Por João Marcelo
As duas partidas entre Capital e Real Brasília terminaram com o Leão do Planalto conquistando a vaga para a semifinal do Campeonato Candango de 2020, mas a Coruja não saiu satisfeita só pelo resultado de campo. Após acusação de apresentação de testes para Covid-19 antigos usados pelo seu adversário, a queixa agora voltou para a arbitragem. O clube cita dois lances que seriam cruciais para a alteração de resultado e consequentemente, a classificação para a próxima fase.
- Capital reclama que Real Brasília apresentou testes de Covid-19 antigos; Leão do Planalto se defende
A primeira protestação é com um suposto impedimento ocorrido aos 35 minutos do segundo tempo e que não foi marcado pelo árbitro da partida, Rafael Martins Diniz, e seus assistentes, Lucas Torquato Guerra e Kléber Alves Ribeiro. Sem a marcação, o Real Brasília continuou e o lateral Gedeílson foi derrubado dentro da área e assinalado penalidade máxima, essa convertida por Gabriel.
A segunda contestação é referente a outra penalidade máxima, mas dessa vez uma não marcada a favor do Capital Clube de Futebol. O fatídico lance aconteceu logo nos primeiros minutos do decisivo confronto. Após ataque da Coruja e de bela defesa do goleiro Artur, a zaga do Real Brasília afasta e o Capital alega que a bola resvala no braço da defesa realense. Os pedidos para a marcação do pênalti foram muitos, mas Rafael Diniz mandou a partida seguir. Veja o lance a seguir:
Vídeo gravado pelo Capital Clube de Futebol
Vídeo capturado da transmissão da TV Brasília
Importante: o vídeo da primeira reclamação, quanto ao impedimento não assinalado, não foi disponibilizado pelo Capital Clube de Futebol. A detentora dos direitos de transmissão, TV Brasília, comunicou ao Capital que disponibilizaria a transmissão apenas no final de semana, mais precisamente na próxima sexta-feira (21/08).
No entendimento do Capital Clube de Futebol, os lances apontados foram cruciais para o resultado final da partida e com isso, a tão sonhada vaga para a semifinal e claro, a chance de calendário para 2021 ficaram pelo meio do caminho. Confira a nota na íntegra:
O Capital Clube de Futebol muito respeitosamente reconhece o bom futebol demonstrado pela equipe adversária nas quartas de final do Campeonato Brasiliense de Futebol, que ajudou a proporcionar o grandioso espetáculo realizado. No entanto, a diretoria do clube enfatiza a discordância com as decisões da arbitragem em lances certamente cruciais para o resultado final do último confronto.
Entre eles, o impedimento no segundo tempo, que acabou culminando em pênalti em favor da equipe rival, e um pênalti claro não marcado em favor do Capital ainda no primeiro tempo de jogo. Assim sendo, o time vai protocolar uma reclamação na Federação de Futebol do Distrito Federal com o objetivo de que o futebol do DF continue evoluindo e a quantidade de erros seja minimizada.
Arbitragem discorda da reclamação do Capital
O Distrito do Esporte consultou Raimundo Lopo, ex-árbitro de futebol e atual instrutor técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sobre o lance reclamado pelo Capital. “Lance simples, sem nenhum grau de dificuldade para análise e para a tomada de decisão. Quando o braço se encontra aberto, ou seja, ampliando o volume corporal, ou acima da linha do ombro, fora do eixo do corpo, normalmente o jogador comete infração de mão na bola, porém existem exceções na regra 12 que trata sobre mão na bola”, disse Lopo.
O árbitro continuou a explicação. “Quando o jogador chuta a bola e a mesma toca em sua mão ou braço, mesmo o braço estando acima da linha do ombro ou aumentando o espaço corporal, nesse casso não existe infração de mão, entra nas exceções a regra. Outra situação é essa do jogo Capital x Real, onde a bola toca acidentalmente do braço do jogador após ser tocada por um próprio companheiro de equipe, bola que chega de forma inesperada tocada pelo companheiro, nesse caso não existe infração por mão na bola”, completou.
Raimundo Lopo ainda falou sobre a importância das regras da arbitragem serem de amplo conhecimento. “Seria muito importante os clubes investirem em palestras para seus atletas, membros das comissões técnicas, pois o futebol não é senso comum. Lembro-me que nesse campeonato houve um lance de contato da bola com a mão, naquele lance o jogador chutou contra o próprio braço, por não conhecer a regra do jogo houve desmedida e injusta reclamação contra a decisão da arbitragem. Como esse lance, aquele também não foi mão. Salvo engano o lance envolveu a equipe do Luziânia.”, finaliza.
Acho que o capital foi gafado neste lance..hein…TÊM RAZÃO NA RECLAMAÇÃO…………