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sábado, 23 de novembro de 2024

Goleira do Sobradinho sofre racismo em jogo do Feminino

Myllene Batista, arqueira das Leoas da Serra, ouviu ofensas racistas no jogo do Candangão Feminino diante da equipe do Ceilândia, no Estádio Abadião. Árbitro relatou o caso na súmula

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Uma situação muito desagradável e inaceitável ocorreu no jogo entre Ceilândia e Sobradinho, válido pela sétima e última rodada do Campeonato Candango Feminino. As equipes se encontraram no Estádio Maria de Lourdes Abadia, o Abadião, em partida considerada como uma final antecipada, já que foi o confronto direto para a classificação para às semifinais do Candangão Feminino e a vaga na Série A3 do Campeonato Brasileiro. Ofensas racistas foram proferidas em direção a goleira do Sobradinho.

Myh, profissional das Leoas da Serra, foi alvo de racismo dentro das quatro linhas. Quando o relógio marcava 24 minutos do primeiro tempo no Abadião, a goleira chamou o árbitro Matheus de Moraes para relatar que estava sofrendo ofensas vindo da arquibancada. Então, Myllene Batista disse ao juiz que foi chamada de “cabelo de boneca” e “cabelo de barbante”. O jogo foi paralisado e Matheus Moraes conversou com o delegado da partida e as capitães de Ceilândia e Sobradinho.

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Seguranças foram deslocados para identificar o torcedor, mas o mesmo foi embora do estádio. A Polícia Militar do Distrito Federal chegou minutos depois. Ainda na súmula, Matheus Moraes informou que o Sobradinho Esporte Clube, equipe de Myllene Batista, fez um boletim de ocorrência online sobre o caso. Confira abaixo o que o árbitro relatou em documento oficial da Federação de Futebol do DF após a partida.

Súmula do jogo entre Ceilândia e Sobradinho

O Distrito do Esporte entrou em contato com a goleira, que mesmo com o ocorrido, demonstrou muita felicidade com a classificação para a próxima fase e a vaga na Série A3 do Campeonato Brasileiro. À reportagem, Myh relatou que além de ser chamada de “cabelo de barbante e cabelo de boneca”, sofreu outras ofensas. “Ele ainda me xingou de fraca, doida, ridícula, retardada, burra, mongol e rapariga. Tudo isso após uma jogada dentro da área”, afirmou.

Myllene continuou o relato sobre as ofensas. “Depois desses xingamentos, eu virei para ver quem estava me xingando, aí ele me deu dedo e me chamou de cabelo de boneca. O que mais me machucou foi ele ter me chamado de cabelo de boneco”, concluiu. A goleira ainda comentou que fez o boletim de ocorrência juntamente com o Sobradinho. Esta não é a primeira vez que um caso de racismo acontece no Candangão Feminino. Em 2021, Buga, ex-atleta do Cresspom, sofreu com as ofensas.

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