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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Pênalti polêmico impõe ao Brasiliense 4ª desclassificação seguida na Série D

Derrota por 1-0 fora de casa sela pior campanha do Jacaré em todas as edições de Série D que disputou

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Por Bruno H. de Moura

2018, 2019, 2020, 2021. 4 participações ininterruptas na Série D. Todos os anos como favorito à classificação à Série C. Medalhões, salários em dia, estrutura invejável num dos metros quadrados mais caros do Brasil – Setor de Clubes Sul -, bichos satisfatórios, e estabilidade política. Os ingredientes do bolo do Brasiliense, ano após ano, levam ao mesmo final – desclassificação.

Na pior campanha do Jacaré em sua história na competição o time só conseguiu se classificar na bacia das almas, na última rodada do grupo A5. E agora sucumbe logo no primeiro mata-mata. No jogo de ida 0-0 em casa, o 1-0 contra na volta selou seu destino.

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Ano que vem, de novo, o capitalizado time do DF, a equipe que mais rapidamente ascendeu na história do futebol profissional nacional, que foi finalista de Copa do Brasil com 2 anos de existência, que é decacampeão candango – metade de todos os títulos que disputou -, campeão de Série B e Série C, vai atrás do mesmo objetivo dos últimos 8 anos: subir à Série C.

Dessa vez a queda foi para a Ferroviária, num jogo marcado por confusões, duas expulsões no time do Jacaré, 8 cartões amarelos somente pro plantel do Brasiliense, 20 minutos de acréscimo no tempo final, e uma série de balbúrdias.

Na primeira etapa o Jacaré foi completamente dominado, mas melhorou com o passar do tempo, ainda que os esquemas táticos continuassem como do início da primeira etapa. O Brasiliense se fechava num 1-4-5-1, Zé Love isolado, enquanto a Ferroviária explorava o lado direito e mantinha a posse de bola sobre seu domínio, mas pecava na finalização.

Nos 65 minutos finais, sim, 65, o árbitro estendeu por mais 20 o jogo, o Brasiliense melhorou da água pro vinho, mas uma falta na linha da grande área paralisou a partida por 13 minutos e gerou gol de pênalti da Ferroviária.

Em 2022 o Brasiliense tem vaga garantida na Série D, dessa vez ao lado do Ceilândia, vice-campeão local em 2021. A Ferroviária encarará o Esportivo-RS na próxima fase.

1º Tempo: Brasiliense se fecha e Ferroviária desperdiça chances

No primeiro minuto de jogo Alex Murici, em cobrança de falta, rolou a bola pra trás no vazio, sem ninguém. Gleyson, esperto, correu mais rápido que a zaga do Jacaré, dominou a bola até dentro da área, mas ao encarar Edmar Sucuri chutou no lado esquerdo do goleiro e caiu pra fazer milagrosa defesa.

Aos 4′ foi a vez de Jefinho receber passe na direita, abrir o ângulo e de fora da área arriscar. Sucuri saltou pra espalmar a escanteio. Dali a Ferroviária impunha seu ritmo de jogo, pra cima, enquanto o Brasiliense trancava-se na zona defensiva com apenas Zé Love mais adiantado e seus meias esperando uma oportunidade de contra-ataque.

Aos 19′ sobra de bola dentro da área, Gleyson fez o corta-luz pra Jefinho, sem marcação, furar a bola e perder mais uma bela chance. Aos 23′ Peu bateu falta próximo à meia-lua central direto pro gol, direto pra fora. Aos 26′ Tobinha roubou a bola na esquerda, chegou até a entrada da área e, ao invés de cruzar para Zé Love, arriscou de fora, mandando pra linha de fundo.

Aos 32′ a quarta chance da Ferroviária. Julio Vitor recebeu, pedalou, cruzou dentro da área  Gleyson resvalou na bola que passou próxima à trave e foi pra escanteio após milimétrico toque de Gustavo Henrique. No giro dos 45′ chute de Lucas Hypolito espalmado para fora por Edmar Sucuri. Aos 48′ Zé Love cobrou falta direto pra linha de trás. Aos 49′ o árbitro encerrou a primeira etapa.

2º Tempo: Árbitro horroroso causa confusão em jogo decisivo

No intervalo Luan Carlos sacou Sandy, amarelado, e colocou Jorge Henrique. Elano não mexeu na Ferroviária.

O Brasiliense, então absolutamente recuado, subiu suas linhas de marcação, mudou o esquema, colocou Luquinhas na esquerda mais ofensivo, e Jorge Henrique na direita como ponta. Elano, atento, logo tirou Jefinho, que desperdiçou dois gols na etapa inicial, e botou o então titular Léo Castro.

E foi com Léo Castro a primeira oportunidade do time da casa na segunda etapa, aos 12 minutos, após linda jogada de Bernardo que carregou a bola, driblou, passou pra Léo Castro chutar cruzado pra defesa de Sucuri.

Aos 16” Luquinhas ganhou da marcação no canto esquerdo, pegou o rumo  da área, bateu firme para o meio da área. A bola bateu na zaga adversária e quase foi pro gol de Saulo. Luan Carlos, pouco depois, trocou Luquinhas por Jefferson Maranhão.

Aos 22” Julio Victor fitou a defesa do Brasiliense, que ficando pra trás entrou nos pés do meia da Ferroviária, em cima da linha. O árbitro logo marcou a falta, fora da área. Mas na sequência correu para o assistente Celso Luiz da Silva. Todo o elenco da Ferroviária foi pra cima do árbitro, e todo o elenco do Brasiliense acompanhou.

Paralisado por 13 minutos, só aos 35” a Ferroviária foi pra cobrança, de pênalti, e não de falta. O árbitro voltou atrás e deu a falta mais grave, sob intensos protestos dentro e fora de campo do Brasiliense. Julio Victor tomou distância, deu três passos da bola, chutou no lado esquerdo, Sucuri caiu pro direito. Ferroviária 1-0 Brasiliense.

Como era de se esperar, à frente no placar, a Ferroviária se encolheu toda, enquanto o Brasiliense foi pra cima. Elano tirou um meia ofensivo e colocou um marcador. Aos 43” falta cobrada pro Jacaré dentro da área, mas a defesa da locomotiva desviou pra fora. Na cobrança fechada Peu quase fez gol olímpico, mas o goleiro conseguiu afastar.

Aos 45” o árbitro anotou 19 minutos de acréscimo. Também aos 45” Luan Carlos mudou outra vez: Victor Rangel na vaga de Zé Love. Aos 51” Balotelli e Tobinha deram espaço para Carlos Eduardo e Maicon Assis. Detalhe que Maicon já entrava com um cartão amarelo, dado ao banco na etapa inicial.

Pra piorar a situação do Brasiliense, Maicon Assis foi reclamar de falta marcada sobre Lucas Hipólito e recebeu segundo cartão amarelo, e consequentemente o vermelho. Expulso com nem 10 minutos em campo. E na sequência Luan Carlos, por reclamação, também expulso.

Confusão, bate-boca, expulsões, mais 3 minutos de acréscimos, que sequer foram seguidos. Aos 65 o árbitro encerrou o jogo. Era para 67, mas o incompetente Antônio Marcio Teixeira sequer teve coragem de levar a partida até o final. Saiu escoltado por 8 policiais e em meio a pontapés de Zé Love.

Brasiliense desclassificado.

De novo.

Ferroviária 1

Saulo; Bernardo, Gustavo Medina, Léo Rigo, Marquinhos; Lucas Hipólito (Bruno Santos), Ian Luccas🟨 (PH), Gleyson; Jefinho (Léo Castro), Júlio Vitor ⚽, Bruno Leonardo 🟨

Tec.: Elano Blumer

Brasiliense 0

Edmar Sucuri; Alex Murici 🟨, Badhuga, Gustavo H, Peu; Aldo, W. Balotelli (Carlos Eduardo), Sandy🟨 (Jorge Henrique🟨), Luquinhas (Jefferson Maranhão), Tobinha (Maicon Assis🟨🟨- 🟥); Zé Love 🟨 (Victor Rangel)

Tec.: Luan Carlos 🟨🟨 – 🟥

Arbitragem:

Árbitro Antonio Marcio Teixeira da Silva MG
Árbitro Assistente 1 Celso Luiz da Silva MG
Árbitro Assistente 2 Magno Arantes Lira MG
Quarto Árbitro João Vitor Gobi SP

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4 COMENTÁRIOS

  1. A falta foi claramente fora da área…o árbitro deu a falta a não o penalti… Mas sofreram pressão dos jogadores e dirigentes da AFE, assim como também o bandeira… E voltaram atrás, dando penalti inexistente (e não duvidoso ou polêmico)…
    Verdadeiros fabricantes de resultado….uma vergonha….
    Perder no campo, na bola, não há problema….mas prejudicar o trabalho de dezenas de pessoas com um vilipêndio desses é realmente revoltante…. Um vagabundo desses não tem a menor condição de apitar nem jogo de infantil… até pq o exemplo que ele dá é péssimo…. Geladeira nesse flibusteiro!!!!

  2. O Brasiliense foi prejudicado, mas se tivesse jogado como deveria não teria passado por essa situação, dinheiro não é problema. Mas o Brasiliense está mostrando para todos que certas coisas o dinheiro não compra. O mais impressionante é que o Brasiliense busca motivação no Gama não tem outra explicação, quando o Gama está bem o Brasiliense muda de postura e joga um bom futebol como aconteceu no ano passado. Derrepente o Gama sofre um desmanche e o futebol do Brasiliense some. Esse ano o Gama continuou mal das pernas e o Brasiliense apesar de todo investimento seguiu o mesmo caminho. Um time quase falido e outro cheio da grana mas que seguem o mesmo caminho de fracasso. A vergonha maior do fracasso fica para quem? O falido? Ou o Rico?

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