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terça-feira, 20 de maio de 2025
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Funcionários do Brasília reclamam de dívidas e presidente rebate valores

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Foto: Bruno Batista/Brasília F. C.

Por João Marcelo Pepi, Rayssa Loreen e Vitoria Carvalho

Falta de pagamentos, atrasos e sumiço de mandatário dão o tom das reclamações de funcionários do Brasília e de um dono de restaurante para com o clube colorado. As dívidas são contestadas por Marcelo Silveira, ex-gerente de futebol do clube, dois atletas que preferiram não se identificar e Jair Titton, dono do restaurante Sabor do Sul. Somados, os valores requeridos das dívidas chegam a 60 mil reais. O presidente da equipe, Flávio Simão, confirmou os débitos, mas contestou valores.

O ex-gerente de futebol do Brasília, Marcelo Silveira, fez diversas críticas à gestão de Flávio Simão e contou à reportagem do Distrito do Esporte que o clube o deve uma estimativa de 40 mil reais. Dois jogadores, que preferiram o anonimato, citaram que o acordo de R$ 2.500,00 cada não foi cumprido. Já Jair Titton alega que o Brasília utilizou de seus serviços culinários e fez apenas um pagamento no valor de mil reais, e cerca de 15 mil ainda estão em débito. Flávio diz dever apenas oito mil a Marcelo, ratificou os números de Jair e refutou valores de jogadores.

Foto: Bruno Batista/Brasília F. C.

Dono de restaurante cita dívida em torno de 15 mil reais

O proprietário do quiosque Sabor do Sul, Jair Titton, comentou o acordo. “Eu nem fiz contrato, tamanha era a confiança. Eu combinei almoço e janta para todos os atletas e a cada quinzena ocorreria o pagamento. Para receber a primeira vez já foi complicado, recebi só uma parte. A segunda foi pior ainda. Eu nem ia mais servir, mas ele (Flávio Simão) me prometeu e fiquei com dó dos meninos (jogadores do Brasília), eles não tinham culpa e eu acabei servindo”, falou.

Jair ainda revelou o valor da dívida com Flávio. “Até no hotel trancaram todas as entradas e não deixaram ninguém entrar caso não houvesse o pagamento. Eles depositaram o dinheiro e liberou a entrada, o qual é do lado do restaurante. Mas eu fiquei só na promessa, mais de 15 mil reais. Em maio ele me mandou R$ 1.000,00 e nunca mais apareceu. Eu ligo, mando mensagem e não tenho resposta nenhuma. Até com a mãe dele eu falei e ela disse que tentaria falar com ele”, esclareceu.

De acordo com Jair Titton, o acordo com Flávio Simão foi bem esmiuçado, as partes acertaram sem quaisquer problemas, mas o mandatário do Brasília não cumpriu com o combinado. “A proposta foi o pagamento em três parcelas. A dívida total é de R$ 16.980,00 e dariam três parcelas de R$ 5.660,00 a serem pagas em 21 de fevereiro, 15 de março e 30 de março. Ele disse que pagaria, mas só mandou R$ 1.000,00 em 31 de maio”, detalhou.

Ainda segundo o proprietário do quiosque, mais funcionários foram contratados para dar o suporte necessário aos atletas. “Eu tive que contratar mais pessoas no meu restaurante na época. Todos os dias eram em média 20 pessoas almoçando e jantando, fim de semana chegava a 35 devido aos jogos. Ainda fiz um preço bom, mas ele não cumpriu. Eram cerca de dez jarras de suco por refeição”, relatou. Jair ainda falou sobre um provável acordo. “Se ele me pagar 10, 12 mil eu fico com o restante do prejuízo, melhor do que nada”, confessou.

Não pagamento de um mês gerou três meses de atraso

Um jogador, que pediu para não ser identificado, contou como foi o acerto. “Eu fui indicado para o Marcelo (Silveira, gerente de futebol) por um amigo que tinha jogado no Brasília. O valor era de R$ 2.500,00, o Marcelo e o presidente (Flávio Simão) concordaram. Assinei contrato de três meses, tudo certo. Joguei quatro jogos e no dia do pagamento ouvi que o presidente tinha pago alguns e outros não, inclusive a comissão técnica”, descreveu.

Ainda sobre o contrato, o atleta disse haver um trato. “Eu fui contratado no começo de fevereiro e o campeonato encerrou para gente em 19 de fevereiro (última rodada da fase de classificação). Porém, estávamos com um acordo para eu receber apenas um mês. Só que o contrato tem que ser no mínimo de três meses pela CBF e o clube teria que pagar os três meses. Caso ele pagasse o mês combinado, rescindiria o contrato sem problema algum, mas ele não pagou. Então o contrato foi encerrado em 6 de maio sem nenhum pagamento e agora vou cobrar os três”.

A falta de pagamentos, segundo o jogador, atingiu todo o grupo. “Eu não recebi nada no primeiro mês, no segundo, em março, também nada. Em abril, depois de uma briga e ter pedido para o jogador que tinha me indicado conversar com o presidente, recebi um pix de R$ 500,00. Estava faltando as coisas dentro de casa, sou trabalhador, preciso receber. Mandei mensagem para ele (Flávio) e ele só visualizou, não me respondeu. Chegaram a fazer um grupo de esclarecimentos no WhatsApp, mas foram só promessas.”

Após todas as promessas não cumpridas, o atleta acionou seus direitos perante à Justiça. “Depois de tudo isso, procurei um advogado. Entrei com uma ação trabalhista contra o Brasília e estou esperando audiência. Não era para ser assim, mas o Flávio não foi leal conosco. Até a questão da alimentação era fraca. No restaurante tinha arroz, feijão, macarrão e frango, alimentação inadequada para um atleta profissional. Quando pedíamos outra proteína, informavam que não tinha e o Flávio dizia que não podia fazer nada”, expôs.

Situação semelhante vive outro atleta, que também pediu para não ser identificado. “Eles me devem R$ 2.500,00 e meu contrato era curto, de apenas três meses. Eu estou sempre em contato, negociando, mas ainda nada”, afirmou. Sobre o anonimato, o atleta foi enfático. “A maioria dos jogadores prefere não se expor. Isso pode nos atrapalhar com outros clubes. Muitos ainda estão com o presidente sempre, então ficam melindrados em falar sobre a situação”, contou.

Ex-gerente fala sobre valores não pagos e falta de gestão do clube

O ex-gerente de futebol do Brasília, Marcelo Silveira, contou à reportagem do Distrito do Esporte sobre a dívida que o clube mantém com ele e o desapontamento com Flávio Simão, presidente da equipe. “Meu dissabor é a constante decepção nesta temporada na primeira divisão. Ficaram três meses de salário para trás. Meu trabalho era até o final da competição e a dívida gira em torno de 40 mil reais, valor comum a uma rescisão de contrato de um gerente de futebol”, calculou.

Marcelo descreveu como era o clube antes de sua chegada e a forma como age. “Modéstia à parte, eu cheguei no Brasília e o clube era totalmente defasado esportivamente. O Brasília não tinha uma caracterização de clube profissional, reformulamos tudo. É um clube que se esconde atrás de um CNPJ e a cada ano vai pulando de galho em galho. Só fica em cima da marca Brasília, marca antiga, que teve muita força, mas hoje não é nada disso”, explanou.

Marcelo SIlveira, ex-gerente do Brasília.
Foto: Arquivo Pessoal/Marcelo Silveira

Sobre a falta de pagamentos, Marcelo disse. “A última conversa que eu tive com atletas parece que ele pagou alguns e outros não, o que me deixou aborrecido. Ou paga todo mundo, ou não paga ninguém. Em uma conversa com ele (Flávio Simão), ele me disse ‘você tinha que ter conversando com os atletas e informado que só seria um pagamento caso não houvesse classificação’. Como é que eu ia fazer isso?”, questionou.

O gerente de futebol argumentou sobre a gestão do Brasília. “Trabalhei em vários clubes do Rio de Janeiro e fui para Brasília com bastante expectativa. O primeiro ano peguei o barco andando, tive o acesso e o segundo ano foi essa tempestade. Não imaginávamos que seria assim. Tem que acabar com essa máscara, senão o clube fica fazendo parceria com faculdade, mostrando que tem gestão e não tem, pois não cumprem com os compromissos financeiros com que eles trabalham”.

O mandatário comentou que os jogadores buscaram ações judiciais e que o clube precisa cumprir com o prometido. “Todos os atletas com quem conversei acionaram ele judicialmente, disseram que ele fechou a empresa, que ninguém acha ele. Daqui a pouco ele aparece na primeira divisão, como se nada tivesse acontecido. Não pode ficar assim. Eu sou profissional do futebol, vivo disso e preciso receber. Ainda saio como errado por não ter convencido os atletas em receber só um mês. Futebol cheio de maracutaia, como falo para os atletas que o clube não vai pagar o contrato todo se não se classificar, pagar só um mês?”, indagou.

Marcelo ainda reiterou a falta de gestão ocorrida, segundo ele, na equipe. “Os clubes têm que se profissionalizar não só de boca ou midiaticamente. Dizer que está com gestão, com banco de processamento de atletas que nem agora o Brasília está fazendo. O Brasília não tem nada, não tem gestão. Eles não sabiam nem colocar os atletas posicionados no ônibus, não sabiam nem que a comissão vai à frente. Até isso tive que fazer. O Brasília tem que fazer igual um clube sério faz: pagar os profissionais”, afirmou.

Flávio Simão confirma débitos, rebate Marcelo e contesta valores ditos

A equipe de reportagem do Distrito do Esporte procurou Flávio Simão, que nos atendeu e respondeu as acusações feitas. O mandatário colorado explicou como Marcelo Silveira – ou Marcelinho como o presidente se refere – se tornou seu aliado no time. “Eu estava desamparado e ele acabou se tornando meu braço direito. Quem trouxe ele foram os possíveis investidores que tínhamos e que acabou até não ocorrendo essa parceria”, disse.

Foto: Bruno Batista/Brasília F. C.

O mandatário falou sobre jogadores que não receberam seus salários. “Eu acredito que se eles não tivessem recebido nem o primeiro mês, nem jogado eles tinham. Até porque, o dia que eles receberam foi no jogo contra o Gama. E nós temos a comprovação destes pagamentos. Só no último pagamento alguns atletas não receberam. Quando terminou o campeonato, eu estava sem recurso financeiro para honrar a folha, eu pedi um prazo e durante esse período fui cumprindo com alguns”, assumiu.

Flávio falou sobre as dívidas com o restaurante e sobre as tentativas de negociação. “Sim, eu tenho a divida com o senhor Jair. Ele é próximo de onde eu moro e pedi a ele um tempo para conseguir sanar a dívida. Inclusive, dentro do projeto financeiro, nós devemos sanar todos os débitos do Brasília até o final do mês de novembro. Entraremos em contato com as pessoas que devemos para negociarmos. Estamos fazendo levantamento do que está em aberto e do que ja foi pago, e falta pouco para finalizar o pagamento de todos os jogadores. E do Sr. Jair, que o valor é um pouco mais elevado, irei negociar com ele”, contou.

Sobre os valores devidos a Marcelo, Flávio refuta. “Eu devo apenas um mês de salário para o Marcelo de oito mil reais”. Quanto aos jogadores, apenas uma parte não foi paga. “Sobre alguns jogadores que vieram de fora, alguns já sanamos toda a dívida. Com os jogadores daqui (Distrito Federal), está tudo ok. E agora estamos atrás de negociar com alguns atletas de fora, porém tem atleta que não quer negociar. Entre funcionários, restaurante e outras dívidas, os valores ficam entre 40 e 50 mil reais”, detalhou.

Planejamento prejudicado e problemas administrativos internos

Flávio contou que o clube estipulou um valor para o campeonato, mas os números foram superiores ao pré-determinado por erros. “Fechamos um valor de R$ 300 mil para o campeonato com salários e gastamos quase meio milhão. Meu objetivo era ficar na primeira divisão, senão eu perderia 500 mil. Conseguimos o que queríamos, mas houve falhas administrativas. Haviam jogadores que recebiam cinco mil, outro três, dois, mil e pouco, não era tabelado”.

O mandatário reclamou de atitudes do ex-gerente do clube, todas sem seu consentimento. “O Marcelinho usou de outro restaurante com o nome do nosso clube e deixou dívidas com lanchonete, restaurante. Nós não sabíamos e tivemos que pagar, algumas eu paguei. Quando eu fui fechar o hotel (pagar as diárias), o pessoal já conhecia ele de outros carnavais. Ele já tinha passado a perna de outra forma. Existe um histórico e não tínhamos conhecimento. Para ele, o maior interesse é denegrir minha imagem”, exclamou.

Outras acusações de Marcelo foram rebatidas. “Colocar jogadores posicionados no ônibus era uma das função dele. Você contrata alguém para exercer determinadas funções e essa era uma dele”. Flávio contestou o acordo com os jogadores. “Você trabalharia em uma empresa que trabalha dois meses e recebe um pagamento? Sem nexo. Dentro de um campeonato existe planejamento e foi feito. Ele (Marcelo) se comprometeu com jogadores de fora e não com os locais. Ultrapassou o teto que estipulamos”.

O presidente colorado reafirma as dívidas, mas se compromete a pagá-las. “O que eu tenho de fazer é cumprir minhas obrigações e as cumprirei. Passei por dificuldades financeiras, cheguei até pegar dinheiro com agiota. Fui honrando os compromissos com quem foi honesto comigo. Devo sim. Vou pagar? Sim”, afirmou. “O seu Jair, eu estou devendo a ele, mas ele consegue girar o dinheiro dele. Sei que faz falta, mas preferi pagar o roupeiro, por exemplo, que precisa muito mais. Eu fui pagando pelas pessoas que mais precisava”, reconheceu.

FFDF marca confrontos decisivos das semifinais do Candangão Feminino

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Candangão Feminino
Foto: Patricy Albuquerque/Minas Brasília

Nos próximos dias, os torcedores irão conhecer os finalistas do Candangão Feminino. A Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) divulgou os detalhes dos confrontos de volta da competição local. Com a votação para definir o presidente do Brasil no próximo domingo (30/10), os jogos foram antecipados pela entidade. Real e Minas Brasília saíram na frente e possuem boa vantagem nas partidas de volta do Campeonato Candango Feminino.

O primeiro duelo da semifinal acontecerá na sexta-feira (28/10). No Estádio Ciro Machado do Espírito Santo, o Defelê, as Leoas do Planalto recebem o Capital, às 15h30. O Real Brasília construiu uma boa vantagem na primeira partida. Com gols de Isabela, Maria e Thaynara (contra), o clube aurianil venceu por 3 a 0 jogando no JK. Para avançar até a final, o Coruja precisará reverter o marcador e triunfar por quatro tentos de diferença.

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Candangão Feminino
Foto: Eduardo Ronque/Real Brasília

No dia seguinte, sábado (29/10), o Cresspom recebe a visita do Minas Brasília. O clássico está marcado para o Estádio Rorizão, localizado na Samambaia, às 15h. Mesmo atuando como mandante, as Tigresas do Cerrado terão uma dura missão diante de seu maior rival. No duelo de ida, “As Minas” golearam por 5 a 1 e colocaram um pé na finalíssima. Milena e Letícia Teles – duas vezes cada -, e Laura Marin marcaram para o Minas. Barbara diminuiu para o Cresspom.

Além de brigarem e tentarem reverter o placar elástico nos jogos de ida, Capital e Cresspom possuem outra missão: interromper a sequência de finais entre Minas e Real Brasília. A equipe verde e azul e as Leoas do Planalto estão caminhando para a quarta decisão de Candangão Feminino. Desde 2019 ambos os clubes decidem o título da competição local. A última finalíssima sem um desses times foi em 2018, quando o Cresspom disputou a taça contra o Minas Brasília.

Candangão Feminino

Semifinal – Jogos de volta

Sexta-feira (28/10)

Real Brasília x Capital
Estádio Defelê – 15h30

Sábado (29/10)

Cresspom x Minas Brasília
Estádio Rorizão – 15h

Brasília Basquete tropeça frente ao Pinheiros no NBB

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Brasília Basquete
Foto: Divulgação/Liga Nacional de Basquete

O Brasília Basquete estreou em casa no Novo Basquete Brasil na noite desta segunda-feira (24/10). Jogando com a Arena BRB Nilson Nelson sem torcedores, os extraterrestres fizeram um jogo digno diante do Pinheiros, mas acabaram sendo derrotados por 71 a 68. Esse é o segundo tropeço do representante do Distrito Federal dentro da competição nacional. Anteriormente, o time havia conquistado a primeira vitória no certame. Já a equipe de São Paulo segue com 100% de aproveitamento.

O jogo entre os dois times começou bastante parelho. O Brasília iniciou pontuando e abrindo três pontos de vantagem para o Pinheiros, 5 a 2. Logo após essa pequena diferença no marcador, o time da capital paulista virou a partida. Os 10 minutos iniciais continuaram apertados até o final, com o Pinheiros na frente: 15 a 14. Destaque para Gemadinha, que anotou sete pontos e foi o maior pontuador nesta parte inicial do duelo.

O segundo quarto foi praticamente igual ao primeiro, o que mudou foi o clube da Capital Federal empatando o confronto. O Brasília Basquete iniciou muito bem, anotando pontos e tomando a frente do placar. Os extraterrestres chegaram a abrir seis pontos de vantagem sobre o Pinheiros. Porém, como o duelo estava bastante igual, a equipe visitante encostou novamente no marcador. Os dois times foram para os vestiários empatados em 30 a 30.

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O descanso durante o intervalo fez muito bem ao Pinheiros. Com o gás renovado, o time azul e branco começou muito bem o terceiro quarto, abrindo seis pontos à frente dos donos da casa: 36 a 30. O Brasília Basquete só voltou a converter as cestas faltando pouco mais de seis minutos para o fim. Acordando tarde no quarto, os mandantes viram os visitantes dominarem a ponta do placar e terminarem com uma vantagem de oito pontos: 50 a 42.

Os últimos 10 minutos foram quase mágicos para o Brasília Basquete. O time da casa entrou com muita dedicação e fez de tudo para vencer a segunda partida no NBB. O clube diminuiu a diferença e passou à frente do placar restando cinco minutos para o fim. Restando pouco mais de dois minutos, o marcador ficou empatado em 60 a 60. Porém, com o Pinheiros inspirado, os extraterrestres viram  a equipe de São Paulo disparar na partida e triunfar pela terceira vez seguida: 71 a 68.

O que vem por aí

O próximo compromisso do Brasília Basquete será na quinta-feira (26/10). Na Arena BRB Nilson Nelson, a equipe do Distrito Federal recebe o Bauru. O duelo está marcado para às 19h30. Atualmente, com apenas uma vitória, o representante da capital está na 9ª posição. Já o Pinheiros, que saiu com 100% de aproveitamento do quadradinho, joga fora de casa diante do São Paulo. A partida acontecerá no dia 1/11, às 20h.

São Raimundo-RR consegue laudos e tira jogo da Copa Verde do Defelê

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Foto: Secretaria de Infraestrutura/Governo de Roraima

Durou pouco a perspectiva de passagem do São Raimundo-RR pelo Distrito Federal para jogar a Copa Verde. Após a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encaminhar o jogo da segunda fase da competição regional contra o xará do Amazonas para o Estádio Defelê, na Vila Planalto, o time de Roraima conseguiu resolver as pendências do Estádio Canarinho que o impediam de atuar dentro de seu Estado e desistiu de vir jogar em Brasília.

Segundo a assessoria de comunicação da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), o impeditivo estava relacionado aos laudos de segurança do estádio Canarinho. Com a indefinição, a CBF agiu e marcou o jogo de 28 de outubro para a arena da capital federal. O São Raimundo-RR, entretanto, correu atrás para resolver o problema e conseguiu reverter a decisão tomada pela CBF.

Com isso, o jogo volta para o mando de campo original em Boa Vista (RR). A partida ocorrerá no estádio Flamarion Vasconcelos, o Canarinho. A entidade máxima do futebol brasileiro confirmou a modificação. Antes  alterado para 15h30 devido à falta de iluminação artificial no Defelê, o confronto voltou para o seu horário original de 20h. A data foi mantida, 28 de outubro, sexta-feira.

O atual heptacampeão roraimense é um dos dois clubes de Roraima na disputa da Copa Verde. A outra equipe é o Naútico, vice-campeão do estadual, e que estreará na competição que reúne os clubes das Regiões Centro-oeste e Norte do Brasil na próxima terça-feira (25/10) às 20h contra o Humaitá-AC. O vencedor do confronto enfrentará o Paysandu no sábado (29/10) às 20h contra o Paysandu-PA no estádio Curuzu, em Belém, no Pará.

Distrito Federal na Copa Verde

A capital federal teria dois clubes na competição regional. Porém, o Ceilândia desistiu e apenas o Brasiliense jogará o torneio. Assim, o Jacaré, campeão em 2020, será o único representante do Distrito Federal no campeonato. O atual bicampeão candango estreia na Copa Verde no sábado (29/10) às 21h contra o Luverdense-MT. A partida entre brasilienses e mato-grossenses ocorrerá no estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde (MT).

Defelê receberá partida da Copa Verde entre equipes de Roraima e Amazonas

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Foto: Divulgação/Real Brasília

O estádio Defelê será o palco do confronto entre São Raimundo-RR e São Raimundo-AM. O local na Vila Planalto foi oficializado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e receberá o embate, válido pela segunda fase da Copa Verde 2022, na próxima sexta-feira (28/10) às 15:30. A partida, anteriormente marcada para às 20h, previa sua realização no estádio Flamarion Vasconcelos, o Canarinho, em Boa Vista, capital de Roraima. Porém, devido a sua ausência de laudos técnicos, o Defelê foi escolhido para receber o jogo.

O atual heptacampeão roraimense é um dos dois clubes de Roraima na disputa da Copa Verde. A outra equipe é o Naútico, vice-campeão do estadual, e que estreará na competição que reúne os clubes das Regiões Centro-oeste e Norte do Brasil na próxima terça-feira (25/10) às 20h contra o Humaitá-AC. O vencedor do confronto enfrentará o Paysandu no sábado (29/10) às 20h contra o Paysandu-PA no estádio Curuzu, em Belém, no Pará.

A partida entre os clubes homônimos de Roraima e Amazonas estava marcada para a próxima sexta-feira (28/10) às 20h. O local era uma incógnita, mas o estádio Flamarion Vasconcelos, o Canarinho, era o preferido pelo mandante. Em vistoria solicitada na última semana pela Diretoria de Competições da CBF, foi constatada a ausência de laudos técnicos, o que impossibilitou o estádio de Boa Vista receber o confronto entre as equipes nortistas.

Com o Canarinho indisponível, o estádio Ciro Machado do Espírito Santo, o Defelê, foi definido como o palco do confronto entre o campeão roraimense e o vice-campeão do Amazonas. A oficialização foi publicada na última sexta-feira (21/10) pela entidade máxima do futebol brasileiro. Os clubes disputarão uma vaga nas quartas de finais da competição em partida única. A equipe classificada enfrentará o vencedor do jogo entre Rio Branco-AC e Tuna Luso-PA.

Distrito Federal na Copa Verde

A capital federal teria dois clubes disputando a competição regional. Porém, o Ceilândia desistiu de sua vaga e apenas o Brasiliense optou por jogar o torneio. Assim, o Jacaré, campeão em 2020, será o único representante do Distrito Federal no campeonato. O atual bicampeão candango estreará na Copa Verde 2022 no próximo sábado (29/10) às 21h contra o Luverdense-MT. A partida entre brasilienses e mato-grossenses ocorrerá no estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso.

Em tarde de golaços, Minas Brasília goleia Cresspom e se aproxima da final

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Candangão Feminino
Foto: Patricy Albuquerque/Minas Brasília

Objetivo bem próximo de ser alcançado. Assim é a situação do Minas Brasília no Candangão Feminino. A equipe treinada por Rodrigo Campos goleou o Cresspom por 5 a 1 na tarde deste sábado (22/10) no estádio Defelê, na Vila Planalto. Com o resultado, As Minas podem até perder por três gols de diferença no jogo da volta que garante vaga na final do torneio. Os gols – e alguns golaços – do Minas Brasília foram marcados por Laurinha, Mileninha (duas vezes) e Teles (duas vezes). Bárbara Chagas descontou para o Cresspom.

A partida começou intensa. Antes do primeiro minuto, Laurinha fez um lindo gol olímpico. Pouco menos de três minutos depois, o Minas Brasília voltou a marcar com outro belíssimo gol de Mileninha. O Cresspom descontou na sequência com Bárbara Chagas de pênalti. A segunda etapa contou com mais três gols do Minas. Teles marcou de cabeça após escanteio, Mileninha aumentou chutando de chapa no canto de Socorro e Teles anotou o segundo de forma parecida com o primeiro: de cabeça após cobrança de escanteio.

Dez minutos, três gols

A equipe mandante precisou de menos de um minuto para sair na frente. Laurinha cobrou escanteio, a defesa do Cresspom não conseguiu afastar e a meia do Minas Brasília marcou um lindo gol olímpico. Três minutos depois, a zaga do Cresspom tenta afastar, Teles dá um chutão e acha Mileninha livre na área. A atleta do Minas aplica um lindo lençol na goleira Isabela e empurra para o fundo do gol, marcando mais um golaço no Defelê. Mais um minuto se passou e Bárbara Chagas fez bom lançamento para Silvana, a meia do Cresspom se chocou com Karen e o árbitro marcou pênalti.

Após parada de quatro minutos para atendimento médico, Bárbara Chagas colocou a bola na marca do pênalti, cobrou no canto direito de Karen e diminuiu o placar. Aos 16′, Renata cruzou na área, a bola desviou na defesa do Cresspom, Mileninha tentou cabecear para trás e Socorro socou a bola para a entrada da área. No rebote, Renata chutou para o gol, Socorro não conseguiu segurar e a bola foi para a rede pelo lado de fora. No escanteio, Laura tentou outro gol olímpico, mas desta vez Socorro conseguiu desviar.

Aos 21′, Pelé recebeu ótimo lançamento, avançou pela esquerda de ataque e rolou para Milena, mas a meia não pegou bem na bola e Socorro defendeu. Com 35′, Keké recebeu na linha de fundo e cruzou para área, Katyelle pegou de chapa de primeira e Karen fez ótima defesa no contrapé. Aos 44′, Jhenifer cobrou escanteio na área, Karen tirou de soco e no rebote, Keké bateu de primeira e tirou tinta da trave esquerda da goleira Karen. O Cresspom ainda ficou no ataque, na tentativa do empate, mas o jogo foi para o intervalo com o Minas vitorioso.

Minas Brasília marca mais três e final fica muito próxima

O Cresspom começou o segundo tempo procurando o ataque e teve sua primeira chance aos três minutos com Mineira em cobrança de pênalti, mas a atleta das Tigresas do Cerrado cobrou fraco e Karen defendeu com tranquilidade. Aos cinco minutos, Laura cobrou escanteio e Teles cabeceou para o fundo gol, marcando o terceiro do Minas Brasília. As Minas aumentaram aos 21. Manu Balbinot fez bom lançamento e achou Mileninha livre, a camisa 27 do Minas Brasília avançou e bateu no canto esquerdo de Socorro para fazer o seu segundo gol no confronto.

A situação ficou ainda pior para o Cresspom com a expulsão de Buga. A jogadora do Cresspom tomou amarelo por reclamação, continou com suas indagações e o árbitro puxou o cartão vermelho na sequência. Aos 27′, a bola sobrou para Manu Balbinot que arriscou de longe e Socorro conseguiu desviar para escanteio. Na cobrança, Manu Balbinot cobrou e Teles, mais uma vez, desviou de cabeça para o fundo do gol. A camisa seis das Minas marcou seu segundo gol na partida e o quinto do Minas Brasília.

Com o placar favorável e com uma jogadora a mais, o Minas Brasília rodou o seu elenco, fez mais quatro alterações e controlou o confronto até o apito final do árbitro Pedro Alves de Oliveira. O Cresspom ainda tentou buscar ações ofensivas, mas não obteve êxito. Assim, o Minas Brasília conquista um ótimo resultado e pode perder por até três gols de diferença que garante vaga na final do Candangão Feminino. Do outro lado, o Cresspom tem missão complicada para ir à final do torneio.

Foto: Patricy Albuquerque/Minas Brasília

Cresspom precisa de um milagre para avançar

A goleada sofrida por 5 a 1 deixou o Cresspom em situação complicada. Para garantir uma vaga na final do Candangão Feminino, a equipe de Robson Marinho precisa vencer por quatro gols de diferença no jogo da volta. Na semifinal não há disputa de pênaltis, portanto, um empate em número de gols dá a vaga para o segundo colocado na fase de grupos, o Cresspom. O confronto decisivo ainda não tem horário, local e nem data definida pela Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF).

Minas Brasília 5
Karen; Renata (Sassá), Tati Antônio, Lia; Teles , Laurinha ⚽ (Milena Ceará), Manu Balbinot 🟨 (Guedes), Monse (Jéh), Mileninha ⚽⚽; Tefinha (Magna) e Pelé.
Técnico: Rodrigo Campos

Cresspom 1
Socorro; Buga 🟨🟥, Camila, Jhenefer 🟨, Ludy; Luiara, Silvana, Mineira, Bárbara Chagas ⚽; Keké e Katyelle (Moara).
Técnico: Robson Marinho

Real Brasília vence Capital e fica próximo da final do Candangão Feminino

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Candangão Feminino
Foto: Eduardo Ronque/Real Brasília

A fase final do Campeonato Candango Feminino iniciou neste sábado (22/10) pela manhã com Capital e Real Brasília. As equipes se enfrentaram no estádio JK, no Paranoá, com mando da Coruja em confronto válido pelo jogo de ida da semifinal. Invicto na competição, as Leoas do Planalto mantiveram os 100% e venceram a oitava partida na competição. Com gols de Isabela Melo, Maria Dias e um contra de Thaynara, a atual tricampeã do torneio pode perder até três gols no próximo embate que garante vaga a sua quarta final consecutiva.

Movimentado, o primeiro tempo mostrou o Real Brasília superior ao Capital. A goleira Lara fez boas defesas, mas não conseguiu defender o cabeceio de Isabela Melo após cobrança de escanteio de Camila Pini. Na etapa final, o Capital procurou mais o ataque, porém, o Real Brasília aumentou o placar com Maria Dias. A situação da Coruja ficou mais crítica quando Thaynara cabeceou contra o próprio gol e aumentou a vantagem das Leoas do Planalto no jogo.

Real abre o placar

Logo no primeiro minuto, o Real Brasília assustou. Carol Gomes cruzou na área, Maria Dias, livre, cabeceou e Lara fez ótima defesa. Aos oito minutos, Bruna cobrou falta e assustou Dida. Cinco minutos depois, em bola alçada na área, Maria Dias cabeceou e tirou tinta da trave. Com 16 minutos, Camila Pini cobrou escanteio na área, a zaga do Capital afastou e no rebote, Gaby Soares finalizou para longe. Três minutos depois, as Leoas abriram o placar com Nenê, mas foi anulado por marcação de impedimento.

Aos 23′, Gaby Soares chutou da entrada da área e por pouco não inaugura o marcador. Com meia hora de jogo, o primeiro gol da partida. Camila Pini cobrou escanteio e Isabela Melo cabeceou sem chances para Lara. Aos 40′, cruzamento na área e Lara, atenta, espalmou para a lateral. Cinco minutos depois, Camila Pini chutou de longe e Lara defendeu em dois tempos. No último lance da primeira etapa, Camila Pini cobrou falta, a bola bateu nas duas traves e não entrou.

Leoas do Planalto decretam a vitória

As Leoas do Planalto chegaram ao ataque com Nenê, a meia chutou rasteiro e Lara defendeu com pés. Aos 14′, o Capital teve a chance do empate, mas Bruna cobrou falta no meio do gol e Dida defendeu de forma tranquila. No minuto seguinte, as Leoas do Planalto ampliaram o confronto. Marcela Guedes deu passe de calcanhar para Carol Gomes, a lateral cruzou na área, a defesa do Capital falhou na marcação e Maria Dias, sozinha, chutou cruzado para marcar o segundo gol do Real no jogo.

Com 19′, Daniele Silva avançou pelo lado direito de ataque, chutou cruzado, Lara espalmou e a defesa do Capital tirou a bola da área. No lance seguinte, outro cruzamento na área e Marcela Guedes se esticou para tentar finalizar, mas pegou mascado e a bola saiu rente à trave. Aos 25′, Daniele Silva recebeu lançamento, avançou pela esquerda, chutou cruzado e Lara não soltou desta vez. Próximo dos 40′, Sassá cruzou na área e Thaynara cabeceou contra o próprio gol, aumentando a vantagem do Real Brasília.

Foto: Eduardo Ronque/Real Brasília

O que vem por aí

O confronto decisivo entre Real Brasília e Capital ainda não tem data, horário e local definidos pela Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF). Por ficar melhor colocado que a equipe de Davih Rodrigues, o time treinado por Adilson Galdino pode até perder por três gols de diferença que garante classificação à final do Candangão Feminino. O jogo de ida entre Cresspom e Minas ocorrerá neste sábado (22/10) às 15h no estádio Defelê, na Vila Planalto.

Capital 0
Lara; Jaja, Duda 🟨, Thaynara (⚽ contra), Cris; Nayara, Raquel (Luiza), Bruna (Kiara), Rebeca (Ana Laura); Nathy e Letícia (Sibele).
Técnico: Davih Rodrigues

Real Brasília 3
Dida; Laine (Natasha Rosas), Rafa Soares 🟨, Isabela Melo , Carol Gomes (Sassá 🟨); Petra (Maiara), Nenê (Daniele Silva), Gaby Soares, Camila Pini; Maria Dias (Raíza) e Marcela Guedes.
Técnico: Adilson Galdino

Coluna Visão de Jogo #4: As perguntas de quarta-feira

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Coluna Visão de Jogo

Por Luiz Henrique Borges

Em tempos eleitorais, tenho uma proposta que deveria fazer parte dos programas de governo, se é que eles ainda existem, dos candidatos ao cargo máximo do executivo nacional. Em noite de final de Copa do Brasil, as atividades laborais deveriam ser momentaneamente suspensas, inclusive as aulas.

Há 20 anos exerço a docência superior e, exceto entre 2019 e 2021, eu sempre tive turmas nas quartas-feiras, o dia mais chato da semana. Peço o consentimento e paciência do leitor para fazer uma breve regressão. Quando criança, tive um cachorro que corria atrás de tudo e de todos, um verdadeiro chato, seu nome: Quarta-Feira. A equidistância deste dia entre a raivosa segunda e a esperançosa sexta, é como a metade de uma longa viagem, maçante. O seu caráter enfadonho se acentua quando, para desespero de todos, ele abriga uma partida de futebol de grande importância.

 Quando me encaminhei para a Faculdade, na última quarta-feira, dia da final da Copa do Brasil, já sabia de cor e salteado as perguntas que seriam feitas: “Professor, a aula de hoje só vai até nove e meia, não é?” ou “Professor, o senhor vai liberar a gente para ver o jogo?”. Há ainda a clássica afirmativa em tom quase apocalíptico: “Professor, hoje tem jogo do Flamengo!”. É bom ressaltar que no primeiro jogo decisivo da Copa do Brasil eu fui poupado das inquirições de sempre já que a partida foi disputada no feriado de 12 de outubro. Na noite do dia 19, nem bem havia entrado na sala de aula, antes mesmo da saudação de boa noite, as perguntas foram disparadas.

Respirei fundo para não me transformar no personagem de uma jocosa piada, um italiano, que em uma viagem teve o pneu do seu carro furado no entardecer. Já chateado com o incidente, descobre que o carro está sem o estepe. No meio da estrada, a certa distância, ele vê a luz de uma casa e resolve que irá até lá pedir auxílio. Durante a caminhada, não sei se em decorrência do próprio cansaço, ele imagina que o anfitrião lhe negará a ajuda e ele vai se irritando com esse pensamento. O nosso personagem bate na porta e ao ser atendido, sem sequer explicar o seu problema, ele já agride verbalmente o dono da casa.

Após a necessária pausa, de forma educada, porém enfática, afirmei que o horário da aula seria integralmente cumprido e devolvi com uma pergunta: “Vocês acham que eu, que estudo e sou apaixonado pelo futebol, não gostaria de assistir o jogo? Vocês realmente acham que eu queria estar aqui para dar a aula?”. Após o constrangido silêncio, aproveitei as perguntas e as encaixei com a temática que iríamos discutir, o liberalismo em John Stuart Mill (1806-1873).

De forma bem simples, fiz uma breve introdução do pensamento de Mill, afirmando que o economista e filósofo inglês entendia que a liberdade individual tem como limite a possibilidade de causar dano real ou potencial a outros indivíduos e, nestes casos, a atuação do Estado não é apenas necessária como legítima. Mesmo sabendo que muitos ali gostariam de assistir a grande final, inclusive eu, infringir as regras, burlar as normas, seria causar dano real a outros indivíduos. Eu prejudicaria a instituição que me emprega e confia no meu trabalho, os alunos que não gostam de futebol e, finalmente, a todo o grupo que ali se encontra, afinal eles pagam pelo curso e não estariam recebendo pelo serviço contratado. Mas, deixei claro, seguindo os ensinamentos de Mill, que eles tinham a liberdade da escolha, ou seja, aqueles que não quisessem assistir à aula poderiam ir embora, sabendo que a falta seria computada.

Discussão encerrada, as aulas foram dadas até o horário habitual e isto significou que eu não assisti, ao vivo, o primeiro tempo da partida que teve maior predomínio da equipe mandante. Antes de você, cruel leitor, afirmar que eu estou fazendo papel de “papagaio de pirata” repetindo o que a imprensa já afirmou, perceba que fiz uma ressalva, não assisti o jogo ao vivo, no entanto, precavidamente, antes de sair de casa, o coloquei para gravar.

Já com a aula finalizada, eu e os outros três professores, realizamos uma pequena viagem entre Formosa e Brasília. No trajeto, além das piadas com o nosso sempre bem-humorado motorista, o flamenguista Valdir, assistimos no celular o crescimento da equipe paulista. O Flamengo, com a vantagem no placar, se retraiu em demasia a partir dos 25 minutos da etapa final e, no meio do caminho eu vaticinei, o Corinthians vai empatar quando estivermos próximos do posto Colorado, local em que deixo o meu carro para pegar a condução que nos leva até Formosa. E não é que aconteceu!

Os minutos finais da partida e as duas primeiras penalidades de cada equipe eu ouvi pelo rádio do carro. Quando cheguei em casa, liguei a televisão para acompanhar as derradeiras batidas que culminaram na vitória flamenguista por 6X5. Ainda excitado com o jogo e aproveitando que estou de férias no Iphan, o que me permite acordar um pouco mais tarde, resolvi assistir o primeiro tempo do jogo antes de dormir.

O futebol nos apresenta fatos inusitados. O Flamengo, até o início de junho, quando trocou Paulo Sousa por Dorival Júnior, parecia em franca decadência e era dito por toda a imprensa que a equipe deveria passar por uma ampla reformulação de elenco em 2023. Nas mãos do brasileiro, bom treinador, mas de poucos títulos, diversos atletas retomaram o bom futebol e ele conseguiu encaixar Gabigol e Pedro na equipe. Contando com dois atacantes extremamente gabaritados, municiados por habilidosos meio-campistas, é muito difícil o Flamengo passar 90 minutos sem balançar as redes adversárias. Me atrevo inclusive a dizer que, se Pedro confirmar a sua mais que merecida convocação para a Copa do Mundo, ele deveria dar metade dos bichos que ganhar pelo Brasil para Dorival Júnior.

E o que falar de Rodinei? Já longevo no Flamengo, ingressou na equipe em 2016, o lateral sempre foi muito criticado e chegou a ser emprestado para o Internacional entre 2020 e meados de 2021. Com a chegada de Dorival Júnior, o atleta fez grandes partidas e coube a ele a responsabilidade de bater a penalidade que poderia dar o título ao seu clube. Com aparente tranquilidade, fato desmentido pelo jogador na entrevista ao final do jogo, ele deslocou Cássio após chutar firme e garantiu o tetracampeonato da Copa do Brasil e o milionário prêmio para o clube da Gávea.

Após um final de semana de péssimos exemplos com as invasões de campo e cenas de violência e barbárie proporcionadas pelas torcidas do Sport e do Ceará, Flamengo e Corinthians fizeram um duelo de gigantes e comprovaram, além da beleza do futebol, algo que não se pode mais refutar, que a organização, sobretudo financeira, é fundamental para o crescimento dos clubes e a conquista de títulos.

Paranoá assina com mais dois jogadores para Candangão 2023

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Filipe Werley treinando pelo Gama - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

O Paranoá Esporte Clube, agora com nova diretoria comandada pelo empresário Rafael Kern, segue se reforçando em busca de uma sonhada classificação à segunda-fase do Candangão 2023. O time da região leste do DF tem mais dois reforços ao seu plantel.

Filipe Werley, ex-jogador do Gama, e Artur Rodrigues, ex-jogador do Ceilandense, assinaram contrato com a cobra-sucuri para a temporada que se avizinha.

Os dois nomes vem a somar com Daniel Guerreiro, Gabriel Pedra e Pedro Medeiros, reforços já anunciados pelo time.

Aos poucos, o plantel de Klesio Moraes vai tomando corpo.

Quem é Filipe Werley

Filipe Werley é natural de Brasília e fez sua carreira praticamente inteira nos times do Distrito Federal. Começou em 2015 no Cruzeiro, onde ficou até o ano seguinte. Em 2017 atuou pelo Santa Maria e Samambaia. Em 2018 foi o ano em que o atleta jogou pela primeira vez no Gama e também debutando fora da capital federal, quando foi jogar no América-GO, da cidade de Morrinhos, voltando ao DF logo após passagem pelo futebol goiano.

O atleta voltou para o Gama em 2019, onde foi campeão do Candangão pelo Periquito. Filipe Werley permaneceu na equipe até o Campeonato Candango 2021, também levando o título do certame em 2020 e disputando a Copa do Brasil em 2021.

Aos 27 anos acumula dois acessos seguidos à elite do futebol local: pelo Brasília em 2021 e pelo Samambaia neste ano, onde se sagrou campeão da Segunda Divisão do Candangão.

Quem é Dedé

Aos 27 anos de idade, Artur Sousa Rodrigues, ou simplesmente Dedé, já possui uma longa carreira no futebol brasileiro. Natural de Brasília, zagueiro de 1,85 m, Dedé fez sua trajetória em times de vários estados.

No Corinthians de Alagoas ele deu o pontapé inicial ainda em categorias de base. Foi para o Holanda/AL na sequência e em 2016 desembarcou no Ceilândia. De lá passou por Taguatinga, Samambaia e Luziânia.

Na sua última passagem pelo futebol local, em 2019, vestiu o azul e branco do Luziânia e o rubro-negro do Ceilandense até se transferir ao Goiânia e posteriormente Juazeirense, Anapolina e Goianésia.

Seus dois últimos times foram do futebol nordestino. Moto Club e Imperatriz do Maranhão.

Capital contrata velho conhecido do futebol candango

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Wisman no Samambaia
Jogadores do Samambaia comemoram gol na virada em cima do Ceilandense. Foto: Jessika Lineker/Distrito do Esporte

O Capital continua reforçando a sua equipe de olho na temporada que vem. Na manhã desta quinta-feira (20/10), através de suas redes sociais, o Coruja anunciou seu 11º reforço para o Campeonato Candango 2023. A bola da vez é Wisman, velho conhecido de quem acompanha o futebol do Distrito Federal. O atleta tem boa rodagem no quadradinho e chega para somar ao elenco azul e branco.

Wisman tem 30 anos e atua pelo meio campo. Na atual temporada (2022), o atleta defendeu o Taguatinga no Candangão, inclusive marcando dois golaços pela Águia Branca. Após o certame local, ele foi jogar no Paraná, pelo Iguaçu. O atleta voltou ao Distrito Federal para a Segunda Divisão do Campeonato Candango, onde atuou pelo Samambaia. Pelo clube, O meia foi campeão da Segundinha e artilheiro da competição.

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Além de Taguatinga e Samambaia, Wisman passou pelos seguintes times na capital federal: Ceilândia, Paranoá, Capital, Gama, Sobradinho, Real Brasília, Brasília e Brazlândia. No entorno, o atleta atuou pelo Luziânia. Pelo Brasil, o jogador já defendeu as cores do Patrocinense e Inhumas. Será a segunda passagem do atleta pelo Coruja. Anteriormente, havia jogado no clube na temporada 2018.

O meia se junta a outros 10 contratados pelo Coruja. O primeiro foi Felipe, goleiro ex-Flamengo e Corinthians. O Distrito do Esporte trouxe em primeira mão a contratação do arqueiro. Felipe Alves (centroavante), Gabriel Damasceno (atacante), Roger Gaúcho (atacante), Claudinho (atacante), Emerson (zagueiro), Derli (volante), Marconi (volante), Kadu (zagueiro) e Manoel (centroavante) fecham os nomes que já foram anunciados pelo Capital.