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sábado, 17 de maio de 2025
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Em exclusiva, Ari de Almeida questiona retorno do Campeonato Candango

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No terceiro episódio do Voz do Quadradinho, o podcast do Distrito do Esporte, o presidente do Ceilândia Esporte Clube, Ari de Almeida, mostra-se contrário às propostas de retorno do futebol candango. A participação do cartola no programa se dá pouco depois de uma reunião entre representantes do esporte no DF e Rafael Prudente (MDB), presidente da Câmara Legislativa, encontro adiantado pelo Distrito do Esporte ainda no domingo (14).

Na entrevista, Ari se disse incomodado – mas “voto vencido” – nas disputas pela liberação do futebol na capital da República, interrompido no último dia 11 em decorrência do recrudescimento da pandemia do novo coronavírus. Questionado a respeito de folhas salarial e os planos para manter um time parado, Almeida foi categórico. “Não tenho nenhum receio de dizer que rescindiria todos os contratos”, pontuou o cartola. Ele também questionou a possibilidade de realização da Supercopa do Brasil, torneio que porá frente a frente Palmeiras/SP e Flamengo/RJ, em partida marcada para 10 de abril, no Mané Garrincha.

E pela primeira vez um dirigente candango confirmou testes positivos para covid-19 num clube da capital. “Eu fui jogar em Unaí no sábado e na segunda o Ceilândia testou nove profissionais com coronavírus”, revelou, em primeira mão, o mandatário, que negou ter ciência do local de contaminação. “Também não estou dizendo que foi contraído lá em Unaí. Só disse que após o jogo do Unaí eu testei nove profissionais com coronavírus”, explicou.

Ainda de acordo com Almeida, não há possibilidade de isolar os jogadores em terras candangas. “Não adianta nós acharmos que nós somos time de primeira divisão, de ponta do Brasil, que conseguem botar numa bolha e cuidar dos seus atletas. Os nossos atletas, na sua maioria, vai para o CT treinar, depois vai pra casa no Paranoá, Taguatinga, São Sebastião, Samambaia e está tendo contato com gente, está no risco”, queixou-se Ari.

Questionado sobre o discurso adotado por dirigentes do Distrito Federal, que afirmaram diversas vezes ser o futebol um dos setores mais bem protegidos da pandemia – e alegavam a ausência de casos como prova -, Almeida foi contundente. “Me perdoe, eu não acredito nessa afirmação”, disparou. “Uma coisa é você não assumir, botar um pano; outa coisa é dizer que teve caso. Teve caso, sim”, insistiu o presidente.

Ele foi além ao botar em xeque a segurança dos métodos de proteção adotados por clubes e federação. “Os protocolos tinham que ser mais rígidos”, afirmou, convicto. “O futebol é seguro? O futebol é seguro para os times da primeira divisão, e olha lá. Nós vimos os relatos do ano passado. Isso é seguro para quem está em bolha”, vaticinou.

O programa

Esse e outros temas foram debatidos nos 30 minutos de entrevistas, disponíveis nas principais plataformas de podcast. Apresentado pelo jornalista Olavo David, o programa semanal recebe tanto colaboradores do DDE quanto personalidades e profissionais de outras unidades federativas, todos relacionados ao esporte nacional e distrital.

Com proposta leve, o Voz do Quadradinho surge para suprir uma lacuna de produção sonora na nova fase que vive o Distrito do Esporte, com entrada em outras plataformas de comunicação. Novos episódios serão lançados a cada quarta-feira, sempre com temas de relevante interesse ao esporte candango, com maior enfoque ao futebol.

O projeto é uma parceria entre o portal e a produtora Colóquio, especializada em materiais de áudio. Cabe lembrar ao leitor/ouvinte que comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, e serão lidos na gravação do próximo episódio.

 

Ceilândia teve nove positivados para Covid-19 dias após jogo pelo Candangão

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Foto: Alan Rones/Ceilândia E.C.

Por Bruno H. de Moura e Olavo David Neto

Um dos times mais tradicionais do futebol do Distrito Federal não escapou dos efeitos desoladores da pandemia mundial a que o Brasil é fortemente atingido. O Ceilândia Esporte Clube, gato preto da cidade mais populosa de Brasília, teve nove profissionais positivados para o novo Covid-19.

A informação foi dada pelo presidente do time, Ari de Almeida, na gravação do Podcast Voz do Quadradinho, do Distrito do Esporte, produzido em parceria com a produtora Colóquio. A entrevista foi conduzida pelos repórteres Bruno Henrique de Moura e Olavo David Neto e estará disponível, na íntegra, na manhã de quarta-feira (17/03), pelas mais variadas plataformas, dentre elas Deezer e Spotify.

A equipe do Ceilândia vem testando todo o seu elenco a cada 15 dias. Em 6 de março o time viajou até Unaí para enfrentar o time da casa, partida válida pela 3ª rodada da competição. O gato preto venceu por 1 a 0. Dois dias depois, resultado laboratorial de testagem confirmou que nove profissionais, entre jogadores, membros de comissão técnica e demais colaboradores, estavam infectados.

Os profissionais, que não tiveram seus nomes revelados, estão afastados do dia-a-dia do clube e tem seu quadro de saúde acompanhado de perto pela direção do time. Todos estão isolados desde 8 de março deste ano e evoluem na recuperação da infecção pela cepa.

Times defendem Candangão por segurança de protocolo

Nas últimas semanas, os times que disputam a competição argumentam que a ausência de casos confirmados de Covid-19 mostraria segurança do protocolo sanitário do torneio. Presidente de ao menos seis clubes da elite do futebol local vem defendendo que o Candangão 2021 deve continuar, mesmo diante do recrudescimento do controle da pandemia e do escalar de casos no Distrito Federal e entorno.

Após o governador Ibaneis Rocha proibir jogos em território candango as equipes migraram para Goiás e Minas Gerais. Somente com a suspensão do Diogão, estádio em Formosa, os dirigentes decidiram suspender a competição até dia 22 de março, quando se encerra o prazo do atual decreto de lockdown na capital federal.

O Ceilândia é o único time que publicamente defendeu a pausa total da competição em decorrência do aumento de casos da doença, mesmo antes da confirmação das infecções em seu quadro de funcionários. Nenhuma outra equipe divulgou ter tido, até o momento, casos positivos da doença em 2021.

Em novo decreto, governo de Goiás proíbe jogos em todo o estado por 14 dias

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Foto: David Calaça/Câmara Municipal de Formosa

Após o Distrito Federal proibir partidas do Campeonato Candango com um decreto de lockdown, dois municípios do Entorno que jogam o torneio local (Formosa e Luziânia) também passaram a ter restrições ao futebol. Na manhã desta terça-feira (16/3), o governo de Goiás publicou uma nova determinação proibindo a realização de treinos e jogos oficiais em todo o estado em um esquema de revezamento 14×14 dias.

A primeira janela da decisão começa a valer a partir desta quarta-feira (17/3) e vai até 1º de abril. No período, os serviços não essenciais (incluindo eventos esportivos) não poderão funcionar em Goiás. Com isso, mesmo que o Candangão retorne em 22 de março – quando se encerra o atual decreto de lockdown em vigor no DF -, os times goianos não poderiam atuar em casa ou sequer realizar treinamentos.

Clique e saiba mais
– Em reunião, presidente da CLDF e dirigentes debatem situação do Candangão
– Candangão 2021 está suspenso por, pelo menos, duas semanas

O decreto goiano foi publicado em suplemento do Diário Oficial do Estado (DOE) e impedirá, inclusive, a realização de cinco jogos válidos pelo Campeonato Goiano e pela Copa do Brasil previstos para quarta-feira (17/3). Como a medida foi publicada pelo Executivo estadual, os prefeitos de cada município não têm poder para autorizar partidas de futebol em suas praças.

As cidades de Formosa (GO) e Luziânia (GO) estão em estado de calamidade devido à pandemia do novo coronavírus. Os times da cidade jogam o Candangão e, se quiserem manter os treinamentos à espera do retorno da competição local, terão que procurar locais para treinar no Distrito Federal. Apesar da proibição de jogos, a capital federal não vetou atividades das equipes nos centros de treinamento.

Em reunião, presidente da CLDF e dirigentes debatem situação do Candangão

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Foto: Divulgação/Ascom Rafael Prudente

Por Danilo Queiroz

Os bastidores do futebol local seguem em constante articulação para viabilizar o retorno do Campeonato Candango, suspenso devido, ao menos até 22 de março, ao decreto de lockdown em vigor na capital. Conforme adiantado no domingo (14/3) pela reportagem do Distrito do Esporte, cartolas de clubes locais e a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) se reuniram com o presidente da Câmara Legislativa (CLDF), Rafael Prudente (MDB), na tarde desta segunda-feira (15/3), para pedir uma auxílio do deputado na articulação junto ao Executivo.

O encontro, viabilizado pelo presidente do Ceilândia, Ari de Almeida, ocorreu no gabinete de Prudente e contou com as presenças de outros mandatários, como Luiza Estevão (Brasiliense), Weber Magalhães (Gama), Godofredo Gonçalves (Capital) e Daniel Vasconcelos (FFDF), que reforçaram os pedidos para que o distrital viabilizasse, junto ao governador Ibaneis Rocha (MDB), a liberação da prática de esportes na capital federal em um próximo decreto. De boa relação, o líder da CLDF e o chefe do Executivo candango são do mesmo partido.

Na conversa, os dirigentes sustentaram os argumentos pela volta do futebol candango durante a pandemia no Distrito Federal. Nos últimos dias, através de notas oficial, a FFDF ressaltou os resultados de segurança obtidos com a aplicação do protocolo formulado para a realização de competições, alegando que o baixo número de testes positivos nas agremiações que disputam o Candangão atestam a “segurança” da competição. O Capital também se posicionou nas redes sociais neste sentido. Este, inclusive, é o argumento principal para o retorno.

Foto: Divulgação/Ascom Rafael Prudente

Em um diálogo considerado pela comissão de presidentes do futebol candango como “proveitoso”, o grupo saiu com a promessa de que Prudente tentaria a interlocução para a realização dos jogos. “Estamos todos preocupados com as vidas que podem estar em risco no âmbito da sociedade. Mas mostramos na reunião todos os cuidados sanitários, com o cumprimento dos protocolos e que o futebol também está trazendo um benefício para a população, pois os envolvidos trabalham devidamente testados em períodos que nos orienta os órgãos de saúde”, pontuou Daniel Vasconcelos.

Nas redes sociais, Rafael Prudente fez um registro do encontro e disse estar “acompanhando de perto a situação e também conversando com o governador sobre o tema”. “Os clubes devem receber autorização para retomar os trabalhos no dia 22, quando vence o decreto do governo e algumas atividades devem ser liberadas. Com as medidas adotadas pelo governador, Brasília deve reagir positivamente ao avanço do coronavírus, com isso nossa cidade pode retomar gradativamente a normalidade”, escreveu o parlamentar.

Por volta do Candangão, clubes e FFDF conversam com presidente da CLDF

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Presidente da CLDF recebe cartolas e federação no gabinete da Presidência da Casa. Foto: Lorrane Oliveira

Continuam as movimentações nos bastidores para o retorno do futebol candango. Paralisado na quinta-feira (11), o campeonato local deve retornar no próximo dia 22, mas dirigentes de clubes e da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) querem adiantar o retorno aos gramados. Por isso, o mandatário da FFDF, Daniel Vasconcelos, e um punhado de cartolas comparecerão à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta segunda (15) para um diálogo com o presidente da Casa, o deputado Rafael Prudente (MDB).

Líder do Ceilândia, Ari de Almeida é um dos responsáveis pelo espaço na agenda de Prudente. De acordo com a assessoria do deputado, o compromisso está marcado nominalmente como conversa junto ao comandante do Gato Preto, das 15h30 às 16h. “Não deve vir muita gente, aqui só tem o nome do Ari”, disse uma fonte ligada ao parlamentar. “Está marcado para o gabinete da Presidência, onde cabem no máximo dez pessoas”, concluiu.

Ao DDE, o cartola vaticinou que o encontro se dará “para tratar do retorno”, e que o compromisso estava agendado desde a mais recente assembleia entre clubes e FFDF. “O encontro foi tirado na última reunião de vídeo conferência entre a federação e os clubes”, pontua o dirigente. “A ideia é discutir e apresentar proposta para a volta no futebol local”, completa. Questionado quantos outros representantes estarão na CLDF, Ari desconversou. “Não vou falar, para não gerar burburinho”, brincou.

Ainda de acordo com Almeida, a ideia do bate-papo é abrir um canal com o Poder Público para sensibilizar gestores acerca da necessidade dos clubes locais. “É mais uma ponte mesmo”, explica Ari, que acrescenta não ver muitas ações possíveis no âmbito Legislativo. Cabe lembrar que as medidas restritivas no Distrito Federal foram estipuladas via Decretos do Palácio do Buriti, sem respaldo ou aval da Câmara Legislativa – uma das prerrogativas do Executivo.

O presidente da FFDF, Daniel Vasconcelos, é esperado no gabinete, mas não retornou as tentativas de contato feitas pelo Distrito do Esporte, bem como Luiza Estevão, do Brasiliense, e Weber Magalhães, do Gama. O espaço segue aberto para manifestações.

Portas fechadas

O Distrito do Esporte apurou que nem todos os clubes foram informados da decisão. Marcelo Lucas Ribeiro, comandante do Formosa/GO, e Elias de Andrade, cartola do Unaí/MG, por exemplo, negaram convites e sequer sabiam da existência do encontro. “Eu não estou sabendo, não estarei presente nessa reunião”, revelou Ribeiro. Andrade inclusive negou a existência da conversa. “Não existe isso aí, o que existe é uma comissão que será formada nesta semana para dialogar como governador”, afirmou o mineiro.

Godofredo Gonçalves, dirigente do Capital, também não tinha ciência do encontro quando procurado pelo DDE. Também não há conhecimento da reunião a Secretaria de Esportes e Lazer (SEL), segundo fonte contatada pela reportagem, que afirma também não haver planos ou novos protocolos para retorno das modalidades em meio ao recrudescimento da pandemia do novo coronavírus.

Fundador e timoneiro do Real Brasília, Luís Felipe Belmonte afirmou que “todos os presidentes sabiam” da ideia, discutida na última quinta, e ratificou que Ari de Almeida fora designado para acompanhar Daniel Vasconcelos no encontro com Prudente. “[A conversa] Foi tratada na reunião com todos os presidentes dos clubes da primeira divisão. Realmente Ari foi um dos que ficaram de acompanhar o presidente da FFDF”, garante Belmonte.

 

*ATUALIZAÇÃO às 16h21 para adicionar falas de Luís Felipe Belmonte, presidente do Real Brasília.

Rany Yahya dá aula de jiu-jitsu e vence por finalização no UFC

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Por Michael Nunes

Neste sábado (14) o brasiliense peso galo do UFC Rany Yahya entrou em ação. O atleta enfrentou o americano Rey Rodriguez.

O experiente lutador de 36 anos começou o combate buscando o clinche e bem rápido levou a luta para o solo, que é a sua especialidade.

O faixa-preta brasiliense dominou o americano no primeiro round. Com muita calma e paciência, Rany trabalhava na meia guarda e buscava o ground and pound.

O 2° round iniciou com Rey Rodriguez partindo para cima com boas sequências de jabs. O brasiliense novamente quedou o americano sem dificuldades, o atleta foi mais contudente e cansou Rodriguez.

Em uma de jiu-jitsu o atleta de Brasília finalizou com muita técnica o americano em um katagateme aos 3.09 minutos do segundo round.

Foi a 21° vitória finalização na carreira do atleta. Em 2020 Rany Yahya só tinha feito uma luta e vinha de duas derrotas consecutivas. No final da luta o brasiliense contou que treinou muito para esta luta, agradeceu a sua equipe pela performance.

O atleta agora é o que tem mais vitórias por finalização dos pesos Galos da história do UFC.

Com paralisação do Candangão, clubes na briga contra a queda ganham tempo

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A paralisação do Campeonato Candango provocada pela pandemia do novo coronavírus – o torneio não deve ter jogos até, pelo menos, 26 de março – servirá para alguns clubes colocarem ordem na casa. Integrando a zona de rebaixamento da competição local, Formosa, Santa Maria, Real Brasília e Samambaia terão a oportunidade de realizar uma nova “pré-temporada” com a missão de dar um rumo definitivo às suas equipes no período livre para treinamentos da pausa.

A situação mais crítica até o momento é a do Formosa. Nas últimas temporadas, o time do Entorno acostumou-se a brigar na parte superior da classificação. Neste ano, porém, perdeu as três partidas jogadas e está atolado na lanterna do grupo B. A situação dos goianos é a mais crítica entre os membros do Z-2 de cada chave, tendo em vista o fato de o Tsunami ter um jogo a mais em relação aos concorrentes diretos na briga contra o rebaixamento. Entretanto, o clube está a um ponto do Sobradinho.

Também sem vencer na competição local, o Real Brasília vive situação semelhante no grupo A do Candangão. Segurando a lanterna da chave, o aurianil demitiu o técnico Rafael Toledo após duas derrotas e nenhum ponto conquistado e trouxe Edson Souza. Apontado por muitos como candidato ao título antes da bola rolar, o Leão do Planalto também reforçou o plantel na tentativa de sair da fase crítica. O time é, ainda, quem está mais distante da porta de saída: três pontos para o Gama.

Outra equipe sem somar pontos nos primeiros dois jogos disputados, o Santa Maria está em situação bastante semelhante a do Formosa, mas com a vantagem de ainda não ter entrado em campo na terceira rodada do Candangão. Com uma hipotética vitória sobre o Real Brasília, por exemplo, a Águia poderia mudar drasticamente a situação e respirar com mais tranquilidade na competição. Os três pontos trariam a chance, inclusive, de deixar o Z-2 em caso de tropeço do Sobradinho.

Mesmo sendo o único time integrante das zonas de rebaixamento do torneio local com ponto somado – tem um conquistado na primeira rodada do Candangão -, o Samambaia não tem menos motivos para se preocupar. A Cobra-Cipó está a dois da ponta de saída do Z-2 do grupo A. Porém, assim como os demais concorrentes, além de vencer, o time também precisa torcer por tropeços dos times diretos na tabela de jogos espelhada entre as duas chaves.

Sobradinho e Gama mais tranquilos

Vendo a briga um pouco mais de longe, Gama e Sobradinho – atuais quartos colocados dos grupos A e B – assistem a disputa um pouco mais tranquilos. Os alviverde, inclusive, olha mais para a parte de cima. A missão é vencer o Brasiliense, chegar aos mesmos seis pontos de Unaí, Taguatinga e Luziânia e complicar a vida dos concorrentes que estão atualmente na zona de rebaixamento. Um trinfo do Periquito forçaria resultados positivos de Samambaia e Real Brasília.

Já o Sobradinho está com os olhos mais voltados para a parte inferior da tabela. O Leão da Serra conquistou apenas um ponto até o momento e pode ser ultrapassado ainda nesta rodada pelo Santa Maria. Para isso, bastaria um tropeço diante do Taguatinga aliado a uma vitória da Águia contra o Real Brasília. No que diz respeito a uma posição mais privilegiada, a situação do alvinegro é mais complexa. O time está cinco pontos atrás de Brasiliense, Ceilândia e Capital. Destes, somente o Gato Preto já tem três jogos.

Jogos que restam
Formosa: Samambaia (casa), Gama (fora) e Real Brasília (casa)
Real Brasília: Santa Maria (casa), Brasiliense (fora), Sobradinho (casa) e Formosa (fora)
Santa Maria: Real Brasília (fora), Gama (casa), Samambaia (fora) e Luziânia (casa)
Samambaia: Capital (casa), Formosa (fora), Santa Maria (casa) e Ceilândia (fora)

Atletas da Ponte Preta que enfrentaram o Gama testam positivo para Covid-19

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Material cedido ao Distrito do Esporte

A Ponte Preta, adversário do Gama na última quarta-feira (10/3) pela primeira fase da Copa do Brasil, viu o surto de Covid-19 no elenco se intensificar. Nesta sexta-feira (12/3), a Macaca campineira anunciou que mais quatro jogadores testaram positivo para a doença. Três deles estiveram em campo no duelo contra o alviverde pela competição nacional. A partida terminou com vitória do clube paulista, por 2 a 1.

O lateral Apodi, o volante Dawhan e o meia Renan Mota são os nomes que jogaram contra o Gama. Além deles, o goleiro reserva Luan também testou positivo. Outro membro da comissão pontepretana que teve diagnóstico positivo foi o presidente Sebastião Arcanjo, um dos defensores da continuidade do futebol paulista. Todos eles iniciaram o processo de isolamento para conter a disseminação da doença.

Apodi, inclusive, foi o autor de um dos gols da Ponte Preta no jogo que culminou na eliminação do Gama da Copa do Brasil. Os quatro jogadores se juntaram a uma lista de outros três casos recentes no time campineiro: Camilo, Pedrão e Rayan estão na fase final de recuperação da Covid-19 e retomaram os treinos nesta sexta-feira (10/3). Todos eles estão assintomáticos, em tratamento e com acompanhamento diário do Departamento Médico do clube paulista.

Após a partida no Serra do Lago, o time paulista retornou para Brasília. A viagem de volta para Campinas (SP) ocorreu na quinta-feira (9/3). O próximo jogo da Ponte Preta no Campeonato Paulista será às 19h deste sábado (13/3), contra o Botafogo-SP. O compromisso é válido pela quarta rodada do torneio. O time paulista ainda não venceu na competição estadual.

No último jogo antes da paralisação, Luziânia vence o Formosa no sufoco

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Formosa x Luziânia - Foto: Bruno Henrique de Moura

Por Bruno H. de Moura

Na derradeira partida antes da pausa do campeonato por decisão de clubes e federação, o Luziânia voltou a vencer no campeonato, subiu na tabela e passa a dividir a liderança do Grupo A.

Com atuação impecável de Matheus Lorenzo, o nome do jogo ao lado de Romário, o azulão piora, e muito, a situação terrível do Formosa Esporte. O alviverde goiano teve grandes oportunidades, mas parou em erros de conclusão especialmente de João Paulo, e no goleiro do Luziânia. O Tsunami está em último lugar em situação complicadíssima, não dependente apenas de si.

Primeiro Tempo: Luziânia aproveita as oportunidades, o Formosa não

Início pegado de jogo. O Formosa espetava pelas pontas com João Manoel pela direita e João de Deus na esquerda. O Tsunami chegou 3 vezes na cara do gol em 10 minutos. Em duas oportunidades João Paulo na cara do gol, em uma caia, na outra isolou. O time do Luziânia era pressionada e armava o ataque nas costas do estreando Pedro Gabriel, improvisado na esquerda.

Aos 20′, cobrança de falta estranha na esquerda pelo Luziânia, Rodrigo Calchi saiu do gol, espalmou e a bola sobrou para Dadinho mandar um tirambaço de fora da área e marcar o gol. Mas, antes, o árbitro Felipe Barbosa já marcava falta sobre o goleiro do Formosa.

2 minutos depois cobrança de lateral para o Formosa, bola levantada dentro da área e o baixinho João Manoel cabeceou forte, obrigando Matheus Lorenzo a fazer boa defesa. Na sequência, foi a vez do Luziânia desperdiçar com Dan, jogou a bola longe na direita de ataque.

Aos 28, outra jogada de perigo na direita, desta vez com Romário que cabeceou nas mãos de Rodrigo Calch. No contra-ataque, João Manoel recebeu a bola dentro da área, foi fazer o giro e caiu. O jogador do Formosa ficou pedindo pênalti, mas o árbitro do Formosa deu falta do meia-atacante.

Aos 36′, falha na marcação à direita do Formosa, cruzamento do Luziânia e Romário, no meio de dois, subiu mais alto e estufou o gol de Rodrigo. Luziânia 1-0 Formosa.

O Luziânia, então perdido em campo, soube utilizar bem a sua vantagem. A equipe passou a ter o controle da bola, trabalhar as jogadas e enfiar pelos lados, especialmente o direito nas costas de Marrá. E aos 44′, de novo nas costas do lateral do Formosa, levantamento de João Pedro para Romário, livre, empurrar no fundo da rede de Calchi de cabeça. Luziânia 2-0 Formosa e fim da primeira etapa.

Segundo Tempo: Formosa controla o segundo tempo, mas só faz um gol

Logo na volta do intervalo o treinador Marcelo Casado fez duas alteração. Janderson no lugar de Pedro Gabriel e Danilo Lima na posição do melhor em campo, João Manoel. O time do Formosa continuava no marasmo de sempre, dos últimos jogos na segunda etapa. Pouco controle de bola, desorganização no meio de campo e falha nas poucas jogadas de ataque. Do outro lado o Luziânia cozinhava o galo, segurava a bola e investia nos contra-ataques, mesmo porque a vantagem lhe favorecia.

Aos 15” falta para o Formosa na intermediária. De uns 25 metros de distância Edu Amparo mandou uma bomba no canto direita fazendo Matheus Lorenzo saltar e colocar para escanteio. A bola foi tão forte que o goleiro do Luziânia ficou 5 minutos recebendo atendimento.

Marcelo Casado mexeu outra vez. Carlão deu lugar a Erik Mamadeira. Já Ricardo Antonio mudou dobrado. Ferrugem na vaga de Titico e Santiago na vaga de Tatui.

Aos 21′ jogada de Edu Amparo, João Paulo recebeu, bateu truncado no canto e Matheus Lorenzo, novamente, tirou o gol do Formosa espalmando a escanteio. Depois de 3 cobranças de escanteio, levantamento no canto direito, João rebateu, a bola restou para Erik Mamadeira abrir com a perna direita e marcar o primeiro gol do Tsunami do Cerrado. Luziânia 2-1 Formosa.

Aos 30”, levantamento da direita para Romário, outra vez livre pela falha de marcação da defesa do Formosa, cabecear forte e Rodrigo Calchi operar um milagre espalmando pro alto e evitar o terceiro gol do azulão. Casado, novamente, na troca. Negueba em campo e João Deus, mal na partida, no banco. Minutos depois, Ricardo Antônio sacou o artilheiro Romário e colocou Neves, e Klebinho no lugar de Dan.

Aos 41′, numa jogada incrível de Edu Amparo, o meia cruzou para João Paulo livre e sem goleiro cabecear na trave de Matheus Lorenzo, perdendo um gol feito. Aos 48 contra-ataque do Formosa, João Paulo enfiou uma ótima bola para Negueba na direita se embolar com a bola e perder grande chance. Aos 50″, Erik Mamadeira chutou no canto, Matheus Lorenzo pela quinta vez, salvou o time azulino. Aos 52” o árbitro encerrou a partida.

O que vem por aí

Agora Formosa e Luziânia esperam a volta do campeonato, suspenso até segunda ordem por força de decretos em Brasília e Formosa. Na próxima rodada, ainda sem data, Formosa recebe o Samambaia e o Luziânia visitará o Capital.

Luziânia: 2

Matheus Lorenzo; João, Gustavo, Perivaldo, Dadinho; Weverton, Dan (Klebinho), Tatui (Santiago), Romário⚽⚽🟨; Romário (Neves) e Titico (Ferrugem).

Formosa: 1

Rodrigo Calch; Pedro Gabriel (Janderson), Maicon Douglas🟨, Xuxa, Marrá; Carlão (Erik Mamadeira⚽), Ivan Lima, João Manoel (Danilo Lima 🟨), Edu Amparo; João Paulo e João de Deus (Daniel Xavier/Negueba)

ARBITRAGEM EM CAMPO
Árbitro central – Felipe Barbosa
Assistente 1 – Renato Gomes Tolentino
Assistente 2 – Robson Barbosa Leite

Luiza Estevão: “Esse é o ano do Brasiliense”

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Luiza Estevão
Foto: Instagram/Luiza Estevão

Por Bruno H. de Moura e Victor Parrini

Filha do empresário e ex-senador Luiz Estevão, figura que arrebata sentimentos díspares – a uns idolatria, a outros antipatia -, Luiza Estevão não herdou apenas o afixo paterno, mas principalmente a paixão de infância do pai: o futebol.

Remando contra a maré de outros experientes dirigentes e cartolas do futebol brasileiro, atualmente, o Brasiliense é comandado não apenas por um jovem de 24 anos, mas por uma mulher. Caso raro, ainda mais se tratando de uma atividade esportiva dominada pelo falo, o Jacaré do papo amarelo é uma espécie de oásis na modalidade nacional, dentre as várias razões, por sua mandatária.

Oficialmente Presidente, autoproclamada vice-presidente – para Luíza o cargo máximo do Brasiliense sempre pertencerá a seu pai -, a cartola de pensamento rápido, língua afiada e mente desconfiada levou o Jacaré rumo a um título inédito: A Copa Verde 2020.

É a primeira competição nacional faturada pelo Brasiliense desde 2006, há 14 anos. É a segunda Copa de caráter nacionalizado em que o time vai longe. Em 2002, no polêmico campeonato da Copa do Brasil daquele ano, o Brasiliense foi finalista, mas sucumbiu ao apito amigo corintiano de Carlos Eugênio Simon.

Em entrevista ao Distrito do Esporte, Luiza Estevão falou sobre o título da Copa Verde, o elenco do Brasiliense, a saída de Edson Souza e a chegada de Vilson Taddei, as expectativas para a temporada 2021, os adversários do Brasiliense no Candangão, como quase contratou o atacante Ademir, principal nome do atual elenco do América-MG, os veteranos do Brasiliense, a possibilidade de categorias de base e a percepção de seu pai a respeito da gestão de Luíza à frente do Brasiliense.

A seguir você confere a íntegra do bate-papo com Luíza Estevão.

Distrito do Esporte – Vocês esperavam ganhar o título da Copa Verde quando tiveram o primeiro jogo da competição?

Luíza Estevão – Não vou dizer que esperávamos, mas estávamos confiantes. Temos um time muito bom e conseguimos mostrar isso. Estamos trabalhando há muito tempo para conseguir um time fechado e entrosado, do jeito que temos agora. No primeiro jogo, a gente ganhou do Vitória-ES de 4×0, já mostramos o poder que o Brasiliense tinha para chegar à frente na competição. Mas o que realmente colocou a chance de título na nossa cabeça, foi ter eliminado o Atlético-GO, que era um dos favoritos a ganhar. A gente só pegou time difícil, uma chave complicada e com equipes candidatas ao título.

DDE – Então a chave virou a partir daquela vitória sobre o Atlético-GO por 2×1 em Goiânia?

LE – Foi. Acredito eu.

DDE – E o elenco também teve essa percepção ou foi só você?

LE – (Luíza da uma leve risada) O elenco também. Não querendo desmerecer o trabalho das outras equipes na Copa Verde, mas jogamos contra o Vitória-ES e contra o Luverdense-MT, duas equipes que ainda estavam em fase de montagem de elenco. Então, talvez os dois times não representassem a dificuldade que viria pela frente. A gente sentiu maior dificuldade a partir dos confrontos diante do Atlético-GO, que foram em jogos de ida e volta.

DDE – Eu lembro de acompanhar no Serejão o jogo diante do Vila-Nova, e eles tinham certeza que iriam chegar à final ne?!

LE – Sim. Tinham certeza. Eu não me incomodo com eles tendo essa certeza porque eles eram um dos favoritos ao título. Eles vieram com a cabeça cheia que poderiam levar  a classificação a final, e vieram com tudo. Tanto que venceram o segundo jogo, mas foram eliminados nos pênaltis. E acredito que a eliminação foi o motivo da indignação de membros da comissão técnica e diretoria, que estavam sentados na arquibancada, ficarem bem abalados com a eliminação, que não estavam esperando.

DDE – Você acha que a empáfia desses times, o fato de Atlético-GO jogar a Série A, e Vila Nova-GO ser o atual campeão da Série C do Brasileiro pesou nas respectivas eliminações?

LE – Acredito que não. Eles vieram sabendo que o Brasiliense tinha um time muito forte. No primeiro jogo, o Atlético-GO jogou com uma equipe bastante mista, com juniores e acho que só quatro reservas, enquanto no segundo, após a partida contra o Santos pela Série A, eles já vieram direto para o confronto final, sabendo que éramos um adversário difícil, senão não teriam vindo com o time completo, que joga a primeira divisão.

DDE –  O Brasiliense encarou de igual para igual times de Série A, como o Atlético GO e o Cuiabá, times de Série C como o Vila Nova que foi campeão do torneio e o Remo que também subiu e quase foi campeão. Então os adversários que o time encarou foram de divisões do futebol brasileiro. Mas o Brasiliense está na Série D, no momento e acabou sendo eliminado no último ano para o Mirassol que foi o campeão:

LE – Acho que a gente deu azar na tabela, justamente porque Brasiliense e Mirassol-SP eram dois favoritos ao título da Série D. São coisas do futebol que acontecem. Mas eu acho que as pessoas têm que parar um pouco de dizer ‘Um time de Série D’, de certa forma, menosprezando os times da quarta divisão. Para você ver, o próprio Mirassol que era um time de Série D, ganhou do São Paulo e o eliminou do Paulistão.  A Série D sempre tem times muito fortes. É uma das divisões mais difíceis de se conquistar o acesso, comparado às Séries C e B. Não é uma competição que deve ser menosprezada.

DDE – Na sua perspectiva, com o comando técnico de Vilson Tadei, que já resultou no título da Copa Verde, esse é o ano do título da Série D e, consequentemente, do acesso à terceira divisão?

LE – Acredito que este é o ano sim! Claro, a gente não pode dizer isso com tanta certeza porque, afinal, são coisas do futebol. Mas o nosso objetivo é ser campeão da Série D. Já temos os troféus das Séries B e C, então falta o da quarta divisão para nos consagramos. Com essa contratação, com essa pré-temporada que tivemos, teremos mais tempo de preparação. Temos uma comissão técnica muito competente, o pessoal pergunta muito sobre essa rivalidade, se tem a ver uma coisa com a outra, mas a gente faz as contratações, as mudanças no time, pensando na gente…

DDE – Então quando o Brasiliense contratou o Vilson Taddei ele não estava pensando o Gama?

LE – De forma alguma.

DDE – Saiu uma informação de que teria sido um pedido político para enfraquecer o Gama por questões de eleição em 2022.

LE – Não, de forma alguma. A gente estava na verdade precisando trocar de técnico naquele momento. Eu sei que muitas pessoas vendo de fora acham até difícil de acreditar “mas porquê?”. Fizemos a melhor campanha da Série D até então, mas acontecem coisas nos bastidores, e foi uma coisa conversada com elenco, comissão, e o melhor técnico naquele momento era o Vilson Taddei. Lembrando que o melhor técnico para gente, não importa em qual time ele estava.

DDE – O Brasiliense venceu o Samambaia com um elenco, que não vou chamar de reserva, mas de jogadores que não entram muito.

LE – O Brasiliense, no momento, está com um elenco muito qualificado, onde não temos nenhum titular absoluto no Brasiliense. E muitos daqueles jogadores que jogaram não haviam atuado ainda pelo Brasiliense, muito por causa das normas da Copa Verde, o Vila Nova teve o mesmo problema, e esses jogadores tiveram a oportunidade agora de jogar no Candangão.

DDE – Vai existir uma rotatividade maior do Brasiliense com relação ao elenco recheado. O Brasiliense vai colocar meio que times do Rio de Janeiro e colocar o sub-23 para disputar o Candangão?

LE – Não tenho como dizer isso, apesar de termos feito isso agora nas primeiras rodadas do Candangão. Isso porque tivemos uma campanha incansável agora na Copa Verde, jogando, muitas vezes, duas vezes por semana, e tudo isso logo na sequência da Série D. Então, alguns atletas estão bem cansados e optamos por dar chance para quem não vinha jogando. Mas a gente não pode pensar que o Candangão é uma competição fácil que dá para jogar assim.

DDE – Levar nas coxas?

LE – Isso, não dá para levar nas coxas, mas a gente vai buscar sempre colocar o melhor time em campo. Se tiver uma alta rotatividade é porque temos um elenco muito qualificado e são várias as opções para a comissão técnica que é realmente quem irá decidir.

DDE – Você disse que acompanha muito futebol e eu te acompanho no twitter e sei que é verdade. Você só não acompanha os jogos do América – MG, mas é um hábito que você vai adquirir com o tempo, quando começar a ver o que é o futebol de verdade (o repórter é torcedor do América)

LE – Eu gosto muito do América-MG também, inclusive, o atacante Ademir quase veio para o Brasiliense.

DDE – Como assim o Ademir, você queria prejudicar meu Coelhão, o que que é isso?! (o repórter é muito torcedor do América-MG e começa a rir)

LE – Não, não. O Ademir jogava no Patrocinense-MG, e alguns anos atrás nós fizemos um amistoso na estreia do estádio deles. Foi muito legal, nós fomos muito bem recebidos lá, e o Ademir deu um show, tanto é que eu falei tanto dele que o pessoal da rádio lá de Patrocínio me entrevistou e disse: “Luíza, você quer tirar nosso jogador né”, eu falei “Quero!”. No meio disso ele foi pro América, justamente para o América, então isso ficou e eu tenho memórias boas e gosto muito do América.

DDE: Mas eu estava fazendo essa introdução, primeiro para valorizar o Coelhão, mas para te perguntar: quem você acha que são os adversários diretos do Jacaré na competição?

LE – É um candangão atípico, diferente. Eu vi sua matéria que você fez sobre o arbitral e as mudanças no candango e eu fui uma das pessoas que votou pelos pontos corridos. Porque eu acho que inclusive a Série D poderia ser de pontos corridos, porque eu acho que 32 times de mata-mata é muito. Mas todos os clubes entenderam muito bem a necessidade da federação. Mas como ficou desse forma ficou complicado. Eu não posso dizer, mas o Gama, o Real Brasília e o Capital são adversários diretos para o Brasiliense. Acredito que, passando da primeira fase, qualquer um será um adversário direto também.

DDE – O Vilson Taddei deu uma entrevista para a WebZone e ele disse que um dos motivos que ele foi para o Brasiliense foi para abrir um canal para as categorias de base. Vocês estão pensando em criar uma categoria de base para o Brasiliense?

LE – Pensar, a gente sempre pensa, mas o Brasiliense não tem base há 11 anos, e tem uma razão para isso.

DDE – E qual a razão para isso?

LE – Eu não essa pergunta há 11 anos (rsrsrsrs). Claro que eu dei uma entrevista recentemente que eu falei muito sobre isso, mas quando encerrou a base a gente não imaginou que seria por tanto tempo. Mas não é segredo nenhum que minha família passa por momentos complicados, o que dificulta a expansão de projetos como esse, até tranquilizamos nossa situação. Mas é um assunto que está sempre na minha cabeça, especialmente categorias sub-19, pois tenho muito interesse em disputar a Copinha. A gente tinha planos e comissão técnica para iniciarmos o sub-19 em 2020, porém, devido à pandemia, ficou muito mais complicado de executar.

DDE – Mas a médio e longo prazo ou a se perder de vista?

LE – No momento a médio e longo prazo, porque o foco é subir nosso time principal para a Série C. E com a incerteza que a gente tem do futebol, hoje eu não sei se o futebol vai parar continuar, então é complicado fazer nessa incerteza.

DDE – O Brasiliense que está diminuindo a média de idade, o que sempre foi uma crítica da torcida “ah, o Brasiliense só tem velho, só tem jogador caro e experiente”, mas as últimas contratações foram jogadores novos, como o Luquinhas.

LE – Mas temos uma variação muito boa de idade. Inclusive temos o Coquinho de 16 anos, que está integrado à nossa equipe. Mas eu não trabalho procurando essa ou aquela idade, eu trabalho procurando jogadores bons que possam integrar o time.

DDE – Por isso que você contratou o Jorge Henrique?

LE – Não foi por isso, foi porque ele é um jogador bom que vai integrar a equipe. Era um jogador que estava na Série B e ele vai ajudar a gente bastante.

DDE – Essa dupla de ataque, Zé Love e Jorge Henrique, o que você pensa dos dois jogando juntos na titularidade pelo Brasiliense?

LE – O Zé Love foi o artilheiro da Série D.

DDE – Foi uma surpresa para você a artilharia do Zé Love?

LE – Nem um pouco, a gente contratou ele para jogar bem ué. Foi uma surpresa para a torcida, para a imprensa, pro povo que fica falando que o Brasiliense só contrata velho e não dá em nada. Pra mim não foi surpresa nenhuma. E não será surpresa essa dupla jogar muito bem juntos lá na frente.

DDE – Entendi. Vai queimar a língua dos críticos?

LE – Eu não preciso também, eu não faço nada pensando em crítico. Claro que quando acabam queimando a língua é bom e eu me sinto na obrigação de encher o saco. Mas eu não procuro ativamente fazer isso (fala rindo).

DDE – Eu sei que você não vai responder, mas eu preciso perguntar. O bicho da Copa Verde foi bom?

LE – Não sei. Sei não. Eu perdi essa reunião, tava dormindo, estudando.

DDE – Mas teve?

LE – Não sei não. Não sei não (risadinhas).

DDE – O Sucuri, quando ganhou o título da Copa Verde gravou uns vídeos direcionados ao jornalista Danny Pança que é identificado com o Gama. Vocês chegaram a conversar com o Sucuri sobre isso, acham que ele passou um pouco do ponto?

LE – Eu acho que ele estava em seu momento. O próprio Danny Pança também já fez vários comentários direcionados ao Sucuri. Mas acho que o goleiro, no calor do momento, se exaltou um pouco. Claro que comemorar, fazer esse tipo de comentário. Esse tipo não ne?! Mas esse tipo de provocação faz parte do futebol, é uma coisa que agrega muito ao jogo, mas acho que ali naquele momento ele passou um pouco do ponto.

DDE – Falando em Sucuri, ele teve uma fase importante no Brasiliense, no Candangão. Mas porque vocês contrataram o Fernando Henrique naquele momento se o Sucuri estava tão bem? E porque vocês dispensaram o Fernando Henrique depois de tanto tempo?

LE – O Fernando não foi dispensado, ele está emprestado para o Santo André. Na verdade esse é um namoro antigo, a gente estava tentando trazer ele há um bom tempo e o Sucuri é titular do Brasiliense há muito tempo e as pessoas não podem ficar acomodadas. O que aconteceu foi que perdemos ali nosso jogador reserva, o Elisson, que é um goleiro excelente inclusive, e ai o Sucuri ficou sem uma competição direta, então foi uma oportunidade, até porque o Santo André tinha dispensando os jogadores por causa da pandemia e etc.

Então, por opção técnica, o Sucuri ficou no banco e os dois sempre tiveram uma relação muito boa inclusive nos treinos.

DDE – Por fim, para encerrar. Papai (Luiz Estevão) está feliz com o comando de Luiza Estevão no Brasiliense?

LE – Está muito. Está feliz comigo aqui, está feliz com as nossas conquistas e está feliz com o time também que é o maior sonho dele de criança era ser presidente de um time de futebol e ver o time ter sucesso assim é uma coisa muito boa.

O ganho do futebol do DF com título do Brasiliense na Copa Verde

Ao final da conversa, Luiza Estevão falou sobre a importância do título da Copa Verde, não só para o Brasiliense, mas também para o cenário do Distrito Federal. “Estou torcendo pelo futebol de Brasília. Eu acho que a Copa Verde que o Brasiliense conquistou é muito importante para nós e para o futebol do Distrito Federal. E, com o título da Copa Verde, agora, temos o Real Brasília na Copa do Brasil 2021. Portanto, o DF agora conta com três representantes no torneio nacional. Isso é bacana, pois sobe o ranking da FFDF, dá mais visibilidade aos clubes”, pontuou.

PS: A entrevista foi gravada no dia 05 de março de 2021 por telefone com o repórter Bruno Henrique de Moura, o tal torcedor do América-MG.