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Fora do cenário local há três anos, estádio foi descartado do Candangão pela Administração Regional Foto: Reprodução da Internet |
Por Danilo Queiroz
Nos últimos anos, o maior problema da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) na organização do Campeonato Candango está relacionado a regularização dos palcos do torneio. Ano após ano, as arenas da capital federal apresentam problemas que impossibilitam seu uso no torneio local. Interditado há mais de três anos, o estádio Juscelino Kubitschek, no Paranoá, também não será utilizado no torneio da próxima temporada.
Em setembro, o Paranoá Esporte Clube, equipe que costumava mandar suas partidas no estádio, deu um sopro de esperança no coração de sua torcida ao postar um vídeo em suas redes sociais oficiais mostrando a execução de uma obra nas arquibancadas do JK. Entretanto, a Administração Regional da cidade, responsável por administrar o complexo, sepultou de vez a chance de a arena voltar ao Candangão em 2019. Hoje, apenas jogo de base, onde não há público, ocorrem no local.
Mesmo ressaltando que hoje o gramado do estádio está em “perfeito estado” para a prática do esporte, a administração da Região Administrativa lembrou que ainda existe uma série de obras estruturais a serem realizadas para colocar o JK dentro do exigido pelo Estatuto do Torcedor. Com a troca de mandato no Governo do Distrito Federal (GDF) se aproximando, a reforma também será adiada.
“As obras que o estádio JK necessita não está prevista no orçamento do governo local para este ano. Então, a tendência é ficar para a próxima gestão”, informou a administração em contato com a reportagem do Distrito do Esporte. “As Polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros, e a Vigilância Sanitária apontaram problemas em vistoria, deixando claro que o estádio não pode ser aberto ao público”, continuou a nota.
A administração descreve o cenário do caos afirmando que toda a “estrutura está comprometida”. As principais intervenções necessárias estão relacionadas à troca das catracas e portões de entrada, “que estão sem condições de uso”, melhorias nos banheiros, “que não comportam o público de eventos de grande porte”, e reparos nos degraus de arquibancada, onde “não há acessibilidade para os portadores de necessidades especiais”
A abertura de licitação para a reforma geral está prevista para o início de 2019, com prazo de conclusão em junho, de acordo cronograma da administração regional. O último jogo válido pelo Candangão no estádio foi disputado há mais de sete anos. Em 05 de fevereiro de 2011, o empate em 1×1 entre CFZ e Botafogo-DF pelo campeonato local daquele ano foi a última apresentação de clubes locais no JK.
No JK, imprensa trabalhava em condições precárias
Os cuidados com a condição de trabalho da imprensa, uma das grandes responsáveis por manter vivo o esporte de Brasília, é um dos principais problemas do estádio JK. Líder do portal Esportes Brasília e Secretário da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD), Rener Lopes ressaltou a importância de atenção com os locais destinados aos jornalistas nas intervenções previstas no local.
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Durante sua carreira, o jornalista vivenciou uma série de perrengues ao cobrir jogos na área destinada aos meios de comunicação no estádio. “Quando o Paranoá mandava seus jogos no estádio JK, as cabines de imprensa eram improvisadas com madeirite e feitas de última hora. Os jornalistas trabalham em um lugar quente e sem ventilação”, relembrou Rener.
“Na final da Segunda Divisão do Campeonato Candango entre Paranoá e CFZ, trabalhamos em uma área totalmente aberta, sem mesa nem nada. Era como uma lage e lá que eles querem manter a imprensa. Até perguntei no perfil oficial do clube se iam esquecer de novo as cabines de imprensa e, pelo visto, isso aconteceu”, criticou.
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