Aruc, Brazlãndia e Canaã. Se fossem apenas estas três equipes participantes da Segundinha em 2023 de fora da edição de 2024, até estaria de bom tamanho. Entretanto, um dos rebaixados da elite do último ano, o Brasília, também estará de fora desta edição da divisão de acesso. A lista não para por aí: clubes como CFZ, Cruzeiro, Formosa e Unaí estão fora da competição a longínquos anos. Todas as ausências deixam a edição de 2024 com o menor número de participantes desde 2014, quando apenas seis times disputaram o torneio.
Dentre a ausência mais sentida, a do Brasília é a mais chocante. Octacampeão Candango e bicampeão da Segundinha em 2001 e 2008, além do vice-campeonato em 2022, a equipe foi novamente rebaixada após amargar a última colocação do Candangão do último ano. Naquela edição, o Colorado prometeu grandes ambições e trouxe Ricardo Oliveira como um dos nomes de peso para os gramados. Fora das quatro linhas, a equipe contou com ex-atletas renomados, como Léo Moura, ex-Flamengo e Vasco da Gama, e Alex Silva, ex-São Paulo, como coordenador técnico.
Para este ano, surgiram especulações sobre investidores e uma nova diretoria para assumir o comando do Brasília- todas sem continuidade. Neste ano, o Colorado ficou de fora de todas as competições da Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) que poderia disputar: Campeonatos Candangos de Juniores (Sub-15, 17 e 20) e da Segundinha. Flávio Simão, atual presidente do clube, optou por não conversar com a reportagem do Distrito do Esporte.
Outra ausência um tanto curiosa na Segundinha 2024 é o Canaã. Recém filiado à FFDF, o ‘Vento Forte’ fez boas campanhas nas participações em que esteve presente. Ao estrear na divisão de acesso, por pouco não conquistou o acesso, mas foi eliminado nas semifinais pelo Ceilandense, campeão daquela edição. Em 2024, disputou o Candangão de Juniores e foi eliminado pelo Gama nas quartas de final; na edição anterior, foi eliminado nas semifinais pelo Capital.
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Quando anunciou a contratação de Luís dos Reis ainda no fim de junho, o Cruzeiro Carcará “iludiu” a todos quanto à participação na Segundinha. No entanto, como explicado em contato com a reportagem do Distrito do Esporte, o presidente do clube negou que a contratação visava a participação na divisão de acesso candanga: “O Cruzeiro ficou com as atividades paradas por aproximadamente dois anos. Estamos colocando a casa em ordem. Nosso planejamento é recomeçar com a base e a ideia foi trazer o professor Luís dos Reis para agregar ao projeto”, relatou o dirigente Diovaner Menezes.
Outras equipes tem motivações mais simples: falta de estrutura e dinheiro para bancar as competições. É o caso da Aruc, Brazlândia e Formosa, que além de estarem de fora da Segunda Divisão do Campeonato Candango, também não estiveram a disposição na disputa do Candanguinho Sub-20. O Unaí havia ficado de fora de todo o calendário de competições em 2023, mas retornou ao disputar o estadual do sub-20 deste ano – o que também é o caso do CFZ, que está fora das competições profissionais desde 2019.
Esta será a temporada com menos equipes participantes desde 2014. Naquela edição, apenas seis equipes disputaram o torneio: Bandeirante, Guará, Paranoá, Samambaia, Cruzeiro e Botafogo. Após vencer os cinco jogos da fase de grupos, os samambaenses se classificaram para a final contra o os cruzeirenses, vice-colocados da chave – ambas as equipes garantiram o acesso à elite do Candangão. Na grande decisão, 2 a 0 e taça para o ‘Cachorro Salsicha’ – à época conhecido sob a alcunha ‘Cobra Cipó’.
