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Elenco do Universo/Caixa/Brasília continua se preparando para a volta ao NBB Foto: Reprodução da Internet |
LNB antecipa jogo e Universo terá novo adversário na volta ao NBB
Muitos gols agitam o início do torneio de futsal infantil da Asbac
Por Mayara Alves
Na manhã deste domingo (23), ocorreu a abertura do 10º torneio de futsal infantil da Asbac (Associação do Servidores do Banco Central). Foram formadas quatro equipes (Atlético Nacional, Boca Juniors, Peñarol e River Plate) divididas em duas categorias: Pré-Mirim (2008 a 2012) e Mirim (2004 a 2007). Para equilibrar os times, os jogadores foram sorteados, começando a escolha com um “cabeça”, que é um atleta mais experiente, e assim foram sendo distribuídos até montar as equipes com nove atletas para cada.
Todas as partidas tinham duração de 20 minutos cada tempo, porém com um diferencial, para que todos os atletas jogassem, a organização resolveu fazer um revezamento. O time que ficou na “reserva” entrava em campo depois de 10 minutos de bola rolando. A primeira partida da categoria Pré-Mirim foi entre River Plate x Peñarol. O jogo começou equilibrado, mas os “amarelos” abriram vantagem com um golaço de Gabriel, logo em seguida foi a vez do River Plate balançar as redes e Luís Eduardo, do Peñarol, deixou seu clube na frente ao fim do primeiro tempo. Já no segundo tempo, o River veio com tudo, disposto a virar e sair com a vitória. Lucas empatou e Vinicius, fez uma excelente partida, virou.
A segunda partida ficou a cargo de Atlético Nacional e Boca Juniors. O “cover do time argentino” marcou primeiro com Ricardo e se desequilibrou com o revezamento. O Atlético aproveitou a oportunidade e virou o jogo. Na volta do intervalo, o Boca não se intimidou e empatou com Caio. Mas a partir desse momento começou o show do Atlético com Guilherme marcando o terceiro, Rafael o quarto, Adriel o quinto e Noah o sexto gol. Sem dar nenhuma chance para o rival e carimbar sua excelente partida, Adriel faz mais um. Victor, não perca a conta, fez o último da partida, 8 a 2.
Na categoria de cima, Mirim, a primeira partida foi entre Peñarol e Boca Juniors. O jogo começou com um cruzamento perigoso que Victor Hugo aproveitou e abriu o placar para os aurinegros. Menos de um minuto depois, João Victor empata e deixa a partida equilibrada, ficando assim até o fim do primeiro tempo. Na volta para o segundo tempo, os “xeneizes” voltaram com tudo disposto a virar o jogo, e isso aconteceu com o gol de David, destaque da partida. O Boca até que tentou segurar a vitória, mas o Peñarol empata com o gol de Vinicius Marques e vira com Vinicius. Sem dar espaço para o adversário, Vinicius Marques novamente deixa o dele e decreta a vitória, 4 a 2.
A última partida do dia reuniu Atlético Nacional e River Plate, que foi um grande jogo, e também uma goleada. Logo no primeiro minuto, o Atlético já balançou as redes com o gol de Artur Santana. A porteira foi aberta e não pararam de fazer gol, o primeiro tempo se encerrou com impressionantes 6 a 1. O segundo tempo iniciou com o River de João Lucas e companhia mostrando muita vontade, mas não conseguiram transformar em gols. Os verdolagas, que não tem nada a ver com isso, continuou goleando e marcaram mais três gols, fim de partida e uma impiedosa goleada de 9 a 1.
Na próxima rodada, as oito equipes (quatro pré-mirim e quatro mirim) se enfrentam no mesmo local destes primeiros jogos, o ginásio da Asbac. Os jogos aconteceram no domingo, 30, em horários e confrontos ainda a serem definidos pela organização local. Somente os responsáveis e sócios do clube estão autorizados a acompanhar as partidas. E as inscrições já foram encerradas.
Céu azul: Coruja e Águia garantem acesso à primeira divisão
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Os clubes azuis jogarão a elite do futebol candango em 2019 Arte: João Marcelo/Distrito do Esporte |
Apenas dois times continuam na disputa da Segunda Divisão do Campeonato Brasiliense de Futebol: Capital e Taguatinga. Além da vaga na final, os dois retornaram à primeira divisão. Os celestes eliminaram Planaltina e Legião, respectivamente. O time do Guará não joga a primeira divisão desde 2014, quando foi rebaixado junto com o Legião. Já a equipe de Taguatinga, não disputa uma partida na primeira divisão desde 1999. Agora, as duas equipes assumem as vagas de Samambaia e Paranoá.
Campanha dos classificados
Primeira Divisão de 2019
MusicaliGol #1 – Isaac Saradinho e Tonzão Hawaiano
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Músicos e atletas em um bate-papo descontraído com João Marcelo Arte: Erick Fernandes/MusicaliGol |
O mundo do esporte sempre caminhou lado a lado com a música. E pensando nos dois amores dos brasileiros, o repórter do Distrito do Esporte, João Marcelo, resolveu criar seu canal no YouTube, MusicaliGol. O objetivo é um bate-papo super informal com músicos e atletas, mostrar para o público um lado não tão conhecido de seus ídolos e claro, muitas risadas. E você acompanha tudo por aqui, no seu portal de notícias esportivas.
Veja o bate-papo abaixo:
Corrida dos Bandeirantes agitará circuito de rua em novembro
Os amantes do circuito de corridas do Distrito Federal ganharam mais uma boa opção para competir na modalidade. Em 18 de novembro (domingo), ocorrerá a 1ª Corrida dos Bandeirantes. A prova será uma homenagem ao Dia dos Bandeirantes, celebrado em 14 de novembro. A largada está programada para 7h e partirá do Complexo Cultural Funarte (Sala Funarte), no Eixo Monumental.
Os atletas terão três opções de percursos para escolher: 3 km, seguindo pela Via N1 até a altura do Palácio do Buriti, cruzando rumo ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e volta pela Via S1 até a Funarte; 5 km, avançando pela N1 até a Catedral Rainha da Paz, contornando o centro religioso sentindo Sudoeste e retornando na S1 rumo à Funarte; e 10 km, percorrendo toda a N1, voltando na contramão até o retorno de acesso ao Cruzeiro Velho e descendo rumo à Funarte.
Os atletas têm três opções de percussos: 3 km (segue pela Via N1 até a altura do Palácio do Buriti, cruza rumo ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e volta pela Via S1 até a Funarte), 5 km (avanço pela N1 até a Catedral Rainha da Paz, contorna o centro religioso sentindo Sudoeste e retorna na S1 rumo à Funarte) e 10 km (percorre até o fim da N1, volta na contramão até o retorno de acesso ao Cruzeiro Velho e desce a N1 rumo à Funarte).
O primeiro lote de inscrição para a corrida, com valor promocional, custa R$ 69,90 e valerá até o fim de setembro. Para grupos e assessorias de corrida, ou quem reunir a inscrição de 10 amigos, garante a participação de graça ou, ainda, um fone de ouvido sem fio para curtir durante os treinos ou no dia da 1ª Corrida dos Bandeirantes. As vendas são realizadas através do site Central da Corrida.
A organização, realizada pelas Life Run Sport e Eventos, esperam cerca de 1,5 mil corredores das mais diversas faixas etárias. Todos os inscritos receberão kitis com camiseta, boné e sacola personalizados da 1ª Corrida dos Bandeirantes. As medalhas também serão entregues para todos os atletas. Os três primeiros colocados das categorias 5 km e 10 km feminino e masculino receberão troféus de acordo com a posição final.
Durante a corrida, um DJ animará a festa com os ritmos mais tocados na atualidade. Haverá ainda sorteio de três bicicletas e outros brindes para quem garantir a inscrição. Para garantir o confronto do atleta, a organização disponibilizará tendas de fruta, hidratação e lounge para descanso e massagem. Uma ambulância com serviço de emergência estará de prontidão para qualquer eventualidade.
Pensando Alto com Teló #3 – A mais doce mentira…
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A expectativa criada para o Vasco após o clássico será uma ilusão? Arte: João Marcelo/Distrito do Esporte |
Por Mateus Teófilo*
Depois de 4 derrotas em sequência nos seus 4 primeiros jogos no comando do Vasco, Alberto Valentim teve, antes do clássico contra o Flamengo, uma semana inteira de treinos para tentar ajustar o time. A partida, realizada no Mané Garrincha, não careceu de emoções, com boas oportunidades para ambas equipes e empate de 1×1 no placar.
Após o jogo, era fácil encontrar elogios à atuação do Vasco na partida. De acordo com boa parte dos envolvidos com futebol — de torcedores a repórteres e comentaristas — foi a primeira boa exibição do Cruzmaltino desde a chegada de Valentim. “É o primeiro sinal de vida do novo técnico”, alguns diziam. Bem, os especialistas e apaixonados que me desculpem, mas eu discordo completamente. Para mim, o Gigante da Colina continuou se portando de forma precária em campo. A novidade, no entanto, estava do outro lado: um adversário quase tão bagunçado quanto, porém ainda mais apático.
Voltemos à peleja: o Vasco teve as melhores oportunidades na primeira etapa — o gol inclusive — e, mesmo nesse período, não fazia uma exibição digna daquela camisa. Mas, ainda assim, encontrava espaços na defesa adversária. E por que? Simples. Porque o Flamengo estava dormindo em campo….mais uma vez. Com um só volante de marcação, o Flamengo atacava com cinco jogadores: Paquetá, Vitinho, Diego, Everton Ribeiro e Uribe. Do outro lado, o Vasco vinha com apenas dois homens de frente: Máxi e Ríos. Na prática, estes eram acompanhados com William Maranhão e Raul, volantes com papéis ofensivos. Enquanto isso, o rubro-negro demorava séculos para se recompor defensivamente. Paquetá, que deveria ser o primeiro a reforçar o setor defendido unicamente por Piris, parecia ser o último a começar a correr. E assim, o Vasco, já com algumas oportunidades claras desperdiçadas, inaugurou o placar.
Só então o Urubu resolveu acordar pro jogo. A partir daí, só não aconteceu o que era esperado antes da partida — Fla atacando e Vasco se defendendo, impotente — porque o 1×0 no placar forçava o primeiro a se expor com mais frequência e intensidade, enquanto dava mais tranquilidade para o segundo. O empate rubro-negro, que viria numa infelicidade tremenda de Luiz Gustavo, deu números finais ao placar, e deixou um gostinho amargo nos vascaínos, que acreditavam que poderiam sair com a vitória, e podiam. E aqui chegamos à grande questão.
Dentro da zona de rebaixamento, enfrentando um time que figura nas cabeças do campeonato, jogando praticamente fora de casa (apesar de ser mandante, acredita-se que apenas 15% dos presentes eram vascaínos), com possibilidades de ganhar? Parece que, finalmente, Alberto Valentim encontrou um rumo, certo? Mas não, porque a apatia do rival fez o trabalho mais difícil, e nem com essa ajuda inesperada o time conseguiu sair com os 3 pontos.
Mas calma, amigo cruzmaltino! Há um lado muito positivo em toda essa ilusão! Acredito que, com um pouco mais de paz, o elenco consiga recuperar o lado psicológico, visivelmente abalado com toda a situação, e inicie, de verdade, uma reação. Talvez toda essa mentira seja a fagulha que o clube tanto precisava pra sair da zona.
Se vai acontecer? Só o tempo dirá. Mas se acontecer, os vascaínos terão nesse pós clássico a mais doce mentira do ano.
*Os artigos publicados nessa coluna são de inteira responsabilidade de seu autor. As opiniões neles emitidas não estão relacionadas, necessariamente, ao ponto de vista do Distrito do Esporte.
Conheça as propostas esportivas dos candidatos ao governo do Distrito Federal
Por Danilo Queiroz
Em um país repleto de problemas sociais, a pauta esportiva nunca foi – nem deve ser, já que existem setores mais urgentes – a prioridade dos candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF). Porém, é importante que cada um dos concorrentes ao Palácio do Buriti exponham suas propostas para a evolução da prática esportiva das cidades locais. Para facilitar a vida do eleitor esportista, o Distrito do Esporte copilou o que cada um dos buritizáveis propôs para a área.
Ao todo, dez candidatos disputarão nas urnas o cargo de governador pelos próximos quatro anos: Alberto Fraga (DEM), Alexandre Guerra (Novo), Eliana Pedrosa (Pros), Fátima Sousa (PSOL), General Paulo Chagas (PRP), Antonio Guillen (PSTU), Ibaneis Rocha (MDB), Júlio Miragaya (PT), Rodrigo Rollemberg (PSB) e Rogério Rosso (PSD) disputam a preferência dos eleitores. A candidatura de Renan Rosa (PCO) foi indeferida e aguarda julgamento de recurso.
Para levantar as principais propostas dos buritizáveis, o Distrito do Esporte utilizou como base os planos de governo apresentados por cada uma das candidaturas e disponíveis para consulta pública no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, o portal também levou em consideração as promessas feitas pelos políticos em entrevistas, sabatinas e debates realizados durante a campanha eleitoral.
Veja os principais pontos do esporte de cada um dos candidatos ao GDF:
Alberto Fraga
Em seu programa governamental, o candidato democrata apresenta 28 propostas para o esporte e um tópico específico intitulado “Esporte e Lazer”. Entre as principais medidas do candidato, estão a criação do programa Bolsa Atleta Olímpica e Paralímpica, a vinculação de 1% do orçamento do Distrito Federal para investimento em esportes e a conclusão das Vilas Olímpicas das cidades. Ele ainda planeja a implantação de uma Loteria Distrital.
Alexandre Guerra
O candidato traz alguns projetos esportivos no seu programa. A abertura das escolas públicas para práticas esportivas nos finais de semana é, provavelmente, a ação mais importante do político. Ele também quer reorganizar a Secretaria de Esportes e detectar e desenvolver o talento de novos jovens nas mais diversas modalidades.
Eliana Pedrosa
Líder nas pesquisas ao Buriti, a candidata do Pros também tem um espaço específico no seu plano de governo. A proposta mais polêmica é a construção de novos estádios em Santa Maria e no Recanto das Emas e reformar os já existentes. Além disso, Eliana propõe fomentar esportes amadores nas Regiões Administrativas, Reativar o Programa Ginástica nas Quadras, aumentar os patrocínios em torneios e campeonatos locais e construir complexos esportivos em diversas cidades.
Fátima Sousa
Também com capítulo específico, a candidata propõe mais de 20 ações voltadas ao esporte. As principais são criar um programa de fabricação de equipamentos e materiais esportivos, incluir a temática esporte e lazer no orçamento participativo, criar programas para a área, como um que teria oficinas de diversos esportes e a revitalização do Eixão do Lazer, tradicional ação que destina o espaço para práticas esportivas nos fins de semana.
General Paulo Chagas
Sem tópico específico para esportes, o candidato apresenta alguns projetos no decorrer do seu plano de governo. As medidas mais importantes propostas são a revitalização das instalações desportivas comunitárias com ênfase nas comunidades carentes e estimular competições esportivas por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP).
Antonio Guillen
O buritizável do PSTU também disserta sobre a área em um tópico próprio no projeto de governo. As principais propostas são a ampliação do programa Bolsa Atleta, a revitalização dos complexos esportivos das escolas do DF, a inclusão de capoeira nas escolas e espaços públicos, reformas o centro olímpico da Universidade de Brasília (UnB) e organizar um calendário de competições esportivas destinadas a fortalecer o esporte amador local.
Ibaneis Rocha
O emedebista propõem 14 ações em um tópico específico do programa governamental. A implantação do programa Amigos da Gente nas cidades, incentivando a formação de atletas de futebol, o incentivo à prática de esportes não-poluentes no Lago Paranoá, reativar o programa Esporte à Meia-Noite e implementar o Campeonato de Futebol Amador Rural são as ações prometidas por Ibaneis.
Julio Miragaya
O petista não tem tópico destinado aos esportes no plano de governo e listou apenas duas ações no projeto ao GDF: criar políticas de formação e estímulo às práticas esportivas através da realização de torneios LGBT e equipar os centros Olímpicos existentes no DF para 22 modalidades esportivas.
Rodrigo Rollemberg
O candidato à reeleição também possui um tópico específico intitulado “Esporte e Lazer”, prometendo recuperar o autódromo de Brasília, a construção de um ginásio esportivo no Gama, de centros de iniciação esportiva em diversas cidades do DF, implantar o chamado ArenaPlex, que seria o Centro Esportivo de Brasília envolvendo equipamentos como o Estádio Mané Garrincha e o Ginásio Nilson Nelson, construir campos de grama sintética nas cidades e entregar o Complexo Esportivo do Guará à iniciativa privada através de PPP.
Rogério Rosso
O ex-governador interino do DF apresentou apenas uma proposta sobre esportes em 12 páginas de programa de governo: revitalizar, de maneira completa, as praças esportivas, estádios e centros olímpicos do Distrito Federal.
Seleção da Semifinal #1 – Craques do Candangão
Após o término de cada rodada da Segunda Divisão do Campeonato Candango de 2018, o Distrito do Esporte apresenta a Seleção da Rodada, eleita pelo perfil Craques do Candangão. A escolha dos jogadores que integram o esquadrão da competição de acesso do Distrito Federal sempre é baseada no desempenho dos atletas durante os jogos da rodada.
Craque da Galera – Vote no melhor jogador da semifinal
Giro da Segundinha: Taguatinga e Capital abrem vantagem nas semifinais; veja possibilidades
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Águia e Coruja abrem vantagem frente a Legião e Planaltina e colocam um pé na primeira divisão do futebol local Arte: Danilo Queiroz/Distrito do Esporte |
Taguatinga abre grande vantagem frente ao Legião
Elas também são craques: conheça Nataleigh, a brasiliense que sonha ser profissional
Por Craques do Candangão
O futebol brasiliense precisa tratar sobre um assunto importante, que afeta muitas meninas de todas as classes sociais, etnias e credos do nosso país: a desigualdade de gênero dentro do futebol. Nesta semana, o Craques do Candangão conheceu a história de Nataleigh Underhill, jovem de apenas 16 anos que sonha em ser uma jogadora de futebol profissional e quer driblar o preconceito e a desigualdade existente contra mulheres que atuam no esporte mais famoso do mundo.
O futebol é um esporte praticado tanto por homens quanto por mulheres. Apesar de, em sua maioria, ser praticado por pessoas do sexo masculino, as mulheres têm mostrado bastante interesse na modalidade. Este é o caso de Nataleigh, que decidiu enfrentar os obstáculos desde muito pequena, aos cinco anos de idade, quando começou a brincar com amigos no condomínio “Me identifiquei com o futebol desde cedo. Eu amava jogar e nessa mesma época, onde comecei a gostar do esporte, já entrei no time da minha escola, na American School of Brasilia”, relembrou.
Com o passar dos anos, Naty frequentou algumas escolinhas de futebol até entrar na Escola de Futebol Team Brazucas, no Real Society. Essa escolinha tem em sua grande maioria homens praticando o esporte. Naty é a única participante do sexo feminino e não enxerga problemas que a façam desistir dos seus sonhos. “Eu diria que estou acostumada, pois sempre joguei só com meninos. Acredito que me identifiquei muito com o futebol devido à força física que tenho, que é algo positivo para mim, só que ao mesmo tempo é um pouco perigoso”, explicou.
Sua visão também expressa as mesmas indignações de diversas mulheres que estão inseridas dentro do futebol, a questão da desigualdade e o preconceito contra o sexo feminino. “Isso é fato. Infelizmente, nosso futebol não tem tanta audiência quanto o masculino e com isso o salário passa a ser menor. Isso atrapalha demais e acaba fazendo com que muitas meninas desistam do sonho de serem jogadoras”, observou.
É notório que o Brasil é um dos países mais preconceituosos quando o assunto é futebol, diferente de países europeus e dos Estados Unidos, que têm muito incentivo e respeito. Tanto que as seleções femininas e a Liga Feminina são altamente desenvolvidas nesses países, o que incentiva mais ainda a prática do esporte. Naty acredita que o espaço das garotas pode crescer no Brasil. “Felizmente sinto que o futebol feminino está se desenvolvendo mais no Brasil. Espero um dia termos a visibilidade que os homens têm”, afirmou.
Desejo de se profissionalizar e inspiração em Marta
O futebol feminino brasileiro conta com a maior vencedora do prêmio de Bola de Ouro da Fifa. A alagoana Marta, que é inspiração da maioria das nossas meninas, assim como é o caso de Nataliegh “A Marta é uma das minhas grandes inspirações, pela sua história de vida e pelo o que ela teve que passar para conseguir chegar onde se encontra, sendo cinco vezes melhor jogadora do mundo”, alegou.
Para o futuro, Naty pretende chegar aos profissionais e esperar fazer o Brasil enxergar a valorização do futebol feminino, tendo como base as grandes escolas do exterior. “Gostaria de fazer parte de algum clube brasileiro. Sonho também em atuar na Europa e nos EUA. O ruim é que aqui nós ainda não temos a mesma valorização como lá fora. É algo que eu gostaria muito de mudar e fazer as pessoas daqui verem isso”, disse, esperançosa.
O futebol feminino do Distrito Federal vem crescendo ano após ano, indo na contramão do masculino, que há anos encontra-se estagnado. O Minas/Icesp é o atual campeão candango e da Série A-2 do Campeonato Brasileiro, com vaga garantida na elite em 2019. Também vale ressaltar o trabalho de Ceilândia, Cresspom e Gama na busca de inserir as meninas no futebol candango.
Em Brasília, também temos a diretora de futebol Luiza Estevão, que aos 20 anos de idade comandou o Brasiliense no título Candango de 2017 e vem fazendo ótimos trabalhos frente à equipe, quebrando barreiras enormes em prol do gênero feminino dentro do futebol. Naty vê o esporte feminino em Brasília ainda sem muitas opções, principalmente quando o assunto é categorias de base. “Não encontramos variedade de times. Diria que é um tanto apagado, eu só conheço o Minas, no qual já tentei entrar no Sub-17”, lembrou.
O caminho está sendo traçado, porém, há muito trabalho para que possamos chegar próximo às grandes potências do futebol feminino mundial. Nataliegh, apesar de nova, tem uma visão séria do assunto, por já ter acompanhado de perto escolas inglesas. Possuindo dupla nacionalidade, a jogadora terá a opção de escolher se representará a seleção brasileira ou a inglesa.
Naty deixa claro que escolherá a que mais a valorizar. Entretanto, seu amor pelo verde e amarelo pode ser um fator determinante. O amor à pátria, que ultimamente vem crescendo com discursos nacionalistas no meio político, pode ser algo relevante na busca por igualdade social dentro do futebol, com a união de homens e mulheres, e a igualdade de raças, levando, consequentemente, ao respeito aos credos.