No último domingo (2/7), a Seleção Brasileira Feminina movimentou o Estádio Nacional Mané Garrincha. O esquadrão amarelo derrotou o Chile por 4 a 0 no amistoso derradeiro antes da Copa do Mundo. Diversas coisas chamaram atenção, entre elas, a presença maciça de torcidas organizadas que acompanham a Seleção Canarinho. A festa foi completa, com faixas, bateria e até bandeiras de mastro que foram tremuladas na arquibancada.
Há quem estranhe a presença de torcidas organizadas em jogos de seleções, porém, isso é muito comum em outros países. Um exemplo está próximo da gente: a Argentina. Nos jogos do país vizinho, é comum que as barras bravas (um tipo de torcida organizada) de clubes diferentes se juntem e acompanhem a seleção nacional. Outro exemplo comum é na Europa, com os grupos conhecidos como Ultras. Com um megafone e bandeiras, os Ultras são bastante atuantes em jogos da seleção.
As torcidas organizadas que acompanham o Brasil em vários esportes, inclusive no futebol, foram crescendo recentemente com o passar do tempo. O primeiro grupo de torcedores organizados, denominados de Torcida Canarinho, possui registros na Copa do Mundo em 2010, na África do Sul. O movimento foi muito atuante nas Olimpíadas do Brasil, em 2014. Porém, a Canarinho não esteve presente no último jogo na capital federal, no amistoso entre Brasil e Chile.
Com o passar dos anos, surgiram outras torcidas acompanhando o caminho da Torcida Canarinho. A reportagem do Distrito do Esporte conversou com o presidente do Núcleo BR, Cauê Ferreira, e com uma integrante do Movimento Verde Amarelo. Vale ressaltar que as duas torcidas estão muito atuantes acompanhando o Brasil em diversas modalidades espalhadas mundo afora. Inclusive, ambas estiveram presentes na última Copa do Mundo, realizada no Qatar.
– Clique e saiba mais
– Assistentes do DF são convidadas para curso feminino de arbitragem da FIFA
– Lutador do Distrito Federal conquista Campeonato Mundial de Muay Thai
– Ceilândia bate o Interporto e volta a ser líder na Série D
Há 10 anos na estrada, Cauê Ferreira falou sobre a motivação para criar o Núcleo BR. “O Núcleo surgiu em 2013 com a necessidade de mudar o cenário da torcida brasileira, do apoio. A gente sabe que a torcida ganha jogo, por isso criamos o Núcleo. Dentro disso, já estamos atuando há 10 anos, indo em Copa do Mundo, Olimpíada, jogo de rugby, tudo que envolve o esporte nacional a gente está envolvido incentivando o Brasil”, iniciou.
O presidente da entidade ainda comentou sobre a vinda para o Distrito Federal para acompanhar o amistoso entre Brasil e Chile, último antes da Copa do Mundo. “A viagem é complicada, a gente vem sofrendo, vem de ônibus, foram mais de 15 horas de viagem. Cheguei ontem à noite aqui em Brasília, estamos hospedados, mas acabando o jogo já vamos voltar para São Paulo. É uma grande dificuldade que as torcidas sofrem, ter que viajar sem muito apoio”, concluiu.
Outras pessoas fizeram o mesmo caminho de Cauê e saíram do Sudeste rumo à capital federal. Mari, do Movimento Verde e Amarelo, saiu de São Paulo e esteve presente na goleada brasileira. “Primeira vez que eu vim a Brasília. A preparação foi de muita ansiedade, comprei a passagem muito antes. Montamos um grupo no WhatsApp para trocar ideia, fizemos um churrasco quando chegamos em Brasília. A galera tem que vir, incentivar, e acho válido (acompanhar a Seleção Brasileira)”.
Mari ainda falou sobre o apoio que a seleção recebe destas torcidas organizadas que acompanham a amarelinha. “Acho que toda forma de admiração e apoio a qualquer tipo de seleção, seja feminina ou masculina, é muito importante. Eu acho que o “gostinho” do Brasil é muito importante para engajar e motivar elas a trazerem essa taça”, concluiu. Durante o amistoso, o Movimento Verde Amarelo e o Núcleo BR se uniram e entoaram cânticos durante toda a partida.
Muito bom saber que temos essa rapaziada apoiando o esporte nacional! Vida longa as organizadas!