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domingo, 27 de abril de 2025
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Ceilândia empata com o Samambaia e terá o Capital na semifinal

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Ceilândia
Foto: @parizfotos

Com a cabeça dividida entre a última rodada da primeira fase do Campeonato Candango e a partida de quarta-feira (12/3) pela Copa do Brasil, o Ceilândia tropeçou no Samambaia e perdeu a chance de ter vantagem nas semifinais do torneio local. Neste sábado (8/3), o Gato Preto mediu forças com o Samambaia, no Estádio Abadião, empatou por 1 a 1, terminou em terceiro e terá o Capital pela frente.

Em termos gerais, o empate pode ser lamentado pelo alvinegro. Como o Capital não saiu do 0 x 0 com o Gama, no Estádio Bezerrão, o Ceilândia tinha a oportunidade de chegar aos 21 pontos e terminar em segundo. Assim, chegaria às semifinais com a vantagem de jogar por igualdade na soma dos resultados dos dois jogos. Como não teve sucesso, o Gato Preto enfrentará a Coruja com o rival tendo o benefício do regulamento.

Samambaia na frente

Com a bola no pé, o Ceilândia procurava abrir espaços na defesa do Samambaia, mas tinha dificuldades para isso. Sem pretensões na classificação, o Cachorro Salsicha apostava na velocidade e chegou a dar certo trabalho. Daniel e Vitor Xavier deram certo trabalho para o goleiro Edmar Sucuri, mas nada capaz de gerar uma ação propícia a terminar com a bola na rede.

Mas, na insistência, o gol do Samambaia veio. Em jogada rápida, Vitor Xavier apenas ajeitou para Lila marcar e complicar a vida do Ceilândia. O Gato Preto ainda teve uma oportunidade desperdiçada por Nando e desceu aos vestiários ciente da necessidade de melhorar o desempenho na construção das jogadas para tentar dar mais trabalho ao Cachorro Salsicha.

Adelson age

Mais uma vez, o banco de reservas do Ceilândia surtiu efeito na evolução do time. Com três mudanças, o Gato Preto voltou melhor ofensivamente, mas ainda pecava nas finalizações. O Samambaia escapou com Daniel, mas o chute fraco não deu grande trabalho para Edmar Sucuri. Sem marcar com bola rolando, o alvinegro usou um recurso atípico para marcar.

Danilo cobrou lateral na grande área, a zaga do Samambaia não cortou e Pedro Bambu cabeceou para deixar tudo igual no Abadião. Sem imprimir um ritmo muito forte, o Ceilândia manteve a bola na tentativa do segundo gol. No entanto, faltava força para criar oportunidades importantes. Com o Cachorro Salsicha em marcha lenta, a situação da partida não mudou: 1 a 1.

CEILÂNDIA 1
Edmar Sucuri; Paulinho, Wallace, Júlio César e Danillo Ribeiro; Lagoa (Pedro Bambu ⚽), Menezes 🟨 e Rafael Sayão (Nolasco); Kennedy 🟨 (Mila), Wisman (Guilherme Macedo 🟨) e Nando (Clemente 🟨)
Técnico: Adelson de Almeida

SAMAMBAIA 1
Murilo; Daniel Mendonça 🟨 (Dharllyson), Dudu, Pedrão e Hugo; Filipe Werley (Bahia), Coquinho 🟨, Dan Dan 🟨 (Júlio Lima 🟨) e Lila ⚽; Ian Carlos (Wellington) e Vitor Xavier (Gabriel Pedra)
Técnico: Gabriel Teixeira

Real Brasília vence Legião e permanece na elite; Ceilandense é rebaixado

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Real Brasília x Legião - Candangão BRB 2025
Foto: Júlio César Silva/Real Brasília

A nona e última rodada da primeira fase do Candangão BRB 2025 foi bastante emocionante, principalmente na parte debaixo da tabela. Real Brasília e Ceilandense chegaram até essa rodada brigando para fugir do rebaixamento para a Segunda Divisão do Campeonato Candango, porém, um dos times iria cair para o certame de acesso. Com muita emoção nos minutos finais de cada confronto, o Real Brasília virou sobre o Legião, se livrou do descenso e deixou o Ceilandense no segundo escalão local.

A bola rolou às 16h no Estádio Defelê para Real Brasília e Legião. O time visitante, já rebaixado no Candangão BRB 2025, fez um jogo muito duro e criou diversas chances claras de gol durante todo o primeiro tempo. Precisando do resultado, o Leão do Planalto também chegava com perigo, mas via o adversário mais perto de abrir o placar. Perto do fim da etapa inicial, Paulo cruzou na cabeça de Luccas, que só teve o trabalho de testar para o gol de Matheus Linhares e marcar para o Legião: 1 a 0.

Precisando da vitória, o Real Brasília voltou muito mais forte no intervalo. O técnico Kaká realizou duas mudanças drásticas que mudaram totalmente o ritmo da partida. Juanzinho e PV entraram no intervalo no lugar de Juan e Michael, dando mais energia ao ataque realense e levando muito mais perigo ao gol do Legião logo nos instantes iniciais do segundo tempo. O Leão do Planalto mostrou que ia em busca da virada logo no início, quando PV deixou tudo igual logo no início da segunda etapa.

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Real Brasília x Legião - Candangão BRB 2025
Foto: Júlio César Silva/Real Brasília

O confronto continuou bastante aberto, com o Real Brasília chegando com perigo, mas deixando a defesa totalmente aberta para o Legião contra atacar. Com isso, as duas equipes poderiam marcar o gol a qualquer momento, mas tudo foi deixado para o final. Enquanto isso, no Estádio Rorizão, em Samambaia, o Sobradinho estava vencendo o Ceilandense por 2 a 1, resultado que ajudava o Leão do Planalto. Porém, o time realense teria que ir em busca de mais dois gols caso o Sobradinho não marcasse mais um.

Mas o que aconteceu foi perfeito para o Real Brasília. O Sobradinho marcou o terceiro gol no Estádio Rorizão, fazendo com que o Leão do Planalto se salvasse marcando somente mais um tento diante do Legião. E foi o que aconteceu. Nos minutos finais, PV tocou na saída de Batista, e a redonda morreu lentamente no fundo da baliza adversária: 2 a 1. Após o apito final de Pedro Copatt, muita comemoração no gramado do Estádio Defelê.

Com os resultados, o Real Brasília se salvou do rebaixamento por conta do saldo de gol: -9 contra -10 do Ceilandense. A equipe somou cinco pontos ao todo durante todo o Candangão BRB 2025, com uma vitória, dois empates e seis derrotas. Já o Ceilandense fez uma campanha idêntica, porém, se deu pior por conta dos gols tomados. Agora, o Ceilandense se junta ao Legião e disputará a Segunda Divisão do Campeonato Candango em 2026.

Clássico e repetição da final de 2025: Candangão já tem suas semifinais

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Taça Candangão
Foto: Jéssika Lineker/Distrito do Esporte

Aos amantes do futebol candango, a primeira, recheada, fase da competição de 2025 chegou ao seu término. Na deste sábado pós-carnaval, (08/03), os 5 confrontos derradeiros definiram quem foi às semifinais do torneio, bem como o outro rebaixado – Legião já tinha botado seu nome no descenso após uma campanha sofrível ao longo do torneio.

As previsões pré-rodada se confirmaram. Brasiliense, Capital, Ceilândia e Gama estão mais próximos do sol – ao menos até as semifinais, que começarão no final de semana que virá (15/03 e 16/03).

A surpresa talvez tenha ficado na parte debaixo. Ceilandense, que parecia salvo após a vitória contra o Samambaia na 8ª rodada, sucumbiu num vexame de 3-1 para o Sobradinho – em honrosa 6ª posição – e foi superado pelo Real Brasília que, de virada, sapecou 2-1 no Legião e por 1 mísero gol de saldo, manteve-se na elite.

Gama e Capital fizeram um jogo de comadre, ficando no 0-0, enquanto Ceilândia e Samambaia anotaram, cada, 1 gol na partida. Por fim, o Jacaré mostrou que não se importa em, indiretamente, beneficiar o arquirrival, e sapecou 2-0 no Paranoá, sobrando em cima da cobra sucuri.

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A tabela assim terminou:

1 – Brasiliense 22
2 – Capital 20
3 – Ceilândia 19
4 – Gama 17
5 – Paranoá 15
6 – Sobadinho 12
7 – Samambaia 11
8 – Real Brasília 5
9 – Ceilandense 5
10 – Legião 3

Nas semifinais – BRASILIENSE X GAMA e CAPITAL X CEILÂNDIA, com a vantagem de decidir em casa para o 1º e 2º colocados.

Saiba como foi cada um dos jogos da última rodada do Candangão 2025.

Brasiliense 2 x 0 Paranoá

O Brasiliense já tinha a classificação na mão, faltando descobrir em qual posição – e com as vantagens de praxe, passaria às semifinais. Já o Paranoá tinha duas missões: vencer e torcer por uma não vitória – empate ou derrota – do Gama. Se a obrigação era da cobra, quem mostrou vontade de vencer foi o Jacaré. O time teve mais volume de jogo, soube aproveitar a superioridade técnica e não afrouxou – como parte de sua torcida pediu ao longo do jogo – para o adversário. Já o Paranoá decepcionou com um desempenho covarde e totalmente alheio aos deveres de quem tinha de jogar bem para se classificar. Anotará, mais um ano, de 5ª colocação e ausência da fase semifinal do Candangão BRB.

Gama 0 x 0 Capital

Após duas derrotas seguidas em duelos-chave, o clima no Bezerrão era de guerra, e a hostilidade aumentou com o começo ruim de partida da equipe da casa. A Coruja dominou os primeiros dez minutos de partida, e nessa faixa de tempo criou as melhores oportunidades de gol do confronto. Renan Rinaldi brilhou mais uma vez, fez uma defesa milagrosa cara a cara com Wallace Pernambucano. Passado o começo turbulento, as equipes arrefeceram e não criaram mais nenhuma grande chance de colocar a bola na rede, empate sem gols no combate. Graças aos outros resultados da rodada, este ponto foi o suficiente pro alviverde carimba a passagem para o mata-mata da competição. O próximo passo da equipe é enfrentar o Brasiliense, líder da primeira fase em um clássico verde e amarelo na semifinal do Candangão.

Real Brasília 2 x 1 Legião

No encontro das duas equipes que figuravam na zona de rebaixamento, o Real Brasília disputava a vida diante de um já rebaixado Legião. Dentro de casa, o Leão do Planalto necessitava obrigatoriamente de conquistar os três pontos no duelo e torcer para uma derrota do Ceilandense para sonhar em permanência na elite do Futebol Candango. Dentro das quatro linhas, o Real saiu atrás do placar e saiu para o intervalo rebaixado. Porém, a equipe reagiu magicamente na etapa complementar e, em um dos momentos mágicos que só o futebol pode proporcionar, virou o confronto nos últimos minutos. Assim, o Real Brasília se salva da degola e empurra o Ceilandense a Segundinha do Candangão. Os gols do duelo foram marcados por Paulo Victor duas vezes por parte do Real Brasília e Luccas, pelo Legião

Ceilândia 1 x 1 Samambaia

O Samambaia não tinha mais chances de classificação, enquanto o Ceilândia estava virtualmente classificado, dependendo, apenas, entender qual posição ficaria. No típico sol escaldante do Abadião, o time visitante saiu à frente com gol convertido por Lila, no segundo tempo, o cabeceio de Pedro Bambu garantiu o empate ao Ceilândia. Talvez o mais destacável da partida foi a promoção do Dia das Mulheres, já que o Gato Preto não cobrou engraçado das mulheres que marcaram presença na arquibancada. Ao final, 1-1.

Ceilandense 1 x 3 Sobradinho

O Ceilandense precisava se esforçar para ser rebaixado. O seu saldo de gols era melhor que o do Real Brasília, o time de Ceilândia jogava em casa e, ainda por cima, um mísero empate – ainda que o Real vencesse – seria suficiente para sua mantença na elite. Quando tudo conspira a favor, parece que tudo caminho para o abismo. E assim foi. A derrota, em pleno Rorizão, por 3-1 para um Sobradinho que não tinha nada a ganhar ou perder na competição, foi a pá de cal para uma campanha decepcionante e um retorno – tarde um ano atrasado – à segunda divisão.

Gama sofre diante o Capital, mas garante vaga pela combinação de resultados

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Gama x Capital - Mateus Dutra I Distrito do Esporte

Em duelo válido pela nona e última rodada do Candangão 2025, Gama e Capital se enfrentaram no Bezerrão para a partida mais importante do ano para a equipe da casa. Em busca da classificação, apenas a vitória interessava o clube alviverde, que com os três pontos poderia sacramentar a classificação à fase final do torneio local sem depender de nenhum outro resultado na rodada. Com a bola rolando, a coruja começou o duelo dominando os donos da casa. Porém, após as emoções iniciais, as equipes pareciam administrar o resultado que classificaria os dois times e impediam de se enfrentaram nas semifinais. Por fim, o zero resistiu em não sair do placar, 0 a 0.

Primeiro tempo

Logo aos dois minutos de partida, o goleiro Renan Rinaldi operou um verdadeiro milagre para manter o Gama vivo na briga pela classificação. Em uma bobeira enorme da zaga alviverde, que parecia ainda não ter entrado em campo, o artilheiro Wallace Pernambucano saiu frente a frente com o goleiro. O centroavante fez como manda o manual, bateu forte, rasteiro e cruzado. Todavia, Renan caiu perfeitamente para operar uma brilhante defesa e manter o placar zerado.

O sistema defensivo do Gama continuara a falhar nos minutos iniciais de duelo. Com apenas 4 minutos de partida, a equipe ficou apenas olhando a construção de jogada do coruja. Com Wallace Pernambucano sozinho frente a pequena área, o centroavante tocou na saída do goleiro adversário e abriu o placar para o clube visitante. Entretanto, o bandeirinha assimilou a irregularidade e anulou o gol do tricolor. Assim, o placar da etapa inicial Terminou com os xeros predominantes no Bezerrão

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Segundo tempo

Com as diversas mudanças nas duas equipes e com os resultados que se desenharam na rodada, o confronto que estava agitado foi adotando tons mais mornos. O Capital ainda adotava uma postura mais vertical quando tinha a posse de bola, mas não chegava a criar chances reais para assustar o adversário. O Gama pareceu sentir a péssima sequência recente, o debande no plantel e o recente novo treinador a beira do gramado, se mostrando satisfeito com o empate que lhe assegurou o acesso à fase final do torneio.

E assim, o confronto de topo de tabela de encerrou. O alviverde trocava passes despretensiosos, claramente em busca de passar o tempo. Um momento que só o futebol mostra é a vibração do torcedor do Gama com a vitória do Brasiliense diante do Paranoá por 1 a 0, resultado que possibilitou o acontecimento do clássico verde e amarelo logo nas semifinais do Candangão.

Gama – 0

Escalação: Renan; Michel Henrique,Wellington, Pedro Romano e Piauí; Moisés, Lúcio e William JR; Daniel Costa, Luan e Ramon.

Técnico, Luís Carlos Souza

Capital – 0

Escalação: Reynaldo; Vinícius, Richardison, Éder Lima e Renan Luís. Felipe Guedes, Rodriguinho e Robert; Rikelmi, Matheus Anderson e Wallace Pernambucano.

Técnico: Marcelo Cabo

Brasiliense se impõe sobre o Paranoá, garante liderança e elimina a cobra

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Brasiliense
Foto: Lucas Rodrigues/ Brasiliense Futebol Clube

O Brasiliense entrou em campo neste sábado (08/03) classificado, mas sob o risco de ser o quarto colocado da primeira fase do Candangão. O Paranoá, ou vencia – o resultado ideal – ou empatava e torcida por tropeço gamense. Para ambos algo valia.

Mas o começo de jogo era diferente daquilo que, em tese, se previa. O Jacaré muito mais time e muito mais dedicado, enquanto o Paranoá parecia suprimido pelo volume de jogo do adversário. A diferença de estatísticas traduzia a primeira etapa: O Brasiliense tinha vantagens nos escanteios (1×0), faltas (5×3), finalizações a gol (5×2). No placar, 1-0 Jacaré com gol de Gustavo Henrique.

Na segunda etapa, a despeito das mudanças, especialmente de Klésio que estava atrás, a tendência do primeiro tempo continuou. Um Brasiliense com mais fome de jogo e um Paranoá perdido e covarde. A posse de bola da cobra era inútil, os meias fugiam da partida e o ataque pouco – para não dizer nenhum – perigo levou a Matheus Kayser. Coube ao Brasiliense fazer o segundo gol com Rubens e sacramentar sua liderança da competição e a eliminação do Paranoá que, quando deveria ter vencido, perdeu.

Nas semifinais teremos clássico, com vantagem de manto para o Jacaré contra o Gama.

1º Tempo: Brasiliense sai para o jogo, Paranoá trabalha nos contra-ataques

Bem ou mal, as duas equipes deveriam vencer, seja uma para ter a melhor campanha da primeira fase – e receber os benefícios da posição -, seja para garantir a vaga à segunda-fase – Paranoá, fora da zona classificatória.

Aos 09′ Marcos Júnior do meio da rua chutou longe da meta e longe do gol, mas arriscando pela primeira vez na partida. Aos 15′ foi a vez de Dentinho desprezar escanteio cobrado da direita para dentro da área e perder grande oportunidade.

O jogo seguia pelo meio, com o Paranoá mais dedicado a contra-ataques e o Brasiliense com o controle de jogo. Maguielson parou o jogo para hidratação e na volta Tobinha teve oportunidade na pequena área, mas tronzo, chutou em cima do goleiro Pereira. Aos 31′ foi a vez de João Santos levantar para Tobinha, que chegou após Pereira.

Aos 34′, Tarta cobrou falta no lado esquerdo na cabeça de Gustavo Henrique que não pestanejou e afundou a meta direita de Pereira. 1-0 para o Brasiliense, então líder da competição.

O placa era favorável ao Brasiliense, que já classificado necessitava apenas garantir a posição de ida às semifinais. O Paranoá, esse sim precisando da vitória, parecia que não se importava com a vitória e apenas se mantinha recuado.

Aos 49′ contra-ataque do Brasiliense, Marcos Junior tabelou com Tobinha, a bola voltou para ele que, melhor que o goleiro – já caído – tentou tocar por cima do defensor do Paranoá e perdeu um gol claro, que poderia sacramentar uma vantagem importantíssima para o intervalo de partida. Mas não fez e o jogo foi com 1-0 Jacaré ao intervalo.

2º Tempo: Muitas mudanças dos times, poucos gols na rede

Na vantagem, Luiz Carlos Winck trocou Kadu Barone por João Santos e Elyeser por Tarta. Klésio Moraes nem fez sinal de mudar seu plantel.

É verdade que o Paranoá, na segunda-etapa, demonstrava mais interesse em vencer o jogo, mas a falta de perícia dos titulares da cobra era perceptível. Klésio não mudava, até os 13” quando sacou David por Jefão, zagueiro por lateral, e Celsinho por Rafinha. Também, Winck trocou Gustavo Xuxa por Yago Ferreira.

Os ataques esbarravam em bolas longas mal lançadas ou em passes imperitos, o que agradava o Brasiliense que, duplamente na vantagem – do jogo e na classificação – já não se esforçava tanto.

Eram 18” quando Guilherme Santos foi agraciado com passe açucarado e, dentro da área, ao invés de tirar do goleiro, praticamente deu um passe alto para Pereira, sem dificuldade, encaixar. Klésio trocou João Carlos e Andrey por Guilherme Schneiders e Samuel.

Coube ao Jacaré manter sua superioridade técnica e atacar, duas vezes, com grande perigo. Tobinha dava lugar para Rubens, escolha de Luiz Carlos Winck. Lucas Victor era alterado por Chirstopher, decisão de Klésio.

E foi Christopher quem aos 48”, de dentro da área, fez um toquinho que poderia sobrar para Daniel Guerreiro ou Samuel, mas foi parar no fundo da área.

Mas inacreditável foi a defesa de Pereira aos 39” que tirou do pé de Gui Mendes adentrando no gol do Paranoá.

Aos 45” o árbitro deu 6 de acréscimo e o ataque era do Brasiliense com Yago Ferreira que passava o carro na defesa. Na frente da jogada, Maguielson Lima não teve dúvidas de assinar penalidade máxima. Na batida, Rubens de meia distância atirou no canto esquerdo, Pereira caiu no direito. Brasiliense 2-0 e sacramentado na liderança da competição.

Resultado confirmado, Daniel Guerreira, totalmente destemperado, saiu atrás dos atletas do Brasiliense procurando briga com Gustavo Henrique, Marcos Jr., e outros. De nada adiantou, como não adiantaria, o placar final se consagrou: 2-0 Brasiliense.

Foto: Lucas Rodrigues/ Brasiliense Futebol Clube

Brasiliense: 2

Matheus Kayser; Netinho, Gustavo Henrique , Igor Morais, Guilherme Santos; Marcos Jr. Gustavo Xuxa (Yago Ferreira); Tarta (Elyeser); Tobinha (Rubens), João Santos (Kadu Barone), Dentinho

Tec.: Luiz Carlos Winck

Paranoá: 0

Pereira; David (Jefão), Dedé, Gabriel Alves, Lucão; João Carlos (Guilherme Schneiders), Russo, Celsinho (Rafinha), Andrey (Samuel); Lucas Victor (Christopher🟨), Daniel Guerreiro.

Tec.: Klésio Moraes

Arbitragem:

Árbitro: Maguielson Lima (CBF)

Assistente 1: Lehi Sousa (CBF)

Assistente 2: Milton Alves (CBF)

Quarto Árbitro: Alysson Zilse (FFDF)

Inspetor: José Ricardo (FFDF)

Delegado: Walério Reis

Voz da Arquibancada#3: O convívio abusivo entre diretoria e torcida do Gama

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Torcida do Gama contra o Sobradinho no Estádio Bezerrão - Candangão BRB 2025
Foto: Reprodução/S.E. Gama
O texto se trata de um artigo de opinião e, portanto, é de inteira responsabilidade de seu autor. As opiniões nele emitidas não estão relacionadas, necessariamente, ao ponto de vista do Distrito do Esporte.
Por Gabriel de Sousa*

 

Poucos sofreram tanto nos dois primeiros meses de 2024 quanto o torcedor do Gama. O sentir do torcedor gamense é aquele mais agudo: o sofrer por amar. Justamente pela paixão, que não é compreendida pela diretoria da equipe, que a maior torcida do Distrito Federal vive dias difíceis sem horizontes de melhoras. Arrisco dizer que isso beira a ser um relacionamento abusivo.

O relacionamento abusivo é aquele que um lado sofre maus tratos e tem o coração ferido por um parceiro que demonstra pouco se importar com as aflições do outro lado. Pelo tamanho da paixão do gamense pelo Gama, impossível de se comparar com qualquer outro clube da capital federal, abandoná-lo nunca vai ser uma opção, mas nunca se sabe até quanto um coração aguenta sofrer.

Nesta comparação, o torcedor do Gama sofre porque não é compreendido. Em troca dos cantos e do apoio incondicional nas partidas dentro e fora de casa, ele está recebendo uma enxurrada de notícias ruins e observa, de canto, o amadorismo dos seus gestores.

O primeiro baque veio já no início da temporada, quando foram anunciados os valores dos ingressos aos jogos no Bezerrão e das camisas oficiais da temporada. Os preços salgados de R$ 25 a R$ 100 nos tickets e de R$ 279 nos mantos foram alvo de reclamações, mas mesmo assim a praça esportiva, como de costume, estava com centenas de fiéis torcedores trajados com o novo equipamento.

Mas quem dera se esses valores fossem os únicos problemas. Bastou o Periquito enfrentar equipes competitivas no Candangão para as limitações, como uma chaga exposta, revelar-se para os adeptos. As derrotas para Ceilândia e Brasiliense, ambas por 2 a 0, arruinaram a animação dos gamenses com a temporada que, desde 2022, se resume ao campeonato local.

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O torcedor não teve tempo de se recuperar dos baques. Lacunas no esquema tático, queda de treinador e a aposentadoria do atacante Nunes, o maior ídolo recente do clube aos 43 anos, vieram em seguida. O que poderia ser um resumo negativo de um ano inteiro ocorreu em duas semanas. A classificação, que parecia garantida, agora depende de uma vitória sobre o organizado Capital e a torcida para um tropeço do Paranoá para se concretizar.

Torcedores entusiasmados com o desempenho da equipe agora temem que um filme antigo volte a se tornar realidade. Parecia que 2025 seria diferente, mas agora o terror dos torcedores voltou: o maior campeão do Distrito Federal pode ficar pelo quinto ano seguido sem calendário. É semelhante ao angustiante sentimento de traumas reincidentes, comuns nos relacionamentos abusivos.

Gama
Foto: Divulgação | Gama

Enquanto a torcida apaixonada cobra respostas no campo, a diretoria gamense parece que ainda não consegue compreender o que está acontecendo, o que o outro lado está sentindo. Será que apenas um integrante desta relação sofre ao ver um clube tão grande no ostracismo? Quem chora com a bandeira verde e branca na mão pelo receio da repetição de um fiasco?

Tal como nestes relacionamentos, a torcida do Gama espera que o outro lado mude as suas atitudes. As cobranças estão aí, escancaradas na porta do staff gamense. Mas é da diretoria que deve ser dado um passo para acabar com a aflição e iniciar uma tão esperada reconciliação do clube com a torcida.

Há apenas uma forma de reatar essa relação e fazer o convívio entre o Gama e os adeptos alviverdes voltar às épocas de glória: ouvir as demandas e encontrar formas de fugir desta crise. Ter calendário em 2026 é o mínimo para um clube que já conquistou uma Série B, 13 campeonatos candangos e se orgulha, com toda a razão, de ser o que mais coloca torcedores para acompanhar a partida que for. O título, por sua vez, pode significar o início de uma nova etapa desta história de amor.

Gabriel de Sousa é jornalista nascido em Ceilândia, na periferia da capital federal, e graduado na Universidade de Brasília (UnB). Trabalhou no Correio Braziliense, SBT News e no Jornal de Brasília. Participou da cobertura das eleições distritais de 2022 e municipais de 2024. Atua no Núcleo de Produção Rápida da Politica (NPR) na Sucursal de Brasília do Estadão.

Clubes do DF fazem promoção no Candangão por conta do Dia da Mulher

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Torcidas de Ceilândia e Gama no Candangão BRB 2025
Fotos: Marcos Rezende/Ceilândia e Mateus Dutra/Distrito do Esporte

A  nona e última rodada do Candangão BRB 2025 está se aproximando! Neste sábado (8/3), cinco jogos movimentam a competição local, e irão definir os últimos classificados para a semifinal e mais um clube rebaixado. A rodada será disputada no Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março. Por conta da data especial, Ceilândia e Gama estão fazendo promoções para as partidas que serão realizadas nos estádios Abadião e Bezerrão.

Na praça esportiva da região administrativa mais populosa do Distrito Federal, o Ceilândia recebe o Samambaia, às 16h. O Gato Preto está praticamente classificado, porém, ainda corre risco de ser eliminado caso haja a seguinte combinação de resultados: uma derrota do Ceilândia, e vitórias de Gama e Paranoá. Em busca de ter o Estádio Abadião cheio mais uma vez e carimbar a classificação, a diretoria do clube Alvinegro soltou uma promoção de ingressos para a partida.

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Mulheres que forem ao Abadião não pagam ingresso e ganharão um copo comemorativo. Além disso, cada mulher terá direito a um acompanhante, que também terá a gratuidade garantida. Para os demais torcedores interessados em acompanhar o confronto diante o Samambaia in loco, deverão comprar os ingressos que custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada). Os bilhetes estão sendo comercializados de forma antecipada no site da Bilheteria Digital.

Outra partida que terá uma promoção por conta do Dia Internacional da Mulher é Gama x Capital. O duelo, que também acontece às 16h, porém no Estádio Bezerrão, será muito importante para os donos da casa, que ainda buscam a classificação para a semifinal do Candangão BRB 2025. As mulheres que estiverem com a camisa do Gama ou da torcida organizada Ira Jovem, não irão pagar ingresso. As demais entradas custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada) para os setores Norte (visitante), Sul e Leste; R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada) para o setor Oeste; R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada) nas cadeiras.

9ª rodada do Candangão BRB 2025

Sábado (8/3) – 16h

Ceilândia x Samambaia
Abadião

Real Brasília x Legião
Defelê

Ceilandense x Sobradinho
Rorizão

Brasiliense x Paranoá
Serejão

Gama x Capital
Bezerrão

Com Neymar na lista, Dorival convoca Seleção Brasileira para jogo no DF

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Neymar com a camisa da Seleção Brasileira
Foto: Vitor Silva/CBF

O treinador da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, convocou, na manhã desta quinta-feira (6/3), 23 nomes para as partidas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. Entre os selecionados, o destaque é o camisa 10, Neymar. O meia volta à seleção após quase um ano e meio fora devido às lesões sofridas. O primeiro confronto dos comandados de Dorival será contra a Colômbia no estádio Mané Garrincha, em 20 de março, às 21h45. Após a vinda a Brasília, a seleção viaja para Buenos Aires enfrentar a Argentina.

Na última semana, o técnico Dorival Júnior anunciou 52 nomes pré-convocados para os dois próximos confrontos nas Eliminatórias. Desses, somente 23 foram selecionados na manhã desta quinta-feira (6/3). Entre os escolhidos, a volta de Neymar é a grande novidade. O maior goleador da Amarelinha disputou sua última partida pela seleção brasileira em outubro de 2023. Na época, Neymar jogou 45 minutos contra o Uruguai, pela 4ª rodada das Eliminatórias antes de se contundir.

O Flamengo, com quatro nomes, foi a equipe mais lembrada na convocação de Dorival Júnior. Danilo, Gerson, Léo Ortiz e Wesley foram os selecionáveis rubro-negros. Guilherme Arana (Atlético-MG) e Estevão (Palmeiras), além de Neymar, são os atletas que atuam no futebol brasileiro convocados. A grande ausência é do meia Lucas Paquetá. O atleta lesionou o tornozelo durante treino do West Ham no final de fevereiro. Além disso, foi acusado de ter violado as regras de conduta relacionada a apostas esportivas nos jogos do campeonato inglês e passará por julgamento ainda este mês.

O coordenador executivo geral das Seleções Masculinas Brasileira, Rodrigo Caetano, informou que a Seleção Brasileira ficará na capital federal entre os dias 17 e 24 de março. Os dois primeiros treinos serão no estádio Bezerrão, no Gama, enquanto os demais ocorrerão no palco da partida contra a Colômbia, o estádio Mané Garrincha. A viagem para Buenos Aires está programada para ocorrer em 24 de março, um dia antes do confronto contra a Argentina.

Partidas das Eliminatórias Sul-Americanas

Na quinta posição, os comandados de Dorival Júnior enfrentarão dois difíceis confrontos nas duas próximas rodadas das Eliminatórias. O Distrito Federal será palco do primeiro compromisso da Seleção Brasileira. Neymar e companhia jogarão contra a Colômbia, atual quarta colocada. A partida será no estádio Mané Garrincha, em 20 de março, uma quinta-feira, às 21h45. Os ingressos para o confronto já estão à venda no site da Bilheteria Digital.

Após confronto em Brasília, a Seleção Brasileira viaja para Buenos Aires e enfrenta a líder Argentina pela 14ª rodada das Eliminatórias. O confronto será em 25 de março, às 21h, no estádio Monumental de Núñez. A seleção ainda enfrenta Equador (em junho, fora de casa), Paraguai (em junho, casa), Chile (setembro, casa) e encerra a busca pela classificação à Copa do Mundo de 2026 contra a Bolívia em setembro, fora de casa.

Veja lista dos convocados

GOLEIROS
Alisson – Liverpool (ING)
Bento – Al-Nassr (SAU)
Ederson – Manchester City (ING)

ZAGUEIROS
Danilo – Flamengo
Gabriel Magalhães – Arsenal (ING)
Léo Ortiz – Flamengo
Marquinhos – Paris Saint-Germain (FRA)
Murillo – Nottingham Forest (ING)

LATERAIS
Guilherme Arana – Atlético-MG
Vanderson – Monaco (FRA)
Wesley – Flamengo

MEIO-CAMPISTAS
André – Wolverhampton (ING)
Bruno Guimarães – Newcastle (ING)
Gerson – Flamengo
Joelinton – Newcastle (ING)
Matheus Cunha – Wolverhampton (ING)
Neymar Jr. – Santos

ATACANTES
Estevão – Palmeiras
João Pedro – Brighton (ING)
Raphinha – Barcelona (ESP)
Rodrygo – Real Madrid (ESP)
Savinho – Manchester City (ING)
Vinicius Jr. – Real Madrid (ESP)

Última rodada, última chance: o que está em jogo na reta final do Candangão

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Candangão BRB 2024
Foto: Luís Moreira | Distrito do Esporte

Vem aí a última rodada da primeira fase do Campeonato Candango 2025. Ainda há disputas e cenários abertos tanto para a parte de cima, quanto nas posições inferiores da tabela de classificação. Na disputa pelo mata-mata, três times brigam por duas vagas restantes. Na zona da degola, duas equipes ainda tentam escapar do rebaixamento à Segundinha de 2026. Existem também aqueles que já tem o destino definido, fora outros que já não brigam mais por nada. Todas as partidas da nona rodada estão marcadas para acontecer no mesmo dia e horário: neste sábado, 8 de março, às 16h.

De acordo com o regulamento que perdura deste 2023, o Campeonato Candango conta com dez clubes participantes. Na primeira fase, todos se enfrentam em turno único no sistema de pontos corridos. Ao término desta etapa, os dois últimos colocados são rebaixados à Segunda Divisão local; os quatro melhores se classificam às semifinais, onde os confrontos serão definidos em chaveamento olímpico (1° enfrenta o 4° e 2° pega o 3°). Em jogos de ida e de volta, o vencedor avança à grande final e garante calendário nacional no ano seguinte (Brasileirão Série D, Copa do Brasil e Copa Verde).

Três clubes, duas vagas: quem vai às semifinais?

Ceilândia, Gama e Paranoá. Os três brigam pelas vagas restantes na semifinal do Candangão. Quem tem a vida mais fácil são os ceilandenses: com 18 conquistados ao decorrer do torneio, uma vitória ou um simples empate classifica o atual campeão para o mata-mata. O adversário, o Samambaia, já não briga mais por nada no campeonato e entra em campo apenas para cumprir tabela. Mesmo em caso de derrota, apenas uma combinação de resultados seria capaz de tirar o Gato Preto das semifinais do Campeonato Candango.

O cenário para o Ceilândia ficar de fora é: uma derrota para o Samambaia + vitória do Gama + vitória do Paranoá. Atualmente com 15 pontos na tabela, os paranoenses podem chegar no máximo em 18 – atual pontuação dos ceilandenses -, mas a Cobra Sucuri avançaria pelos critérios de desempate. Mas este não é o único cenário de classificação do Paranoá. Qualquer tropeço do Gama (seja empate ou derrota) somado a uma vitória do Paranoá contra o Brasiliense – que não deve fazer jogo duro para não favorecer o rival -, classifica a equipe comandada por Klésio Borges.

Ao falar em Gama, apenas uma vitória interessa ao maior campeão do Campeonato Candango. Por questões óbvias, os gamenses não contam com uma vitória do Brasiliense sobre o Paranoá. Então, vencer o Capital no Estádio Bezerrão se torna uma obrigação para os comandados de Luiz Carlos Souza. Se tropeçar diante do Tricolor, até mesmo um empate dos paranoenses significa a eliminação precoce do Alviverde ainda na primeira fase. Para o confronto decisivo, a diretoria promove promoções para lotar a arena.

Adelson é o primeiro treinador do DF a avançar duas vezes na Copa do Brasil

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Adelson de Almeida, Ceilândia
Foto: Alan Rones

Parece que Adelson de Almeida está longe de parar de quebrar recordes e fazer ainda mais história com o Ceilândia Esporte Clube. Em uma relação de amor perfeita entre as partes, já se vão mais de décadas da união – entre idas e vindas, é claro. Nesta quinta-feira (28/2), mais um capitulo desta história foi escrito quando o Gato Preto avançou na Copa do Brasil depois de eliminar o Coritiba. Esta foi a segunda vez que o treinador avança de fase no torneio nacional – o único a classificar uma equipe do DF em mais de uma oportunidade.

A primeira vez também havia sido no Estádio Abadião – e contra uma equipe do Paraná. Na edição de 2022, o Ceilândia recebeu o Londrina, à época na Série B do Campeonato Brasileiro. Os paranaenses tinham a vantagem do empate, mas de pouco importou para os comandados de Adelson de Almeida. Cabralzinho abriu o placar com um golaço ainda na primeira etapa. Depois, já no segundo tempo, Gabriel Pedra marcou o segundo e selou a primeira classificação da história do Gato Preto na Copa do Brasil.

Ainda naquela edição, o Ceilândia teve outra atuação histórica. Na segunda fase, o Avaí, de Santa Catarina – também da região sul do país – foi o adversário. Mais uma vez em jogo único, o Gato Preto foi até a Ressacada, casa da equipe catarinense. De baixo de uma chuva torrencial, o Alvinegro Ceilandense arrancou um gol nos acréscimos para se garantir na terceira fase da Copa do Brasil. O zagueiro Vidal acertou um chute aos 45 da etapa final e classificou a equipe de Adelson de Almeida.

Neste ano, o roteiro ainda foi mais sofrido. Depois de segurar o Coritiba no primeiro tempo, Felipe Clemente abriu o segundo tempo do Ceilândia com uma pintura de bicicleta. Minutos depois, o Coxa empatou: 1 a 1. Quando tudo se caminhava para os pênaltis, Clemente apareceu mais uma vez na área para recolocar os ceilandenses na frente. Porém, aos 46′, os coritibanos empataram mais uma vez e levaram a partida para os pênaltis. Nas penalidades, Edmar Sucuri defendeu duas cobranças para colocar o Gato na segunda fase da Copa do Brasil mais uma vez.

Adelson e o Ceilândia

Em âmbito nacional, a cultura de demissão de treinadores é algo rotineiro, porém, existem exceções à regra. Entre idas e vindas, o casamento entre Adelson de Almeida e o Ceilândia Esporte Clube perdura a mais de vinte anos. Desde que o treinador levou o Alvinegro Ceilandense à primeira final de Candangão em 2010, o time já disputou sete finais, com três títulos conquistados. Além do número expressivo de decisões em um intervalo de 14 temporadas (média de uma a cada dois anos), o histórico comandante ainda ostenta o expressivo número de 353 jogos como treinador do Gato Preto.

A longa história de Adelson no Ceilândia começou em 1998. O treinador ainda estava no começo da carreira quando assumiu a equipe de juniores do alvinegro. Logo na primeira temporada, sagrou-se campeão do Campeonato Candango Sub-20. Naquele mesmo ano, o comandante teria a primeira experiência à frente do profissional. De fora interina, esteve à frente do Gato Preto em três partidas, com dois empates e uma vitória. Passou o cargo à Jorgeney Neri, que conduziu a equipe até o título da Segunda Divisão do Candangão.

Adelson de Almeida no começo da carreira no Ceilândia. Foto: Arquivo

Apenas em 2001 assumiu o Ceilândia de forma integral. Naquele ano, foram onze jogos pelo Campeonato Candango. Seguiu no clube nos dois anos seguintes, em 2002, com 19 jogos, e 2003, em apenas seis partidas. Passou para o Brasiliense em 2006, onde ficou – entre indas e vindas – até 2010, quando retornou ao Alvinegro para conquistar o Candangão pela primeira vez. Em 2012, com Dimba e companhia dentro de campo, conquistou o bi do torneio regional. Onze anos depois, o mesmo Adelson levou o Gato Preto ao terceiro título candango da história do clube.