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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Operação fiasco: desserviço no Mané Garrincha causa transtornos à imprensa

Área destinada à imprensa é invadida por torcedores no confronto entre Flamengo e Santos devido à falta de grades separando o local. Diversas equipes de transmissão relataram dificuldades no exercício da função. Metrópoles Sports, promotora do evento, não se pronuncia sobre os ocorridos

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O confronto entre Flamengo e Santos, na noite da última quarta-feira (1º/11), no estádio Mané Garrincha, terminou com vitória alvinegra por 2 a 1, gols de Nonato e Joaquim para a equipe santista, e Pedro, marcando para o rubro-negro carioca. Distante das quatro linhas, a falta de segurança à área de imprensa venceu por goleada. As grades separando a torcida da tribuna não foram colocadas e assim, a torcida se mesclou aos jornalistas, ocasionando uma série de dificuldades para o trabalho da comunicação.

Ao chegar no estádio, os jornalistas habituados à cobertura no estádio Mané Garrincha, se surpreenderam com a não separação da torcida. As grades, tão comuns em confrontos na praça esportiva, não foram postas no local. Com o passar dos minutos, os torcedores rubro-negros, destinados ao setor próximo à tribuna, se aglomeravam junto aos profissionais de imprensa. Já com a bola rolando, a Polícia Militar do Distrito Federal abriu uma parte do setor superior, que se encontrava fechado, a fim de liberar espaço para a torcida.

A liberação, porém, não surtiu efeito. Os rubro-negros alocados no setor aproveitavam-se do espaço destinado à imprensa para se acomodar. Em diversos momentos, jornalistas e torcedores se mesclavam na mesma cabine de transmissão. Outros adeptos sentaram-se nas escadas que separavam as cabines, local onde os jornalistas circulam para a melhor execução do trabalho. Ainda havia rubro-negros sentados sobre as bancadas, utilizadas pelos profissionais de comunicação para comportarem seus objetos de trabalho.

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Torcedores misturados à imprensa no estádio Mané Garrincha na partida entre Flamengo e Santos
Foto: Rayssa Loreen/Distrito do Esporte

Equipes de transmissão relatam dificuldades e insegurança

Na área da tribuna de imprensa, os jornalistas se dividem entre rádios, veículos impressos e digitais, scouts e televisões dos clubes, e demais comunicadores. Com a insegurança no espaço destinado à imprensa, diversos jornalistas relataram receio com o que poderia acontecer. No intervalo da partida, utilizo deste momento para falar em primeira pessoa, estava em uma cabine e fui cumprimentar um amigo jornalista, quando vejo um torcedor adentrar no espaço onde me ausentara recentemente, mesmo com notebooks, celulares e mochila sobre a bancada. Antes de se sentar, tive que pedir para não se acomodar, pois estava utilizando do espaço para o trabalho.

Em outro momento, colegas da Rádio Sara Brasil FM tiveram dificuldades para executar a transmissão devido à aglomeração da torcida. Os torcedores, amontoados aos jornalistas, atrapalharam a live dos profissionais de comunicação. Na foto abaixo, tirada no decorrer do confronto, notam-se diversos rubro-negros em volta e um deles, uma criança, sentada ao lado. A cena foi comum na maioria das demais cabines.

Torcedores misturados à imprensa no estádio Mané Garrincha na partida entre Flamengo e Santos
Foto: Rayssa Loreen/Distrito do Esporte

ABCD envia ofício cobrando esclarecimentos

A equipe de reportagem do Distrito do Esporte procurou o Metrópoles Sports, promotor do evento, para esclarecimentos, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

A Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD) enviou ofícios destinado à Arena BRB (gestora do estádio), Metrópoles Sports (promotor do evento), Clube de Regatas do Flamengo (mandante da partida) e Confederação Brasileira de Futebol (organizadora da competição) cobrando explicações e melhorias para os eventos futuros.

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