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sexta-feira, 16 de maio de 2025
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Coluna do Gabruga #2: 23 minutos de Brasiliense na Libertadores

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Foto: Gustavo Miranda/Agência O Globo

*O texto a seguir é de inteira responsabilidade de seu autor. As possíveis opiniões e/ou conclusões nele emitidas não estão relacionadas, necessariamente, ao ponto de vista do Distrito do Esporte. 

Por Gabriel Caetano*

No dia 8 de maio de 2002, o estreante Brasiliense disputava o título da Copa do Brasil pau a pau com o “Todo Poderoso Timão”. Tão inesperado quanto a sua chegada naquela final, era o desempenho amarelo em campo que, assim como fez o campeonato inteiro, não se reprimiu pelo favoritismo adversário.

A contestada derrota por 2 a 1 na primeira partida em São Paulo (culpa da arbitragem desastrosa de Carlos Eugênio Simon)exigia uma vitória amarela para coroar aquela que seria a “maior zebra da história da Copa do Brasil”. O Brasiliense, como fez no Morumbi, partiu para cima do Corinthians na etapa inicial do confronto no Serejãoe mandava na partida.

Aos 41 minutos, uma roubada de bola no meio campo se tornou um lançamento para o rápido Gil Baiano e se transformaria em gol, não fosse Fábio Luciano. Vendo que ninguém pararia o meia amarelo, o zagueiro passou o rapa e fez a chamada “falta de segurança”, levando aquele velho “cartão amarelo que podia ser vermelho”.

A falta, porém, era tão perigosa quanto a jogada, ainda mais quando se tem Wellington Dias. O baixinho atacante, repercutido na mídia como o principal herói do desconhecido Brasiliense, colocou a bola no ângulo. Nem mesmo um goleiro como Dida poderia pegar – não à toa ficou sem reação.

Quem diria, machucado, Wellington Dias quase ficou de fora. Como a Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo de 1998, o Brasiliense foi um time amarelo que teve de esperar até o último minuto para contar com seu goleador.

“Time abusado esse Brasiliense, encarou o Corinthians de igual para igual no Morumbi e está encarando agora também”, disse Cléber Machado na transmissão ao vivo da TV Globo, sendo complementado por Casagrande: “Já vi encarar Fluminense no Maracanã, Atlético-MG no Mineirão, está vacinado”.

“GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL, WELLINGTON DIAS, DO BRASILIENSE!!
O Brasiliense faz o primeiro gol, o Brasiliense fica neste momento com o resultado que dá o título da Copa do Brasil para o time de Taguatinga. ”
Cléber Machado, em narração da partida pela TV Globo. 8 de maio de 2002.

Foram mais quatro minutos até o final do primeiro tempo, terminado sem acréscimos. Aos gritos de “timinho, timinho”, os jogadores corintianos saíram irritados. O lateral Kleber nem quis dar entrevista e foi direto para o vestiário. Enquanto isso, o jacaré inflável passeava nas arquibancadas.

Os jogadores amarelos mantiveram a empolgação, mas sem tirar os pés do chão. Em resposta ao comboio de repórteresque lhes perguntavam se o título já estava garantido, todos eram enfáticos: “que nada, o favoritismo ainda é deles”.

Péricles Chamusca, técnico do Brasiliense, também se manteve calmo: “ (para o segundo tempo) é manter a marcação forte, não abrir mão de atacar, isso é fundamental, é a característica (principal) da equipe”. E assim foi o início do segundo tempo, com a equipe amarela já indo para cima no primeiro minuto.

As vaias eclodiam para os paulistas que, na tentativa de furar a defesa amarela, passaram a se concentrarnas jogadas aéreas. Foi assim a primeira chegada paulista no segundo tempo: Aos três, Kleber cruzou da esquerda, Leandro cabeceou para fora.

A resposta tentou ser dada logo em seguida, com o clube amarelo tentando encaixar um contra-ataque; sem sucesso. Foi aí que os paulistas começaram a mudar o enredo do jogo. Aos seis, nova bola alçada na área e Gil sozinho, praticamente na linha da pequena área, mandou para fora a chance de empatar.

Responder a altura tinha apenas um caminho para o Jacaré: contra-ataques. As jogadas rápidas nos pés do trio ofensivo Wellington Dias, Gil Baiano e Jackson passaram a ser o caminho. Sem efetividade, o Brasiliense acabava tendo que trocar passes na intermediária.

Aos 12 minutos, mostrou-se na transmissão da partida o número de passes errados: Corinthians 34 x 9 Brasiliense. Nesse momento, era evidenteosproblemas do “Timão”: não conseguia criar jogadas, abusava das enfiadas de bola e a marcação amarela era muito forte.

Também era evidente que os paulistas estavam melhores na partida, mesmo não sendo efetivos. O Brasiliense começava a ir cada vez menos para o ataque, se fechando e buscando prender a bola ao invés de criar jogadas rápidas. Antes tivesse ficado atrás. Quando foi a frente, acabou traído.

Aos 19, escanteio para o Brasiliense. Naturalmente os zagueiros subiram para a área e, na cobrança fechada de Wellington Dias, Maurício até mandou para as redes, mas pelo lado de fora – foi suficiente para torcedores do outro lado da arquibancada comemorarem.

O goleiro Dida não titubeou, pegou a bola rápido e já cobrou o tiro de meta: a bola desviou no caminho e sobrou nos pés de Leandro. Foi questão de segundos: O atacante avançou em velocidade pela esquerda, cruzou para Deivid que cabeceou em meio a dois zagueiros amarelos. Era o gol alvinegro. Corinthians voltava a ter a taça de campeão da Copa do Brasil – fato consumado, pouco mais de meia hora depois.

Tentativa de vaga nos bastidores

As vagas para o Brasil na Libertadores em 2002 eram quatro: Campeão da Copa do Brasil; Campeão da Copa do Campeões; Campeão e vice do Brasileirão.

Com o Brasileirão 2002 sendo disputado em mata-mata, o Corinthians garantiu ao menos um vice-campeonato brasileiro ao se classificar para a final, sendo assim, abriria uma vaga para a Libertadores, por conta de seu título na Copa do Brasil.

Naquela época, o regulamento não deixava explícito o que deveria ser feito em casos como esse e, no dia 6 de dezembro de 2002, Luiz Estevão, homem forte do Brasiliense, declarou que iria buscar uma vaga na competição sul-americana, sem declarar à imprensa como faria isso – o motivo dado foi que os jornalistas candangos não estariam ao lado do futebol local.

Em primeiro momento, a vaga seria destinada ao terceiro colocado no Brasileirão 2002, o Grêmio. Nos bastidores, a indicação de Ricardo Teixeira, então presidente da CBF, era claramente essa, usando a alegação de que isso já teria sido decidido com antecedência.

Foi quando entrou a diplomacia de Weber, presidente da Federação Metropolitana de Futebol (FMF, atual FFDF) – grande amigo de Teixeira. De acordo com Weber, a conversa com Teixeira não lhe rendeu nenhuma confirmação, nem negação, então Luiz Estevão e a cúpula amarela ficaram esperando a reunião para indicação dos representantes em Assunção, sede da CONMEBOL.

Morrendo a esperança de jogar a Libertadores, o sonho passou a seruma indicação para a recém-criada Copa Sul-Americana. Seria o primeiro ano do Brasil na competição e também não havia critérios definidos para indicações, porém os classificados foram os clubes de quarto à oitavo no Brasileirão, mais o Corinthians, vice-campeão brasileiro. Com isso, o time amarelo não pôde ser o primeiro time candango a representar a Capital Federal internacionalmente – fato reservado ao Brasília, 13 anos depois.

*Gabriel Caetano é jornalista formado pelo Icesp. Pesquisador do futebol candango com foco na Sociedade Esportiva do Gama desde a adolescência, trabalhou como analista de comunicação e marketing do clube em 2019, tendo sido ainda diretor de marketing do Capital na reestruturação do clube, em 2018. Divide seu tempo entre curiosidades no Histórias do Gamão e a agência na qual é sócio, a RC Marketing Esportivo. 

SEL/DF e Minas Brasília abrem diálogo sobre futebol feminino no DF

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Foto: Divulgação/Secretaria de Esporte

Por Danilo Queiroz

Ao assumir o principal cargo da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL/DF) em meados de maio, Celina Leão firmou o compromisso de zelar pelo futebol local em busca de melhorias na modalidade. Nos primeiros dias no cargo, a secretária se reuniu com a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) para traçar metas para o Campeonato. Nesta semana, foi a vez de uma representante da categoria feminina ser ouvida.

Na terça-feira (2/6), presidente do Minas Brasília, Nayeri Albuquerque, foi até o encontro de Leão na SEL/DF para realizar uma avaliação do atual cenário do futebol feminino e debater possíveis mudanças que possam elevar a categoria na capital federal. Entre os temas debatidos, a mandatárias das Minas e a secretária de Esportes dialogaram sobre como expandir a modalidade nas regiões administrativas do DF.

“Essa é proposta: a gente tentar oportunizar a prática do futebol feminino em todas as cidades do Distrito Federal. A secretária levanta a bandeira da mulher no esporte, a importância de a mulher estar inserida em inserida em todos os lugares. A gente se identifica muito com o projeto dela. Ela foi muito receptiva conosco”, avaliou Nayeri Albuquerque em entrevista ao site da SEL/DF.

Da secretária, Albuquerque ouviu promessas de empenho para alcançar o objetivo e da ampliação do diálogo entre o futebol feminino e a SEL/DF. “No que depender da gente, vamos trabalhar para que mais atletas consigam chegar ao topo, assim como esse time, que conseguiu chega à Série A do Campeonato Brasileiro Feminino, orgulhando nosso Distrito Federal”, destacou Celina Leão na ocasião.

Além do avanço da modalidade feminina, Celina Leão e Nayeri Albuquerque também conversaram sobre a manutenção da parceria do Minas Brasília com a Secretaria de Esportes que já perdura por algumas temporadas. Atualmente, o representante candango na elite do futebol nacional manda suas partidas no estádio Bezerrão, no Gama. O palco é gerido pela pasta esportiva do DF.

Além da participação do Minas Brasília na Série A1 do Brasileirão Feminino pelo segundo ano seguido, o futebol candango também possui um representante na divisão de acesso do torneio nacional. Pela primeira vez na história, o Real Brasília está disputando a Série A2 da competição. O direito de jogar a divisão de acesso foi disputado após o Leão do Planalto se sagrar campeão candango feminino ao superar o próprio Minas na final.

Capital propõe protocolo de segurança para a volta dos treinos

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Foto: Reprodução

Por Lucas Espíndola e Danilo Queiroz

A paralisação do futebol provocada pela pandemia do coronavírus trouxe um desafio imenso para os clubes do Distrito Federal. Apesar da incerteza que ronda uma possível volta do Campeonato Candango, as equipes participantes, juntamente com a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), traçam planos para quando for possível retomar. Foi nesse intuito, que o Capital divulgou nesta quarta-feira (3/6) um protocolo de segurança. Este é a primeira ação do tipo tornada pública no Distrito Federal.

Logo no início do documento, o Capital cita cinco referências que serviram de base na elaboração do protocolo de segurança: a Liga Alemã, que teve retomou os trabalhos em 17 de maio, a Liga Portuguesa, que reiniciou seu torneio nesta quarta-feira (3/6), a Liga Espanhola, que voltará a ter partidas em 11 de junho e as Federações Catarinense e Paulista de futebol, que também estão em fase de elaboração de um plano de retomada dos seus campeonatos pós-pandemia do coronavírus.

A ideia do Capital traz um planejamento de segurança no retorno das atletas às atividades de treinamento. A ação é composta por nove etapas: isolamento de atletas, realização dos testes rápidos, prevenção (uso obrigatório de máscaras em todos os ambientes, exceto os atletas), ambientes, atendimento médico e semelhantes, nutrição, transporte, medição de temperatura à curta distância e treinamento (separando os jogadores por turno de trabalho e divisão do campo). Veja os detalhes propostos:

  • Isolamento: Todas as partidas realizadas com portões fechados;
  • Realização de testes rápidos: A Coruja propõe que sejam feitos testes sete dias antes do retorno dos jogadores aos treinos, com uma segunda rodada de testes 72h antes da volta das partidas do Candangão. Em caso de teste positivo, haverá uma quarentena de 15 dias;
  • Prevenção: Obrigatoriedade de uso de máscaras em todos os ambientes, exceto em treinos e jogos. Uso e higienização individual de materiais esportivos e pessoais. Atletas lavariam e iriam aos treinos e jogos uniformizados
  • Ambientes: Em estádios e centros de treinamento, seria autorizado somente o uso apenas dos ambientes de extrema necessidade. Além disso, os vestiários teriam de ser utilizados por grupos pequenos. Locais como banheiros, boxes e salas de musculação teriam de ser higienizados com frequência;
  • Atendimento médico online, fisioterápico e semelhantes: Realizados conforme orientações da Anvisa e de medidas de prevenção e controle adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de coronavírus;
  • Nutrição: refeições realizadas fora dos locais de treinamento. Hidratação e suplementação será feita em locais individuais por jogadores;
  • Transporte: Se necessário o uso, haverá higienização após o percurso. O espaçamento mínimo recomendado é de duas fileiras, de forma alternada entre as colunas e com uso obrigatório de máscara;
  • Medição de temperatura: deverá ser aferida no carro dos atletas ou na entrada dos espaços de treinos e jogos;
  • Atividades: Treinos serão feitos com pequenos grupos de atletas, em turnos diferentes. A sugestão do Capital é que as atividades sejam separados entre goleiros, laterais, zagueiros, meio-campistas e atacantes, com distanciamento de 2m.

Clique e confira o documento na íntegra

Além disso, no protocolo de segurança ainda tem a data de previsão do retorno aos treinos do Capital. Na visão do clube azul, é possível retomar os trabalhos nos Centro de Treinamentos em 1º de julho. Na programação feita pelo Coruja, há ainda a sugestão de algumas datas que serviriam para o encerramento do Campeonato Candango, que foi paralisado ao fim da primeira fase. No planejamento, a final do torneio local aconteceria em agosto.

18/07 – Encerramento da 1ª fase
22/07 – Jogos de ida das quartas de final
25/07 – Jogos de volta das quartas de final
29/07 – Jogo de ida das semifinais
01/08 – Jogo de volta das semifinais
05/08 – Jogo de ida da final
08/08 – Jogo de volta da final

Foto: Reprodução

No decorrer do protocolo é apresentando um quantitativo de pessoas que podem trabalhar por jogo, incluindo equipes de apoio e delegado, arbitragem, gandulas, maqueiros, imprensa, limpeza, segurança privada e pública, delegação mandante, delegação visitante e ocupantes da ambulância. Ao todo, na indicação do documento, 113 pessoas laborariam por jogo. Cada clube poderá levar no máximo 35 pessoas, contando atletas, comissão técnica, entre outros cargos.

Cartilha de orientação para treinos e jogos

Juntamente com o protocolo de segurança, o Capital lançou uma cartilha para orientar os atletas e outros profissionais do futebol, sugerindo e indicando como algumas ações devem ser feitas, para se proteger do vírus. A hidratação de cada jogador durante os treinos, deverá ser feita através de copos de água descartáveis, sendo jogados no lixo em seguida e não podendo compartilhar garrafas de água entre eles.

Durante o treino, os jogadores serão distribuídos em grupos de 6 a 8 atletas, mantendo uma distância de dois metros entre os mesmos nas atividades. Os treinos ocorrerão somente em um período do dia, a fim de diminuir a exposição e risco de contaminação. Os membros do departamento médico e fisioterapia devem usar o Equipamento de Proteção Individual, como máscaras e uso constante de álcool em gel.

Após os treinos, os atletas deverão levar para casa todos os materiais que foram utilizados durante o treino para limpar e fazer a higienização dos produtos, fazendo com que os materiais não se misturem com os de outros profissionais. Ao término da atividade diária, os atletas deverão entrar em seu veículo e retornar para casa imediatamente.

Jogador brasiliense relata suspensão do futebol em Portugal

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Foto: Divulgação

Por Michael Nunes

Os campeonatos de futebol estão voltando, embora aos poucos, com as suas atividades. Na Europa, ligas fortes como a Bundesliga estão a todo vapor e até clássicos entre os times locais já ocorreu.

Mas nem todos os países e todos os atletas de futebol da Europa veem o retorno próximo como os alemãs. A incerteza marca a vida de um jogador do DF na Europa. Trata-se do lateral direto brasiliense Yago Alves. O jogador é atleta do GD Nazareno, clube do Distrito Leiria.

Até o momento, apenas a Liga NOS – primeira divisão portuguesa – voltou aos trabalhos no país de Dom Pedro. “Yaguinho” contou como está vida em terras lusitanas, “Eu estou aqui desde 2018. Estou adaptado à cidade de Nazaré. Em relação à pandemia, foi algo diferente de tudo que já vivemos. Foi um baque grande”, disse Yago.

Mas para o lateral a maior surpresa foi a paralisação do campeonato sem data para retorno: “A gente teve a real noção do problema quando veio o recado da federação (Portuguesa de Futebol) que os jogos estavam cancelados” contou o jogador.

O medo não tomou conta do lateral brasiliense. Em muitos países da Europa brasileiros voltaram para casa com o temor do Coronavírus, mas Yago ficou em Portugal. “Mesmo diante das dúvidas fiquei aqui. Confesso que em nenhum momento pensei em retornar para Brasília, até porque os casos em Portugal estão bem abaixo de outros países”, ressaltou o lateral.

Jogador não pretende abandonar a Europa

Yaguinho falou à reportagem sobre o desejo de continuar em busca do seu sonho. “Meu desejo é fazer minha carreira na Europa. Não passa pela minha cabeça retornar para o Brasil. Minha família está aqui comigo, sei que tenho potencial para continuar aqui”, disse o jogador.

Segundo Yago, o Grupo Desportivo Nazareno optou por encerrar às atividades afim de preservar a saúde do elenco. O contrato do atleta teve término na última semana (24-30/05), porém ele não sabe se haverá renovação, “Meu contrato terminou em maio. Tive contato com outros clubes, mas nada concreto. Não descarto a transferência para outro clube”.

Porém o brasiliense está feliz em Portugal, continua treinando à parte, e caso chegue uma boa proposta pretende aceitar. “Me adaptei muito bem à cidade de Nazaré. Estou feliz no clube, minha família adora aqui. Venho treinando em casa para manter a forma, para jogar em alto nível é necessário ter foco”, falou Yago.

Mesmo perto da mãe, o lateral direito sente saudade do Brasil. “Eu sinto falta de Brasília, dos verdadeiros amigos, das resenhas e também dos outros familiares. Espero ir em breve visitar todos”, contou o atleta.

A Fé é um aliado nesse tempo de crise. Cristão declarado, o atleta tem esperança que tudo isso vai passar rápido. “Eu creio nos planos de Deus em minha vida. Isso tudo é um aprendizado. Acredito nas boas novas e que já já estarei fazendo o que mais amo, que é jogar futebol”, concluiu Yaguinho.

 

O que esperar do esporte de alto rendimento após a pandemia?

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Foto: Fernando Moreno/Agência Ferj

Por Agência Brasil

A pandemia do coronavírus obrigou a humanidade a parar. A parar, repensar e mudar vários aspectos da vida. Diante de um vírus que se espalha com muita facilidade, um novo normal começa a se estabelecer a partir de alguns princípios: restrições de movimentação, menor interação social e cuidados extremos de higiene. No mundo do esporte de alto rendimento não é diferente. Grandes eventos internacionais e campeonatos nacionais e estaduais, tiveram de ser adiados, paralisados ou cancelados enquanto se pensa em formas de realizá-los com segurança.

E é para tentar imaginar as mudanças que a prática esportiva de alto rendimento sofrerá em um futuro próximo que a Agência Brasil conversou com dois pesquisadores que tem o universo do esporte como seu objeto de estudo, o sociólogo e professor da Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Rio de Janeiro (Uerj) Ronaldo Helal e o professor da Escola de Ciências Sociais/FGV-CPDOC Bernardo Buarque de Hollanda.

Jogos sem a presença de torcedores

Um dos elementos que mais chama a atenção no novo normal do esporte de alto rendimento é a ausência de torcedores em praças esportivas. Segundo Ronaldo, diante de um vírus novo e com contágio muito rápido, não dá para ser diferente. No Campeonato Alemão, por exemplo, esta mudança fica bem evidente. “Com jogos com portões fechados e os jogadores sem se abraçarem na comemoração dos gols. E também fazendo testes regulares. Esta é a mudança que é possível no momento”, opinou.

Bernardo também aponta o Alemão como o campeonato a ser observado, pois foi a primeira das principais competições nacionais da Europa a reiniciar após a pandemia, mas afirma que a realização das partidas sem a presença de torcidas não vai servir para todos os clubes, mas apenas para aqueles que estão na “vitrine do futebol mundial […], tendo exibição e alcance planetário”. No entendimento do pesquisador, estes conseguem, minimamente, “contornar o atual momento” com as receitas provenientes de transmissões televisivas.

Ronaldo diz que a primeira mudança causada pela ausência de torcedores nos estádios é percebida na performance dos atletas. “Você perde muito. Um espetáculo de massa, sem a massa. Mesmo transmitido pela televisão. É o mesmo que um teatro vazio. A tendência dos atores é não ter uma performance tão motivada por adrenalina como tem com a presença do público. Isso pode acontecer também no caso do futebol, sem o incentivo da torcida. Mas é o que se pode fazer no momento. Não sabemos quanto tempo vai durar. Acho que o público não vai se sentir nem satisfeito, nem insatisfeito, mas acho que vai entender que isso é o que é possível fazer no momento”.

Porém, em suas observações Bernardo identifica grupos que não receberam bem esta nova forma de consumir o futebol. “É interessante que, no caso da Europa, algumas torcidas organizadas estão promovendo campanhas contra a volta dos campeonatos. Partem da ideia de que, se não vai ter torcida, é melhor não ter futebol”. Em meio a tantas incertezas, e pensando na realidade brasileira, o pesquisador da FGV afirma que “é muito pouco provável que aconteça algum campeonato com a presença do público no Brasil em 2020”.

Disputa e torcida à distância

Para o esporte brasileiro, que ainda está pensando em formas de retorno aos treinos, imaginar formas alternativas de torcer ainda parece algo distante. Mas na Dinamarca esta já é uma realidade. O campeonato nacional do país europeu optou por “levar” a torcida ao estádio através de telões instalados nas arquibancadas nos quais os jogadores veem imagens dos torcedores transmitidas por aplicativos de teleconferência (veja no vídeo abaixo).

<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”da” dir=”ltr”>David Nielsen savnede <a href=”https://twitter.com/hashtag/ultratwitteragf?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#ultratwitteragf</a> ved <a href=”https://twitter.com/hashtag/agfrfc?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#agfrfc</a>, men sikke et vigtigt point for os, lød det efter kampen fra cheftræneren til AGF TV <a href=”https://twitter.com/hashtag/ksdh?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#ksdh</a> <a href=”https://t.co/UxnYgXV0We”>pic.twitter.com/UxnYgXV0We</a></p>&mdash; AGF (@AGFFodbold) <a href=”https://twitter.com/AGFFodbold/status/1266107456532463621?ref_src=twsrc%5Etfw”>May 28, 2020</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

Para Bernardo, em um contexto de agravamento da pandemia, as novas tecnologias não devem se restringir ao ato de torcer, mas também podem ser usadas para permitir que atletas que estejam em locais diferentes possam competir entre si. “Estamos em um ponto de inflexão em que paradigmas são repensados. Até que ponto podem ser criadas formas de cobrir performances esportivas nas quais as pessoas não estejam presentes? Isto pode ser especulado. Os atletas não estarão no mesmo locus presencialmente, mas você pode criar formas de competição filmada. Soa absurdo e especulativo hoje, mas de fato ainda estamos em um momento nebuloso no qual não conseguimos discernir o que acontecerá adiante”.

Jogos para celebrar a humanidade

Um dos paradigmas que pode vir a ser questionado caso a pandemia perdure por um período de tempo muito longo é o da realização de grandes eventos esportivos no atual formato. “O formato tradicional de um encontro a cada quatro anos, que reúne todos os atletas no mesmo local, com vila olímpica, pode ter de ser refeito. Entendo que, assim como todas as áreas estão se adaptando, pode ser que muitas coisas no âmbito do esporte que sejam consideradas imprescindíveis, das quais não se abre mão, sejam reinventadas”, diz o pesquisador da FGV.

Mas algo que os dois pesquisadores afirmam torcer para não mudar, quando se fala em grandes eventos esportivos, é que eles continuem a ser entendidos como momentos de celebração da humanidade. “Entendo também (assim como o presidente do Comitê Olímpico Internacional, o alemão Thomas Bach) a ideia dos Jogos como uma celebração da humanidade após a pandemia. Tomara que sejam vistos desta maneira mesmo. Porque há uma metáfora nos Jogos Olímpicos de uma união entre nações”.

“O esporte proporciona um pouco isso. De as regras serem as mesmas para todos, que o melhor vence pelos seus méritos. Se superarmos esta pandemia, se já tivermos uma vacina, e espero que sim, espero que seja uma grande celebração da humanidade (os Jogos de Tóquio), da vida após a pandemia, de união entre as nações e povos”, conclui Ronaldo.

Secretaria de Esporte abre programa de fiscalização voluntária dos parques do DF

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Foto: Gabriel Jabur/ Agência Brasília

Por Danilo Queiroz*

Depois de mais de dois meses fechados, os parques do Distrito Federal serão reabertos ao público nesta quarta-feira (3/6). O uso pelos frequentadores, porém, será regulamentado e deverá seguir regras de proteção sugeridas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para garantir que os usuários irão seguir as novas recomendações, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) irá credenciar professores e estudantes de Educação Física no programa “Seja um Voluntário no Parque”.

A intenção da pasta de esportes do Governo do Distrito Federal (GDF) é que os voluntários auxiliem na fiscalização da obrigatoriedade do uso de máscara de proteção facial e no distanciamento social de todos os frequentadores dos parques. Os interessados vão recomendar ainda que os esportistas não utilizem os equipamentos de ginástica instalados nos locais já que, em um primeiro momento, a população poderá apenas realizar corridas, caminhadas, prática de bicicleta, patins e skate.

Segundo a SEL/DF, poderão participar da fiscalização voluntária os profissionais de Educação Física inscritos no Conselho Regional de Educação Física (Cref/DF) e estagiáriosm que serão certificados com horas complementares. Os interessados devem se inscrever no site oficial da pasta em formulário disponibilizado especificamente para a ação. No registro, os candidatos devem informar dados pessoais, de contato e indicar a especialidade na área, assim como o local de preferência de atuação e a disponibilidade de dias e horários.

Clique e se inscreva no Programa “Seja um Voluntário no Parque”

“É hora de ajudar! Os profissionais e estudantes de Educação Física entendem que praticar esporte é saúde, mas o momento exige muitos cuidados e o objetivo é proteger a população da Covid-19. Por isso, a Aecretaria de Esporte e Lazer criou o programa “Seja um Voluntário no Parque”, para que, de uma forma segura para todos, os cidadãos possam praticar atividades sem arriscar a sua própria saúde e a dos outros”, ressaltou a secretária da pasta, Celina Leão.

Saiba mais: Parques do Distrito Federal reabrem nesta quarta-feira

A retomada das atividades nos parques em território candango foi autorizada no último fim de semana pelo governador Ibaneis Rocha. Através do Decreto nº 40.846, o chefe do Executivo local estabeleceu a reabertura de 18 espaços esportivos a céu aberto (veja lista no fim da matéria). Os locais poderão receber público de 6h às 21h. Entretanto, está proibido qualquer tipo de comércio. Atividades coletivas e o uso de banheiros e bebedouros dos espaços também foram vetados.

Confira os parques que serão reabertos nesta quarta-feira:

  • Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek
  • Parque Ecológico do Paranoá
  • Parque Recreativo do Gama (Prainha)
  • Parque Ecológico do Gama
  • Parque Ecológico Sucupira (Planaltina)
  • Parque Ecológico do Lago Norte
  • Parque Ecológico da Asa Sul
  • Parque Ecológico Olhas D´água
  • Parque Ecológico Ezequias Heringer (Guará)
  • Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul)
  • Parque Ecológico Águas Claras
  • Parque Ecológico Riacho Fundo
  • Parque Ecológico do Areal (Arniqueiras)
  • Parque Ecológico Veredinha (Brazlândia)
  • Parque Ecológico do Cortado (Taguatinga)
  • Parque Ecológico 3 Meninas (Samambaia)
  • Parque Ecológico do Tororó
  • Parque Ecológico das Copaíbas

*Com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Esportes, Celina Leão

Decreto do GDF permite reabertura de parques a partir de quarta

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Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

Por Danilo Queiroz*

O Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu liberar a utilização dos parques sediados no Distrito Federal. A decisão, publicada em edição extra do Diário Oficial (DODF) na noite de sábado (30/5), foi assinada pelo governador Ibaneis Rocha e terá validade a partir da próxima quarta-feira (3/6). O funcionamento poderá acontecer de 6h às 21h. Os locais estavam fechados desde 18 de março como ação de prevenção à disseminação do coronavírus na capital federal.

Assim como nos demais locais que já foram autorizados a retomar as atividades, haverá exigências para que a população possa frequentar os parques públicos do DF. Nos espaços indicados no decreto (veja todos no fim da matéria), está proibido qualquer tipo de comércio dentro deles, inclusive de ambulantes. Todos os equipamentos de musculação e demais áreas de atividade coletiva serão bloqueados, assim como banheiros e bebedouros estarão interditados.

Ao receber alta do hospital DF Star (onde estava internado desde a última segunda-feira para a realização de uma cirurgia) na manhã de sábado, o governador Ibaneis Rocha explicou que a ideia é permitir que os brasilienses se exercitem, mas façam apenas caminhadas ou andem de bicicleta. “Estarão abertas apenas a pista de cooper e a ciclovia”, detalhou. O uso de máscara de proteção facial também é obrigatório para todos os frequentadores.

No Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, maior e mais movimentado espaço de exercícios do Distrito Federal, continuará vedado o trânsito de veículos. A exceção será apenas para os usuários que desejem se deslocar até os estacionamentos 4 e 5, devendo-se converter às vias internas em pista para pedestres e ciclistas. A fiscalização para respeito das instruções será organizada e supervisionada pelo Departamento de Trânsito (Detran-DF).

Fiscalização

Para garantir que todas as regras estipuladas no decreto sejam cumpridas pela população, o GDF determinou que a Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL-DF), o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Brasília Ambiental) e as respectivas administrações dos parques serão responsáveis, além dos demais órgãos fiscalizadores da capital federal, façam supervisão e fiscalização diária do funcionamento e uso dos locais.

Confira os parques que serão reabertos na quarta-feira:
– Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek
– Parque Ecológico do Paranoá
– Parque Recreativo do Gama (Prainha)
– Parque Ecológico do Gama
– Parque Ecológico Sucupira (Planaltina)
– Parque Ecológico do Lago Norte
– Parque Ecológico da Asa Sul
– Parque Ecológico Olhos D`água
– Parque Ecológico Ezequias Heringer (Guará)
– Monumento Natural Dom Bosco (Lago Sul)
– Parque Ecológico de Águas Claras
– Parque Ecológico do Riacho Fundo
– Parque Ecológico do Areal (Arniqueiras)
– Parque Ecológico Veredinha (Brazlândia)
– Parque Ecológico do Cortado (Taguatinga)
– Parque Ecológico 3 Meninas (Samambaia)
– Parque Ecológico do Tororó
– Parque Ecológico das Copaíbas (Lago Sul)

*Com informações da Agência Brasília

SEL-DF libera requisição eletrônica ao Compete Brasília e Bolsa Atleta

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Foto: Divulgação/UnB

Da Redação/Distrito do Esporte*

Os atletas beneficiados pelos programas Bolsa Atleta e Compete Brasília, geridos pela Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL-DF) poderão dar andamento aos processos de solicitação de apoio através através da internet. A iniciativa, confirmada pela pasta nesta sexta-feira (29/5), foi tomada pela pasta para dar agilidade no procedimento e evitar o deslocamento dos interessados.

Os esportistas que já são contemplados pelas iniciativas podem enviar os requerimentos de apoio e demais documentos para o endereço eletrônico [email protected], gerenciado pela SEL-DF unicamente para as solicitações. Todos os arquivos devem estar em formato PDF. Após análise técnica, dentro do prazo de uma semana, o solicitante será comunicado sobre o resultado do pedido.

De acordo com a secretária de Esporte, Celina Leão, a medida é apenas o primeiro passo na informatização da SEL-DF. “Investir em tecnologia em todos os setores é primordial. Na Secretaria de Esporte não poderia ser diferente. Esse foi o primeiro passo para avançarmos em uma gestão conectada. Essa nova tecnologia irá proporcionar comodidade e agilidade para os atletas. Vem mais por aí”, destacou.

A SEL-DF ressalta ainda ser fundamental que os interessados estejam com seus cadastrados atualizados junto à pasta. No caso do Compete Brasília, o requerimento deverá ser protocolado respeitando os prazos máximos de 40 dias antes do início de competições nacionais e 60 dias antes do início de eventos internacionais. A prestação de contas dos recursos repassados também deverá ser feita on-line.

*Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL-DF)

Copa Jihon é suspensa e presidente da FCKDF não crê no retorno do desporto em 2020

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Foto: Reprodução/Academia Shury-Kan

Por João Marcelo

Enquanto algumas modalidades esportivas traçam estratégias para a volta – ainda há exemplos de retorno -, outras continuam a ser suspensas e mantendo a incógnita de eventos no ano corrente. Inicialmente marcado para a segunda semana de junho, a Copa Jihon, que teria a terceira edição em Brasília, foi oficialmente suspensa pela Confederação Brasileira de Karatê (CBK). Procurado pela reportagem do Distrito do Esporte, o presidente da Federação Candanga de Karatê do Distrito Federal (FCKDF) se mostrou descrente quanto ao retorno do esporte este ano.

Nos dias 13 e 14 de junho, o Distrito Federal receberia a 3ª Copa Jihon. Porém, o evento foi suspenso pela CBK por conta do coronavírus. Uma nova data não foi anunciada e a dúvida paira se ocorrerá ou não esse ano. Assim como o torneio candango, o Open AABB Nacional de Karate (Aracajú/SE) e o Open CPN de Minas Gerais (Passos/MG) também foram suspensas pela confederação. Outras competições datadas a partir de julho ainda não foram suspensas, adiadas ou canceladas.

Foto: Reprodução/Confederação Brasileira de Karatê

Presidente da FCKDF não acredita no retorno das competições em 2020

Em contato com o presidente da Federação Candanga de Karatê do Distrito Federal, Gerardo Coelho, o mandatário disse que “esse ano é atípico, não acredito na volta do esporte este ano”. Gerardo mostrou preocupação quanto à curva crescente da pandemia. “Não tem como assegurar quando essa curva irá abaixar e isso atrapalha o rendimento dos atletas. Mesmo se tiver competições no fim do ano, os competidores não estarão preparados. Ninguém está treinando, fica complicado”, disse.

Ele ainda se mostra descrente quanto à realização das competições marcadas para 2021. “Todos os segmentos na área esportivas estão suspensos. O maior evento mundial, as Olimpíadas de Tóquio, foi remarcado para ano que vem e nem sabemos se realmente vai acontecer”, falou. Por fim, ele disse estar seguindo todas as recomendações dos órgãos competentes. “A WKF (World Karatê Federation) e a CBK nos informou para aguardar normalizar e estamos cumprindo”, finalizou.