Chegou ao fim na noite da última sexta-feira (21/3) a participação do Brasília Vôlei na Superliga Feminina 2024/25. Apesar de não passar da primeira fase da Liga, o representante da capital federal foi uma grata surpresa, pois antes mesmo da competição começar, a equipe já era colocada pela mídia especializada como um forte candidata ao rebaixamento à Superliga B, devido ao baixo investimento financeiro em comparação com os outros clubes do torneio.
Um fator determinante para a campanha da equipe no campeonato foi a ascensão de jovens atletas que não possuíam tanto reconhecimento dentro do cenário de elite nacional, porém, após ótimas performances, conquistaram ao menos um pouco do devido conhecimento merecido. Uma dessas atletas que se colocou de vez na prateleira de elite do voleibol nacional foi Vi Maria, líbera do Brasília Vôlei de apenas 24 anos. A atleta fez uma ótima temporada de estreia na primeira divisão da liga nacional e chegou a figurar na Seleção da Rodada da Superliga.
A jovem atleta original de Caxias do Sul-RS aceitou falar com a equipe de reportagem do Distrito do Esporte sobre a adaptação do plantel, temporada e futuro da carreira. Questionada sobre a desconfiança primária em torno do elenco do Brasília pela aposta em muitas peças jovens, a líbera discordou de que a “falta de experiência” chegou a atrapalhar a equipe na competição.
“Ao meu ver, em todas as posições existia uma mescla de atletas experientes e atletas jovens, o que favorecia na nossa evolução, pois constantemente estávamos aprendendo umas com as outras, e mesmo as atletas mais jovens já tiveram passagens por outros clubes que participaram da Superliga A. Então não considero a idade o fator mais relevante para determinar o rendimento de uma equipe, até porque cada jogo é uma história”, afirmou a jogadora.
A equipe candanga chegou à última rodada ainda com possibilidades de classificação aos playoffs em caso de vitória dentro de casa e combinações de resultados favoráveis. A combinação do turno até foi exatamente do que o time do Distrito Federal necessitava, porém, o clube foi superado dentro do Sesi de Taguatinga para o Osasco e se despediu da competição na 10ª colocação, com 22 pontos, apenas uma posição de angariar a vaga aos playoffs. Pela proximidade que o Brasília ficou de conseguir a vaga na fase seguinte, com um ponto separando a equipe da tão sonhada vaga, muito foi falado sobre falta de experiência e concentração das jogadoras em jogos teoricamente “mais fáceis”.
O principal motivo pelas afirmações, foram os pontos preciosíssimos diante de equipes de final de tabela que acabaram ficando pelo caminho. Vi Maria rebateu as alegações, mas confirmou ter ficado com a sensação de “quase” sobre a classificação. “Sempre estudamos o time adversário antes de jogar, e como comentei anteriormente, cada jogo é uma história, então não diria que é uma falta de atenção, pois do outro lado tem um time que também estudou muito e tem seus méritos. Mas sim, concordo. Em muitos momentos ficou essa sensação de que faltou pouco, que foi no detalhe, mas sempre nos entregamos ao máximo para sair com o melhor resultado”, revelou a camisa número um do Brasília.
A líbera é uma das atletas favoritas dos torcedores do Brasília nas mídias sociais desde o anúncio de sua chegada na equipe, no meio do ano passado. Muito elogiada, a jovem agradeceu o apoio recebido. “Agradeço muito, busco sempre evoluir e incentivos como esse são muito importantes.” Já de olho na próxima temporada, o futuro não só de Vi Maria, como de todo o núcleo principal do elenco ainda não é certo. Questionada sobre o tema, a jogadora preferiu não comentar o que pode vir por aí. “Acredito que a partir da permanência na Superliga A, as negociações sejam intensificadas, as conversas são individuais, mas em breve as definições serão divulgadas.”
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