O jornalista Mateus Teófilo comenta suas expectatívas sobre a temporada do Universo/Brasília no NBB Foto: Reprodução da Internet |
Por Mateus Teófilo*
E, antes tarde do que nunca, a temporada 2018/2019 do Universo/Brasília teve início oficialmente. Com o elenco já fechado, devidamente apresentado e já na rotina de treinos, o time agora espera o início do Novo Basquete Brasil (NBB), que começa na segunda semana de outubro. No dia 15, a equipe enfrenta, logo em sua estreia, um velho conhecido: o Flamengo. Antigamente, na primeira passagem da Universidade Salgado de Oliveira (dona da franquia) por Brasília, esse duelo era sinal certo de fortes emoções e, principalmente, de muito equilíbrio. No entanto, a temporada que se aproxima tem tudo pra ser bastante atípica para a torcida do DF, e por uma série de fatores.
Apresentação “em cima da hora”
A primeira, e a meu ver a principal delas, é o tempo de preparação que a equipe terá até a estreia no campeonato. Com o time sendo apresentado de forma tardia, os treinos só tiveram início no último sábado (01/09). Enquanto isso, a grande maioria dos adversários — se não todos eles — já estão inclusive jogando campeonatos de pré-temporada. Isso, sem dúvida alguma, é um atraso para o Universo, principalmente no que tange ao entrosamento dos jogadores.
Elenco formado do “zero”
No ano passado, a franquia do Universo Basquete estava no Vitória-BA. Ao confirmar a volta para a capital federal, trouxe apenas o ala Arthur. Ou seja, não há uma base para servir de “ponto de partida”. Somando ao pouco tempo de preparação que a equipe terá, o resultado é um baita desafio para o técnico André Germano, estreante no NBB.
Ausência da “bola de segurança”
Apesar de ter no elenco alguns nomes de peso, como Arthur, Nezinho e Ricky Sánchez, ainda sinto que não há um jogador para ser “O CARA”, aquele que chama a responsabilidade quando o time precisa, que tem o dom de resolver. Desses que acabei de citar, os dois primeiros já passaram há muito do auge. Já Ricky Sánchez, por atuar de pivô, acaba ficando “engessado” dentro do garrafão, o que facilita uma dobra de marcação em cima dele. Com todo o respeito aos pivôs, mas não gosto da ideia de ter um deles como “carregador de piano”.
Ainda falta pouco mais de um mês para o início do NBB. De lá até o final do campeonato, muita coisa pode acontecer. É muito difícil tentar prever, mesmo que por puro palpite, por quais posições o Universo vai brigar nessa próxima temporada. Mas uma coisa eu digo com convicção: a torcida de Brasília, que está acostumada com um time que luta sempre pelas primeiras posições, vai precisar se readaptar. Não acho que vá ser rebaixado, acho que o atual elenco está acima disso. Mas acredito que beliscar uma vaga nos playoffs é o máximo que conseguiremos.
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