Após uma temporada de 2021 decepcionante em termos esportivos, o Gama segue o trabalho fora de campo para mudar sua estrutura de gestão. Prestes a adotar o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) – separando o departamento de futebol das demais estruturas do clube e abrindo capital para investidores -, o alviverde anunciou oficialmente nesta quarta-feira (22/12) a entrada no mundo de criptomoedas com um Fan Token. A informação foi antecipada pelo Correio Braziliense.
O Gama Utility Token, também chamado de GAMAO, está disponível desde segunda-feira (20/12), data da apresentação do elenco de 2022 e do aniversário de 23 anos da conquista da Série B do Campeonato Brasileiro de 1998. Segundo o clube, a moeda chega ao mercado para “gerar engajamento, estímulos e sinergia entre torcedores, população local, indústria, comércio e time, tendo em vista não se tratar apenas de um Fan Token, mas de uma criptomoeda que nasceu com utilidade prática para ser utilizada na economia real”.
“Esta união de forças entre os clubes e o mercado de criptomoedas se mostrou muito eficiente, uma vez que criou enormes possibilidades de geração de receitas para os clubes e ótimas oportunidades para detentores destas criptomoedas. Apenas em Fan Tokens (criptomoedas), os clubes arrecadaram mais de R$ 3 bilhões em 2021, segundo a mídia especializada”, segue o comunicado, lembrando que times como Flamengo, Corinthians, São Paulo e Palmeiras também colocaram as suas criptomoedas em circulação.
Segundo o alviverde, parte dos Gama Utility Tokens e dos valores arrecadados serão direcionados a projetos investidos em espaços da região administrativa que abriga o clube, especialmente em projetos de reestruturação de quadras de futebol na cidade, “que servirão de base para projetos sociais que utilizem o futebol como meio de transformação social na vida de crianças carentes.” O Fan Token foi desenvolvido na Binance Smart Chain e, em breve, estará listado oficialmente em corretoras de criptomoedas.
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Projeto SAF
O Gama está próximo de se tornar o primeiro clube do Distrito Federal a ser gerido pelo modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Nele, o alviverde poderá vender o controle do departamento de futebol para possíveis investidores, com uma empresa que substitui o time em campeonatos e assume os contratos de jogadores. De acordo com o Correio Braziliense, o Periquito aguarda apenas a emissão do CNPJ para finalizar o processo de migração.
Em entrevista ao Distrito do Esporte na apresentação do elenco, o presidente Weber Magalhães detalhou o processo. “Conseguimos reunir algumas pessoas que viram que o Gama tem uma posição importante. Tornar um clube-empresa, virar uma SAF… tudo está sendo preparado para isso. Com esse pontapé inicial, conseguimos fazer um trabalho que deu na apresentação do time. O projeto está bem adiantado e essa semana devemos ter uma posição concreta de tudo que está pronto, oficializado, saneado e resolvido.”
