A capital federal segue em clima de harmonia e paz com a Seleção Brasileira. Nesta segunda-feira (17/3), alguns jogadores juntamente com a comissão técnica do Brasil realizaram um treinamento no Estádio Bezerrão, no Gama. A atividade chamou a atenção da população da região administrativa, que se fez presente em massa fora da praça esportiva. A amarelinha tem compromisso na quinta-feira (20/3), contra a Colômbia, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026.
O treinamento no Estádio Bezerrão começou por volta das 17h. A primeira atividade em solo candango foi comandada pelo treinador Dorival Júnior. Ao todo, 12 atletas participaram do treino no gramado da praça esportiva do Distrito Federal: Bento, Lucas Perri, Guilherme Arana, Murillo, Vanderson, André, Matheus Cunha, Endrick, João Pedro, Rodrygo, Savinho e Vini Júnior. Por terem entrado em campo no último fim de semana, seis atletas fizeram trabalhos de recuperação muscular.
Alex Sandro, Léo Ortiz, Wesley e Gerson atuaram pelo Flamengo na final do Campeonato Carioca. Já Estêvão estava em campo no duelo entre Palmeiras e Corinthians. Gabriel Magalhães atuou na vitória do Arsenal sobre o Chelsea na Premier League. Ao longo da segunda-feira (17/3), mais jogadores se juntaram à Seleção, que conta com os 23 atletas à disposição. Raphinha, Joeliton, Bruno Guimarães, Alisson e Marquinhos se apresentaram no hotel onde está hospedada a delegação.
Após o treinamento, alguns jogadores foram até a multidão de torcedores que estavam aguardando os atletas. A maioria dos presentes eram crianças, que estavam ansiosas para verem seus ídolos de pertinho. Vinicius Júnior, Endrick, Estêvão, Rodrygo e Gerson fizeram a felicidade da torcida após pararem para tirarem fotos e distribuíram autógrafos. A delegação brasileiravolta ao Estádio Bezerrão nesta terça-feira (18/3). O treinamento acontecerá novamente às 17h.
O Candangão BRB 2025 está em uma fase muito importante! Após o encerramento das nove rodadas da primeira fase da competição local, agora quatro times estão na semifinal do certame e brigam pelo título. Além da conquista da taça e da premiação milionária, os clubes visam algo bastante fundamental: a classificação para a Série D do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa Verde. Após os jogos de ida da semifinal, o Gama atingiu o maior público de um time do DF na atual temporada.
Os confrontos foram realizados no último fim de semana. No domingo (16/3), Ceilândia e Capital empataram em 1 a 1 no Estádio Abadião. Um dia antes ocorreu o clássico verde-amarelo no Estádio Bezerrão. A bola rolou às 16h. Por conta de uma recomendação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), os jogos entre Gama e Brasiliense estão sendo realizados com torcida única, ou seja, somente os adeptos do time da casa podem comparecer à praça esportiva.
O Alviverde fez bonito dentro e fora das quatro linhas. Ao todo, 13.186 torcedores estiveram presentes no Estádio Bezerrão para empurrar o Periquito. Esse foi o maior público de um time do Distrito Federal na atual temporada, juntando o Candangão BRB 2025, Copa do Brasil e Copa Verde. A marca atual ultrapassou outro confronto envolvendo o Gama. Na última rodada da primeira fase da competição local, 7.985 torcedores compareceram ao Bezerrão para o jogo diante do Capital. O duelo assegurou a classificação Alviverde para a semifinal.
Na terceira posição está um jogo do Tricolor Candango pela Copa do Brasil. Pela primeira fase do torneio nacional, o Capital recebeu a Portuguesa-RJ no Estádio JK. Ao todo, 4.998 torcedores viram a classificação histórica do clube nos pênaltis. Fechando os seis maiores públicos envolvendo times do Distrito Federal em 2025, aparecem mais duas partidas com mando de campo do Gama e outro do Capital. Confira abaixo.
Capital 3×1 Porto Velho Copa do Brasil – Público: 4.233
Os jogos de volta da semifinal do Candangão BRB 2025 acontecem a partir do dia 22 de março. No sábado (22/3), o Capital recebe o Ceilândia no Estádio JK, às 16h, com transmissão da Record. Na quarta-feira (26/3), Brasiliense e Gama se enfrentam no Serejão, em Taguatinga, às 19h. O clássico verde-amarelo acabou sofrendo alterações após uma solicitação da diretoria do Jacaré. Com isso, o confronto não será mais realizado no domingo (23/3).
Em partida marcada pela presença de alunos de escolas do DF nas arquibancadas, o Brasília Basquete voltou rapidamente à ação pelo NBB, buscando a recuperação na liga após uma derrota inesperada diante do Pato Basquete fora de casa. Na manhã desta segunda-feira (17/3), os extraterrestres enfrentaram o Botafogo na Arena BRB Nilson Nelson.
Com a bola no alto, o clube da capital dominou o Alvinegro Carioca de ponta a ponta no confronto e saiu vitorioso pelo placar de 94 a 71. Os donos da casa foram comandados pelo trio Lucas Lacerda, Anton Cook e Daniel Von Haydin, que juntos, foram responsáveis por anotar 60 dos pontos da equipe comandada por Dedé Barbosa. Com esse triunfo, o time do quadradinho permanece na 3ª colocação.
Após enfrentar uma sequência desgastante de dois jogos em quatro dias pelo NBB, o Brasília Basquete, atual terceiro colocado na classificação geral do torneio, ganhará alguns dias de folga. A equipe só voltará à quadra no próximo dia primeiro de abril, onde enfrentará um antigo algoz, o Minas, time responsável por eliminar o clube candango da Copa Super 8 no último encontro entre eles.
O embate está marcado para às 20h no Ginásio Nilson Nelson. Enquanto para alguns as coisas estão nas nuvens, o Botafogo não terá a mesma regalia. O Alvinegro Carioca enfrentará um clássico regional pela frente. No próximo dia 29/3, a equipe se verá diante do arquirrival Flamengo no Ginásio Oscar Zelaya em busca de três pontos extremante fundamentais para as duas equipes. O duelo está marcado para ter início às 16h.
O jogo
Logo no do primeiro quarto, o Brasília Basquete já deixou claro o motivo por ser amplamente favorito no confronto. Logo nos minutos iniciais, o Extraterrestre converteu cinco bolas de três pontos diante de um aparentemente indefeso Botafogo antes mesmo da metade do período inicial. No momento do quinto arremesso convertido do perímetro, o placar apontava uma diferença enorme de 16 a 1 para os locais. O Alvinegro ainda buscou uma reação no período e podou um pedaço da vantagem local. Assim, o marcador de encerrou em 24 a 14.
O Botafogo parecia finalmente ter acordado desde o final do período inicial. No segundo quarto, o clube carioca continuou sua reação, principalmente devido ao ótimo aproveitamento ofensivo mantido durante todo o marcador. Entretanto, o Brasília não se intimidou o ímpeto apresentado pela equipe visitante e aproveitou os espaços deixados para punir o excesso de ataque rival. Assim, os donos da casa desceram ao vestiário no final do primeiro tempo com uma grande disparidade no placar: 46 a 42.
No retorno do intervalo, as equipes pareciam ter esfriado. O embate voltou com muitas faltas e erros de ambos os lados, tanto que o primeiro arremesso convertido do terceiro período foi convertido com quase três minutos no relógio. Passado o período de “readaptação”, a partida retomou o ritmo de ataque desenfreado e muito espaço cedido na defesa. Na reta final do marcador, a equipe da casa desacelerou e administrou as ações, praticamente em ritmo de treino. 70 a 54 no fim do penúltimo quarto.
Com os três pontos praticamente assegurados diante da torcida local, o sistema defensivo do Extraterrestre passou a funcionar novamente, o que não acontecia desde o primeiro período. Com o ataque ineficiente, o Botafogo converteu apenas quatro pontos na primeira metade do quarto. O glorioso estava praticamente entregue a sorte, já que o a defesa não funcionou durante todo o duelo. O Brasília não perdoou e emplacou 33 pontos de vantagem durante o último tempo. Na reta final da partida, os donos da casa diminuíram bastante o ritmo e apenas cozinharam o placar. Assim, vitória enorme assegurada dentro de casa: 94 a 71 para o time candango.
Tem campeão inédito na Supercopa! No último sábado (15/3), São Paulo e Corinthians entraram em campo para a partida decisiva da competição. O torneio abre o calendário do futebol feminino no Brasil, e contou com a participação do Real Brasília. A final foi decidida pelos dois times paulistas, com o confronto acontecendo no Estádio MorumBis. O Tricolor acabou levantando a taça após a disputa de pênaltis. Quatro atletas nascidas no Distrito Federal ergueram o troféu após o jogo.
O placar no MorumBis permaneceu zerado durante os 90 minutos. Com isso, o confronto foi decidido nas penalidades máximas. O São Paulo acabou vencendo por 4 a 3, com um dos pênaltis sendo convertido por Robinha. A atleta atua como meia e é natural do Distrito Federal. A jogadora de 30 anos começou a carreira em clubes de futsal entre 2011 e 2016, e foi campeã da Série A2 do Campeonato Brasileiro com o Minas Brasília em 2018. Ela permaneceu no futebol do quadradinho até 2021, quando trocou o Minas pelo Cruzeiro.
Após a partida, Robinha destacou a importância de jogar em casa na final e comemorou bastante o título. “Estar jogando aqui no MorumBis já é um avanço para o futebol feminino, com essa torcida maravilhosa. Sempre pedimos mais apoio, porque temos como exemplo o Corinthians, que a torcida abraça. Quando a gente ganha títulos, trazemos a torcida para a gente. Esperamos que os próximos jogos sejam no MorumBis e que a torcida nos acompanhe e nos dê força”, iniciou.
“Vou dedicar esse título à minha família, amo vocês e sei que vocês estão assistindo, aos torcedores e às minhas companheiras, sem elas nada seria possível. É campeão!”, acrescentou. Além de Robinha, outra atleta que começou como titular foi a zagueira Kaká. Ela é mais uma jogadora campeã com o Minas Brasília na Série A2 do Campeonato Brasileiro. Depois de deixar o DF, ela passou pelo Santos e chegou ao São Paulo em 2024.
“É inexplicável viver isso aqui dentro do Morumbi. A gente trabalhou muito para esse título. Foi um jogo muito pegado, mas graças a Deus saímos com a vitória. Está sendo o melhor início de ano da minha carreira e vamos continuar trabalhando pra ser assim durante toda a temporada. Eu me preparei muito pra estar apta para chegar e conseguir fazer o gol de pênalti hoje. Estudei um pouco a Lelê, então acho que isso é fruto do meu trabalho também e tenho me preparado muito para viver o que eu estou vivendo agora”, disse Kaká.
Foto: Staff Images/CBF
Além das duas jogadoras que iniciaram entre as 11 titulares, no banco de reservas tinham mais duas profissionais nascidas na capital do país. Uma delas é Ana Beatriz, de 20 anos, que atuou nas categorias de base do Minas Brasília. A jovem iniciou no Sub-16 da equipe em 2020, jogando também pelas categorias Sub-17 e 18. Ela se transferiu para o São Paulo em 2022, quando foi integrada às categorias de base do Tricolor Paulista.
A outra atleta é Jéssica Soares. A brasiliense de 33 anos, que pode atuar como lateral e também como volante, começou a carreira no Atlético Mineiro em 2012. Depois, ela voltou ao Distrito Federal e defendeu o ASCOOP, Cresspom, Capital e Minas Brasília. Em 2022 ela deixou o esquadrão verde e azul para defender o Grêmio. Após passagem pelo sul do Brasil, Jéssica foi contratada pela Ferroviária e agora está São Paulo.
Seleção Brasileira treinando em outubro de 2024 no Estádio Bezerrão, no Gama. - Foto: Rafael Ribeiro/CBF
A capital federal está pintada de verde e amarelo! Na próxima quinta-feira (20/3), a Seleção Brasileira enfrenta a Colômbia em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026. O Brasil retorna ao quadradinho poucos meses depois de vencer o Peru, quando goleou o adversário por 4 a 0 e lotou com muitos brasileiros o Estádio Nacional Mané Garrincha. De olho no confronto da 13ª rodada da competição, a equipe começa os treinamentos no DF nesta segunda-feira (17/3).
Na noite de domingo (16/3), jogadores e integrantes da Seleção Brasileira começaram a desembarcar na capital federal. Os atletas João Pedro, do Brighton, e Vanderson, do Monaco, foram os primeiros a chegar em solo candango. Os jogadores brasileiros juntamente com toda a comissão estão concentrados desde a manhã desta segunda-feira (17/3). Outros profissionais se juntam ao restante da equipe ao longo do dia 17 de março.
A primeira atividade da Seleção Brasileira será no Estádio Bezerrão, no Gama. O treinamento está marcado para acontecer a partir das 17h. Na última vez que esteve em solo candango, o Brasil também treinou na praça esportiva Alviverde. Os jogadores retornam ao Bezerrão também na terça-feira (18/3) para mais um treino. No dia seguinte o trabalho será feito no Estádio Nacional Mané Garrincha, véspera da partida diante da Colômbia.
Em entrevista para a CBF TV, Vanderson, lateral-direito do Monaco, comentou sobre os confrontos da Data Fifa diante dos colombianos e da Argentina. “Serão dois jogos difíceis. A gente sabe o quão importante será somar (pontos) para o restante da competição. Acredito que fazendo o trabalho a gente terá bons resultados nessas duas partidas”, iniciou.
“Depois de quatro meses, o sentimento é de alegria por reencontrar os companheiros. Esse ambiente é muito bom, é maravilhoso, é um ambiente alegre e de companheirismo. Que possamos agora reencontrar todos e começar logo o trabalho para esses dois jogos importantes”, disse Vanderson.
O Candangão BRB 2025 está em um momento de decisão. No último fim de semana, foram realizadas as partidas de ida da semifinal da competição local. No sábado (15/3), o Gama venceu o Brasiliense por 3 a 0, levando uma ótima vantagem para o confronto de volta. Já no dia seguinte, Ceilândia e Capital empataram em 1 a 1 no Estádio Abadião. Antes da bola rolar na praça esportiva da região administrativa mais populosa do DF, uma mudança na tabela surpreendeu os torcedores.
No início da tarde de domingo (16/3), a Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD) soltou uma nota informando sobre a mudança de data no clássico entre Brasiliense e Gama. A informação foi dada em primeira mão pela Esportes Brasília e confirmada pela FFDF. Anteriormente marcada para acontecer no próximo domingo (22/3), às 16h, a partida entre os rivais ganhou mais uns dias de tensão. O duelo agora será realizado na quarta-feira (26/3), às 19h, no Estádio Elmo Serejo, o Serejão, em Taguatinga.
A alteração no clássico entre Brasiliense e Gama ocorreu após o Jacaré realizar o pedido de modificação. A alteração está permitida pelo Regulamento Geral de Competições (RGC) da CBF, que diz que o descanso mínimo entre uma partida e outra é de no mínimo 66 horas, e como a final está confirmada para sábado (29/3), às 16h, o prazo de descanso será de 69h. O pedido de mudança também foi feito dentro do prazo.
Vale lembrar que o Brasiliense entra em campo no meio da semana. Na quarta-feira (19/3), o esquadrão amarelo vai até Goiânia para enfrentar o Goiás. Os clubes se enfrentam no Estádio Hailé Pinheiro, o Serrinha, às 19h30. A partida é válida pela Copa Verde. Após o duelo, o Jacaré terá praticamente uma semana para se preparar para o confronto diante do Gama. Antes, Capital e Ceilândia se enfrentam no sábado (21/3), no Estádio JK, pelo Candangão BRB 2025.
O texto se trata de um artigo de opinião e, portanto, é de inteira responsabilidade de seu autor. As opiniões nele emitidas não estão relacionadas, necessariamente, ao ponto de vista do Distrito do Esporte.
Por Gabriel de Sousa*
“Jogo do mandante, torcida do mandante”. Esta máxima que está presente em estádios do futebol candango representa um movimento importante de motivar moradores a assistir jogos com as camisas e as cores dos times de cada cidade. A iniciativa, que já se mostrou efetiva em jogos como do Gama e do Ceilândia, esbarra na prepotência e arbitrariedade de alguns. As vestes tratadas como inimigas, como fardas de soldados adversários em uma guerra, acabam afastando os torcedores que já não contam com um futebol de qualidade para se aproximar do calendário do futebol candango.
A quarta edição desta coluna será diferente, e o autor irá lhe pedir a permissão de contar relatos em primeira pessoa do que viveu nas partidas entre Gama x Brasiliense, no Bezerrão, e Ceilândia x Capital, no Abadião. As duas partidas, que ocorreram neste final de semana, marcaram a ida da semifinal do Campeonato Candango. O Periquito se impôs sobre o Jacaré e venceu por 3×0. O Gato Preto deixou a vitória escapar, com o confronto terminando em 1×1 e, desta forma, a Coruja vai ao JK com a vantagem do empate.
Para contar os meus relatos nas arquibancadas, é preciso quebrar a impessoalidade impostas a nós jornalistas. Eu sou Ceilândia, e por muito. Convidado por amigos, eu fui assistir ao jogo entre Gama x Brasiliense, aproveitando as poucas oportunidades de lazer do Distrito Federal nos finais de semana pós-Carnaval e pensando em um novo texto para esta coluna.
Por ser torcedor do Ceilândia, disse aos acompanhantes que não poderia ir ao Bezerrão com uma camisa do Gama que ganhei de presente, no ano passado, de um amigo fanático do Periquito. Afetado pelo bairrismo e pelo respeito ao Gato Preto, uso o manto apenas quando estou em casa ou fora do Distrito Federal.
Decidi então ir com uma camiseta vermelha do Liverpool, aproveitando a boa fase dos comandados de Arne Slot. Em apreço pelo movimento gamense, optei por ficar distante da Ala Sul do Bezerrão que, por sinal, estava esplêndida com a paleta verde e branco.
Ao passar pela fila, fui parado por um funcionário da segurança que me disse que, para “evitar confusão”, eu estava impedido de entrar no Bezerrão por conta da camisa dos Reds. Foi necessário o famoso “choro” para que ele deixasse eu passar, mas, sem ter a camisa no corpo. Ao conversar com gamenses, fui informado de diversos outros casos de hostilidades aos que utilizavam camisas de outras equipes. Voltando a vestir o traje vermelho, não pude escapar das ofensas enquanto acompanhava os contra-ataques rápidos da equipe mandante.
Foto: Filipe Fonseca
Já no outro jogo, no Abadião, a hostilidade por conta de uma camisa foi pior. No meu habitat natural, estava com uma camisa do primeiro título do Gato Preto, conquistado em 2010 por Dimba, Cassius e companhia, mas, fui informado de que havia cometido um “grave erro” ao ir na partida do dia anterior.
O leitor se recorda de quando citei que utilizava uma camisa do Gama que recebi de presente quando estou fora do Distrito Federal? Pois bem. Resgatar uma foto minha no charmoso bairro da Urca, no Rio de Janeiro e mesclar com um vídeo meu mostrando o panorama do Bezerrão foi o suficiente para que fosse espalhado o boato de que eu estava com o manto do Periquito torcendo pelo “inimigo”.
A imagem original tem como fundo uma residência com arquitetura neoclássica no encontro das ruas Roquete Pinto e Luiz Alves e que serviu de cenário para o filme “Ainda Estou Aqui”, que venceu o Oscar de Melhor FIlme Internacional. Os gamenses que acompanham esta coluna devem estar orgulhosos, pois a fachada do Bezerrão conseguiu ser confundida com a de um casarão que teve, recentemente, o valor reajustado para R$ 25 milhões.
Ingênuos são aqueles que acham que as fake news são patrocinadas e difundidas apenas por pessoas com alto poder aquisitivo e social. De boca em boca, histórias com começo, meio e fim se tornam fatos incontestáveis. O conceito é conhecido: “uma mentira dita uma vez é apenas uma mentira; já uma mentira dita mil vezes se torna verdade”.
As explicações do torcedor não foram o bastante para evitar tensionamentos ao longo do jogo com outros adeptos e até um singelo “esporro” de membros da torcida organizada do atual campeão candango. A regra é simples: “jogo do mandante, camisa do mandante”. Fora da cancha onde os jogos são realizados, usar camisetas com cores diferentes e o escudo de um adversário local é encarado com uma traição, tal como uma história épica grega ou com os “barracos” pouco românticos da atualidade.
Foto: Alan Rones/Ceilândia
Em um cenário onde as camisetas de clubes locais ainda têm uma distribuição limitada e preços elevados que ultrapassam a condição financeira da maioria dos torcedores, a premissa de impedir camisas de outros clubes nos estádios deve ser vista com cautela. Incentivar sempre, hostilizar jamais. Para converter torcedores “mistos”, é necessário criar um ambiente acolhedor onde, além dos mantos, as famílias brasilienses possam estar cada vez mais presentes nos campos da capital federal.
Por outro lado, taxar como digna de repugnância o traje de uma equipe rival local é um resgate dos ímpetos mais primitivos e infantis. A turma que, às vezes sem saber, compactuam com a frase “menino veste azul e menina veste rosa” deve ter surtos de ojeriza ao ver os atletas dos times que torcem, no último apito, trocar de camisa com os seus adversários.
Qual a minha dica para os torcedores que não possuem ou não querem utilizar as camisas dos times locais? Tente se vestir como as pessoas que circulam pelo centro do poder: use terno. Mesmo assim, é bom ficar atento com a cor da gravata. Ninguém percebe, mas a tentativa de massificar as torcidas pode piorar a elitização do esporte mais popular do país.
* Gabriel de Sousa é jornalista nascido em Ceilândia, na periferia da capital federal, e graduado na Universidade de Brasília (UnB). Trabalhou no Correio Braziliense, SBT News e no Jornal de Brasília. Participou da cobertura das eleições distritais de 2022 e municipais de 2024. Atua no Núcleo de Produção Rápida da Politica (NPR) na Sucursal de Brasília do Estadão
Na reedição da final do último Campeonato Candango, Ceilândia e Capital se enfrentaram na tarde deste domingo (16/3), pelo jogo de ida das semifinais do torneio local dentro do folclórico Abadião. Dentro de campo, o Gato Preto explorou a fragilidade da ala direita do Tricolor para marcar cedo, aos 5 minutos de partida. Mas a Coruja não deixou barato e descontou em um desvio de cabeça, oriundo de uma falta cobrada para o meio da área. Desta forma, tudo igual no Abadião: 1 a 1 . Os gols do confronto foram marcados por Felipe Clemente, ponteiro do alvinegro e Richardson descontou para os visitantes.
Em duelo de duas equipes que disputarão competições nacionais neste ano – mas com calendário livre para a reta final do Candangão -, Ceilândia e Capital voltam a campo no próximo sábado (22/3), para a disputa do jogo de volta das semifinais. Entretanto, o que muda é o palco do confronto, já que o próximo embate ocorrerá no Estádio JK, casa do Tricolor Candango. A bola deve rolar às 16h para sacramentar o primeiro classificado para a grande final do Campeonato Candango. Além da possibilidade de levantar a taça, quem avançar para a finalíssima também assegura vaga na Copa do Brasil, Série D e Copa verde em 2026.
Primeiro tempo
O Gato Preto teve pressa para abrir o placar. Logo aos cinco minutos de jogo, em uma jogada construída pela ala esquerda, o lateral Danilo fez a ultrapassagem para a linha de fundo e cruzou rasteiro para a pequena área. Livre de marcação, Felipe Clemente só teve o trabalho de aparecer no primeiro pau e tocar para o fundo das redes: 1 a 0 para os ceilandenses no Abadião.
O Ceilândia encontrava facilidade em armar as jogadas nas costas da lateral direita do Tricolor. Em uma dessas oportunidades, Valter Bala puxou o contra-ataque e cruzou o campo todo até a meia lua adversária. Em uma reedição da jogada do primeiro gol, Danillo fez a ultrapassagem, chegou a linha de fundo e alçoou a bola com perigo na grande área da Coruja. Porém, desta vez, a defesa tricolor conseguiu afastar o perigo.
O Capital voltou com mais ímpeto para o segundo tempo, porém, ainda pecava na construção de jogadas. Tanto que, a maior oportunidade da equipe surgiu em um momento inusitado de falha da zaga do Ceilândia. Com a bola completamente dominada, o zagueiro Euller errou o lançamento para o setor ofensivo e acabou acertando as costas de Robert, camisa 10 adversário. A bola rebatida saiu com curva e passou ao lado da trave ceilandense, defendida por Edmar Sucuri.
Em busca do empate, a Capital adiantou as linhas de marcação e assim, possibilitou mais escapadas perigosas em contra-ataque para o Ceilândia. Na marca dos 12 minutos da etapa complementar, o Gato Preto desarmou um promissor ataque adversário e partiu para o contra-golpe. A bola correu do lado esquerdo ao direito do ataque alvinegro, onde o lateral Diego Bolt recebeu de frente para o goleiro, mas finalizou nas mãos de Reynaldo.
Na marca dos 38 minutos, o Capital que parecia inofensivo no duelo, tratou de jogar um balde de água fria na vantagem ceilandense. Em uma falta lateral cobrada para o coração da área do Ceilândia, Richardson apareceu no meio dos marcadores para testar firme para o fundo da rede alvinegra. O gol deu números finais ao jogo de ida das semis do Candangão: 1 a 1 no Estádio Abadião.
Ceilândia – 1 Escalação: Sucuri; Diego Bolt🟨, Euller, Mingoti e Danilo; Lagoa🟨, Lucas Silva, e Timbó (Pedro Bambu); Kenedy (Nando🟨), Clemente⚽ e Valter Bala (Milla). Técnico: Adelson de Almeida
Capital – 1 Escalação: Reynaldo; Vinícius, Richardson⚽, Éder Lima e Mattheus Silva; Felipe Guedes, Rodriguinho e Robert (Romarinho); Riquelmi, Matheus Anderson (Deysinho) e Wallace Pernambucano (Kauan). Técnico: Marcelo Cabo
Na tarde deste sábado (15/3), o Gama colocou um pézinho na final do Campeonato Candango de 2025. Dentro de casa, em um Estádio Bezerrão tomado pela torcida única, os gamenses aplicaram um sonoro 3 a 0 para cima do Brasiliense, em partida válida pelas semifinais do torneio local. Dois foram marcados no primeiro tempo, pelo cabeceio de Wellington e pelos pés de Ramon. Depois, já na etapa final, o centroavante Luan marcou o terceiro para dar números finais ao confronto.
A classificação para a final será decidida no próximo domingo, 23 de março. Às 16h, o Brasiliense receberá o Gama na Boca do Jacaré, o Serejão, e precisará vencer por quatro gols de vantagem para se classificar à final ou por três para levar a decisão para os pênaltis. Já os gamenses tem a vida mais fácil: um simples empate ou derrota com 2 gols de diferença garantem o Alviverde na decisão do Campeonato Candango. Quem avançar, além da chance de disputar a taça do Candangão, garante calendário cheio em 2026. Ambos os clubes não disputarão a Série D ou a Copa do Brasil nesta temporada.
Esta não será a única semifinal diante de um alviverde nesta semana para o Brasiliense. Ainda antes, esta quarta-feira (19/3), o Jacaré viaja até Goiânia para enfrentar o Goiás, na Serrinha, em duelo válido pelo jogo de volta das semis da Copa Verde. O confronto decisivo está marcado para às 19h. Na partida de ida, realizada com mando amarelo no Estádio Serejão, terminou empatada em um emocionante 3 a 3. Quem avançar, enfrenta o vencedor da outra chave, entre São Raimundo-RR e Paysandu-PA.
Primeiro tempo
Diante do grito dos mais de 13 mil torcedores presentes no Bezerrão, o Gama se impôs dentro de casa. Os donos da casa jogavam com intensidade, como se valesse a vida – de certa forma, valia – e demonstravam mais ímpeto dentro de campo. O Jacaré demorou para se encontrar no confronto. O reflexo se deu logo na saída de bola, quando os gamenses roubaram a bola no setor ofensivo com jogada de Douglas Santos. O camisa 7 passou por dois marcadores e conseguiu chegar até a área, mas finalizou mal e a bola saiu pela linha de fundo. O lance serviu para acender ainda mais a torcida alviverde.
Outro lance de perigo dos gamenses veio na marca de seis minutos. Moisés desarmou e armou antes de jogar a bola para dentro da área. Por lá, a defesa do Brasiliense furou e a pelota sobrou nos pés do centroavante Luan, para matar e arriscar para o gol. O atacante finalizou sem lá tanta força, mas, em cima da linha, o zagueiro Gustavo Henrique afastou e mandou para escanteio. No tiro de canto, não teve outra: gol dos donos da casa. Willian Júnior cobrou fechado e o zagueiro e capitão Wellington apareceu dentro da pequena área para desviar e explodir de vez a torcida do Gama: 1 a 0 no Estádio Bezerrão.
O Brasiliense, apagado até então, veio aparecer com perigo na casa dos quinze minutos. A equipe trocava passes no setor ofensivo, mas tinha dificuldades para infiltrar na defesa gamense. Quem conseguiu facilitar e tirar um coelho da cartola foi o meia Marcos Júnior, no que seria a chance de gol mais clara do Jacaré na etapa inicial. Com um toque de cavadinha, o meio-campista encontrou Gui Mendes dentro da área. Por lá, o camisa nove fez o giro, saiu da marcação e bateu ao gol. Desequilibrado, a finalização parou sem dificuldades nas mãos do goleiro Renan Rinaldi.
Em outros momentos, Tobinha e Tarta arriscaram em chutes de média-longa distância, mas as finalizações não foram o suficientes para encostarem no placar. Embora o Brasiliense atravessasse pelo melhor momento da partida até então, o Gama tratou de ampliar o placar para levar uma vantagem ainda maior para o jogo de volta. Quando o relógio sinalizava 23 minutos jogados, o Alviverde se lançou por inteiro ao ataque. Tanto é que o autor da assistência foi um zagueiro: Pedro Romano. Próximo à quina da grande área, o camisa 4 cruzou com maestria para dentro da área. O atacante Luan deu um “corta luz de cabeça” para Ramonzinho cabecear e marcar o segundo dos donos da casa.
Apesar de não promover mudanças na volta do intervalo, o Brasiliense retornou melhor na segunda etapa. O Jacaré adotou uma postura incisiva na marcação e na saída de jogo, porém, a aposta de encarregar os alas para a construção de boa parte das jogadas ofensivas se provou um equívoco, por conta do alto número de impedimentos. Um destes foi em uma grande chance de gol, quando Tobinha foi acionado por um lançamento pela esquerda e ajeitou com a cabeça para Rafael Longuine chegar por trás. O camisa dez matou a bola no peito e adentrou a área adversária, mas bateu mascado para uma fácil defesa do goleiro Renan Rinaldi.
Diferentemente da etapa inicial, agora o Gama era reativo. O Brasiliense se lançou ao ataque e passou a ceder espaços na linha defensiva. Os gamenses se aproveitavam para contra-atacar em velocidade e, assim, criar jogadas de perigo. Uma das mais claras foi quando Ramonzinho avançou até a linha de fundo e tocou para Luan, de baixo do travessão, furar e desperdiçar. O centroavante se redimiu com a torcida minutos depois. Primeiro, Ramon ficou cara a cara com o goleiro, mas Matheus Kayser defendeu. No rebote, Luan soltou uma pancada para marcar o primeiro com a camisa alviverde e o terceiro dos donos da casa: 3 a 0!
Gama 3 Escalação: Renan Rinaldi; Michel, Wellington , Pedro Romano (Diogo), Lucas Piauí ; Moisés, Lúcio (David) e Douglas Santos (Rafa Marcos); Willian Júnior (Lima), Ramonzinho (Toninho) e Luan Técnico: Luiz Carlos Souza
Brasiliense 0 Escalação: Matheus Kayser; Netinho , Gustavo Henrique, Igor Morais e Guilherme Santos; Marcos Júnior, Eliezer (Rafael Longuine) e Tarta; Tobinha, João Santos e Gui Mendes (Joãozinho) Técnico: Luís Carlos Winck
O treinador da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, anunciou na noite da última sexta-feira (14/3) o corte de três atletas: Danilo, Ederson e Neymar. Para substituí-los, o técnico convocou Alex Sandro, Lucas Perri e Endrick. A Seleção chega ao Distrito Federal na próxima segunda-feira (17/3) e inicia a preparação para o confronto contra a Colômbia, em 20 de março. O elenco brasileiro permanece na capital federal até 24 de março, quando viaja a Buenos Aires para enfrentar a Argentina.
Aguardado com ansiedade pelos torcedores candangos, Neymar não estará presente no estádio Mané Garrincha na próxima quinta-feira (20/3). O atleta do Santos sofreu com um edema na região posterior da coxa esquerda, que o tirou da semifinal contra o Corinthians no último domingo. Após novos exames, foi constatada a manutenção da lesão muscular sem rutura de fibras. Sem a possibilidade de disputar os próximos dois confrontos da Seleção Brasileira, o treinador Dorival Júnior cortou Neymar dos selecionáveis e chamou Endrick, atacante do Real Madrid, para o seu lugar.
Além de Neymar, o treinador Dorival Júnior anunciou mais dois cortes: o zagueiro Danilo, que se recupera de uma lesão muscular grau um na coxa direita, e o goleiro Ederson. Em vídeo publicado pela CBF, o técnico explicou a situação. “Recebemos um comunicado do departamento médico da Seleção, na pessoa do Dr. Rodrigo Lasmar, sobre a atualização de alguns atletas, em especial Neymar, Danilo e Ederson. Após a realização dos exames, estão em processo de recuperação nos clubes, mas não estarão aptos para servirem a Seleção Brasileira na próxima Data-FIFA”.
Foto: Joilson Marconne/CBF
Seleção Brasileira no Distrito Federal
As saídas de Danilo, Ederson e Neymar abriram espaço para mais três atletas serem convocados para a Seleção Brasileira. O lateral-esquerdo Alex Sandro, do Flamengo, foi chamado para o lugar de Danilo. O arqueiro do Lyon, Lucas Perri, ocupará a vaga deixada por Ederson. Por fim, o brasiliense Endrick virá ao Distrito Federal substituindo Neymar. Os três novos nomes e os outros selecionáveis se apresentarão na capital federal na próxima segunda-feira (17/3).
A programação do elenco brasileiro já está definida pela comissão técnica. Os dois primeiros treinos ocorrerão no estádio Bezerrão, no Gama. Após, a Seleção Brasileira fará treinamentos no estádio Mané Garrincha antes do confronto com a Colômbia pela 13ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, em 20 de março, às 21h45, e depois do duelo. Os comandados de Dorival Júnior permanecem na capital federal até 24 de março, quando viajam a Buenos Aires para enfrentar a Argentina.