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quarta-feira, 14 de maio de 2025
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Para animar: vantagem do Brasiliense nunca foi revertida em finais de Candangão

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Arte: Danilo Queiroz/ Distrito do Esporte

Por Danilo Queiroz

Na última quarta-feira (26/8), o torcedor do Brasiliense iniciou o dia feliz da vida com a vitória do time sobre o Gama por 3 a 1 na primeira partida da grande final do Campeonato Candango no Estádio Nacional Mané Garrincha. Além de quebrar um invencibilidade de 33 jogos ostentada pelo rival verde, o Jacaré conseguiu outro feito e construiu uma vantagem que jamais foi revertida em finais da competição local.

Ao todo, o cenário que traz tranquilidade ao Jacaré já aconteceu em cinco oportunidades na era profissional. A primeira foi em 1997, quando o mesmo Gama mediu forças com o Brasília na decisão e venceu o jogo de ida por 2 a 0. Na partida derradeira, os colorados não tiveram forças para reverter o prejuízo e viram a situação piorar: acabaram derrotados novamente por 2 a 0 e assistiram a taça ir para o Ninho do Periquito.

Com o equilíbrio marcando os anos seguintes, o panorama só reapareceu em 2010, com o Brasiliense encarando a dificuldade da missão. Na ocasião, o Jacaré enfrentou o Ceilândia na finalíssima e acabou perdendo o primeiro jogo pelo mesmo placar de 3 a 1 que agora ostenta. Na partida seguinte, o time amarelo empatou em 2 a 2 com o Gato Preto e amargou o vice-campeonato daquela edição.

Em 2015, o Gama se aproveitou de uma vantagem ainda maior para sair de campo campeão. Naquela temporada, o alviverde fez a final com o Brasília. Na partida de ia, os gamenses se impuseram no gramado e venceram os rivais colorados por 3 a 0. Na partida de volta, o Periquito voltou a superar o Avião, desta vez por 1 a 0, e ficou com o 11º título candango de sua história.

O Candangão seguinte voltou a testemunhar a boa vantagem construída na primeira fase ser decisiva para quem conquistou a taça. Há quatro anos, Luziânia e Ceilândia decidiram o torneio local e os goianos venceram a partida de ida pelo placar de 2 a 0. Na ocasião, o Gato Preto também não teve forças para reverter a desvantagem, foram novamente derrotados, desta vez por 1 a 0, e viram o título ir para o clube do Entorno.

No ano passado, o Brasiliense estava com o papel invertido com o alviverde. No mesmo Mané Garrincha, o Gama ganhou o primeiro clássico da decisão exatamente pelo placar de 3 a 1. Nos 90 minutos finais, o Jacaré foi para o tudo ou nada e modificou boa parte do time, mas acabou não tendo sucesso na ingrata missão. Com o empate em 2 a 2, o troféu foi para a galeria do Periquito.

Com os dois gols de frente, o time amarelo pode perder para o rival neste sábado (29/8), no estádio Bezerrão, por até um gol de diferença. Para ter a taça no tempo normal, o alviverde precisa vencer por três gols de margem. Vitória gamense por dois tentos de margem leva a decisão para os pênaltis. No ano passado, quando a vantagem estava invertida, o Jacaré não conseguiu reverter e ficou com o vice.

Vantagem grande é exceção na história local

Os números são claros: abrir dois ou mais gols de vantagem na partida de ida é uma coisa de extrema raridade na história do Campeonato Candango. Em todos os 44 anos de história, o título local foi decido com finais de 180 minutos em 21 oportunidades. Com exceção das quatro edições citadas acima, todas as demais tiveram times abrindo, no máximo, um gol de frente no primeiro jogo.

Em oito temporadas (1982, 1985, 1986, 1995, 2000, 2003, 2011 e 2017), os jogos inicias acabaram empatados. Em alguns anos, alguns clubes contavam com a vantagem de dois resultados iguais. Nas demais temporadas do Candangão, todos os times venceram os primeiros 90 minutos apenas por placares de um gol de frente, deixando a briga pelo título em aberto no jogo de volta das decisões.

Veja todas as vantagens de decisões do Candangão
2019 – Diferença de dois gols (Gama abriu e venceu)

2018 – Diferença de um gol (Brasiliense abriu, Sobradinho reverteu e venceu)
2017 – Empate (Brasiliense venceu)
2016 – Diferença de dois gols (Luziânia abriu e venceu)
2015 – Diferença de três gols (Gama abriu e venceu)
2014 – Diferença de um gol (Luziânia abriu e venceu)
2013 – Diferença de um gol (Brasiliense abriu e venceu)
2012 – Diferença de um gol (Ceilândia abriu e venceu)
2011 – Empate (Brasiliense venceu)
2010 – Diferença de dois gols (Ceilândia abriu e venceu)
2009 – Diferença de um gol (Brasiliense abriu e venceu)
2008 – Não se aplica, pois foi disputado no sistema de pontos corridos
2007 – Não se aplica, pois foi disputado no sistema de pontos corridos
2006 – Não se aplica, pois a decisão aconteceu em formato quadrangular
2005 – Não se aplica, pois a decisão aconteceu em formato quadrangular
2004 – Não se aplica, pois o Brasiliense foi campeão vencendo os dois turnos
2003 – Empate (Gama venceu)
2002 – Não se aplica, pois foi disputado no sistema de pontos corridos
2001 – Diferença de um gol (Gama abriu e venceu)
2000 – Empate (Gama venceu)
1999 – Diferença de um gol (Gama abriu e venceu)
1998 – Não se aplica, pois foi disputado no sistema de pontos corridos
1997 – Diferença de dois gols (Gama abriu e venceu)
1996 – Diferença de um gol (Guará abriu e venceu)
1995 – Empate (Gama venceu)
1994 – Não se aplica, pois o Gama venceu os dois turnos
1993 – Diferença de um gol (Taguatinga abriu e venceu)
1992 – Não se aplica, pois o Taguatinga venceu os dois turnos
1991 – Não se aplica, pois o Taguatinga venceu os dois turnos
1990 – Não se aplica, pois o Gama venceu os dois turnos
1989 – Não se aplica, pois a decisão aconteceu em formato quadrangular
1988 – Não se aplica, pois a final aconteceu em jogo único
1987 – Não se aplica, pois a decisão aconteceu em formato triangular
1986 – Empate (Sobradinho venceu)
1985 – Empate (Sobradinho venceu)
1984 – Não se aplica, pois a decisão aconteceu em formato triangular
1983 – Não se aplica, pois a decisão aconteceu em formato triangular
1982 – Empate (Guará venceu)
1981 – Não se aplica, pois a decisão aconteceu em formato triangular
1980 – Não se aplica, pois o Brasília venceu os três turnos
1979 – Não se aplica, pois a decisão aconteceu em jogo único
1978 – Não se aplica, pois a decisão aconteceu em formato quadrangular
1977 – Não se aplica, pois a decisão aconteceu em formato quadrangular
1976 – Não se aplica, pois a decisão aconteceu em formato triangular

Para acreditar: Gama ganhou 85% dos jogos por dois ou mais gols de margem

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Arte: Danilo Queiroz/Distrito do Esporte

Por Danilo Queiroz

Logo após o apito final que decretou a derrota do Gama por 3 a 1 para o rival Brasiliense na primeira partida da grande final do Campeonato Candango de 2020 na última quarta-feira (26/8), o torcedor alviverde escolheu acreditar. Nas redes sociais, os gamenses não se abalaram com a desvantagem e demonstraram apoio e esperança de que o Periquito conseguirá reverter a boa vantagem obtida pelo Jacaré.

Para aumentar a fé, os números mostram que o time de Vilson Tadei é capaz de tal feito, que nunca foi obtido por nenhum time na história do torneio local. Na campanha de 2020, o Gama conquistou 14 vitórias, empatou uma partida e perdeu outra, justamente na última quarta-feira para o rival amarelo. De todos os triunfos, em 12 o alviverde conseguiu uma margem de dois ou mais gols de diferença.

O desempenho garante ao time uma incrível margem de 85,71% de vitórias com tal vantagem. Na primeira fase, Sobradinho, Real Brasília e Formosa perderam por dois gols. Taguatinga e Unaí ficaram três gols atrás do alviverde no placar. Ceilandense e Paranoá acabaram levanto cinco de margem do time gamense. O Ceilândia teve o pior desempenho ao perder de 6. Nas vitórias, somente o Brasiliense levou apenas um de diferença.

Na fase final, o desempenho do time alviverde nas vitórias que o levaram até a decisão do Candangão também teve proporção parecida. No primeiro jogo das quartas de final, o Sobradinho levou cinco de sobra. Na volta, perdeu com um de desvantagem. Nas semifinais, o Formosa acabou perdendo as duas partidas para o Gama por dois gols de diferença: 3 a 1 nas partidas de ida e de volta.

Melhor ataque da competição

A força ofensiva e as diversas goleadas durante a temporada fizeram com que o Gama garantisse ainda o melhor ataque entre os doze participantes do Campeonato Candango. Nas dezesseis partidas disputadas até o momento, o alviverde balançou às redes em 55 oportunidades. Nunes, o camisa nove gamense, é o principal responsável pela artilharia gamense com doze gols anotados.

O Gama terá que fazer valer o retrospecto neste sábado (29/8) no estádio Bezerrão. Às 16h, o alviverde recebe o Brasiliense precisando vencer por três gols de diferença para levar a taça no tempo normal. Triunfo do alviverde por dois trunfos levará a decisão do Candangão 2020 para os pênaltis. Qualquer outro resultado ao fim dos 90 minutos garantirá a conquista para o Jacaré.

Sete vezes Brasiliense x Gama na final: quem vai desempatar essa disputa?

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Arte: Danilo Queiroz/Distrito do Esporte

Por Jéssika Lineker

O Campeonato Candango de 2020 colocou novamente frente à frente na final os dois maiores detentores de títulos do futebol do Distrito Federal. Pela sétima vez na história, Gama e Brasiliense chegam ao momento derradeiro da competição. Na disputa pessoal, um empate: o Jacaré levou três taças e o Periquito outras três. O encontro de 2020, portanto, irá desempatar o equilibrado histórico verde-amarelo.

O Brasiliense saiu do clássico comemorando um título nos anos de 2004, 2006 e 2011. Já o Gama conquistou o DF sobre o rival nas duas primeiras disputas entre eles, em 2001 e 2003, e na última, ocorrida no ano passado. Para ajudar no esquenta do torcedor para o clássico decisivo desse sábado, o Distrito do Esporte relembra todas as finais de Candangão verde-amarelas.

Candangão 2001: a rivalidade nascia com a primeira taça alviverde

Em 2001, a rivalidade entre Brasiliense e Gama dava seus primeiros passos no cenário local. Chegando à final logo em seu primeiro ano na elite do Campeonato Candango, o Jacaré se credenciou após fazer uma campanha mais positiva do que o alviverde na primeira fase. Após despacharem Brazlândia e Bandeirante nas semifinais, os futuros rivais chegaram ao confronto pela taça.

No fim, porém, prevaleceu a tradição da camisa gamense, que, naquela época, já tinha em seu currículo outras nove conquistas de títulos locais. Vencendo as duas partidas decisivas (3 a 2 no confronto de ida e 2 a 1 na partida de volta), o Gama ficou com o troféu daquela edição do Candangão e deu a primeira volta olímpica da história de decisões frente ao Brasiliense.

Candangão 2003: repeteco gamense

Na temporada de 2003, Gama e Brasiliense voltaram a decidir o título do Candangão. O cenário, inclusive, teve bastante coincidências com o atual torneio local: naquele ano, os rivais se destacaram na primeira fase e o alviverde venceu o clássico, que também aconteceu na nona rodada, pelo mesmo placar de 1 a 0 de 2019. Ao chegar às finais, o time gamense ainda estava invicto e o Jacaré tinha uma derrota.

Nas duas partidas da decisão, novamente o Gama se sobressaiu. No primeiro clássico verde-amarelo, o placar ficou empatado em 1 a 1. Na segunda partida, o alviverde venceu o Jacaré por 4 a 1 e ficou com o título. Após aquele título, os gamenses entraram em um longo jejum no Campeonato Candango, que só foi encerrado doze anos depois com o título de 2015.

Candangão 2004: primeira conquista amarela sobre o rival

No ano de 2004, Brasiliense e Gama fizeram a segunda final seguida com clássico verde-amarelo. Nessa altura, a rivalidade entre as duas equipes já estava consolidada. Naquele ano, houve uma mudança de formato com o Candangão sendo disputado em dois turnos. No primeiro, o Jacaré venceu o CFZ Brasília na grande final. A filial do time de Zico havia eliminado o alviverde na etapa anterior.

Mesmo tendo uma vaga garantida na final do torneio local por ter vencido o primeiro turno, o Brasiliense não tirou o pé na segunda etapa do Candangão. Desta vez, os dois clubes se encontraram na decisão e o time amarelo levou a melhor ao vencer por 1 a 0 e conquistar o taça de forma antecipada. Aquela foi a primeira vez que o Jacaré venceu seu maior rival no principal torneio de clubes no DF.

Candangão 2006: Jacaré iguala confronto direto

Em 2006, o Brasiliense já estava estabelecido no futebol local. Naquela temporada, o Campeonato Candango teve nova mudança no regulamento e passou a contar com a primeira fase com os times divididos em dois grupos que classificavam as duas melhores equipes para um quadrangular final. Com os rivais no chava A, o Jacaré ficou na primeira posição e o Gama na segunda.

Na fase decisiva, Brasiliense, Gama, Ceilândia e Luziânia eram os postulantes ao título candango. Em confrontos de ida e volta, o Jacaré se impôs sobre todos os adversários para confirmar seu terceiro título do Candangão de forma consecutiva. O alviverde acabou ficando em segundo tanto no grupo do quadrangular como na classificação geral e ficou com o vice-campeonato.

Candangão 2011: tricampeonato do Brasiliense sobre o Gama

Depois de longos cinco anos, Brasiliense e Gama voltaram a bater de frente na final do Campeonato Candango de 2011. O torneio foi novamente disputado em um sistema diferente: na primeira fase, todos jogaram contra todos, com o Jacaré avançando em primeiro e o Periquito na quarta colocação. Na segunda fase, um quadrangular, o alviverde eu o troco e avançou para a final na liderança com o time amarelo em segundo.

Naquele Candangão, as finais foram disputadas nas casas das duas equipes. No primeiro jogo, disputado no estádio Bezerrão para 14.912 torcedores, o placar acabou empatado em 1 a 1, com os gols saindo nos cinco minutos finais. Na partida de volta, que aconteceu no estádio Serejão e foi presenciada por 15.645 torcedores, os rivais ficaram empatados em 0 a 0. Por ter feito melhor campanha em todo o torneio, o Jacaré ficou com a taça.

Candangão 2019: após oito anos, a história voltou a ser reescrita

Depois de um hiato de oito anos (o maior período sem finais entre Brasiliense e Gama), os dois rivais voltaram a decidir a taça do Campeonato Candango em um clássico verde-amarelo. Melhor para o verdão, que de forma invicta, com 14 vitórias e três empates em 17 jogos, conquistou o seu 12º título Candango.

Desta vez, não houve nenhum tipo de vantagem e o campeão foi conhecido após uma vitória por 5 a 3 no placar agregado. Na primeira partida, o Gama obteve um ótimo resultado vencendo o Brasiliense por 3 a 1, já no jogo de volta, o jogo terminou empatado em 2 a 2. As duas partidas foram disputadas no Estádio Nacional Mané Garrincha.

Candangão 2020: O ano do desempate verde-amarelo

Com três vitórias cada, o Campeonato Candango 2020 terá a responsabilidade de desempatar a disputa no maior clássico do futebol local. No primeiro jogo, disputado na última quarta-feira (26/8), o Brasiliense venceu o Gama por 3 a 1. Com o resultado, o Jacaré pode perder por um gol de diferença para ficar com a taça. O alviverde precisa ganhar por três. Vitória gamense por dois tentos de margem leva à disputa aos pênaltis.

O jogo derradeiro acontece neste sábado (29/8), às 16h, no estádio Bezerrão. Maior vencedor da competição local, o Gama buscará a 13ª taça de Candangão da história. Em segundo na lista histórica de títulos candangos, o Brasiliense entrará em campo em busca da sua 10ª conquista. Após o jogo, um dos rivais estará na frente na disputa, mas com a certeza de vários outros embates ainda vão acontecer.

Com vantagem alviverde, Nunes e Zé Love disputam artilharia do Candangão

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Arte: Danilo Queiroz/Distrito do Esporte

Por Lucas Espíndola e Danilo Queiroz

Além da disputa pelo título do Campeonato Candango, a partida entre Gama e Brasiliense, no estádio Bezerrão, também trará o último capítulo de uma briga particular entre dois destaques do torneio local. Nunes e Zé Love, os camisas nove de alviverde e Jacaré, entram em campo para disputar a artilharia da competição. Faltando 90 minutos para o fim, o gamense tem uma boa margem na frente.

Com 12 gols marcados, o Ceifador está isolado na artilharia. O Artilheiro do Amor do Jacaré vem logo atrás com nove gols anotados. Ele está empatado ainda com o atacante Gilvan, do Real Brasília, que foi eliminado pelo Brasiliense nas semifinais da competição local e que liderou boa parte da disputa após ter aberto uma boa vantagem com o desempenho ofensivo das primeiras rodadas do Candangão.

Apesar da disputa ainda estar em aberto, Nunes está a um simples passo de levar a honraria pessoal. O camisa 9 do Gama anotou gols importantes ao balançar às redes de Brasiliense, Formosa (duas vezes), Sobradinho (três vezes), Luziânia (duas vezes), Paranoá, Unaí, Ceilandense e Taguatinga. Nas fases finais, o atacante foi nome primordial, marcando em quatro dos cinco jogos.

Artilheiro do time amarelo no Candangão, Zé Love tem uma missão complicada para alcançar o feito. O camisa 9 do Jacaré precisaria balançar às redes no mínimo quatro vezes e ainda torcer para que o colega de profissão não faça nenhum gol para levar a disputa. Até o momento, o atacante marcou contra Real Brasília (três vezes), Paranoá (três vezes), Luziânia (duas vezes) e Taguatinga.

O capítulo final da disputa acontece às 16h, no estádio Bezerrão. No jogo em questão, Gama e Brasiliense vão definir quem fica com o título de campeão candango na temporada de 2020. Após vencer o jogo de ida na última quarta-feira (26/8) por 3 a 1, o Jacaré pode perder por até um gol de diferença. Para levantar a taça no tempo normal, o Gama precisa ganhar por três. Vitória alviverde por dois tentos leva a decisão para os pênaltis.

Na “fila” da Série D, Real Brasília e Formosa torcerão por algozes por vaga em 2021

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Arte: Danilo Queiroz/Distrito do Esporte

Por Danilo Queiroz

Real Brasília e Formosa foram eliminados do Campeonato Candango no último domingo (25/8). Apesar de a temporada ter acabado de forma oficial, os dois times ainda tem pelo o que torcer em 2020. Na terceira e quarta posição na tabela de classificação, respectivamente, o Leão do Planalto e o Tsunami do Cerrado poderiam herdar uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro de 2021.

Para isso acontecer, porém, será necessário torcer para Gama e Brasiliense, justamente os times que eliminaram Formosa e Real Brasília nas semifinais do Candangão. Como o Jacaré e o alviverde chegaram na final, eles garantiram suas vagas para disputar a Série D de 2021. Como ambos já estarão no torneio nacional neste ano, a chance de acesso pode fazer com que as vagas mudem de mãos.

Terceiro colocado na tabela geral do Candangão, o Real Brasília é o time que tem mais chances de disputar o torneio nacional pela primeira vez. Para que seja pescado para a Série D 2021, bastaria que Gama ou Brasiliense conseguisse uma das quatro vagas disponíveis para a Série C da próxima temporada. Assim, o lugar de quem ter êxito e subir de divisão seria passado diretamente para o Leão do Planalto.

Após finalizar o torneio local em quarto lugar, o Formosa terá que torcer duplamente nos próximos meses para integrar a Série D. O Tsunami do Cerrado só conseguirá a vaga se os dois rivais locais tiverem sucesso em suas campanhas neste ano. A possibilidade, inclusive, só passou a ser real devido à mudança de regulamento para a temporada de 2020, já que a configuração permite um acesso duplo do futebol candango.

Se tudo der certo, Real Brasília e Formosa teriam certeza de garantia de calendário para a próxima temporada apenas em janeiro do ano que vem. As partidas das quartas de final, etapa que confirma os quatro clubes que serão promovidos da Série D para a Série C do Brasileirão, estão marcadas para acontecer nos dias 2 e 3 (jogos de ida) e 9 e 10 (confrontos de volta) do primeiro mês de 2021.

Vale lembrar que a Copa do Brasil e a Copa Verde, outros dois torneios que os finalistas do Candangão garantem vaga, não entram nessa equação. Com isso, na temporada de 2021, Gama e Brasiliense serão os representantes do futebol nacional nas duas competições. Na nacional deste ano, os dois rivais acabaram eliminados na primeira fase. Já a regional ainda não tem data definida para acontecer.

Brasiliense e Gama iniciam a caminhada pelo acesso já em setembro. Primeiro a estrear, o Jacaré precisará passar primeiro pela Pré-Série D. Nesta fase, terá pela frente o Tocantinópolis-TO em 6 e 13 de setembro. Se passar, irá para o grupo 6, o mesmo do rival alviverde. Garantido na fase de grupos, o Periquito debuta na competição nacional em 19 ou 20 de setembro contra o Atlético de Alagoinhas-BA.

Brasiliense bate Gama na 1ª final e arruína invencibilidade de 33 jogos

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Por Bruno H. de Moura

O Brasiliense  começou com a perna esquerda a final do Candangão 2020. Melhor, com o pé direito de Marcos Aurélio. O meia armou o time, organizou o jacaré e teve papel fundamental nos 3 gols do Brasiliense.

O primeiro de falta foi dele, no segundo e terceiro as jogadas partiram do baixinho invocao. Um gol, duas assistências e a garantia de uma vantagem importante para a final do Candangão 2020.

Com as raras presenças do vice-governador Paco Britto e da secretária de esportes, Celina Leão, o estádio Mané Garrincha chegou a ter um público razoável de espectadores na arquibancada inferior leste. A claque governamental não se atentou ao próprio decreto do GDF que impede aglomerações e acompanhava as autoridades públicas. Além deles, só comissão técnica, diretorias e a imprensa.

1º Tempo: Boas chances, mas pouca efetividade

O jacaré entrou pilhado. Nos 15 primeiros minutos de jogo só dava o Brasiliense com um Marcos Aurélio inspirado e o Peninha bem posicionado. O Gama pouco fazia, dava a impressão de ainda estar no aquecimento. Esquerdinha e Wallace eram os mais instigados do periquito. O jogo seguia sem grandes oportunidades de ambas as equipes. Pelo menos até a pausa para hidratação, aos 22 minutos.

Aos 26 minutos Peninha deu um passe açucarado para Zé Love que infiltrou dentro da área do goleiro, mas ao invés e tentar marcar o gol ou dar um passe, quis cavar um pênalti. O zagueiro Gustavo não entrou na onda de Zé Love e Maguielson, corretamente, deixou o jogo seguir.

7 minutos depois foi a chance de Andrei Alba levar perigo ao gol de Fernando Henrique. Na cabeça do círculo de entrada da área ele arriscou uma bomba, mas a bola não foi pro gol.

Aos 35 minutos, Nunes invadiu pela esquerda, tocou para Esquerdinha  que devolveu para Nunes que chutou fraca em diagonal. A bola passou perto do gol de Fernando Henrique. Era a primeira chance real de gol do Gama. Em seguida, em contra-ataque, cruzamento do Romarinho na cabeça de Zé Love que, mesmo impedido, botou para fora.

Muito bem no jogo, Peninha recebeu bola de Aldo, limpou, e de fora da área mandou um tirambaço. A bola passou rente ao gol na direita de Calaça. Toda a diretoria do Brasiliense levantou lamentando a perca da oportunidade. 3 minutos depois, Peu cobrou escanteio para o Gama, no primeiro pau Wallace desviou obrigando Fernando Henrique, num golpe de vista, impedir o gol do Gama.

Maguielson ainda deu 2 minutos de acréscimo, mas ninguém tirou o zero do placar da primeira etapa. Jogo muito bom, especialmente após a pausa para reidratação.

Mateus Teófilo – Distrito do Esporte

2º Tempo: Marcos Aurélio bota as mãos na taça

Logo na primeira jogada, cruzamento para dentro da área, Romarinho livre cabeçou para a pequena área do Gama sem ninguém a finalizar a jogada. Três minutos depois, falta em Romarinho na esquerda de ataque. Marcos Aurélio e Fernadinho na bola. O lateral deixou para o meia baixinho que cobrou de forma espetacular no ângulo de Rodrigo Calaça, mal posicionado, só lamentar. O Brasiliense saia na frente.

Aos 8 minutos, falta besta de Wallace na intermediária direita do ataque do Brasiliense. Marcos Aurélio, de novo, mandou uma bomba no gol de Calaça que espalmou. A bola abola sobrou para Badhuga que muito bem posicionado empurrou para o gol do periquito. A invencibilidade do Gama ia para o saco.

Mateus Teófilo – Distrito do Esporte

Ele estava imparável. Novamente numa falta, Marcos Aurélio cobra dentro da área. O volantão Aldo subiu sozinho, sem marcação, e empurrou no cantinho direito de Rodrigo Calaça que até foi na bola, contudo ela já morria dentro da rede. 3-0.

Vilson Taddei percebeu como o time do Gama estava perdido. No meio da pressão, o zagueiro Gustavo falava para Calaça: desconcentramos. O treinador Gamense fez duas mudanças. Vitor Xavier por Michel Platini e Andrei Alba por Malaquias.

O Gama estava perdido em jogo. Mas Romarinho, num vacilo dentro da área, levantou o pé dentro da área e atingiu Wallace, marcando pênalti contra o Brasiliense. Sempre ele, Nunes de pardinha chutou no centro do gol de Fernando Henrique que caiu para a esquerda. Aos 20 minutos o periquito respirava.

Emerson pedia substituição a tempos. Mas só aos 30 minutos Taddei tirou o zagueiro e colocou Gustavo Rambo. O brasiliense trocou o homem do jogo, Marcos Aurélio, por Douglas. O jacaré controlava o jogos e criava oportunidades. O Gama não lembrava o time dos últimos dois anos.

Aos 45 minutos Peu fez ótima cobrança de falta no canto esquerdo do gol de Fernando Henrique que teve de saltar para impedir o segundo gol do Gama. O Gama ainda sassaricou próximo da área, mas não mudou o placar. 3-1 para o jacaré e enterro da invencibilidade do Gama.

O que vem por aí

Agora Gama e Brasiliense decidem, de vez, o título do campeonato no próximo domingo, às 16h de sábado, com arbitragem de Sávio Sampaio. O Brasiliense por ate 1 gol de diferença para levantar o caneco.

Ficha técnica

Brasiliense 3

Fernando Henrique; Bruno Lima, Badhuga, Rodrigo, Fernandinho; Aldo, Peninha (Renatinho), Esquerdinha (Radamés); Zé Love (Fabinho), Marcos Aurélio (Douglas), Romarinho (Vitor Mariano).

Técnico: Márcio Fernandes

Amarelos: Romarinho e Aldo

Gama 1

Calaça; Amaral, Gustavo, Emerson (Gustavo Rambo), Peu; Wallace, Andrei Alba (Malaquias), Esquerdinha, Everton; Vitor Xavier (Michel Platini), Nunes.

Técnico: Vilson Taddei

Amarelos: Amaral; Emerson; Peu e Nunes

Trio arbitragem:

Árbitro: Maguielson Lima Barbosa – CBF
Aa1: Leila Naiara Moreira da Cruz – FIFA
Aa2: Lehi Sousa Silva – CBF
4A: Rafael Martins Diniz – CBF

Reis das finais: os jogadores que participaram das últimas quatro decisões do Candangão

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Arte: Reprodução/Pixabay

Por João Marcelo

Pelo segundo ano consecutivo, Brasiliense e Gama disputarão o título do Campeonato Candango. Nos últimos cinco anos, o Jacaré participa de finais desde 2017, perdendo duas – em 2019 para o Gama e 2018 para o Sobradinho – e vencendo uma, em 2017 frente ao Ceilândia. Já o Periquito fará sua segunda decisão, mais uma vez contra seu maior rival, lutando pela manutenção da taça. Além das equipes, há jogadores que também participaram de finais seguidas. Mas quem foram esses atletas?

O Distrito do Esporte explorou todas as súmulas das últimas quatro finais (2016, 2017, 2018 e 2019) e detalhou quem foram os jogadores que mais participaram das decisões. Para a contagem, o DDE utilizou quem estava na relação final para as partidas, seja como titular ou reserva. Ao todo, quatro atletas estavam nas últimas quatro edições, enquanto dez nomes encontravam-se em três edições. Dos recordistas, os quatro estão com clubes, mas apenas um não poderá estar em campo por problemas médicos.

Completarão a quina?

Dos quatro que disputaram todas as finais citadas, apenas o volante Aldo venceu por duas vezes. O primeiro título veio com o Luziânia em 2016, quando enfrentou o Ceilândia. Em sua segunda final, em 2017, Aldo estava com a camisa do Brasiliense e venceu mais uma vez, também contra o Ceilândia. No ano seguinte, em 2018, no Brasiliense, entrou no decorrer da partida, mas não conseguiu evitar a perda do título contra o Sobradinho. E na última edição, participou também só da segunda partida e viu o Gama levantar a taça.

Com um título nas três edições, o volante/zagueiro Wallace e o lateral Gabriel têm carreiras parecidas. Iniciaram a saga de finais em 2016 com a camisa do Ceilândia e perderam o título para o Luziânia. Em 2017, os dois transferiram-se para Brasiliense e levantaram o troféu frente ao Ceilândia. Nos dois últimos anos, em 2018 e 2019, ainda com a camisa do Brasiliense, não conquistaram o caneco, enfrentando Sobradinho e Gama, respectivamente.

Fechando o quarteto, o atacante Romarinho não conseguiu vencer nos últimos quatro anos a competição. Em 2016, com a camisa do Ceilândia, iniciou as duas partidas no banco e entrou no decorrer do jogo, mas não evitou a derrota de sua equipe. No ano seguinte, ainda no Ceilândia, começou as duas como titular, mas o título novamente não veio. As duas últimas finais estava com a camisa do Brasiliense. Em 2018, ficou no banco e no ano passado, jogou as duas partidas.

Dos quatro jogadores, apenas Gabriel não completará a quinta final consecutiva. O lateral, hoje no Gama, se recupera de uma artroscopia no joelho e está fora das duas decisões. O volante Aldo e o atacante Romarinho disputarão a final com a camisa do Jacaré e do outro lado, Wallace – com duas finais no Brasiliense – estará com a camisa alviverde do Gama.

Atletas relatam suas experiências com finais

Maior vencedor dos citados, Aldo se sente feliz com as conquistas. “Me sinto abençoado e iluminado por Deus. É muito difícil chegar em uma final e eu tenho privilégio de jogar a minha quinta final seguida. Sou muito grato a Deus por tudo que tem me proporcionado até aqui. Sei que posso escrever uma nova história no clube. Por isso, temos que entrar concentrado, ligados e equilibrados. E se não sentir frio na barriga, tem algo errado”, finaliza o volante.

Outro atleta do Brasiliense, Romarinho exalta também outras conquistas do seu clube. “Muito feliz por sempre estar chegando nas finais e garantindo calendário para competições importantes como Copa do Brasil, Série D e a Copa Verde”, pontua. Sobre a última final, o atacante é categórico. “Não fica um gosto de vingança, mas a gente sempre quer sair vencedor, principalmente em um clássico desse tamanho”, exclama o atacante.

Representante gamense, Wallace disputará a final contra seu ex-clube, o Brasiliense. “Joguei por três anos no clube e sei como funciona, tenho muita admiração por todos os funcionários e mantive muitos amigos na equipe”, explica. Porém, o atleta esclarece que isso fica fora do gramado quando a partida iniciar. “Agora estou no Gama e quero vencer. É sempre bom disputar uma final e estou indo para a minha quinta. Agradeço a Deus pela oportunidade e que seja com título”, discorre.

Único a não poder entrar em campo, Gabriel não deixará de estar presente na torcida. “Estarei torcendo do lado de fora pois fiz uma artroscopia. Mas é sempre importante estar chegando na final, para a carreira minha em particular, mas também para o clube que conquista um calendário que é extremamente importante”, manifesta. O lateral ainda citou uma grande ausência na partida. “É melhor quando tem torcida, ainda mais sendo a do Gama”, menciona.

Trinca de finais no currículo

Dez atletas estiveram presentes em três das últimas quatro finais e seis deles podem jogar pela quarta vez. No lado amarelo, Peninha e Preto Costa vão para sua quarta decisão consecutiva com a camisa do Brasiliense, enquanto Edmar Sucuri jogou em 2016 pelo Luziânia e as duas últimas no Jacaré. O zagueiro Badhuga vai para sua segunda final com o time de Márcio Fernandes, mas também jogou em 2016 e 2017, ambas pelo Ceilândia. Peninha e Preto Costa venceram o torneio em 2017 e Sucuri, em 2016 com a Igrejinha.

Na equipe gamense, dois atletas que já vestiram a camisa adversária, os artilheiros Michel Platini e Nunes. O primeiro vai para a quarta final com seu quarto clube diferente. Em 2017, disputou com a camisa do Ceilândia. No ano seguinte, campeão e artilheiro com o Sobradinho. No ano passado, viu o Gama levantar a taça quando estava no Brasiliense e neste ano, trocou de lado. Já seu companheiro de ataque participou por dois anos (2017 e 2018) com a camisa amarela e no ano passado, título com o alviverde candango.

Para fechar a lista de três participações, Filipe Cirne (Ceilândia em 2016 e 2017 e Brasiliense em 2018), Luquinhas (Brasiliense em 2017, 2018 e 2019), Mário Henrique (Ceilândia em 2016, Brasiliense em 2017 e Gama em 2019) e o atacante, hoje aposentado, Reinaldo (Brasiliense em 2017, 2018 e 2019). Todos esses atletas não estão nas equipes que disputarão a final deste ano, portanto, não jogarão a quarta final.

Horário do primeiro jogo da final do Candangão recebe críticas das organizadas de Brasilense e Gama

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Fotos: Reproduções/Torcida Facção Brasiliense e Ira Jovem do Gama

Por Michael Nunes e João Marcelo

Às vésperas do primeiro jogo da decisão do Campeonato Candango de 2020, as torcidas de Brasiliense e Gama não são só comemorações. O jogo de ida da grande final está marcado para a próxima quarta-feira (26/08) às 11h, horário que não agradou as torcidas por ser em dia de semana. Mesmo não podendo ir ao estádio, devido à pandemia do coronavírus, representantes das organizadas mostraram insatisfação com a escolha.

O diretor da Torcida Facção Brasiliense, maior organizada do Jacaré, Mayksson Miler, não poupou críticas quanto ao horário da final, principalmente por ser o maior clássico do Distrito Federal. “Isso é uma falta de respeito com o torcedor. Não existe colocar um jogo às 11 horas da manhã em plena quarta-feira, ainda mais por ser uma final contra nosso maior rival”, disse.

Para o torcedor do Jacaré, a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) é a maior responsável pelo horário do jogo. “A Federação de Brasília é uma vergonha! Não tem refletor em um estádio de copa do mundo?”, indaga o diretor. Segundo Mayksson, o celular dele não para de receber mensagens dos integrantes da torcida. “Todos revoltados com o horário da partida”, explica o dirigente da Facção Brasiliense.

Do outro lado a insatisfação é a mesma. O presidente da Ira Jovem do Gama, maior organizada do Periquito, Heliomar Santos, questiona o horário do jogo e diz que os torcedores são os mais prejudicados. “É difícil entender essas coisas. Falta de respeito com nós torcedores, como que vamos assistir o jogo? A grande maioria trabalha, não vai poder acompanhar a partida. É impossível a galera ver o jogo juntos. Não é uma partida boba, é final contra o nosso maior rival”, finalizou Heliomar.

FFDF confirma que horário da final foi pedido do Brasiliense

Consultado pela reportagem do Distrito do Esporte, o presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), Daniel Vasconcelos, confirmou que o horário do primeiro jogo da final do Candangão 2020 foi pedido do Brasiliense Futebol Clube. “O horário e o local (da partida de ida da decisão) é o clube mandante (Brasiliense) que escolhe”, explica o dirigente.

A reportagem do DDE também procurou a diretoria do Brasiliense para falar sobre a escolha do horário do confronto de ida, mas nenhum dos citados respondeu ao nosso contato.

Finais do Candangão 2020

Brasiliense e Gama começam a decidir o título de campeão candango nesta quarta-feira (26) às 11h. A partida de ida será realizada no estádio nacional Mané Garrincha. O segundo e decisivo confronto ocorrerá no estádio Bezerrão no próximo sábado (29) às 16h. Diferentemente das outras fases, nessa não há vantagem para nenhuma equipe. Mantendo a igualdade no resultado, o título será decidido em cobranças de pênaltis.

Além da final do Candangão 2020, as equipes terão a Série D pela frente. O Brasiliense precisará disputar a Pré-Série D, onde enfrentará o Tocantinópolis (TO) e caso se classifique, entra na fase de grupos, onde já se encontra o Gama. Vale ressaltar que por estarem na final do Candangão deste ano, as duas equipes garantiram participação na Série D, Copa do Brasil e Copa Verde do ano que vem.

Torcedores de Brasiliense e Gama comentam sobre a campanha das equipes

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Arte: Danilo Queiroz/Distrito do Esporte

Por Lucas Espíndola

No último final de semana foram decididas as duas equipes finalistas do Campeonato Candango deste ano. O maior clássico da capital do país, Brasiliense e Gama, foi o confronto coroado para esta grande partida. O jogo de ida acontecerá na quarta-feira (26), às 11 horas, no estádio Mané Garrincha. Mesmo chegando a grande final, torcedores de ambos os times tiveram comportamentos opostos durante as semifinais do Candangão.

Na manhã de domingo (23), o Brasiliense recebeu o Real Brasília no Mané Garrincha. A equipe amarela perdeu por 2 a 1, mas se classificou por ter a vantagem de dois resultados iguais. Após a partida, um grupo de torcedores do Jacaré fizeram um protesto fora do estádio. Os adeptos tiveram uma conversa pesada com os jogadores, que naquele momento estavam fora do ônibus da delegação do clube.

Mas não é de hoje a insatisfação da torcida amarela. Desde a volta do futebol no Distrito Federal, há uma grande onda de manifestações nas redes sociais da equipe. Muitos torcedores estão insatisfeitos com as escolhas da diretoria, além da escalação de alguns jogadores que os adeptos julgam não ser bons para o clube. Outra parte da insatisfação da torcida, foi por conta da saída de atletas importantes para o elenco, como o lateral Alex Murici e o atacante Manoel.

Já do lado alviverde, foi só festa. Antes da partida entre Gama e Formosa, onde o Periquito venceu por 3 a 1 e se classificou para a final, houve uma grande festa da torcida fora do estádio. Os torcedores receberam o elenco com vários fogos de artifício, além de muita cantoria e várias bandeiras. Apesar da grande celebração e festividade, vale ressaltar que não estava sendo respeitado o distanciamento social, e várias pessoas estavam sem máscara.

O Distrito do Esporte conversou com dois adeptos de cada time, para saber o ponto de vista deles sobre o time e as atitudes da torcida. Sobre a campanha do Brasiliense neste ano, um torcedor do Jacaré soltou o verbo. “Tirando a parte que perdeu só dois jogos, ok. Mas o time é sem raça. Como um time cheio de nome bom, sofre para vencer o Luziânia? Pior que nem podemos dizer que pode melhorar no segundo semestre, já que já estamos no segundo semestre.”

Sobre os protestos nas redes sociais, o torcedor foi simples e direto. “Acho justo, chegamos na final por pouco”, disse o adepto, que não quis se identificar. Já o outro torcedor do Jacaré também acha justo as manifestações contra a diretoria e a escalação de alguns jogadores, mas deixa nítido que a torcida sempre apoiará e empurrará o time nos 90 minutos de jogo, deixando os protestos para depois das partidas e para as redes sociais.

Pelo lado alviverde, o torcedor Pedro Paulo elogiou bastante a campanha do time. “A campanha está espetacular! São 14 vitórias e apenas 1 empate. Isso mostra a qualidade do elenco frente ao Candangão, e o comprometimento dos jogadores com a camisa do Gama. A torcida em geral está bem feliz com a campanha”. O gamense ainda exaltou bastante os atletas da equipe:

“O elenco tem total respeito e admiração da nossa torcida. Nós sabemos das dificuldades financeiras enfrentadas pelos atletas, mas nem por isso deixaram de correr e se esforçar nos jogos. São verdadeiros guerreiros, que colocaram o Gama em outra final e ano que vem teremos calendário completo mais uma vez. Não há o que reclamar, dos atletas, da comissão técnica, pois o trabalho realizado é magnífico”, completou o torcedor.

Em relação a festa da torcida antes do jogo contra o Formosa, Pedro Paulo achou que não era o momento adequado, mas ressaltou que a celebração foi linda. ” A torcida do Gama é conhecida por apoiar bastante, por fazer festas lindas, por dar shows nas arquibancadas, isso até mesmo fora de casa. Mesmo com a pandemia, ela encontrou sua forma de apoiar o elenco e mostrar que está fechada com os atletas e comissão técnica.”

“A recepção em si foi linda, porém para mim não foi o momento mais adequado. Por mais que estejamos com saudades de acompanhar o time dentro do estádio, temos uma pandemia assolando o país e, por isso, acho que a nossa segurança deve vir em primeiro lugar, evitando grandes aglomerações”, completou o torcedor alviverde.

Objeto de cobiça: veja o troféu do Campeonato Candango de 2020

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Foto: Divulgação/FFDF

Por Danilo Queiroz e João Marcelo

A partir quarta-feira (26/8), Gama e Brasiliense iniciam a luta pela conquista do Campeonato Candango de 2020. Nesta segunda-feira, a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) resolveu alimentar ainda mais a expectativa de torcedores do Jacaré e do alviverde ao apresentar o troféu que será entregue ao time que for o campeão do principal torneio da temporada local.

Neste ano, o taça carregará uma singela homenagem. A peça da temporada foi nomeada de Troféu Marcelo Ramos, em lembrança ao icônico jornalista candango que faleceu na última quinta-feira (20/8) em decorrência de complicações causadas pelo novo coronavírus. Reconhecido pela excelência na cobertura esportiva, o profissional, apelidado de “O Narrador do Povão”, sempre foi um defensor do esporte local.

Foto: Divulgação/FFDF

O troféu que irá para a galeria de Brasiliense ou Gama foi totalmente reformulado em comparação ao que o alviverde faturou com a conquista do Candangão de 2019. Construído em um pedestal dourado, o escopo principal carrega uma grande bola feita de ouro revestida por alguns detalhes prateados. Além da placa com o nome, um detalhe em preto traz o nome e edição do campeonato em disputa.

O destino da taça será conhecido no próximo sábado (29/8), quando Gama e Brasiliense entram em campo no estádio Bezerrão, às 16h, para decidir que será o campeão. A partida de ida da grande decisão acontece na quarta-feira (26/8), às 11h, no Estádio Nacional Mané Garrincha. Como não há vantagem para nenhum dos lados, qualquer resultado em igualdade levará a final para os pênaltis.