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terça-feira, 3 de junho de 2025
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Lendas de Flamengo e Borussia Dortmund duelam no Mané Garrincha

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Estádio Nacional Mané Garrincha
Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Na próxima quarta-feira (20/11), o Distrito Federal será palco de uma grande homenagem ao rei do futebol. No Dia da Consciência Negra, data que será feriado nacional pela primeira vez após longos anos sendo um recesso estadual na Bahia e Rio de Janeiro, o Estádio Nacional Mané Garrincha recebe o confronto entre as lendas do Flamengo e do Borussia Dortmund. A partida é um tributo ao Rei Pelé.

O encontro entre os rubro-negros e os alemães já estava marcado há alguns meses, mas só ganhou força próximo a data de realização. Os jogadores que representarão as lendas do Flamengo são atletas que atuaram nos anos 80, 90 e 2000. Já pelo lado do Borussia Dortmund estão atletas conhecidos entre os torcedores brasileiros, como Tinga, Dede, Amoroso, Da Silva, Evanilson e Ewherton.

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Como será um tributo ao Rei Pelé, atletas que atuaram pela Seleção Brasileira também desembarcam em Brasília. Até aqui, os jogadores confirmados que já vestiram a amarelinha  e que vão jogar no DF são: Cafu, Edmar, Ronaldão, Junior, Muller e Josimar. Além deles estará o grande zagueiro do Uruguai e ídolo do São Paulo, Diego Lugano. Os ingressos para a partida custam R$90,00 (meia-entrada), R$180,00 (inteira) e devem ser comprados no site Santo Cartão.

Além do principal atrativo, que será a partida entre as lendas de Flamengo e Borussia Dortmund, outros eventos acontecerão na capital federal. Nesta terça-feira (19/11) acontece uma sessão de autógrafos na loja esportiva Centauro do Park Shopping. Depois, acontecerá um treino com as estrelas do jogo no Estádio Valmir Campelo Bezerra, o Bezerrão, no Gama, marcado para acontecer entre 16h e 18h.

Serviço

Lendas Flamengo x Lendas Borussia Dortmund
Data: 20/11 (quarta-feira)
Horário: 16h – Os portões abrem às 13h
Ingressos: R$90,00 (meia-entrada) – R$180,00 (inteira) – Santo Cartão (clique aqui)

Confira os resultados da sexta rodada da Copa Brasília Sub-20

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Brasiliense x Canaã - Copa Brasília Sub20
Foto: Luã Tomasson/Brasiliense

A última competição oficial realizada pela Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) na atual temporada está chegando no final. Neste fim de semana foram realizados quatro confrontos válidos pela sexta rodada da Copa Brasília Sub20. A competição de categorias de base reúne os oito melhores colocados no Campeonato Candango Sub20, que classificou Real Brasília e Brasiliense para a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2025.

A primeira partida do fim de semana foi realizada no Estádio Bezerrão, entre Gama e Real Brasília. As duas equipes entraram em campo com chance de chegarem a final da competição, mas o Leão do Planalto tratou de abocanhar o Periquito e encerrou o sonho Alviverde. Os visitantes golearam os donos da casa por 6 a 1, com gols marcados por Paulo Vitor (duas vezes), Gabriel (duas vezes), João Vitor e Kennedy. O resultado deixa o Real Brasília com 13 pontos e na briga pela final da Copa Brasília Sub20.

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Luziânia x Paranoá - Copa Brasília Sub20
Foto: Stefany Fernanda

No Serejão, o Capital visitou o Samambaia, às 15h30 de sábado (16/11). O Coruja estava na liderança antes da rodada começar e se manteve na primeira colocação após vencer o Cachorro Salsicha por 1 a 0. O gol da vitória foi marcado por Arthur Dourado no segundo tempo. Os três pontos garantiram o Capital na final. Encerrando os confrontos do dia 16, o Luziânia goleou o Paranoá por 5 a 1. Ambos os times já estão eliminados da competição.

Dando um ponto final na sexta e penúltima rodada da Copa Brasília Sub20, o Brasiliense recebeu o Canaã no Estádio Serejão, em Taguatinga, na manhã de domingo (17/11). O Jacaré não teve pena do adversário e goleou os visitantes por 6 a 1. Os gols foram marcados por Heitor (duas vezes), Maycon (duas vezes), Wellington e Gabriel Kersul. O resultado deixou o esquadrão amarelo com 13 pontos. Brasiliense e Real Brasília entram na última rodada lutando por uma vaga na final da Copa Brasília Sub20.

7ª rodada da Copa Brasília Sub20

Sábado (23/11)

Capital x Canaã
Brasiliense x Samambaia
Real Brasília x Paranoá
Gama x Luziânia

**Os detalhes da rodada decisiva serão divulgadas durante a semana pela FFDF

Em jogo equilibrado, Brasília vira no fim sobre o União Corinthians

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NBB
Foto: Vinicius Molz Schubert (@vinicius_schubert)

O raio caiu duas vezes no mesmo lugar. Na segunda partida consecutiva como visitante, o Brasília precisou apenas dos minutos finais de jogo para emplacar mais uma vitória no Novo Basquete Brasil (NBB). A vítima da vez foi o União Corinthians. Neste sábado (16/11), os paranaenses forçaram um jogo equilibradíssimo, mas, embalados por Cook, os brasilienses ganharam, por 78 a 76.

O cenário da oitava vitória consecutiva do Brasília Basquete no NBB foi muito parecido ao triunfo de quinta-feira (14/11) contra o Caxias do Sul. As duas equipes jogaram bem e se equivaleram durante todos os quartos. No entanto, os brasilienses ficaram atrás na maior parte do tempo, embora com uma desvantagem próxima o suficiente para proporcionar a chance de virada.

E assim foi. A bola responsável por colocar o Brasília na frente do placar caiu restando 3m18s para o fim da partida. Depois, os brasilienses sofreram, mas seguraram o União Corinthians. Cook anotou impressionantes 29 pontos na partida, com aproveitamento de 55,8% das tentativas. Von Haydin (16) e Nesbitt (15) também se destacaram no duelo parelho pelo NBB.

Foto: Vinicius Molz Schubert (@vinicius_schubert)

Desde o primeiro quarto, o cenário de equilíbrio se apresentou. Com dificuldades de sobrepor as defesas adversárias, as equipes não abriram grande frente. O União Corinthians levou a melhor por apenas um ponto. A segunda parcial manteve a troca de golpes no Ginásio Poliesportivo Arnão. O 17 a 17 deixou os paranaenses com apenas um ponto de frente antes do intervalo.

Na volta do descanso, o quarto com mais pontos. Mais assertivos, as equipes ainda alternavam as cestas e deixavam o duelo totalmente indefinido. Os paranaenses aumentaram a vantagem em mais um. Na parcial final, o Brasília tomou o controle e a frente. O União Corinthians perseguiu, mas o bom aproveitamento nos arremessos foi suficiente para os brasilienses engatarem a oitava.

Pausa nos jogos

Agora, o Brasília terá uma grande pausa na sequência de jogos do Novo Basquete Brasil (NBB). Em terceiro lugar na classificação da competição nacional, o time terá 23 dias de treinamentos antes de viajar para mais uma sequência de partidas como visitante. O destino na primeira quinzena de dezembro será o Rio de Janeiro, onde os brasilienses jogam com Flamengo, Botafogo e Vasco.

Ceilândia ratifica aprovação para clube aderir a projeto de SAF

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Ceilândia SAF
Foto: Lucas Bolzan/FFDF

Sem pressa e apostando na cautela, o Ceilândia deu um novo passo para aderir ao projeto de Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Na manhã deste sábado (16/11), o atual campeão do Campeonato Candango divulgou uma nota oficial informando a decisão da Assembleia Geral do clube no sentido de ratificar a decisão de mudança de modelo de gestão estudada desde 2022.

De modo prático, a ação deixa o clube mais perto de oficializar, de vez, os trâmites internos para a oficialização da Ceilândia SAF, deixando o departamento de futebol do Gato Preto apto para ser vendido e repassado ao controle de possíveis investidores. No entanto, o alvinegro não tem pressa para isso acontecer e a atual gestão seguirá no comando para tocar a equipe em 2025.

De acordo com o presidente Ari de Almeida, haverá um processo de amadurecimento da Ceilândia SAF, com o clube mantendo o controle de toda a porcentagem da futura empresa. Quando o modelo de gestão estiver implementado de maneira segura, o Gato Preto pretende se abrir ao mercado de investidores em busca de alguma empresa ou grupo para assumir o departamento de futebol.

O Ceilândia debate a montagem de uma SAF, ao menos, desde o segundo trimestre de 2022. Em abril daquele ano, criou uma comissão para analisar a viabilidade da proposta. Em dezembro, a Assembleia Geral do Gato Prato se reuniu pela primeira vez para analisar a proposta e a aprovou, de maneira unânime, como solução para o futuro do clube alvinegro. O órgão administrativo é formado por 11 membros.

As SAFs estão cada vez mais difundidas no futebol do Distrito Federal. A próxima edição do Campeonato Candango, inclusive, conta com várias equipes com o modelo implementado: Brasiliense e Capital, por exemplo, carregam a nomenclatura oficialmente. O Gama recorreu ao projeto em 2021, mas, meses depois, retomou o controle da gestão na Justiça após o contrato com investidores não ser cumprido.

Com Sucuri, Ceilândia confirma trio de goleiros para a temporada 2025

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Edmar Sucuri
Foto: Silvio Avila/Especial Metrópoles

Conforme adiantado pelo Distrito do Esporte no primeiro dia de novembro, Edmar Sucuri voltará a defender o Ceilândia na temporada 2025. O experiente arqueiro foi confirmado, na noite desta sexta-feira (15/11), como um dos componentes do trio de goleiros do Gato Preto para o próximo ano. Além dele, Elias Lara e Gabriel Blesson vão defender a meta alvinegra nas quatro competições previstas.

Pela rodagem no futebol e conhecimento da “antiga nova casa”, Edmar Sucuri desponta como favorito para assumir a titularidade no Ceilândia. O goleiro voltará a escrever a história no clube alvinegro após um hiato de 12 anos. Na última temporada do futebol do Distrito Federal, o jogador de 35 anos se destacou na campanha do acesso à elite do Candangão. Os anos no Brasiliense turbinam o currículo do atleta.

No trio de goleiros do Ceilândia para 2025, Elias Lara é o único sem passagens anteriores pelo clube. O arqueiro de 25 anos passou boa parte da carreira profissional defendendo clubes do Mato Grosso. Entre eles, estão o Operário CEOV, o União Rondonópolis, o Mixto e o Dom Bosco. Com o calendário cheio do Gato Preto, o jogador foi seduzido para o primeiro desafio no Distrito Federal.

Gabriel Blesson teve outras experiências compondo a reserva do Ceilândia. Em 2025, mas uma vez será uma das opções para assumir a meta do Gato Preto durante a temporada. Mais jovem entre os arqueiros do clube, o jogador tem 22 anos. Com rodagem no futebol candango, o goleiro defendeu clubes como o Brasília, o Sesp, o Real Brasília, o Santa Maria e a Aruc.

Depois de um 2024 com apenas o Campeonato Candango no currículo, o Ceilândia terá um 2025 bastante movimentado. Além da defesa do título de campeão local, o Gato Preto vai encarar os mata-matas da Copa do Brasil e da Copa Verde. O principal objetivo, porém, está na Série D do Campeonato Brasileiro. Além do alvinegro, o Capital é o outro clube local com calendário cheio.

Ex-Corinthians, Léo Príncipe reforça o Sobradinho no Candangão

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Léo Príncipe
Foto: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Faltam pouco mais de dois meses para a bola começar a rolar no Campeonato Candango de 2025 e o Sobradinho não fica um dia sequer sem anunciar novidades no elenco para a disputa. E, nesta sexta-feira (15/11), o Leão da Serra recorreu a um nome conhecido nacionalmente para reforçar o grupo e anunciou o lateral-direito Léo Príncipe, ex-jogador do Corinthians.

O jogador de 28 anos chega ao futebol do Distrito Federal com o currículo profissional bastante recheado por passagens em diversas praças do Brasil e do mundo. No país, Léo Príncipe passou por Guarani, CRB, Paraná, São José e Amazonas. O último trabalho do jogador foi com a camisa do Pouso Alegre, pelo qual atuou em 10 partidas e concedeu duas assistências.

Fora do território nacional, o novo reforço do Sobradinho jogou na França, onde defendeu o Le Havre, na Bulgária, com a camisa do Krumovgrad, e na Eslovênia, com as cores do ND Primorje. Além da lateral-direita, Léo Príncipe também atua em posições do meio de campo e chega para ser mais uma opção multifunção do técnico Mário Henrique no processo de montagem da equipe.

O Sobradinho voltou ao Campeonato Candango após ser campeão da Segunda Divisão local nesta temporada. No retorno, o Leão da Serra aposta em um projeto de investimentos para reassumir o protagonismo de outros tempos. Além dos diversos reforços, o clube alvinegro também encaminhou a renovação de uma série de jogadores importantes na campanha vitoriosa de 2024.

Brasília vira no fim contra o Caxias e pinta o sete em vitórias no NBB

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NBB
Foto: Thais Sousa/CXSB

O momento extraordinário do Brasília no Novo Basquete Brasil (NBB) está garantindo, até mesmo, vitórias improváveis para a franquia brasiliense. Uma delas foi na noite desta quinta-feira (14/11). No Ginásio do Sesi, a equipe do Distrito Federal ficou atrás do Caxias do Sul quase a partida inteira, mas uma arrancada no último quarto garantiu um triunfo apertadíssimo por 76 a 71.

O time local demorou para pegar no tranco. Mesmo assim, conseguiu evitar a construção de uma grande vantagem pelos donos da casa. O Brasília perdeu o primeiro quarto por 21 a 15, empatou o segundo por 21 a 21, caiu no terceiro por 13 a 12 e ganhou apenas o quarto, por 28 a 16. Nos 40 minutos de bola em jogo, a franquia brasiliense liderou apenas nos quatro derradeiros.

E nem precisava ser por mais. O tempo na dianteira do marcador foi suficiente para confirmar a sétima vitória consecutiva no NBB. O ala Daniel Von Haydin e o armador Lucas Lacerda ditaram o ritmo do triunfo do Brasília Basquete contra o Caxias do Sul. O primeiro fez 17 pontos, enquanto o segundo anotou 16. Cook (15) e Nesbitt (11) foram outros nomes importantes no resultado fora de casa.

“Chegamos sabendo da dificuldade que seria a partida de hoje. O Caxias tem jogadores muito experientes que gostam de ditar o ritmo do jogo. Mas no último quarto fomos mais felizes, acertamos a defesa e o ataque fluiu melhor. Estamos muito felizes com a vitória de hoje, mas sabemos que o campeonato é longo e não podemos deixar a energia cair. Seguimos focados em entregar nosso melhor em todos os jogos”, comentou o armador Luquinhas.

Foto: Thais Sousa/CXSB

O cenário, no entanto, se apresentou de maneira diferente nos primeiros quartos. Aproveitando o ímpeto de jogar em casa, o Caxias do Sul abriu três pontos de frente para o Brasília nos primeiros 10 minutos de partida. O time visitante acordou na sequência e passou a fazer um confronto mais parelho, garantindo a diferença no intervalo.

O equilíbrio se manteve quando as equipes voltaram do descanso. Ainda efetivo, o Caxias do Sul ampliou a vantagem em um ponto e indicava a vitória apertada. Isso até o Brasília protagonizar uma reviravolta impressionante. Extremamente assertivo no último quarto, o time brasiliense derrubou bolas em sequência e mostrou consistência defensiva. O suficiente para vencer.

Cada vez mais embalado na temporada 2024/2025 da competição nacional, o Brasília Basquete segue no sul do Brasil para a sequência de partida fora de casa pelo NBB. No sábado (16/11), os brasilienses duelam contra o União Corinthians, no Paraná, em confronto direto pelas primeiras colocações. A bola sobe às 19h e não há previsão de transmissão ao vivo.

Sala de imprensa #21: O arbitral 2025 e o elefante na sala

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Arbitral Candangão 2025 - Foto: Lucas Bolzan/FFDF
O texto se trata de um artigo de opinião e, portanto, é de inteira responsabilidade de seu autor. As opiniões nele emitidas não estão relacionadas, necessariamente, ao ponto de vista do Distrito do Esporte.
Por Bruno Henrique de Moura*

 

Na deliciosa fábula “O Homem Curioso” (1814), o russo Ivan Krylov conta a história de um homem que vai a um museu e nota todo o tipo de coisas, exceto um enorme elefante numa sala. O mamífero quadrúpede é tão óbvio que passa a ser ignorado. Se torna um fato transvestido de não fato.

Este artigo não seria publicado posteriormente ao confuso arbitral realizada na manhã desta quinta-feira (14/11) no restaurante Fausto e Manoel. A ideia deste autor era chamar à consciência os presidentes da maioria dos clubes que disputam a elite – termo que merece certa discussão etimológica para o caso – do futebol candango antes da reunião. Mas minha curiosidade superou meu espírito público e preferi aguardar o andamento do evento.

Os anos de cobertura do futebol local nos ensinam como as engrenagens andam e quem as move. As decisões que importavam – data de início, semifinal ou quadrangular, final única ou em ida e volta – já tinham sido tomadas antes do arbitral. Atrevo-me a dizer que antes da marcação da data. Isso não é um demérito, mas exercício da política e da articulação, tudo certo.

Portanto, com quem se vota, as conversas prévias à reunião, com quem se almoça após o fim da mesma, são mais relevantes que saber qual a bola que vai ser comprada para as disputas. Isso é descartável e burocracia resolvível em um e-mail.

E, no caso, o não dito fala muito mais que o dito.

Há pelo menos 4 anos, desde que o grupo criminoso de Marcelo Lucas entrou no futebol candango, primeiro via Sobradinho, depois tomando de conta – e sendo ano depois expulso por pressão de outros sócios – do Formosa Esporte, paira sobre os campeonatos disputados sob a batuta da FFDF os riscos, conversas e medos de manipulação de resultado.

Foi assim com o Candangão 2021, conforme revelado pelo Distrito do Esporte e pelo Correio Braziliense, no ano seguinte com a Polícia Federal indo acompanhar partidas da segundinha, no ano de 2023 na elite da competição e neste 2024, tudo há pouco revelado, com um cidadão que deu um by pass – ao que parece – na presidente do Santa Maria e fez o que quis e não quis para embolsar dinheiro com derrotas do seu time. Foi preso em Dubai, não esqueçamos.

Não consta a esse articulista que a FFDF teve feito uma fala que seja sobre as suspeitas sobre seu principal produto e apresentado medidas para arrefecer estas ocorrências. Houve, é verdade, uma defesa, meio constrangida, do atual presidente que jurou não ter relação com atos desta espécime, mas numa defesa mais personalíssima, que institucional.

É verdade que os atuais dirigentes da entidade, que parecem cada dia mais interessados em se perpetuar no poder, contrataram uma empresa internacional para acompanhar os jogos e alertar transações suspeitas e, ao que parece, foi a partir deste contrato que se identificou o esquema com o Santa Maria.

Porém, na reunião de clubes mais relevante de um ano, se esperava, pelo menos, um posicionamento mais enfático sobre a questão, ainda que para prestação de contas à imprensa e à comunidade esportiva candanga, além de reforçar medidas em vigor e futuras.

Daniel Vasconcelos no arbitral 2025: Lucas Bolzan/FFDF

De toda forma, arbitral da FFDF, há pelo menos 3 anos, é um belo de um constrangimento coletivo. Todo mundo sabe que uma família poderosa do futebol candango não se contenta em ter uma equipe amarela em seu poder, mas agora passa a comandar outras duas, seja no vermelho e preto, seja no verde e amarelo. E todo mundo sabe que além de antiético e amoral, a atitude é irregular e o campeonato que a ela dá vazão é ilícito por natureza.

A Lei Pelé desde 2000 prevê o seguinte:

Art. 27-A. Nenhuma pessoa física ou jurídica que, direta ou indiretamente, seja detentora de parcela do capital com direito a voto ou, de qualquer forma, participe da administração de qualquer entidade de prática desportiva poderá ter participação simultânea no capital social ou na gestão de outra entidade de prática desportiva disputante da mesma competição profissional.                  (Incluído pela Lei nº 9.981, de 2000)

§ 1o É vedado que duas ou mais entidades de prática desportiva disputem a mesma competição profissional das primeiras séries ou divisões das diversas modalidades desportivas quando:                   (Incluído pela Lei nº 9.981, de 2000)

a) uma mesma pessoa física ou jurídica, direta ou indiretamente, através de relação contratual, explore, controle ou administre direitos que integrem seus patrimônios; ou,                   (Incluído pela Lei nº 9.981, de 2000)

b) uma mesma pessoa física ou jurídica, direta ou indiretamente, seja detentora de parcela do capital com direito a voto ou, de qualquer forma, participe da administração de mais de uma sociedade ou associação que explore, controle ou administre direitos que integrem os seus patrimônios.                     (Incluído pela Lei nº 9.981, de 2000)

§ 2o A vedação de que trata este artigo aplica-se:                        (Incluído pela Lei nº 9.981, de 2000)

a) ao cônjuge e aos parentes até o segundo grau das pessoas físicas; e                       (Incluído pela Lei nº 9.981, de 2000)

b) às sociedades controladoras, controladas e coligadas das mencionadas pessoas jurídicas, bem como a fundo de investimento, condomínio de investidores ou outra forma assemelhada que resulte na participação concomitante vedada neste artigo.                       (Incluído pela Lei nº 9.981, de 2000)

A Lei Geral do Esporte de 2023 tem a mesmíssima previsão:

Art. 62. Nenhuma pessoa natural ou jurídica que, direta ou indiretamente, seja detentora de parcela do capital com direito a voto ou, de qualquer forma, participe da administração de qualquer organização esportiva que promova a prática esportiva profissional poderá ter participação simultânea no capital social ou na gestão de outra organização esportiva congênere disputante da mesma competição que envolva a prática esportiva profissional.
§ 1º É vedado que 2 (duas) ou mais organizações esportivas que promovam a prática esportiva profissional disputem a mesma competição ou a mesma série ou divisão de uma competição, quando for o caso, das diversas modalidades esportivas disputadas profissionalmente quando:

Mais organizada, a Federação Paulista de Futebol colocou a vedação explicitamente no seu Regulamento Geral de Competições:

Art. 6º – Cada Clube filiado poderá ser representado por uma única equipe em cada série.
Art. 7º – Um mesmo grupo econômico poderá deter mais de uma entidade de prática desportiva, desde que ambas não participem da mesma competição, na mesma série ou divisão, em respeito ao princípio desportivo da integridade das competições.
§ 1º – Entende-se por grupo econômico empresas que, embora cada uma delas tenha personalidade jurídica própria, estejam sob a mesma direção, controle ou administração. O conceito de grupo econômico também se estende aos casos em que dois ou mais clubes são mantidos, geridos ou controlados, direta ou indiretamente, por uma mesma pessoa física.
§ 2º – Os representantes legais de ambas as equipes pertencentes ao mesmo grupo econômico deverão encaminhar à FPF ofício conjuntamente assinado, indicando qual das equipes é a principal e qual é a secundária, estritamente para efeitos de regulamento de acesso e descenso.
§ 3º – Nos casos em que as duas equipes do mesmo grupo econômico tenham o mesmo nome, a equipe secundária terá incluída a letra “B” em seu nome.
§ 4º – A equipe secundária deverá, sempre, figurar em série ou divisão inferior à sua respectiva equipe principal. Apenas para fins de clareza, a equipe secundária nunca poderá ascender para a mesma série da equipe principal.
§ 5º – Caso uma equipe secundária tenha conquistado acesso para a série ou divisão em que permaneça a equipe principal, tal equipe secundária não ascenderá e o próximo melhor colocado da série ou divisão que não obteve o acesso será promovido à divisão superior.
§ 6º – Caso haja acesso conquistado por uma equipe secundária para a série ou divisão em que a equipe principal fora rebaixada naquela mesma temporada, tal equipe secundária não ascenderá e será rebaixada para a série ou divisão inferior à que disputou. Neste caso, o próximo melhor colocado de tal divisão inferior que não obteve o acesso será promovido à série ou divisão superior.

Ainda que no papel o nome de outros constem, é só observar como o campeonato se desenrola para identificar quem, de fato, manda na coisa toda. Cega quem não quer ver a realidade à sua frente, nua e crua.

Ano passado, Luiz Felipe Belmonte tentou colocar ordem na casa. Alertou sobre a situação e pediu, ao menos, que a tabela fosse revisada caso os times do mesmo controlador jogassem na reta final do campeonato, para evitar manipulações. Foi voz solitário e ainda sofreu ameaça, velada, de sofrer processo pelo crime de calúnia.

É, realmente, complicado comprar briga com personagens tão poderosos do ponto de vista político, jurídico e de relações. Quem acompanhou a festividade de posse dos novos auditores do STJD percebeu, claramente, quem ganharia numa queda de braço dessas, com fotos entre o Presidente da CBF, o Presidente da FFDF e este personagem.

Isso não muda o vergonhoso silêncio sobre as situações aqui relatadas: a manipulação externa da competição e seu direcionamento para interesses de uns a olhos nus, no clarão do segundo andar do Fausto e Manoel. Se não elefante, outros animais pantaneiros, caramelos ou voadores, estão do jeito que estão.

Não é preciso ler Pêcheux para ver que a construção de sentido independe de um único meio de transmissão. E é um tanto quanto irônico que a bola escolhida para o Candangão 2025, ao transmitir sentido (no formato semiótico da análise) não se torna desprezível, pois segundo o próprio fabricante ela é “especialmente desenvolvida para gramados imperfeitos com ausência de grama e gramado sintético, garantindo maior durabilidade em situações de atrito ao laminado”. Diz muito, sobre os elefantes na sala do futebol candango.

Bruno Henrique de Moura é ex-presidente da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD), ex-vice-presidente da Comissão Nacional Disciplinar da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), advogado e sócio do Distrito do Esporte. Possui passagens pelos veículos JOTA, Estadão, Esportes Brasília, Nova Aliança, Rádio Mais Brasil News, TV Câmara Distrital, dentre outros. É pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) e da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (FD-USP). É professor assistente da Escola de Comunicação e Artes da USP.

Bastidores: como foram definidos todos os detalhes do Candangão 2025

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Conselho Arbitral - Candangão 2025
Foto: Lucas Espíndola/Distrito do Esporte

Por João Marcelo Pepi e Lucas Espíndola*

O Candangão 2025 foi definido na manhã desta quinta-feira (14/11) com muitas opiniões divergentes dos cartolas do Distrito Federal. A reunião, realizada no restaurante Fausto & Manoel, no Lago Sul, contou com os dez representantes dos clubes participantes. O regulamento da competição teve apenas uma alteração em relação a 2024: final única ao invés de dois confrontos. Porém, as decisões dos dirigentes passaram longe da unanimidade. Datas e formato foram os assuntos mais debatidos entre os presentes.

O presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), Daniel Vasconcelos, iniciou a reunião com duas propostas. As duas tinham a mesma data de início e término, 18 de janeiro e 29 de março, respectivamente. A primeira fase também seguiria o mesmo modelo de 2024. A única mudança era em torno das semifinais. O mandatário sugeriu dois caminhos: semifinais em ida e volta ou quadrangular em ida e volta.

O primeiro a pedir a palavra foi o presidente do Capital, Godofredo Gonçalves, propondo 12 de janeiro como a data de início da competição e utilizando as competições nacionais como justificativa para a antecipação do certame. Mandatário do Real Brasília, Luis Felipe Belmonte, falou ser “impossível começar antes, já que o Real Brasília jogará a Copinha no período”. Após votação, apenas Capital e Paranoá optaram por 12 de janeiro. Assim, ficou definido que a competição iniciaria em 18 de janeiro.

Formato gerou opiniões controversas

O formato da competição gerou muita discussão entre os presentes. A proposta com quadrangular na segunda fase aumentaria o número de jogos de dois para seis na segunda fase, sendo obrigatória a utilização de mais jogos durante a semana. Esta ideia foi defendida pelo presidente do Brasiliense, Luiz Estêvão. Segundo o cartola, “os times vão jogar mais”. Luis Felipe Belmonte e Godofredo Gonçalves foram contrários. Para o presidente do Capital, “jogos durante a semana afastam as torcidas, já que são realizados à tarde”.

O presidente do Ceilândia, Ari de Almeida, também discordou do quadrangular. Segundo cartola alvinegro, “os times que tem calendário cheio (Capital e Ceilândia disputarão Copa do Brasil e Série D do Brasileirão) jogariam muito em pouco tempo”. Após mais uma rodada de votação, apenas Brasiliense, Ceilandense e Samambaia votaram a favor do quadrangular final. Desta forma, a semifinal com jogos de ida e volta foi a proposta vencedora.

Definida a proposta, os clubes votaram sobre uma equipe ter ou não vantagem na semifinal. O Paranoá sugeriu que não houvesse vantagem. Em caso de igualdade no placar agregado, a decisão dos classificados para a final iria para os pênaltis. Além do Paranoá, nenhum dos representantes comprou a ideia. Por fim, a decisão do título. De forma unânime, os dirigentes decidiram pelo confronto único, valendo a taça e o prêmio milionário da competição.

Erro na tabela do Candangão 2025

Com o regulamento definido, o sorteio para os confrontos da primeira fase foi outro motivo de discussão. Após a divulgação das partidas, foram percebidos erros na tabela. Foram precisos cerca de duas horas para a realização dos ajustes. Alterados, os jogos tiveram que passar pelo crivo dos dirigentes presentes. Gama e Paranoá pediram a realização de um novo sorteio, enquanto Brasiliense, Capital, Ceilândia, Legião, Real Brasília e Sobradinho optaram pela nova tabela. Os representantes de Ceilandense e Samambaia já haviam deixado o local.

*Com informações de Lucas de Moraes

Arbitral é marcado por erro em divulgação de tabela do Candangão 2025

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Márcio Careca, diretor da FFDF - Candangão 2025
Foto: Lucas Bolzan/FFDF

Por João Marcelo Pepi e Lucas Espíndola*

Jogos repetidos, clube mais bem colocado em 2024 com apenas três jogos em casa e recém-promovido à elite com seis jogos como mandante. Estes foram os erros cometidos pela Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) no Conselho Arbitral para o Candangão 2025. Após a definição do regulamento da competição, a organização sorteou os confrontos. Porém, após preencher as lacunas das equipes, os equívocos foram percebidos pelos representantes presentes.

Ao ser divulgada, a tabela mostrou jogos duplicados. O confronto entre Ceilândia x Real Brasília e Brasiliense x Ceilandense apareceram em dois momentos. Na primeira rodada, o Gato Preto receberia o Leão do Planalto e na segunda rodada, os mandos se inverteriam. Já o duelo entre Jacaré e Dragão foram repetidos na segunda (mando do Ceilandense) e na quinta rodada (mando do Brasiliense).

Além dos jogos duplicados, o Capital, vice-campeão em 2024, deveria fazer cinco jogos em casa, segundo o regulamento da FFDF. Porém, na tabela divulgada aos presentes, a Coruja constava apenas três vezes como mandante e outras seis jogando fora de casa. Em situação inversa, o Legião constou como mandante em seis confrontos e em três jogaria como visitante. A equipe recém-promovida deveria atuar quatro vezes em casa para cumprir o regulamento.

Inversões de mandos e mudanças em confrontos

A primeira rodada continuou sem alteração, com Ceilândia x Real Brasília. A segunda rodada contou com duas mudanças: Real Brasília x Ceilândia deu lugar a Real Brasília x Brasiliense e Ceilandense x Brasiliense mudou para Ceilandense x Ceilândia. Cinco mandos foram invertidos para o ajuste da tabela. Na quinta rodada, o original Legião x Capital alterou para Capital x Legião. Na rodada seguinte, Brasiliense x Capital agora é Capital x Brasiliense. Pela penúltima rodada, Real Brasília x Paranoá virou Paranoá x Real Brasília. Seguindo as trocas, Legião x Real Brasília se tornou Real Brasília x Legião. Por fim, Paranoá x Brasiliense modificou para Brasiliense x Paranoá

Dirigentes pediram novo sorteio, mas nem todos concordaram

Após os ajustes, dirigentes de Paranoá e Gama concordaram em realizar um novo sorteio para se manter a lisura. Já os representantes de Capital, Ceilândia, Brasiliense, Legião, Sobradinho e Real Brasília aceitaram as mudanças propostas pela FFDF sem a necessidade de um novo sorteio. Os cartolas de Ceilandense e Samambaia não se encontravam mais no Conselho Arbitral no momento da nova votação.

*Com informações de Lucas de Moraes