de Janeiro com oito títulos, o último em 2013.
**O Botafogo-RJ também compõe o Grupo E, mas foi adversário da estreia do Real Brasília (0 a 0) e por isso não foi citado dentre os clubes.
Caminho do Real Brasília no Grupo E
1ª rodada – Botafogo-RJ 0 x 0 Real Brasília – 15 de março – CEFAT (RJ)
2ª rodada – Real Brasília x Vila Nova-ES – 25 de outubro (domingo) às 15:00 – Defelê (DF)
3ª rodada – Atlético-MG x Real Brasília – 1º de novembro (domingo) às 15:00 – Vila Olímpica (MG)
4ª rodada – Goiás-GO x Real Brasília – 8 de novembro (domingo) às 15:00 – CT Edmo Pinheiro (GO)
5ª rodada – Real Brasília x Vasco da Gama-RJ – 13 de novembro (sexta) às 16:00 – Defelê (DF)
Jogadoras do Real Brasília
Goleiras: Flávia, Keikei e Luana Bittelbrunn;
Laterais-direitas: Jéssica Bahia e Elianny;
Laterais-equerdas: Lana, Nathalia e Jhennifer;
Zagueiras: Isabela, Jaqueline, Jamille, Isabel, Dulce e Rafa Soares;
Meias: Sassá, Luciana, Milena, Ellen, Gabi, Amanda, Camila Pini e Maiara;
Atacantes: Ronaldinha, Pitty, Marcela, Bárbara, Dani Silva e Rhaizza.
*Colaborou Lucas Espíndola