O Brasil é campeão do Campeonato Sul-Americano de Vôlei pela 33ª vez na história. Na manhã deste domingo (5/9), o time verde e amarelo duelou contra a Argentina, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, em um confronto digno de decisão. Mesmo com a competição sendo disputada em pontos corridos, as duas seleções chegaram com chance de taça, mas a equipe da casa venceu por 3 sets a 1 – parciais de 25/17, 24/26, 25/18 e 25/18 – e ficou com o topo do pódio.
O domínio brasileiro no vôlei em âmbito continental é traduzido em números. O país não conquistou apenas uma edição entre as 34 disputadas no Sul-Americano. Na ocasião, em 1964, o Brasil nem sequer disputou a competição. Na capital federal, o título veio com 100% de aproveitamento – quatro vitórias – e apenas um set perdido, justamente na final diante dos argentinos, que impuseram as maiores dificuldades para o time do técnico Renan Dal Zotto, mas não foram páreo para impedir a vitória.
Eleito o melhor da partida, Maique analisou o triunfo sobre os argentinos, algozes na disputa do bronze olímpico em Tóquio. “É uma sensação indescritível estar na Seleção. Ganhar um clássico contra a Argentina é muito bom. Procuro botar minha alegria em quadra para a energia não cair. Temos algumas peças que estão saindo do time, mas tem muita gente nova chegando. Paris é logo ali, é importante o time estar entrosado nesse ciclo olímpico mais curto.”
O jogo
Iniciando um novo ciclo visando os Jogos Olímpicos de Paris-2024, o Brasil começou a partida com a base utilizada durante todo o torneio: Bruninho, Lucão, Lucarelli, Vaccari, Isac, Alan e Maique. Bem defensivamente e efetivo no ataque, o time verde a amarelo foi comandado por Thales, Maique e Alan no primeiro set. A equipe mandante rapidamente construiu uma boa vantagem e teve a missão de controlar o resultado diante dos argentinos até vencer, com tranquilidade, por 25 a 17.
Os argentinos acordaram no segundo set e equilibraram a partida. Com um bom voleibol, os visitantes assumiram a frente do placar e abriram dois pontos de frente. O Brasil logo reagiu e chegou a empatar. Com trocação de bolas no chão, a Argentina voltou a abrir no final da parcial, principalmente com o bom desempenho de Bruno Lima. O time do técnico Renan Dal Zotto chegou a impedir um set point do rival sul-americano, mas não conseguiu virar a parcial: 26 a 24.
Daí para frente, o Brasil conseguiu dominar a partida. No terceiro set, a equipe canarinha conseguiu abrir quatro pontos logo de cara. Em uma grande reação, os argentinos conseguiram virar a parcial. Porém, Dal Zotto usou o banco para retomar o bom desempenho. Com Adriano e Flávio, a Seleção recuperou a força, retomou a frente do placar no Ginásio Nilson Nelson e abriu boa margem. Assim, foi mantendo o resultado até vencer por 25 a 18 e fazer 2 a 1 no jogo.
A parcial decisiva novamente teve um Brasil forte no ataque. O time verde e amarelo voltou a abrir boa margem no placar e, mais uma vez, permitiu a reação dos argentinos, que diminuíram a diferença por um ponto. Ligado, o time da casa segurou o ímpeto do rival e construiu nova vantagem no marcador. Com Flávio e Alan, o time manteve o desempenho e administrou a partida até fechar por 25 a 18, ganhar por 3 sets a 1 e se sagrar campeão Sul-Americano pela 33ª vez na história.
