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sexta-feira, 9 de maio de 2025
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Supercopa mental: psicanalista explora a relação entre treinador e elenco

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Fotos: Cesar Greco/Palmeiras e Marcelo Cortês/Flamengo

A decisão da Supercopa do Brasil entre Palmeiras e Flamengo, campeões do Brasileirão e da Copa do Brasil, respectivamente, da última temporada, acontece neste sábado (28/1) às 16:30 no estádio Mané Garrincha. O confronto coloca frente a frente os melhores clubes brasileiros dos últimos cinco anos. Porém, um fator pode ser primordial para decretar o vencedor do primeiro troféu de 2023: a relação entre treinador e elenco. A psicanalista esportiva Amanda Ciaramicoli detalhou os benefícios da conexão.

Multicampeão pelo Palmeiras e identificado com a torcida, Abel Ferreira chegou ao alviverde paulista em novembro de 2020. Desde então, o treinador conquistou Copa Libertadores (2020 e 2021), Copa do Brasil (2020), Campeonato Paulista (2022), Campeonato Brasileiro (2022) e Recopa Sul-Americana (2022). Do outro lado do campo, seu compatriota Vitor Pereira assumiu o Flamengo em janeiro deste ano após boa passagem pelo Corinthians e ainda tem a incógnita como parceira por parte dos rubro-negros.

O trabalho longínquo de Abel contrasta com o início de ciclo de Vitor. Desta forma, Amanda Ciaramicoli, treinadora mental de atletas com formação em psicanálise, elenca os pontos que os técnicos de Palmeiras e Flamengo podem utilizar para seus jogadores imporem as táticas usadas em seus treinamentos. O trato entre treinador-elenco, aliado à atividade mental, é fundamental para uma melhor compreensão no vestiário, e posteriormente, em campo para conseguir bons resultados.

Relação treinador-elenco

Amanda explicou que o mental tem uma enorme importância nas decisões dos jogadores. “Como sabemos, em jogos importantes a mente tem um papel fundamental nos atletas, pois, com a mente bem treinada, é possível diminuir a ansiedade e ter serenidade nas ações”. A relação entre treinador e seu elenco é citada como um trunfo. “Isso também é possível acontecer quando um treinador conhece seus atletas para além das máscaras (todos nós a carregamos) e isso é possível com o tempo”, disse.

A confiança de um atleta em seu treinador simplifica o entendimento da tática. “Já para os atletas, estarem com um treinador que já “conhecem” facilita, pois já sabem exatamente qual o tipo de trabalho e os tipos de cobranças”, falou. O entrosamento entre comando e comandados resulta em ações seguras dos jogadores. “Isso traz uma certa segurança emocional e em consequência não há dúvidas de que, além de mais tranquilidade, também traz mais motivação”, completou.

Amanda detalhou como o trabalho do treinador vai além do futebol. “A relação entre o treinador e os atletas é algo complexo, envolve muito mais do que apenas o contexto esportivo, mas também envolve o contexto social, emocional e pessoal”. A psicanalista destacou a influência do técnico. “Muitas pessoas acreditam que a única tarefa de um treinador é melhorar as habilidades físicas, técnicas e táticas de seus jogadores. Realmente, essa é uma de suas funções, mas, além disso, precisa liderar antes de mais nada o ser humano”, salientou.

Ciaramicoli ainda destrinchou como os jogadores enxergam seus treinadores e suas ações à frente do comando técnico do clube. “Os atletas, de uma forma geral, preferem treinadores com visão mais ampla sobre o time, não apenas em ganhar partidas, mas também preocupados com o bem-estar de seus atletas, dando feedback positivo e incluindo-os em decisões em relação à equipe”, atestou.

Elo Abel Ferreira e Palmeiras x Vitor Pereira e Flamengo

Os ruídos entre Abel Ferreira e diretoria palmeirense é um fator preocupante. “Todo momento de crise gera certa insegurança e com os atletas isso não é diferente. Quando se trata de atletas, toda a insegurança pode afetar a performance”. A psicanalista esmiuçou as interferências. “Pode ser que o relacionamento com a diretoria estremecido influencie no comprometimento dos atletas com o clube, seja no afetivo (questão emocional que o atleta tem com o clube) ou no de continuidade (querer permanecer no clube)”, elucidou.

No lado rubro-negro, o início de trabalho de Vitor Pereira requer amparo. “É importante criar um ambiente seguro, já que qualquer tipo de ameaça gera defesa ao invés de motivação. Não ignorar a existência dos problemas e ter clareza é importante”, frisou. A psicanalista enfatizou que o técnico necessita de conhecer seus jogadores. “O treinador precisa ter técnicas e ferramentas à disposição para identificar o perfil comportamental de cada atleta e assim trabalhar com esses pontos para integrar e se aproximar de cada um, além de usar os influenciadores da equipe para lhe auxiliar com alguns pontos”, finalizou.

Disputa pela artilharia do Candangão 2023 promete ser acirrada

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Brasília Ricardo Oliveira
Foto: Divulgação/Nyx Marketing

Ser campeão é o objetivo principal dos 10 clubes integrantes da elite do futebol local, contudo, o título de goleador do Candangão 2023 é uma meta pessoal dos atacantes da competição. Na temporada passada, Marcão balançou as redes em oito oportunidades e sagrou-se artilheiro e campeão pelo Brasiliense. No certame atual, nomes de peso dividirão os holofotes com atletas menos renomados – disputando a artilharia do Candangão -, mas adaptados e conhecidos aos olhos do torcedor candango.

A principal expectativa gira em torno de Ricardo Oliveira. O centroavante coleciona passagens por grandes clubes do cenário nacional (Atlético Mineiro, São Paulo e Santos), Milan e até mesmo Seleção Brasileira. Pelo Brasília, “pastor Oliveira”, como é chamado carinhosamente na internet, pretende atingir a marca de 400 gols na carreira (faltam 12), a artilharia do Candangão e, se possível, coroar a temporada com o título para o colorado, isso tudo no auge de seus 42 anos.

Ricardo Oliveira - Brasília FC
Foto: Divulgação/Nyx Marketing

Conhecido pelos renomados investimentos, o Brasiliense é outro que conta com nomes tarimbados. Apesar de ter chegado no meio da temporada passada, Hernane Brocador, artilheiro do Flamengo em 2013, faz sua estreia no torneio local e haja visto o desempenho na Série D, chega forte na disputa. Luan Carlos terá a disposição outro goleador. Um dos maiores artilheiros recentes da história do Náutico, Kieza (Ex-São Paulo e Fluminense) chegou para essa temporada e é mais um com fama de matador.

Deixando seus gols por onde passou, Wisman integrará o elenco do Capital. Com passagens recentes por Ceilândia, Taguatinga e Samambaia, o artilheiro dos gols bonitos do Distrito Federal pode surpreender. O atleta teve dois gols concorrendo ao Prêmio Dimba 2022, do Distrito do Esporte. Outro que pode despontar marcando vários tentos é Manoel. Na capital, o atleta já passou pelo Brasiliense. O atacante marcou o gol da vitória no último amistoso do Coruja.

Manoel nova contratação do Capital
Foto: Luis Junior/Altos

Confira o Guia do Candangão

Outras equipes investiram em velhos conhecidos. O Ceilândia confia em Paulo Renê, atacante de 34 anos. O dianteiro é bastante reconhecido no futebol local, passando por diversos clubes do quadradinho. Paulo jogou o último Campeonato Candango defendendo a camisa do Unaí, onde balançou as redes em três oportunidades. O centroavante é a esperança de gols do Gato Preto, que também conta com ótimas peças de reposição.

Já o Gama apostou no retorno de Michel Platini e Vítor Xavier. Platini estava no Paranoá, mas rescindiu com o clube e voltou ao Gama, onde foi campeão do Campeonato Candango. Outro que brigará pela artilharia do Candangão é Vítor Xavier, jogador querido pela torcida do Periquito. O atacante foi uma das peças mais importantes do clube Alviverde em 2019 e 2020. Nas mãos de Vilson Tadei, os atacantes esperam repetir o feito de Nunes.

Foto: Lucas Bolzan/Distrito do Esporte

Menos badalados, mas correndo por fora, aparecem Watthimen do Santa Maria, Romarinho do Samambaia (vice artilheiro do último campeonato), Milla e Felipe Clemente, destaques em seus últimos clubes (Gama e Capital, respectivamente) e Daniel Guerreiro, aposta recorrente e certeira do Paranoá, haja visto que o atacante tem uma média boa de gols com a camisa da Cobra Sucuri. As redes candangas começam a ser estufadas neste final de semana, confiram os jogos que abrem a primeira rodada e os artilheiro do Candangão em campeonatos anteriores:

1ª Rodada do Candangão

Sábado (28/1)

Santa Maria x Paranoá
10h30

Domingo (29/1)

Capital x Samambaia
10h

Brasília x Real Brasília
15h

Gama x Taguatinga
15h

Ceilândia x Brasiliense
15h45

Artilheiros Candangão dos últimos campeonatos (2016-2022)

2016- Aldo (Luziânia) e Grampola (Gama) – 6 gols
2017- Romarinho (Ceilândia) – 13 gols
2018- Michel Platini (Sobradinho) – 11 gols
2019- Jessuí (Formosa) – 8 gols
2020- Nunes (Gama) – 13 gols
2021- Zé Love (Brasiliense) – 11 gols
2022- Marcão (Brasiliense) – 8 gols

**Colaborou Lucas Espíndola

PMDF diz que Abadião não tem laudo, Ceilândia fala que terá público

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Ingressos Ceilândia Santos
Torcida do Ceilândia presente no Abadião - Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

Como é de praxe, às vésperas do início de mais uma edição do Candangão o velho imbróglio estádios x PMDF retorna aos holofotes. Dessa vez, o estádio Maria de Lourdes Abadia, o Abadião, é o cerne da questão. De um lado, o Ceilândia afirma que cumpriu todas as exigências da polícia, do outro a PMDF afirma que o estádio está com laudo vencido e em obras. 

A reportagem teve acesso a um ofício enviado na noite de ontem (26/01) pelo Comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar do DF sobre o Abadião. No documento, o comandante diz que “não foi realizada a vistoria de segurança no estádio Abadião tendo em vista que a reforma que está sendo feita no local ainda não foi finalizada” e reforça que o laudo do estádio está vencido desde 21/01/2023.

O ofício afirma, ainda, que o estádio Abadião está impossibilitado de receber jogos com a “presença de público (portões abertos)” e não haveria data para o término das obras, mesmo com jogo marcado para o próximo domingo entre Ceilândia x Brasiliense.

Por fim, o comandante diz que esses fatores impossibilitam o planejamento de policiamento para a partida, posto que as condições de segurança para a presença de torcedores não teriam sido minimamente atendidas.

Ceilândia: “vai ter público dos dois times”

De outro lado, o Ceilândia afirma que todas as exigências da polícia foram cumpridas, à risca, e que o órgão sequer compareceu ao estádio Abadião na data de ontem (26/01), como havia marcado, nem na semana anterior (19/01) para verificar as condições da praça esportiva.

Em contato com o Distrito do Esporte, o presidente do time, Ari de Almeida, disse que os pedidos foram finalizados e as obras necessárias já concluídas, restando apenas reparos pontuais nos vestiários que não influenciam plano de segurança da partida.

“A PMDF pediu uma sala para prenderem torcedores, foi disponibilizada. Pediram para numerarmos as arquibancadas, estão numeradas. Falaram para prendermos e fixarmos vasos e descargas nos banheiros, foi feito. Disseram para colocarmos um alambrado entre a torcida visitante e os vestiários, botamos. Solicitaram que tirássemos todas as pedras e paus do entorno do estádio, tiramos. Reclamaram que não existiriam banheiros no setor de visitantes, contratamos contêineres, com banheiros fixos dentro dos contêineres que são chumbados, e resolvemos o problema.Tudo que foi pedido pela PMDF foi feito“, disse à reportagem.

Segundo Ari, a PMDF não foi sequer verificar se o que requisitou para o clube, foi realizado. Nas últimas duas visitas agendadas a autoridade policial não compareceu. A reportagem confirmou com outras duas fontes que lá estavam que, no período da manhã, a PMDF não apareceu no Abadião.

O Presidente do Ceilândia garante que o jogo de domingo terá a presença não apenas do torcedor do Ceilândia, mas também do Brasiliense. Do lado direito da tribuna de honra/ponto de imprensa ficarão os torcedores do Ceilândia, enquanto do lado esquerdo da tribuna de honra estarão os torcedores do Brasiliense. A divisão será meio a meio e a carga de ingresso disponível, ao todo, é de 1200.

Ingressos no dia do jogo

Os ingressos serão vendidos no dia do jogo pelo valor de R$ 10 (meia-entrada), além das gratuidades para os torcedores que comparecerem vestidos com a camisa do Ceilândia.

A partida terá transmissão da TV Câmara Distrital em TV Aberta e Fechada e pelo seu Youtube, a partir das 15h, e da Eleven Sports pela internet, minutos antes da bola rolar, às 15h45.

Bora para o estádio? Veja os valores das entradas da 1ª rodada do Candangão

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Candangão 2023 partidas - Campeonato Candango
Editoria de Arte/Distrito do Esporte

Finalmente o Campeonato Candango da atual temporada vai começar. Depois de muito tempo de espera, os clubes do primeiro escalão da capital federal entrarão em campo no próximo final de semana. Ao todo, cinco jogos movimentam a rodada inaugural do Candangão, com um duelo no sábado (28/1) e outros quatro no domingo (29/1).

O Campeonato Candango deste ano será a 65ª edição na história. O maior campeão do Distrito Federal é o Gama, com 13 títulos conquistados. No ano passado, o Brasiliense derrotou o Ceilândia na finalíssima e levantou o caneco pela 11ª vez. Neste ano, o certame promete ser um dos mais disputados de todos os tempos. O campeão levará o prêmio de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Confira os valores dos ingressos das partidas da primeira rodada e os locais de venda.

Santa Maria x Paranoá

A partida entre a Águia Grená e o clube azul e amarelo dará o pontapé inicial no Candangão 2023. Casa do Santa Maria na atual temporada, o confronto entre as equipes será fora do Distrito Federal, mais precisamente no Serra do Lago, em Luziânia. Os ingressos para este duelo serão vendidos na bilheteria do estádio no dia da partida. As entradas custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada). Santa Maria e Paranoá jogam no sábado (28/1), às 10h30.

Capital x Samambaia

No repaginado Estádio JK, no Paranoá, o Coruja recebe o Cachorro Salsicha na primeira rodada do Candangão. Marcado para domingo (29/1), às 10h, as duas equipes vão lutar pelos três primeiros pontos no certame. O clube mandante vendeu uma carga de ingressos nos dois últimos amistosos, diante da Patrocinense-MG e Ceilândia. O restante das entradas serão comercializadas na bilheteria a partir de 8h do domingo, no valor de R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada).

Brasília x Real Brasília

Em mais um jogo do dia 29, só que às 15h, o Colorado recebe o Leão do Planalto na primeira partida entre as duas equipes profissionais na história. Anteriormente, os clubes só haviam se enfrentado nas categorias de base. O jogo contará com torcida única, com apenas os adeptos mandantes podendo comparecer. As entradas estão sendo vendidas pelo aplicativo do Brasília e serão comercializados na bilheteria do Serejão no dia do jogo. Os valores são de R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia-entrada).

Gama x Taguatinga

No Defelê, na Vila Planalto, o Alviverde recebe a Águia Branca às 15h de domingo (29/1). As entradas já estão sendo vendidas antecipadamente na loja Gamão da Construção. Além do estabelecimento, os ingressos também podem ser adquiridos na bilheteria do estádio no dia da partida. Os valores são de R$ 20,00 (meia-entrada) e R$ 40,00 (inteira). Sócios podem retirar o ingresso portando um documento com foto no dia 29.

Ceilândia x Brasiliense

Reeditando a grande final do Candangão de 2022, Ceilândia e Brasiliense duelam na primeira rodada. O confronto irá contar com torcida única. Com isso, apenas torcedores do Gato Preto podem comparecer no estádio. A diretoria do Alvinegro liberou a entrada gratuita de adeptos que estejam vestindo a camisa do Ceilândia. Quem não for trajado com o uniforme do clube preto e branco, poderá adquirir o ingresso por R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada).

Confrontos da 1ª rodada do Candangão

Sábado (28/1)

Santa Maria x Paranoá
Serra do Lago – 10h30

Domingo (29/1)

Capital x Samambaia
JK – 10h

Brasília x Real Brasília
Serejão – 15h

Gama x Taguatinga
Defelê – 15h

Ceilândia x Brasiliense
Abadião – 15h45

Estádio JK passa por vistoria e é aprovado para o Candangão 2023

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Estádio JK
Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Em meio a tantos problemas relacionados a estádios no Distrito Federal, um deles vem se saindo muito bem com as obrigações de qualidade e conforto de jogadores e torcedores. Localizado no Paranoá e gerido pelo Capital, o JK passou por fiscalização dos órgãos de segurança e foi considerado apto para receber as partidas do Campeonato Candango de 2023.

A vistoria foi realizada pela Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil (Sudec), vinculada à Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP/DF). Na visita ao Estádio JK, a pasta analisou as condições das áreas a serem utilizadas por público, jogadores e colaboradores durante os jogos, com ênfase na integridade dos elementos estruturais da edificação, bem como vigas, pilares, cobertura e afins.

A subsecretaria não encontro pendência e não realizou nenhuma recomendação de melhorias à diretoria do Capital. Conforme explica a Sudec da SSP, o Estádio JK conta com engenheira coordenando equipe de manutenção, responsável por realizar ações corretivas, preventivas e preditivas periodicamente para manter o bom funcionamento do palco esportivo do Paranoá.

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Outros estádios com partidas marcadas durante o Candangão de 2023, Mané Garrincha, Rorizão, Defelê, Abadião e Serejão também reúnem condições de segurança estrutural para a realização dos jogos. Nos dois últimos, porém, existem algumas pendências e a indicação de torcida única, principalmente em jogos de maior demanda de público, como os clássicos.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Estádio JK está sob os cuidados do Capital desde 2021, quando o clube arrendou a arena atrás do projeto Adote uma Praça, ação da Secretaria de Projetos Especiais (Sepe) com o intuito de recuperar os espaços públicos do Distrito Federal. O Coruja cuidou de todo o projeto de reforma para fazer o local como casa nas próximas temporadas do futebol local.

Além da renovação do gramado, o complexo do Estádio JK ganhou dois campos anexos de treinamento (onde as equipes de base do Capital realizam algumas atividades). Os vestiários da arena ganharam ampliação, as arquibancadas foram consertadas e pintadas. Também houve reformas elétricas e hidráulicas. O encerramento dos trabalhos está previsto para este ano.

“É uma satisfação grande poder somar forças com o poder público e devolver a praça esportiva à cidade”, comemora o presidente do Capital, Godofredo Gonçalves. “Ali era um estádio parado há 11 anos e, hoje, além do time, ele atende a quase mil crianças de 7 a 19 anos com aulas de futebol. Isso é um benefício grande para a comunidade”, pontuou. O Capital estreia no local no domingo (29/1) às 10h, contra o Samambaia.

Confronto entre Brasília e Real Brasília terá torcida única

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Estádio Serejão - Brasiliense - Copa Verde
Foto: Lucas Bolzan/Distrito do Esporte

O Campeonato Candango 2023 está se aproximando. Os clubes seguem se preparando para a maior competição do futebol local, onde 10 times brigarão pelo título e, de quebra, encher a conta da equipe com uma premiação de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). A primeira rodada acontece no próximo final de semana, com uma partida abrindo o torneio no sábado (28/1) e outros quatro duelos no domingo (29/1). Com a mudança de local, o duelo entre Brasília e Real Brasília contará com torcida única.

Anteriormente marcado para o Estádio Nacional Mané Garrincha, o confronto entre Brasília e Real acabou sendo transferido da maior arena do Distrito Federal para o Elmo Serejo Farias, o Serejão, em Taguatinga. O motivo da transferência é facilitar a logística envolvendo a organização da estrutura necessária para a realização da Supercopa do Brasil, entre Palmeiras e Flamengo, no Mané Garrincha, no sábado (28/1), às 16h30.

● Fique por dentro
América-MG x Cruzeiro: ingressoz de clássico em Brasília estão à venda
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Com a partida transferida para o Estádio Serejão, apenas torcedores da equipe mandante – no caso o Brasília-, poderão comparecer à cancha para acompanhar o confronto. Isso se deve por conta de algumas restrições nos laudos da praça esportiva de Taguatinga. Com algumas adequações à serem realizadas, as duas torcidas não poderão comparecer ao jogo. A informação foi confirmada pelo Presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos.

Em contato com a reportagem do Distrito do Esporte, o Brasília informou que os ingressos para a partida serão vendidos pelo aplicativo do clube (brasiliafc), que pode ser baixado nas lojas de app’s dos smartphones e tablets, e também serão comercializados na bilheteria do Serejão no dia do jogo. Octacampeão candango, o Colorado quer surpreender e sair da fila de títulos do certame local e, de quebra, conquistar as vagas para as competições nacionais da temporada que vem.

Campeonato Candango – 1ª rodada

Sábado (28/1)

10h30 Santa Maria x Paranoá – Serra do Lago

Domingo (29/1)

10h Capital x Samambaia – JK
15h Gama x Taguatinga – Defelê
15h Brasília x Real Brasília – Serejão
15h45 Ceilândia x Brasiliense – Abadião

América-MG x Cruzeiro: ingressos de clássico em Brasília estão à venda

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Libertadores
Jogo entre Chapecoense x Cruzeiro pela Série B do Campeonato Brasileiro. - Foto: Divulgação/Cruzeiro

O clássico mineiro em Brasília entre América-MG e Cruzeiro está com ingressos à venda. Com valores variando entre R$ 69 (meia-entrada mais barata) e R$ 398 (inteira mais cara), as entradas para o jogo de 4 de fevereiro, às 16h30, no Estádio Nacional Mané Garrincha, começaram a ser comercializadas para os torcedores dos dois clubes a partir desta terça-feira (24/1).

Nesta segunda-feira (30/1), o Metrópoles Sports, organizador da partida na capital federal, resolveu atender aos pedidos de torcedores e abaixar os preços dos ingressos. Quem comprou as entradas nos valores antigos terá ressarcimento do valor pago a mais por Pix. Os detalhes serão divulgados no fim da tarde de terça-feira (31/1).

Os adeptos de América-MG e Cruzeiro podem comprar os ingressos pela internet, onde há cobrança de taxa de conveniência, e nos pontos físicos espalhados pelo Distrito Federal. Para o jogo válido pela terceira rodada do Campeonato Mineiro de 2023, apenas as arquibancadas inferiores e setor hospitality do Estádio Nacional Mané Garrincha foram liberados pelos organizados.

Os setores mais baratos da principal arena da capital federal serão o Norte e o Sul (atrás dos gols), com entradas a R$ 69. No Leste e Oeste (área central do gramado), os organizadores cobram a partir de R$ 89. Na hospitality, os espaços Leste e Oeste custam R$ 199, enquanto o Norte e Sul serão vendidos por R$ 149. Todos os valores são de meia-entrada (veja mais no fim do texto).

Assim como nos outros grandes jogos realizados no Distrito Federal entre o final de janeiro e o início de fevereiro, haverá o benefício de meia-entrada social, liberado para quem doar 1kg de alimento não-perecível no dia do jogo. Nas primeiras 48 horas, a venda foi exclusiva para clientes do Banco de Brasília (BRB). Depois disso, iniciou-se a comercialização para o público-geral interessado na partida.

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Na pré-venda, há uma quantidade limitada e disponibilizada conforme o modelo do cartão BRB do cliente. Além da Bilheteria Digital, os torcedores de América-MG e Cruzeiro podem comprar os ingressos nos pontos físicos espalhados pelo Distrito Federal. Ao todo, 11 espaços na capital estarão vendendo os ingressos do clássico mineiro, com pagamento em dinheiro e cartão.

Além da bilheteria do Estádio Nacional Mané Garrincha, palco do jogo válido pelo Campeonato Mineiro, também há opções de pontos físicos de venda na 102 Norte, na 308 Sul, no centro de Taguatinga, em Águas Claras, no Terraço Shopping, no Taguatinga Shopping, no JK Shopping, na 209 Sul, na 101 do Sudoeste e na Feira do Guará (veja a lista completa no fim da matéria).

Preços
Ingressos (meia-entrada)
Cadeira Inferior Norte/Sul: R$ 69
Cadeira Inferior Leste/Oeste: R$ 89
Hospitality Leste/Oeste: R$ 199
Hospitality Norte/Sul: R$ 149

Ingressos (inteira)
Cadeira Inferior Norte/Sul: R$ 138
Cadeira Inferior Leste/Oeste: R$ 178
Hospitality Norte/Sul: R$ 298
Hospitality Leste/Oeste: R$ 398

Vendas on-line
– Bilheteria Digital

Pontos físicos de venda
– Bilheteria do Estádio Nacional Mané Garrincha;
– Avenida Shopping (102 Norte);
– Grandes Torcidas (308 Sul);
– Globo Esporte (Taguatinga Centro);
– Rio Butiquim (Águas Claras);
– Free Corner (Terraço Shopping);
– Barbearia Elvis (Taguatinga Shopping);
– Barbearia Elvis (JK Shopping);
– Koni (209 Sul);
– Koni (101 do Sudoeste);
– Tabacaria Zahle (Feira do Guará).

Brasília e Real Brasília sai do Mané Garrincha e passa para o Serejão

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Estádio Serejão - Brasiliense - Copa Verde
Foto: Lucas Bolzan/Distrito do Esporte

Por Rayssa Loreen e Danilo Queiroz

A partida entre Brasília e Real Brasília, válida pela primeira rodada do Campeonato Candango de 2023, teve uma mudança de palco. Antes marcada para o Estádio Nacional Mané Garrincha, o confronto entre o Colorado e o Leão do Planalto foi remanejado para o Serejão, em Taguatinga. O confronto de estreia das equipes no torneio local está marcado para domingo (29/1), às 15h30.

A transferência para o Serejão foi confirmada pela equipe do Distrito do Esporte com o Brasília e a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF). A motivação, segundo as partes, é facilitar a logística envolvendo a organização da estrutura necessária para a realização da Supercopa do Brasil, entre Palmeiras e Flamengo, no Mané Garrincha, no sábado (28/1), às 16h30.

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Com bom relacionamento mantido com a Arena BSB, empresa responsável pela gestão do Estádio Nacional Mané Garrincha, o Brasília tratou a mudança do confronto diante do Real Brasília para o Serejão como melhor opção para as partes envolvidas. Tudo foi feito em comum acordo. Com isso, os outros compromissos do Colorado no Candangão 2023 segue agendados para o maior palco do futebol candango.

Outros quatro jogos estão com os detalhes definidos. No sábado (28/1), às 10h30, o Santa Maria abre o Candangão 2023 diante do Paranoá, no Serra do Lago. No domingo (29/1), serão outras três partidas. Além de Brasília e Real Brasília, Capital e Samambaia se enfrentam no JK, às 10h. Às 15h, será a vez de Gama e Taguatinga, no Defelê. Às 15h45, Ceilândia e Brasiliense medem forças, no Abadião.

Campeonato Candango – 1ª rodada
Sábado (28/1)
10h30 Santa Maria x Paranoá – Serra do Lago

Domingo (29/1)
10h Capital x Samambaia – JK
15h Gama x Taguatinga – Defelê
15h30 Brasília x Real Brasília – Serejão
15h45 Ceilândia x Brasiliense – Abadião

Visão de Jogo 17: Equações difíceis, mas importantes: calendário e preços

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Coluna Visão de Jogo
Por Luiz Henrique Borges

Os campeonatos estaduais começaram. Demonstrando a sua desvalorização e a necessidade de se pensar em uma nova fórmula, muitas equipes iniciaram as disputas com equipes reservas, preferindo ampliar o tempo de preparação dos titulares para as principais disputas que ocorrerão ao longo do ano. Em decorrência da paixão dos torcedores, tal estratégia pode ser uma perigosa armadilha. Uma campanha ruim no estadual, mesmo justificada, significa a insatisfação proveniente das arquibancadas e uma pressão adicional sobre o treinador, à sua comissão técnica e aos próprios atletas nos demais campeonatos.

Com os calendários cada vez mais espremidos e repletos de competições, o tempo de preparação é cada vez menor. O excesso de jogos e de compromissos, incluindo aí as seleções, são alvos de críticas dos principais treinadores mundiais uma vez que eles implicam na redução do descanso dos jogadores e, consequentemente, em contusões mais frequentes. Talvez, nos principais clubes europeus que contam com orçamentos milionários, o afastamento de alguns titulares não se traduz, necessariamente, em queda na qualidade do jogo e na competitividade do time, afinal eles podem comprar os melhores jogadores do mundo e os “reservas” possuem nível técnico semelhante aos titulares. No entanto, na maior parte do mundo, inclusive no Brasil, a realidade é outra.

Apesar das reclamações dos treinadores, os dirigentes do futebol, incluindo a FIFA, fazem um discurso de racionalidade, mas tomam decisões, normalmente a partir das narrativas do crescimento sustentável do futebol pelo mundo, que tendem, na verdade, a aumentar os torneios. Se o “crescimento sustentável” realmente beneficiasse os clubes menores e a grande maioria dos jogadores que recebem salários baixos e possuem temporadas curtas, eu não faria críticas. Mas sabemos que a realidade não é essa.

No Brasil, por exemplo, não fossem os estaduais, aproximadamente 80% dos clubes nacionais não existiriam por falta de competições. Segundo a Gazeta Esportiva, 650 equipes do Brasil disputaram alguma divisão de campeonato estadual ou nacional em 2019. Deste número, apenas 124 atuam nas séries A, B, C ou D, ou seja, menos de 20% dos clubes possuem calendário anual, os demais permanecem a maior parte do ano sem atividades, consequentemente desempregando muitos profissionais que atuam no futebol.

Os estaduais são o sangue para um sem-número de clubes profissionais. A sua extinção, visando prolongar os campeonatos nacionais e racionalizar os calendários, como alguns defendem, significará a extinção de muitos times e também o fim dos sonhos de diversos jovens que sonham em encontrar o sucesso, um dia, no competitivo, exigente e difícil mercado do futebol.

O calendário precisa ser revisto, mas todos os clubes, grandes, médios e pequenos, precisam ser preservados. Defendo estaduais mais longos e disputados, inicialmente, por clubes que não atuam nas séries A e B. Os principais clubes do país, envolvidos em diversas disputas e com calendários completos para o ano, só participariam nas fases finais da competição, preferencialmente nas etapas eliminatórias.

Também é fundamental que todos os campeonatos que tenham jogadores convocados para a Seleção Brasileira tenham seus jogos suspensos nas datas FIFA. Muito provavelmente, apenas a Série A será atingida, afinal os nossos principais jogadores atuam na Europa e os poucos que atuam no Brasil jogam na principal divisão do nosso futebol.

Finalmente, mas não menos importante, o futebol precisa continuar acessível aos brasileiros e não apenas aos grupos privilegiados que durante muito tempo estigmatizaram e trataram o principal esporte nacional de forma preconceituosa. Continuamos sendo um país pobre e desigual. Como temos uma grande população, em números absolutos há um público considerável com renda mais elevada, no entanto, percentualmente, muitos foram excluídos da prática que já foi mais corriqueira, a de assistir os seus clubes do coração nos estádios. A atividade antes democrática e inclusiva se encontra cada vez mais elitizada e excludente.

É comum ouvirmos comentários de que o processo hoje vivenciado no Brasil é semelhante ao europeu e eu concordo com a afirmação. A questão que me incomoda é que as realidades socioeconômicas entre nós e os europeus são totalmente díspares. Por exemplo, meu amigo Guilherme, fanático flamenguista, me chamou para assistirmos a final da Supercopa do Brasil, que será disputada no Estádio Mané Garrincha em Brasília. Quando ele me falou a tabela de preços, a meia-entrada em áreas não tão nobres do estádio custando R$ 200,00, já achei os preços muito salgados, inviabilizando que os torcedores menos abonados possam assistir o jogo.

Mesmo sabendo que é uma final, um jogo especial, entre duas das melhores equipes do país, o que justificaria alguma majoração nos preços, os valores cobrados dificultam e até impossibilitam que o trabalhador comum possa ir ao estádio.

Os clubes, as empresas que promovem os eventos e a CBF ou suas congêneres estaduais precisam ter lucro. Contudo, entendo que é preciso encontrar um difícil equilíbrio entre os ganhos, justos sem dúvida alguma, e a presença dos torcedores, especialmente os mais humildes e que foram fundamentais para a construção da grandeza dos clubes mais amados do país. Me parece que os “times do povo” passaram a rejeitar o povo, ou seja, os clubes se afastam conscientemente de suas bases populares.

A taxa de ocupação dos estádios do país ao longo de 2022 foi de apenas 29,6%. Levando em conta apenas o Brasileirão, ela não chega a 50%. Existindo ociosidade, ou seja, lugares vagos nas arquibancadas, sob qualquer ótica, inclusive a econômica, não se justifica excluir os mais humildes da festa do futebol uma vez que o custo com um torcedor adicional é mínimo em relação aos custos fixos para a realização da partida. Além disso, clubes que se intitulam de populares, deveriam buscar alternativas capazes de acolher aqueles que estão sendo excluídos pelo processo de elitização.

Muito mais importante que se vangloriar do tamanho das suas torcidas, os dirigentes de cada um dos clubes precisam se preocupar e fazer com que todos os segmentos de torcedores se sintam representados e valorizados. Caso contrário, será cada vez maior o número de pessoas que irão torcer para equipes estrangeiras, afinal o distanciamento entre ver, em um estádio, um Real X Barcelona será equivalente ao Palmeiras X Flamengo ou, e os dados já indicam isto, uma vez que 22% dos brasileiros não torcem para ninguém, jamais viverão a experiência de ter um time do coração.